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quarta-feira, 11 de março de 2009

ESTUDO EVANGÉLICO * ESTUDO 13

PALAVRAS DE VIDA ETERNA – ESTUDO 13

Francisco C. Xavier – pelo Espírito Emmanuel

PERANTE JESUS

“Porventura sou eu, Senhor? " ( Mateus, 26:22 )

              No capítulo I, item 9 de "O Evangelho Segundo o Espiritismo" encontramos especificada a missão de Jesus no nosso planeta: "O Cristo foi o iniciador da mais pura, da mais sublime moral, da moral evangélica cristã, que deve renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los irmãos; que deve fazer brotar de todos os corações humanos a caridade e o amor ao próximo, e criar entre todos os homens uma solidariedade comum; de uma perfeita moral, enfim, que há de transformar a Terra, tornando-a morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam". Desde o primeiro dia da Boa Nova, Jesus convida a perceber que a redenção procede do alto, que a libertação de cada um só se concretizará com a colaboração ativa dos corações de boa vontade.

 

              Frente a grandeza da proposta, como hoje, nos posicionamos? Entendemos qual é a proposta, o que é necessário para colocá-la em prática, a que ela levará?

 

              Trata-se de uma proposta de libertação mas, libertação de quem?

 

              Nas buscas com Jesus, chegaremos a perceber que o processo se resume na libertação de nós mesmos, das nossas inferioridades, de tudo quanto nos aguilhoa à retaguarda, sentimentos, pensamentos, comportamentos que repetimos ao longo das várias encarnações. Apesar de já conhecer Jesus mantemos esses entraves à libertação insistindo em alimentar sentimentos doentios, pensamentos mórbidos, atitudes duras em desamor.


              Nesse sentido Emmanuel reflete que não temos condições morais para recriminar Judas em suas atitudes menos felizes para com Jesus, uma vez que inúmeras vezes, hoje, cada qual também repete velhos erros, detemo-nos em tantas viciações, tão irresponsáveis ou inferiores quanto as decisões de nosso infeliz irmão.

 

              Emmanuel vai mais longe e lista algumas entre muitas situações nas quais repetimos o ato de Judas:

Na batalha da vaidade e do orgulho...

Nas exigências do prazer egoísta...

Na opressão da opinião...

Na crueldade confessa...

Na caça da fortuna material...

Na rebeldia destruidora...

No esquecimento dos nossos deveres...

Na desonra do nosso próprio trabalho...

 

 

Deserções, ingratidão, descasos perante Jesus, perante nós mesmos e nosso próximo...

 

Tendo estado Jesus na função e objetivo de despertar, ainda hoje, muitas vezes, "fingimos" não entender a proposta, tentamos nos enganar achando que a proposta do Cristo serve para o outro e é dispensável para min.

 

              No entanto é imprescindível inserir Jesus como padrão da vida, modelo de cada dia, de cada atitude, decisão ou ação.

 

              Permanecer nas situações de erro ocasionarão sofrimentos e comprometimentos maiores, desgastando-se nos trabalhos de renovação individual, que encontra nas atitudes do Bem a própria sublimação.

 

              Para colocar a proposta evangélica em prática é necessário após o conhecimento, a reflexão, acionar a vontade firme para o trabalho a ser feito.

 

              Se cada homem indagasse quanto ao fundamento essencial de suas atividades na Terra, encontraria sempre no santuário interior, vastos horizontes para ilações de valor infinito, falando-lhe de valores, de horizontes cada vez mais amplos, já que como seres imortais, trazemos esse anseio, esse impulso de superação.

 

              Tudo que representar esforço falará de realização no quadro de trabalhos permanentes do Cristo. O que efetuamos nos séculos constitui benefício ou ofensa a nós mesmos, na obra de libertação do ser em relação a si mesmo.

 

              Trabalho digno é oportunidade que não se pode deixar despercebida perdendo-a pela inação.


              Dentro dos círculos do serviço, cada esforço no Bem honrar-lhe-á a personalidade eterna.


              No convite do tema, que percebamos a necessidade de em despertando forjar a vontade firme para, como Paulo de Tarso se erguer da estrada dos enganos, colocando-se a caminho da libertação.

 

Bibliografia.

  • Francisco Cândido Xavier. Na Presença do Cristo. In: Livro da Esperança. Ditado pelo Espírito Emmanuel. Edição Comunhão Espírita Cristã. 9a Edição. 1987.
  • Francisco Cândido Xavier. Perante Jesus. Jesus para o Homem. In: Pão Nosso. Ditado pelo Espírito Emmanuel. Federação Espírita Brasileira. 14a Edição. 1986.
  • Francisco Cândido Xavier. Que Fazemos do Mestre? In: ‘Vinha de Luz. Ditado pelo Espírito Emmanuel. Federação Espírita Brasileira. 4a Edição. 1977.
Simoni Scramin Rehder

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