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sexta-feira, 15 de maio de 2015

A  CRIATURA


Apostila 05




Nossa descrição até a apostila 04 contou das origens perdidas na mente das eras, e começou a delinear a trajetória das Mônadas nestes arraiais que nos são familiares.
Para rememorar repetimos a figura acima também mostrada e comentada na apostila anterior.

Por sua vez, o texto interrompido falava que uma irresistível onda de vida “empurrava”, e empurra, as Mônadas através dos vários planos.

Mais uma vez aqui fazemos outra advertência quanto ao emprego das  palavras.  O termo usado “empurra” é figurativo e não espelha a realidade, porquanto a Mônada jamais se desloca do plano Monádico.  O que dela se lança aos  planos abaixo do Monádico é um cordão energético que eletriza o veículo que num determinado plano esteja usando.  Isto será mais claramente visto a partir da apostila 10.  Por enquanto fica válido o termo usado, mas não o tomem ao pé da letra.

Para que ocorram esses estágios que a Mônada faz nos vários planos, acontecem dois ciclos.  Um descendente, quando as centelhas espirituais mergulham na matéria de cada plano, vestindo-a nas várias formas de veículos para irem formalizando, em definitivo, suas individualidades;   e o outro ciclo é o ascendente, quando, desvestindo a matéria, e com suas individualidades consolidadas na ética cósmica, ingressam no caminho da angelitude. (Esse tópico será visto na apostila 28).


Acima apresentamos um gráfico onde fica mais compreensível a descrição feita  até aqui.

A figura descreve:  Sob a direção dos poderes do 3º Logos, os átomos de cada um dos planos despertam para novas possibilidades de atração e repulsão, de forma que possam se agregar em moléculas que passam de simples a complexas.  De suas diferenciações, em cada um dos cinco planos inferiores ao Monádico, são formados sete sub-planos.

Por todos esses degraus a Mônada viajará vestindo corpos adequados a cada um, impulsionada pelo irresistível fluxo de vida que, como dissemos, na primeira fase, é descendente.  Quando esse fluxo de vida alcança o ponto indicado pela letra “A” na figura, que corresponde ao ponto central do reino mineral, no plano Físico, a pressão descendente cessa, e é substituída por uma tendência ascendente.

Essa tendência ascendente é a continuidade do irresistível fluxo de vida, razão porque as criaturas na Terra se debatem entre o incompreensível da vida material e a atração da vida espiritual, o que causa inúmeros conflitos psicológicos.

Esses conflitos cau-sam na pessoa a impressão de que ela está se dividindo ao meio, conforme ilustra a figura ao lado.

Nesse conflito de definições, uma me-tade é arrastada para a matéria e a outra metade tenta subir os degraus do espírito.  Por isso, no estágio evolutivo atual da humanidade, somos apenas “meio bons”.

Resumo:  vive-se a fase da traumática confusão em que se acha toda a humanidade.

Apesar dos conflitos, é dessa forma que as Mônadas vão viajando por eras incontáveis, embora sentindo uma irresistível atração pelo belo e pelo perfeito, pois no íntimo todas sabem que somente isso proporcionará a verdadeira e imperecível felicidade.   Contudo, apesar de sentirem tal atração, acabam por se deixar dominar pela sedução, ilusória, da matéria, confundindo-a como perenemente real, esquecendo que dela será retirada pelas portas da morte dos corpos que veste.

Mas não podemos nos adiantar na descrição dessa viagem sem antes fazer a demonstração de todo o conjunto dos Seres Diretores do sistema, aos quais Ramatis chamou de Engenheiros Siderais.

Falamos do 1º, do 2º  e do 3º Logos, as criaturas centrais de nosso conjunto planetário.  Elegidos que foram pelo Colegiado da Galáxia para assumirem a direção do portentoso fenômeno de criar Mundos, instalaram-se eles, como não poderia deixar de ser, naquele ponto que viria a ser o centro de todo o conjunto.  E uma vez criado o Sol, este não apenas se tornou o centro irradiador de energia, luz e calor, mas também passou a ser o centro da morada Logoica.  Podemos dizer, é ali o centro de Si, do 1º Logos !, o irradiador de Vida.

Para demonstrarmos o grande significado do Sol no sistema planetário e, particularmente em nossas vidas, um significado que foge ao conhecimento da quase totalidade da humanidade, vamos reproduzir abaixo trechos de textos de respeitados autores.

