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sexta-feira, 13 de março de 2009

75 - O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

CAPÍTULO VIII; BEM-AVENTURADOS OS PUROS DE CORAÇÃO


INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS: ITEM 18: DEIXAI VIR A MIM OS PEQUENINOS


          A belíssima mensagem é de JOÃO, o Evangelista. O primeiro impulso é , simplesmente, copiá-la, para manter a sua beleza e a sua sublimidade. Mas, se estamos estudando este livro, precisamos tecer comentários sobre ela. Vamos, então, fazê-lo.

          Inicia ele, pelo título da mensagem, que é o apelo de Jesus aos seus discípulos, que queriam afastar as crianças, por pensarem que elas incomodariam o Mestre, que tinha o que dizer a adultos, não a crianças, que não poderiam compreendê-lo.

          Explica, então, que esse apelo de Jesus não era dirigido somente às crianças, embora ele “lhe conquistaria o coração das mulheres, que são todas mães.” Dirigia-se também “às almas que gravitam nos círculos inferiores, onde a desgraça desconhece a esperança. Jesus chamava a si a infância intelectual da criatura formada: os fracos, os escravos, os viciosos.”

          “Os sãos não precisam de médico e sim, os doentes; não vim chamar os justos e sim, os pecadores.” (Marcos, 2: 17) “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei.” (Mateus. 11: 28 )

          Naquele apelo, queria Jesus que os homens aceitassem seus ensinos, se entregassem a ele, com a confiança das crianças, e essa idéia transparece em muitas de suas frases, registradas nos Evangelhos.

          Assim, na sua maneira de ensinar, aproveitando as situações naturais, falando pouco, com muito significado, Jesus “ submetia as almas à sua terna e misteriosa autoridade”, que vinha da sua pureza de espírito, conquistada através dos tempos em outro mundos materiais, visto que ele já era puro, quando a Terra ainda não existia.

          “Ele foi a flama que espantou as trevas, o clarim matinal que tocou a alvorada. Foi o iniciador do Espiritismo, que deve, por sua vez, chamar a si, não as crianças, mas os homens de boa vontade. A ação viril está iniciada: não se trata mais de crer, instintivamente, e obedecer de maneira mecânica; é necessário que o homem siga a lei inteligente, que lhe revela a sua universalidade.”

          O espiritismo, conclamando à fé raciocinada, “ ... a que pode enfrentar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade”, satisfaz, plenamente, as exigências da inteligência do homem atual, que quer crer apenas naquilo que compreende, desde que não tenha uma postura preconceituosa, de “oposição sistemática e interessada”, conforme escreveu Kardec, neste livro que estamos estudando, no capítulo XIX, item 7.

         
 “Meus bem-amados, eis chegados os tempos em que os erros explicados se transformarão em verdades. Nós vos ensinaremos o verdadeiro sentido das parábolas. Nós vos mostraremos a correlação poderosa, que liga o que foi ao que é.”

          Realmente, os Espíritos desencarnados, que trouxeram a revelação espírita, codificada por Allan Kardec, continuam, sob a égide de Jesus, ensinando-nos sempre mais, na medida do aprofundamento do nosso entendimento intelectual e moral.

          E quanto mais estudamos a Boa Nova, trazendo seus ensinos para nosso cotidiano, mais cresce, em nós, a gratidão e o amor ao Mestre Jesus, a Allan Kardec e a todos os Espíritos que trabalham em benefício desta humanidade rebelde à lei do AMOR.

          Assim, João, o evangelista, o apóstolo que, talvez, mais tenha vivenciado o Amor ao próximo, talvez ( uma vez mais ) assim nos pareça, por ter tido uma existência muito mais longa do que os demais, termina essa mensagem: “Eu vos digo, em verdade: a manifestação espírita se eleva no horizonte, e ei aqui seu enviado, que vai resplandecer como o sol sobre o cume dos montes.”

          O “seu enviado” pela manifestação espírita é o Espiritismo, que, realmente, resplandece na mente e no coração de quem o conhece, iluminando sua jornada evolutiva, com seus esclarecimentos sobre os ensinos de Jesus, tornando-os, cada vez mais atualizados, mais necessários e, conseqüentemente, mais possíveis de serem vividos pelos homens na Terra.

Bibliografia:

KARDEC, Allan - “O Evangelho Segundo o Espiritismo”

Leda de Almeida Rezende Ebner

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