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sábado, 7 de março de 2009

Em busca da felicidade

JORGE JOSSI WAGNER
de Ribeirão Preto, SP

Fomos criados por Deus, num determinado instante e pela sua bondade, para que alcançássemos a felicidade através do nosso esforço. Essa explicação simples e direta resume o objetivo pelo qual existimos. Mesmo sem termos plena consciência acreditamos que tudo gira em torno da busca pela felicidade. Quase nunca, porém, entendemos corretamente o que seja a felicidade. Para cada espírito ela se configura diferentemente, daí as dificuldades de a entendermos plenamente.

Para alguns, a encontramos ganhando fortunas, para outros, vivendo confortavelmente, mais além, exercendo poder sobre as outras pessoas, outros ainda, adquirindo e vivendo nos vícios. Ser feliz, dizem muitos, é viver dos prazeres materiais. Quantos, porém, se sentem felizes quando podem ajudar as outras pessoas através do trabalho voluntário, quer costurando roupas, fazendo sopa, cuidando de creches ou asilos, cortando cabelos, distribuindo palavras de incentivo, levando alegria aos hospitais.

A felicidade assim pode ser vista ou sentida sob diversos ângulos. Qual, porém, é o verdadeiro? A felicidade, segundo Emmanuel, no livro Renuncia, "tem base no dever cumprido". Ainda Emmanuel, no livro Reformador: "Enquanto houver um gemido na paisagem em que nos movimentamos, não será lícito cogitar de felicidade isolada para nós mesmos".

Essas duas frases de Emmanuel retratam solidamente o argumento de que a felicidade será alcançada na medida em que nos esforçarmos para viver dentro das Leis Divinas de amor, justiça e caridade. Se vivenciarmos o amor tal qual o entendia Jesus, faremos todo o bem possível para o nosso próximo, da mesma forma que desejaríamos que ele fizesse para nós. Se praticarmos a justiça, jamais faremos julgamento dos atos de outras pessoas. Afinal, a vida dos outros pertencem aos outros. Se praticarmos a caridade, estaremos ajudando o próximo a ser um pouco mais feliz.

A felicidade, para ser verdadeiramente um sentimento agradável, tem que ser conquistado com a prática do bem. Fazer o bem nos enche de alegria, cria uma atmosfera equilibrada e uma sensação que não é possível explicar, somente sentir.

Essa sensação pode ser sentida quando fazemos uma pessoa sorrir, quando ajudamos alguém a encontrar um endereço ou atravessar uma rua. Quando voltamos para a nossa casa depois de um dia de trabalho honesto. Quando vemos a alegria de nossos familiares ao retornamos para o lar. Também sentimos essa alegria quando nos lembramos de Deus, lembramos que temos uma religião. Que temos uma vida inteira para vencermos as nossas imperfeições. Que somos seres inteligentes e sempre encontraremos saída para todas as dificuldades. E, o que é melhor ainda, as dificuldades são passageiras, vão diminuir ou desaparecer na medida em que nos esforçarmos para viver sob as perfeitas Leis Divinas.

Tenhamos todos a certeza de que a felicidade será encontrada quando o que fizermos tenha como objetivo a renovação para o bem. 

Bibliografia:

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.

SIMONETTI, Richard. Viver em Plenitude

XAVIER, Francisco C., pelo Espírito Emmanuel. Fonte Viva, Pérolas do Além, Palavras de Emmanuel. 

Setembro de 2005, edição n°. 236

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