Do eminente teosofista e estudioso Arthur E.
Powell temos:   “O SOL físico pode ser considerado como uma espécie de chakram ou centro de força que está n’Ele, correspondente ao coração do homem, manifestação externa do centro principal de Seu Corpo.”  (Grifo do original – Livro: O Sistema Solar, página 44, editado pela Editora Pensamento)

André Luiz, espírito, pela psicografia generosa de Francisco Cândido Xavier, assim se expressou sobre o Sol:   “A estrela que o Senhor acendeu para os nossos trabalhos terrestres é mais preciosa e bela do que a supomos quando no círculo carnal.  Nosso Sol é a divina matriz da vida, e a claridade que irradia provém do Autor da Criação.”  (Livro: Nossa Lar, página 27, editado pela Federação Espírita Brasileira)

Mas André Luiz não fez só a citação acima.  Ainda através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, e cheio de reverência e eloqüência ele ensina:  “Agradeçamos ao Senhor dos Mundos a bênção do Sol !  Na natureza física é a mais alta imagem de Deus que conhecemos.”  (Grifos nossos) (Livro: Os Mensageiros, página 176, editado pela Federação Espírita Brasileira).

Os trechos acima, por si só são enfáticos o suficiente para entendermos que o Sol não é apenas um astro brilhante no céu para amorenar a nossa pele durante os banhos de piscinas e praias.

Notem que Arthur E. Powell diz, ...que está n’Ele...e  ...Seu Corpo.  Perguntamos:  Está em quem ?  Seu Corpo, de quem ?

Temos mais perguntas, desta feita compulsando os textos de André Luiz.  No do livro Nosso Lar ele diz:  Nosso Sol é a divina matriz da vida, e a claridade que irradia provém do Autor da Criação.  Do livro Os Mensageiros extraímos:  Na natureza física é a mais alta imagem de Deus que conhecemos.

As perguntas são:  Quem é o Autor da Criação cuja claridade solar dele provém ?  Ora, se dentre as estrelas do firmamento o nosso sol até que não é das maiores, como pode ser a “mais alta imagem de Deus que conhecemos” ?

Uma só resposta atende e elucida os textos de Arthur E. Powell e André Luiz:  Ambos se referir am à essa Entidade que nos textos esotéricos, e nestes apontamentos, recebe o nome de o 1º Logos.  Nem mais e nem menos.  E que faz afirmar nossa citação em parágrafos anteriores, quando escrevemos:  E uma vez criado o Sol, este não apenas se tornou o centro irradiador de energia, luz e calor, mas também passou a ser o centro da morada Logoica.  E também do que citamos no boletim anterior, quando dissemos que o Sol e todo o sistema planetário é o corpo visível (para nós), desse Ser.

Os trechos dos livros referidos confirmam, também, a existência das hierarquias criadoras.  O mesmo André Luiz, em seu livro Obreiros da Vida Eterna, à página 50, e que faremos referência na apostila 08, conta dessas grandiosas Criaturas que administram  as vidas e o sistema solar como um todo.  E muito teríamos a falar, entretanto, nosso singelo estudo não nos permite aprofundar mais nessa particularidade Logoica e Solar.  Lembramos apenas, e de passagem, que os povos da antiguidade tinham especial respeito pelo Sol, cultuando-o, inclusive, nos seus preceitos religiosos.

A humanidade de após o advento das grandes religiões ocidentais é que perdeu o elo referencial com seu Criador, metamorfoseando-O num vendilhão dos templos.

Mas sigamos com nossa pesquisa.  Como se falou da existência dos globos planetários nos diferentes  planos indicados nas figuras 04D e 05A, folha 1, também o sol se desdobra irradiativamente em vibrações adequadas a cada plano.  Isto é, há o sol físico, o sol astral, etc.  Entretanto o mesmo Sol em suas múltiplas variações dimensionais, como assim acontece, também, com os planetas.

Para compreender essa intrincada magnitude, podemos dizer que o sol físico é a manifestação do 1º Logos neste ambiente que existimos encarnados.  Isto, também, nos dá uma melhor idéia daquilo que os teólogos falam, quando dizem que Dele tudo provém, referindo-se a Deus.  E é verdade, mas é uma verdade oculta.  A referência não se trata do Criador Incriado, mas do Criador Criado

Atentem para a diferença.  Criador Incriado é o Ser Total no qual todo o cosmo subsiste e Dele provém.  Criador Criado é um dos Engenheiros Siderais, Chefe de Equipe, no qual nosso sistema planetário subsiste e foi criado por ele e Sua Equipe.

 E não é outro que não o nosso 1º Logos.  Dele podemos dizer mais:  dentro deste sistema planetário, com todos os seus múltiplos mundos e planos, que no conjunto é todo o conjunto formado por seus corpos de manifestação, ELE é onisciente, onipotente e onipresente.

