Cultivo rosas, rosas frágeis, de todos os matizes
Jesus as aprecia, e feliz, se compraz com elas
Falo-lhes, entendem-me e sorriem, todavia
Os espinhos, não as tornam menos singelas
Os espinhos nos apontam a realidade da vida
Se soubermos como toca-las, com disciplina
Não nos ferem, aguçam-nos todos os sentidos
A ver que o bem prevalece, e o mal contamina
As suas pétalas, as toco com especial carinho.
São doces, suaves, como pele de recém-nascido
Elas me entendem a intenção de amá-las apenas
Sorriem se as fito, e dão-me um olhar enternecido
Ensino-as a amar, a tudo e a todos, sem exceção
Digo-lhes, que nosso Senhor, as amam, com carinho
Mas ma dizem, que pessoas más, escarnecem delas
Não lhes vendo a beleza, pisam-nas pelo caminho
Mas elas têm sensibilidade e vão aprendendo a doar
Doando, encontrarão quem muito as ame, como eu
E sorriem para o amigo sol, ou para lua prateada
As cores, tanto faz. Importa o Ser maior, que no-las deu.
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