A CRIATURA
Apostila 05
Nossa descrição até a apostila
04 contou das origens perdidas na mente das eras, e começou a delinear a
trajetória das Mônadas nestes arraiais que nos são familiares.
Para rememorar repetimos a figura acima também
mostrada e comentada na apostila anterior.
Por sua vez, o texto interrompido falava que uma
irresistível onda de vida “empurrava”, e empurra, as Mônadas através dos vários
planos.
Mais uma vez aqui fazemos outra advertência quanto
ao emprego das palavras. O termo usado “empurra” é figurativo e não
espelha a realidade, porquanto a Mônada jamais se desloca do plano
Monádico. O que dela se lança aos planos abaixo do Monádico é um cordão
energético que eletriza o veículo que num determinado plano esteja usando. Isto será mais claramente visto a partir da
apostila 10. Por enquanto fica válido o
termo usado, mas não o tomem ao pé da letra.
Para que ocorram esses estágios que a Mônada faz
nos vários planos, acontecem dois ciclos.
Um descendente, quando as centelhas
espirituais mergulham na matéria de cada plano, vestindo-a nas várias formas de
veículos para irem formalizando, em definitivo, suas individualidades; e o outro ciclo é o ascendente,
quando, desvestindo a matéria, e com suas individualidades consolidadas na
ética cósmica, ingressam no caminho da angelitude. (Esse tópico será visto na apostila 28).
Acima apresentamos um gráfico onde fica mais
compreensível a descrição feita até
aqui.
A figura descreve:
Sob a direção dos poderes do 3º Logos, os átomos de cada um dos planos
despertam para novas possibilidades de atração e repulsão, de forma que possam
se agregar em moléculas que passam de simples a complexas. De suas diferenciações, em cada um dos cinco
planos inferiores ao Monádico, são formados sete sub-planos.
Por todos esses degraus a Mônada viajará vestindo
corpos adequados a cada um, impulsionada pelo irresistível fluxo de vida que,
como dissemos, na primeira fase, é descendente. Quando esse fluxo de vida alcança o ponto
indicado pela letra “A” na figura, que corresponde ao ponto central do
reino mineral, no plano Físico, a pressão descendente cessa, e é substituída
por uma tendência ascendente.
Essa tendência ascendente é a continuidade do
irresistível fluxo de vida, razão porque as criaturas na Terra se debatem entre
o incompreensível da vida material e a atração da vida espiritual, o que causa
inúmeros conflitos psicológicos.
Esses conflitos cau-sam
na pessoa a impressão de que ela está se dividindo ao meio, conforme ilustra a
figura ao lado.
Nesse conflito de
definições, uma me-tade é arrastada para a matéria e a outra metade tenta subir
os degraus do espírito. Por isso, no
estágio evolutivo atual da humanidade, somos apenas “meio bons”.
Resumo:
vive-se a fase da traumática confusão em que se acha toda a humanidade.
Apesar dos conflitos, é dessa forma que as Mônadas
vão viajando por eras incontáveis, embora sentindo uma irresistível atração
pelo belo e pelo perfeito, pois no íntimo todas sabem que somente isso
proporcionará a verdadeira e imperecível felicidade. Contudo, apesar de sentirem tal atração, acabam
por se deixar dominar pela sedução, ilusória, da matéria, confundindo-a como
perenemente real, esquecendo que dela será retirada pelas portas da morte dos
corpos que veste.
Mas não podemos nos adiantar na descrição dessa
viagem sem antes fazer a demonstração de todo o conjunto dos Seres Diretores do
sistema, aos quais Ramatis chamou de Engenheiros Siderais.
Falamos do 1º, do 2º e do 3º Logos, as criaturas centrais de nosso
conjunto planetário. Elegidos que foram
pelo Colegiado da Galáxia para assumirem a direção do portentoso fenômeno de
criar Mundos, instalaram-se eles, como não poderia deixar de ser, naquele ponto
que viria a ser o centro de todo o conjunto.
E uma vez criado o Sol, este não apenas se tornou o centro irradiador de
energia, luz e calor, mas também passou a ser o centro da morada Logoica. Podemos dizer, é ali o centro de Si, do 1º
Logos !, o irradiador de Vida.
Para demonstrarmos o grande significado do Sol no
sistema planetário e, particularmente em nossas vidas, um significado que foge
ao conhecimento da quase totalidade da humanidade, vamos reproduzir abaixo
trechos de textos de respeitados autores.
Do eminente teosofista e estudioso Arthur E.
Powell temos: “O SOL físico
pode ser considerado como uma espécie de chakram ou centro de
força que está n’Ele, correspondente ao coração do homem, manifestação externa
do centro principal de Seu Corpo.”
