Anexo 1A 7/8
Narrador 2 :
E como em redor, assombrados, seareiros, pastores e as mulheres trigueiras com a bilha no ombro, lhe perguntassem se esse era, em verdade, o messias de Judéia, e se diante dele refulgia a espada de fogo, e se o ladeavam, caminhando somo a sombra de duas torres, as sombras de Cogue e de Mogogue Mas uma esperança deliciosa com o orvalho nos meses em que canta a cigarra, refrescou as almas simples; logo , por toda a campina que verdeja até Ascalon;
a pedra ficou mais leve de mover e o arado pareceu mais brando de enterrar.
Narrador 1 :
( Um homem aparece no palco desesperado e representa o que está sendo
narrado . Pega os galhos e sementes secas e por último escreve no chão )
Ora, então vivia em Enganin um velho, chamado Obede, de uma rica família, senhor de fartos rebanho e de fartas vinhas e com o coração tão cheio de orgulho como o seu celeiro de trigo , mais um vento árido e abrasador, esse vento de desolação que , ao mando do Senhor, sopra em nossas terras, matara o rebanho mais gordo de suas manadas, e pelas encostas onde as suas vinhas se enroscavam nas árvores deixando-as despidas, secas e em crespa ferrugem. E agachada a soleira da sua porta, com a ponta do manto em sua face, palpava a poeira , lamentava a velhice, ruminava queixumes contra Deus cruel .
Um servo entra no palco e olha Obede :
Obede:
Ouvi falar deste novo rabi da galiléia que alimenta as multidões amedronta os demônios emenda todas as desventuras.
Servo :
Esse Jesus deve ser um desses feiticeiros tão acostumados a afugentar de sobre as searas os insetos gerados nos lodos do Egito; e agarram entre os dedos as sombras das árvores, que conduzem como toldos benéficos para cima da eiras, á hora da sesta .
Obede :
Jesus da galiléia mais novo, com magias mais viçosas de certo aceitaria boa quantia para resolver a morte de meu gado e a falência de meu venhedo. Vão todos vocês , por toda a galileia e procurem-no e tragam-no para Enganin.
Narrador 2 : ( cena se desenrolando servos caminhando encontram um pescador a desamarrar preguiçosamente seu barco .)
Os servos apertaram os cinturões de couro e largaram pelas estradas das caravanas que, costeando o lago se estende a té damasco. Uma tarde avistaram sobre o poente, vermelho como uma romã muito madura , as neves , finas do monte Hermo. Depois, na frescura de uma manhã macia, o lago de Tiberíades esplandeceu diante deles, transparente, coberto de silêncio mais azul que o céu.
Servo: Senhor, Sabes do rabino a que chamam de Jesus ?
Pescador : Oh! Desde o mês passado que o Rabi descera com os seus discípulos para o Jordão.
Servo : Obrigada senhor !
Vamos homens , vamos , não temos tempo a perder.
Servo 2 : Será mais rápido se formos pelas margens do rio onde os cavalos podem passar .
Narrador 1 :
Depois de dois dias de caminhada chegarem a tribo dos Essênios e encontraram um homem todo vestido de branco colhendo ervas salutares pela beira dágua . os servos humildemente saudaram-no porque o povo ama aqueles homens de coração tão cândido .
Servos : senhor sabe do novo Rabi que está a curar ?
Essênio : Sim, O Rabi atravessara o oásis de Engada , depois se adiantara para além ...
Servo :Mas , onde além ?
Essênio :( mostra-lhes o caminho movendo um ramo de flores roxas que colhera )
Servo : Obrigado senhor ! vamos !
Narrador : 1
Os servos continuam a procurar Jesus, arqueando pelos rude trilhos, até as fragas onde se ergue a cidade sinistra de Macaur....
Servo : ( entram no palco e vêem 3 cameleiras , tirando água com baldes )
Mulher , vistes o Rabi da Galiléia ?
