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sábado, 14 de março de 2009

O LIVRO DOS MÉDIUNS * Estudo 12

Estudo 12 *Capítulo III – Método


O Espiritismo é toda uma Ciência, toda uma Filosofia e quem desejar conhecê-lo seriamente deve pois, como primeira condição, submeter-se a um estudo sério e persuadir-se de que, mais do que qualquer outra ciência, não se pode aprendê-lo brincando.

A Doutrina Espírita se relaciona com todos os problemas da humanidade e seu campo de abrangência é imenso.

A crença nos Espíritos constitui a sua base, mas isto não basta para fazer um espírita esclarecido, como a crença em Deus não basta para fazer um teólogo. O ponto de partida é a existência da alma.

O seu ensino deve seguir alguns procedimentos para chegar-se com segurança à convicção.

Esse ensino não se processa somente na tribuna, mas também através da conversação e o ensino metódico parte do conhecido para o desconhecido.

Para o materialista o conhecido é a matéria e existe dois tipos de materialistas: aqueles que o são por sistema (faz parte de sua vida) e aqueles que são por indiferença.

Ao tentar convencer um incrédulo mesmo através de fatos, convém assegurar-se se ele crê na sua existência, na sua sobrevivência ao corpo e na sua individualidade após a morte.

Se a sua resposta for negativa é tempo perdido falar-lhe dos Espíritos. Isto é uma regra.
Refletindo sobre as várias categorias de crentes no Espiritismo, em primeiro lugar encontraremos os espíritas:

  1. Sem o saber, que mais parece uma subdivisão das classes dos vacilantes.

2.    Aqueles que se convenceram estudando diretamente o assunto e neste item encontramos:
2.a) Os que acreditam pura e simplesmente nas manifestações, que são os espíritas experimentadores.
2.b) Os que se interessam pelo aspecto filosófico do Espiritismo e admitem a moral sem praticar, que são os Espíritas imperfeitos.

2.c) Outros que praticam a moral espírita e aceitam as suas conseqüências, que são os verdadeiros espíritas ou os espíritas cristãos.


O professor Herculano Pires, em nota de rodapé em o Livro dos Médiuns, destaca que Allan Kardec emprega espíritas-cristãos, como designação do verdadeiro espírita, para distinguir daqueles que não seguem os princípios do Espiritismo.

4- Encontramos ainda, os espíritas exaltados que é uma espécie de adeptos mais nociva do que útil à causa do Espiritismo. Eles são enganados facilmente por espíritos mistificadores ou por pessoas que procuram explorar a credulidade. 

Os meios de convicção, ou seja uma forma de levar alguém a pensar e refletir sobre princípios do Espiritismo, variam tremendamente segundo as individualidades.

Um se convence pelas manifestações espíritas, outros por manifestações inteligentes, mas a maioria se convence pelo raciocínio.

Será útil procurar convencer um incrédulo obstinado?

Muitas vezes a nossa insistência em persuadi-lo o leva a crer na sua importância pessoal, que é uma razão para se obstinar.

Aquele que não se convence pelo raciocínio, nem pelos fatos, deve ainda sofrer a prova da incredulidade, que é uma necessidade deste Espírito em evolução.

Devemos deixar a providência, o cuidado de encaminhá-lo a circunstâncias mais favoráveis.

No ensino do Espiritismo, tem-se que lidar com inteligências dotadas de liberdade e que provam a cada instante, não estarem sujeitas aos nossos caprichos. O verdadeiro espírita jamais servirá para exibições.

O meio mais simples de evitar inconvenientes é começando pela teoria.

O estudo prévio da teoria tem a vantagem de mostrar a grandeza do objetivo e o alcance desta Ciência.

Aquele que se inicia vendo uma mesa girar ou bater pode inclinar-se à zombaria, porque dificilmente imaginaria que de uma mesa possa sair uma Doutrina regeneradora da Humanidade.

Os que crêem sem ter visto, porque leram e compreenderam, ao invés de superficiais são os mais ponderados. O aspecto filosófico é para eles o principal, e os fenômenos propriamente ditos são apenas o acessório. 

Quem refletir a respeito compreenderá claramente que se pode fazer a abstração das manifestações, sem que a doutrina tenha que por isso desaparecer.

As manifestações colaboram, a confirmam, mas não constituem um fundamento essencial. 

Seria absurdo supor que estejamos aconselhando a negligência dos fatos, pois foi pelos fatos que chegou-se a teoria. 

Tudo isto foi fruto de um trabalho assíduo de muitos anos e de muitas observações de Allan Kardec e toda a sua equipe de trabalho. 

Bibliografia:

http://www.cebatuira.org.br/OLIvrodosMediuns/imagens/marcador.gif

Kardec, Allan – O Livro dos Médiuns,

http://www.cebatuira.org.br/OLIvrodosMediuns/imagens/marcador.gif

Kardec, Allan - O que é o Espiritismo.

 

Elisabeth Maciel

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