(Grifo do original – Livro: O Sistema Solar, página 44, editado pela
Editora Pensamento)
André Luiz, espírito, pela psicografia generosa de
Francisco Cândido Xavier, assim se expressou sobre o Sol: “A estrela
que o Senhor acendeu para os nossos trabalhos terrestres é mais preciosa e bela
do que a supomos quando no círculo carnal.
Nosso Sol é a divina matriz da vida, e a claridade que irradia provém do
Autor da Criação.” (Livro:
Nossa Lar, página 27, editado pela Federação Espírita Brasileira)
Mas André Luiz não fez só a citação acima. Ainda através da psicografia de Francisco
Cândido Xavier, e cheio de reverência e eloqüência ele ensina: “Agradeçamos ao
Senhor dos Mundos a bênção do Sol ! Na
natureza física é a mais alta imagem de Deus que conhecemos.” (Grifos nossos) (Livro: Os Mensageiros,
página 176, editado pela Federação Espírita Brasileira).
Os trechos acima, por si só são enfáticos o
suficiente para entendermos que o Sol não é apenas um astro brilhante no céu
para amorenar a nossa pele durante os banhos de piscinas e praias.
Notem que Arthur E. Powell diz, ...que está n’Ele..., e ...Seu Corpo. Perguntamos: Está em quem ? Seu Corpo, de quem ?
Temos mais perguntas,
desta feita compulsando os textos de André Luiz. No do livro Nosso Lar ele diz: Nosso
Sol é a divina matriz da vida, e a claridade que irradia provém do Autor da
Criação.
Do livro Os Mensageiros extraímos:
Na natureza física é a mais alta
imagem de Deus que conhecemos.
As perguntas são: Quem é o Autor da Criação cuja claridade
solar dele provém ? Ora, se dentre as
estrelas do firmamento o nosso sol até que não é das maiores, como pode ser a
“mais alta imagem de Deus que conhecemos” ?
Uma só resposta atende e
elucida os textos de Arthur E. Powell e André Luiz: Ambos se referir am à essa Entidade que nos
textos esotéricos, e nestes apontamentos, recebe o nome de o 1º Logos. Nem mais e nem menos. E que faz afirmar nossa citação em parágrafos
anteriores, quando escrevemos: E uma vez criado o Sol, este não apenas se tornou o
centro irradiador de energia, luz e calor, mas também passou a ser o centro da
morada Logoica. E também do
que citamos no boletim anterior, quando dissemos que o Sol e todo o sistema
planetário é o corpo visível (para nós), desse Ser.
Os trechos dos livros
referidos confirmam, também, a existência das hierarquias criadoras. O mesmo André Luiz, em seu livro Obreiros da
Vida Eterna, à página 50, e que faremos referência na apostila 08, conta dessas
grandiosas Criaturas que administram as
vidas e o sistema solar como um todo. E
muito teríamos a falar, entretanto, nosso singelo estudo não nos permite
aprofundar mais nessa particularidade Logoica e Solar. Lembramos apenas, e de passagem, que os povos
da antiguidade tinham especial respeito pelo Sol, cultuando-o, inclusive, nos
seus preceitos religiosos.
A humanidade de após
o advento das grandes religiões ocidentais é que perdeu o elo referencial com
seu Criador, metamorfoseando-O num vendilhão dos templos.
Mas sigamos com nossa
pesquisa. Como se falou da existência
dos globos planetários nos diferentes
planos indicados nas figuras 04D e 05A, folha 1, também o sol se
desdobra irradiativamente em vibrações adequadas a cada plano. Isto é, há o sol físico, o sol astral,
etc. Entretanto o mesmo Sol em suas
múltiplas variações dimensionais, como assim acontece, também, com os planetas.
Para compreender essa
intrincada magnitude, podemos dizer que o sol físico é a manifestação do 1º
Logos neste ambiente que existimos encarnados.
Isto, também, nos dá uma melhor idéia daquilo que os teólogos falam,
quando dizem que Dele tudo provém, referindo-se a Deus. E é verdade, mas é uma verdade oculta. A referência não se trata do Criador Incriado, mas do Criador Criado.
Atentem para a
diferença. Criador
Incriado é o Ser Total no qual todo o cosmo subsiste e Dele provém. Criador Criado é um dos Engenheiros
Siderais, Chefe de Equipe, no qual nosso sistema planetário subsiste e foi
criado por ele e Sua Equipe.
E não é outro que não o nosso 1º Logos. Dele podemos dizer mais: dentro deste sistema planetário, com todos os
seus múltiplos mundos e planos, que no conjunto é todo o conjunto formado por
seus corpos de manifestação, ELE é onisciente, onipotente e onipresente.