Uma cameleira :
Um Rabi maravilhoso, maior que Davi ou Isaias, arrancara 7 demônios do peito de uma tecedeira, e que à sua voz, ergue um homem degolado pelo salteador Barrabás.
Narrador : 2
E os servos se entreolharam e se viram com sandálias rotas dos longos caminhos, pisando já as terras da Judéia romana, cruzaram com um fariseu sombrio.
Servos: ( Com devota reverência pararam o homem da Lei )
Bom senhor , Encontrara por acaso esse profeta novo da galiléias que ,Como Deus passeando na Terra, distribui milagres ?
O fariseu : ( com olhar e voz de cólera de punho no ar )
Oh, escravos pagãos , blasfemos, Onde ouviste que existissem profetas ou milagres fora de Jerusalém ?
Só Jeová tem força no seu templo.
Servos ( recuam ante ao punho erguido e sem pronunciarem uma palavra deixam o homem partir ) .
Narrador : 1 Os servos voltam para Eganim e encontram seu senhor .
De joelhos, ele olha para os servos que nada falam e saem deixando o homem que agora chora .
Narrador 3 : ( cena do homem durão ao tratar dos negócios, mas triste ao se deparar com o estado de sua filha )
Por esse tempo, um centurião romano, Públio Séptimo, comandava o forte que dominava o vale de Cesaréia . Possuía minas e gozava das amizades mais influentes e poderosas. Mas sua filha única, para ele mais amada que vida e bens, definhava com um mal sutil e lento.
Narrador 4 :
Então Séptimo , ouvindo contar , a mercadores de Corazim, deste Rabi admirável, tão potente sobre os Espíritos, que sarava os males tenebrosos da alma, destacou três tropas de seus soldados para procurarem cada centímetro de Decapólis até Àscalon.
Narrador 3 : ( Cena dos soldados e pessoas sendo arrastadas de suas casas para a averiguação )
De dia invadiam as casas a noite adentravam nos bares e bebiam malgas cheias de vinho até caírem .
Assim correram a baixa galiléia - e do rabi só encontraram o sulco luminoso nos corações .
Servo : Estou enfastiado com a inúteis marchas, oposto que os Judeus escondem seu feiticeiro para que romanos não aproveitem de seu superior feitiço.
Vamos mostrar a eles quanto de tumulto podemos fazer .
Narrador 4 :
E assim mostraram toda a sua cólera , erraram até Áscalon; não encontraram Jesus, só promoveram a ruína.
Então , devagar com a cabeça derrubada, como numa tarde de derrota, os romanos recolheram à fortaleza da Cesaréia .
Séptimo : ( com sua filha morrendo em seus braços )
Seus incompetentes ! Saiam deixem minha filha morrer em paz.
Narrador 5 :
Todavia , a fama de Jesus curador das angústias e males crescia sempre mais Consoladora e fresca como a aragem que sopra no Hermo.
Velhinha : ( em um casebre , uma velhinha das mais pobrezinha e doente traz
Uma tigela de sopa para seu filho aleijado )
Vamos meu filho como um pouco mais antes que o frio te traga maiores dores no peito .
O menino : ( o menino tosse e tenta andar até um tamborete que lhe serve de mesa )
Alguém bate a porta !!!
Mendigo : ( trazendo um odor um pouco difícil )
Olá , senhora , vim pedir um pouco de água .
A senhora : Entre , vou pegar !
Mendigo : ( Olha observa todo o local e vê somente uma panela no fogo e o menino a tomar uma sopa transparente . Tira o que tem de seu fardo e vê que ali, ele é quem tem mais a dar. )
Senhora ! Poderíamos sentar e dividir o que temos ? Trago um pouco de pão e peixe . Vejo que seu filho está fraco.
Senhora: Sim , Sou viuva e não temos quem cuide de nós .
Meu filho a sete anos não pode virar-se sozinho e por isso não posso trabalhar.
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