Para tornar isso mais claro podemos usar de uma comparação.   Nosso eu, o Espírito, é onisciente, onipotente e onipresente em seu conjunto de corpos.  Ou seja, em seu corpo Físico, em seu corpo Astral, em seu  corpo Mental, e por aí em diante.  Portanto, nossos corpos, em seu conjunto, é algo comum e vivenciável pelo nosso Eu.  Embora esse conjunto de corpos nos pareça algo simples.  Mas o que nos parece tão simples, como nosso corpo, na verdade não é tão simples assim.  E seu funcionamento se faz de forma harmônica no que chamamos de  “automatismo”, porque nosso espírito, ao longo das eras, aprendeu a governar organismos complexos, e já o faz com maestria.  E com maestria tão sutil, e oculta, que passamos a acreditar no que a ciência biológica diz, quando se refere aos automatismos orgânicos.  Entretanto, para desmenti-la, aí está a morte.  Uma vez o espírito deixando o corpo não há automatismo que o faça viver.   

Mas isso são questões metafísicas que não cabe discuti-las neste trabalho.  Sigamos, pois o caminho a percorrer é longo.

Ainda dentro do tópico que fez referência à onisciência, onipotência e onipresença, citaremos Pietro Ubaldi, outro grandioso inspirado que em seu magistral livro “A Grande Síntese”, assim se expressou:  “...Também o homem resume em si todas as consciências inferiores.  Cada célula tem, por isso a sua pequena consciência, que preside ao seu recâmbio em todos os tecidos, em todos os órgãos; e uma consciência coletiva, [nosso espírito*], mais elevada, lhes dirige o funcionamento.”  (*Referência nossa) - (Página 243, editado pela Livraria Allan Kardec Editora)

Corroborando com a expressão de que as células componentes do corpo humano são uma colônia de consciências em despertamento sob o controle de uma entidade maior, o espírito, Manoel Philomeno de Miranda, usando da psicografia de Divaldo Pereira Franco, no seu livro Painéis da Obsessão, assim ensina:  “São bilhões de seres microscópicos, individualizados, trabalhando sob o comando da mente.” (Grifo nosso) – (Editado pela Livraria Espírita Alvorada Editora, página 7)

Tudo isso explica porque o nosso Eu comanda seu pequeno mundo corpóreo com tanta desenvoltura, ao mesmo tempo em que nos remete à compreensão de como é possível ao 1º Logos comandar o gigantismo do sistema planetário em que vivemos.  Para Ele, todos os astros e seres existentes neles, “São, apenas os bilhões de seres microscópicos, individualizados, trabalhando sob o comando da mente.”  Da Sua mente, da mente do 1º Logos.
  

Obviamente que para a ciência biológica as células de nosso corpo nada mais são que aglomerados de átomos, ordenados em cadeias químicas para funcionarem em específicas ações.   Isso é para a ciência biológica, pródiga, é verdade, em resultados que beneficiam a vida humana, mas que, entretanto, ainda não tem olhos para ver além do que os microscópios revelam.

Mas nem por isso, cada átomo deixa de ter a sua consciência própria.  Antes do advento do microscópio os homens dos laboratórios nem imaginavam a existência das pequenitas criaturas, as bactérias, e no entanto, elas existiam.  Assim também o será com relação à consciência existente em cada átomo.   Um dia a ciência, seja através de instrumentos ou de seus cálculos matemáticos, chegará a esta conclusão.  Aguardemos.

Como vemos, tudo isso é grandioso e não são poucas as literaturas que tratam do assunto.  Entretanto, é preciso garimpar nessa vastidão literária para encontrar as referências certas.

O que podemos acrescentar, e que diante das citações provenientes de autores de total credibilidade como os acima referidos, não há porque alimentar dúvidas sobre a existência dessa hierarquia criadora, e dos trâmites por eles executados com o fito de ocupar, com mais um sistema planetário, uma área da Via Láctea.
Logo, não há porque estranhar expressões que nos levem a profundezas, aparentemente, e só aparentemente, insondáveis.  Como é o fato de o 1º Logos, no conjunto de todo este sistema planetário, que é a Sua expressão corpórea que abrange os variados planos aqui existentes, Ele ser onisciente, (tudo dele sabe), onipotente, (é o energizador), e onipresente, (ocupa todas as suas partes).

Obviamente que na descrição acima não estamos levando em conta o esplendor do que podemos chamar de Sua Glória.  Contudo, nossa forma de descrição não é irreverente.  E´ apenas singela, própria da linguagem humana incapacitada de traduzir em palavras o que só o espírito sente. Como, também, para facilitar a compreensão.  No âmago de nossa alma, porém, de forma indescritível, guardamos o verdadeiro sentimento de sacralidade e respeito por tão magnificente Criatura, o nosso Criador.

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Alongamo-nos um pouco nesta apostila, por culpa da empolgação com o tema.  Na próxima voltaremos aos Engenheiros Siderais.

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Bibliografia:

A constante na apostila 04.


Pesquisa Elaborada por

LUIZ ANTONIO BRASIL

1996
Revisão 2005
Distribuição Gratuita de toda a série Copiar e citar fonte


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