Para
tornar isso mais claro podemos usar de uma comparação. Nosso eu, o Espírito, é onisciente,
onipotente e onipresente em seu conjunto de corpos. Ou seja, em seu corpo Físico, em seu corpo
Astral, em seu corpo Mental, e por aí em
diante. Portanto, nossos corpos, em seu
conjunto, é algo comum e vivenciável pelo nosso Eu. Embora esse conjunto de corpos nos pareça
algo simples. Mas o que nos parece tão
simples, como nosso corpo, na verdade não é tão simples assim. E seu funcionamento se faz de forma harmônica
no que chamamos de “automatismo”, porque
nosso espírito, ao longo das eras, aprendeu a governar organismos complexos, e
já o faz com maestria. E com maestria
tão sutil, e oculta, que passamos a acreditar no que a ciência biológica diz,
quando se refere aos automatismos orgânicos.
Entretanto, para desmenti-la, aí está a morte. Uma vez o espírito deixando o corpo não há
automatismo que o faça viver.
Mas isso
são questões metafísicas que não cabe discuti-las neste trabalho. Sigamos, pois o caminho a percorrer é longo.
Ainda
dentro do tópico que fez referência à onisciência, onipotência e onipresença,
citaremos Pietro Ubaldi, outro grandioso inspirado que em seu magistral livro
“A Grande Síntese”, assim se expressou: “...Também o homem resume em si todas as
consciências inferiores. Cada célula
tem, por isso a sua pequena consciência, que preside ao seu recâmbio em todos
os tecidos, em todos os órgãos; e uma consciência coletiva, [nosso espírito*], mais elevada, lhes dirige o
funcionamento.” (*Referência nossa) - (Página 243, editado
pela Livraria Allan Kardec Editora)
Corroborando
com a expressão de que as células componentes do corpo humano são uma colônia
de consciências em despertamento sob o controle de uma entidade maior, o
espírito, Manoel Philomeno de Miranda, usando da psicografia de Divaldo Pereira
Franco, no seu livro Painéis da Obsessão, assim ensina: “São bilhões de seres microscópicos, individualizados,
trabalhando sob o comando da mente.” (Grifo nosso)
– (Editado pela Livraria Espírita Alvorada Editora, página 7)
Tudo isso explica
porque o nosso Eu comanda seu pequeno mundo corpóreo com tanta desenvoltura, ao
mesmo tempo em que nos remete à compreensão de como é possível ao 1º Logos
comandar o gigantismo do sistema planetário em que vivemos. Para Ele, todos os astros e seres existentes
neles, “São, apenas
os bilhões de seres microscópicos, individualizados,
trabalhando sob o comando da mente.” Da Sua mente,
da mente do 1º Logos.
Obviamente que para a
ciência biológica as células de nosso corpo nada mais são que aglomerados de
átomos, ordenados em cadeias químicas para funcionarem em específicas
ações. Isso é para a ciência biológica,
pródiga, é verdade, em resultados que beneficiam a vida humana, mas que,
entretanto, ainda não tem olhos para ver além do que os microscópios revelam.
Mas nem por isso,
cada átomo deixa de ter a sua consciência própria. Antes do advento do microscópio os homens dos
laboratórios nem imaginavam a existência das pequenitas criaturas, as bactérias,
e no entanto, elas existiam. Assim
também o será com relação à consciência existente em cada átomo. Um dia a ciência, seja através de
instrumentos ou de seus cálculos matemáticos, chegará a esta conclusão. Aguardemos.
Como vemos, tudo isso
é grandioso e não são poucas as literaturas que tratam do assunto. Entretanto, é preciso garimpar nessa vastidão
literária para encontrar as referências certas.
O que
podemos acrescentar, e que diante das citações provenientes de autores de total
credibilidade como os acima referidos, não há porque alimentar dúvidas sobre a
existência dessa hierarquia criadora, e dos trâmites por eles executados com o
fito de ocupar, com mais um sistema planetário, uma área da Via Láctea.
Logo, não
há porque estranhar expressões que nos levem a profundezas, aparentemente, e só
aparentemente, insondáveis. Como é o
fato de o 1º Logos, no conjunto de todo este sistema planetário, que é a Sua
expressão corpórea que abrange os variados planos aqui existentes, Ele ser
onisciente, (tudo dele sabe), onipotente, (é o energizador), e onipresente,
(ocupa todas as suas partes).
Obviamente
que na descrição acima não estamos levando em conta o esplendor do que podemos
chamar de Sua Glória. Contudo, nossa
forma de descrição não é irreverente. E´
apenas singela, própria da linguagem humana incapacitada de traduzir em
palavras o que só o espírito sente. Como, também, para facilitar a
compreensão. No âmago de nossa alma,
porém, de forma indescritível, guardamos o verdadeiro sentimento de sacralidade
e respeito por tão magnificente Criatura, o nosso Criador.
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Alongamo-nos um pouco
nesta apostila, por culpa da empolgação com o tema. Na próxima voltaremos aos Engenheiros
Siderais.
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Bibliografia:
A
constante na apostila 04.
Pesquisa
Elaborada por
LUIZ
ANTONIO BRASIL
1996
Revisão
2005
Distribuição
Gratuita de toda a série Copiar e citar fonte
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