A CRIATURA
Apostila 06
Até a apostila 05 os comentários, com razoável
extensão, foram sobre os três principais Diretores de nosso sistema
planetário. Os Logos 1º, 2º e 3º. Cabe agora falar da equipe que assessora, desde
aqueles primevos dias, esses diretores principais, no trabalho deste gigantesco
transformismo que levou à criação de nosso campo de vida.
Comentaremos a seguir sobre aqueles outros que Ramatis
chamou de Engenheiros Siderais.
Os três maiores, como se deduz, não operaram, e não
operam, sozinhos nessa interminável tarefa de criar e transformar mundos e
ocupantes. Interminável porque toda a
criação é dinâmica em sua marcha ascensional.
O transformismo é contínuo e ininterrupto. A tarefa nunca cessa.
A figura acima
ilustra a seqüência hierárquica dos elementos chave de nosso sistema. Nela, além dos três principais, representamos
também os sete outros gigantes, subordinados, porém aos primeiros.
Esses sete elementos
recebem nomes variados, conforme a escola filosófica-religiosa que os
estuda. Os hindus os chamam de os Sete
Prajâpatis, que significa Senhores da Criação;
os zoroastrinos de os Sete Amesha Spentas, significando os Santos Seres
Imortais; nas religiões egípcias os
chamaram de os Sete Deuses do Mistério;
o judaísmo os titula de os Sete Sephiroth; no novo testamento bíblico, mais
especialmente no livro do Apocalipse, (1:4 e 4:5), são chamados de os Sete Espíritos
de Deus. Para nosso mais simples entendimento
podemos chamá-los de os Arquétipos.
Vamos definir o que
entendemos por arquétipo. Segundo o
dicionário Aurélio, arquétipo é o “Modelo de Seres
Criados”, ou “padrão, protótipo”.
Helena Petrovna
Blavatsky, fundadora da Sociedade Teosófica, interpreta arquétipos ou protótipos
da seguinte forma: “são os poderes Conscientes e Inteligentes da
Natureza. A essa hierarquia correspondem
os tipos atuais em que a Humanidade pode ser dividida: porque a Humanidade, como um todo, é a
expressão materializada, embora imperfeita, daquela hierarquia.” (A Doutrina Secreta – volume I – página 146 –
Autoria de Helena Petrovna Blavatsky – Editado pela Editora Pensamento)
Ainda sobre eles, e
continuando a definição, dentro da teologia da Igreja Católica Romana, são os
Sete Arcanjos, dos quais Gabriel, Rafael e Miguel, são comuns a todas as
teologias. Os demais quatro nomes são
diferentes em cada culto. Todavia,
nominá-los, nenhuma importância tem, pois suas identidades verdadeiras não são
as citadas. Todas, como as conhecemos,
são apenas pontos de referência.
Portanto, para
entender o papel dos arquétipos da Criação de nosso sistema, basta agora dizer
que os três primeiros Logos, conforme se disse de início, cuidaram da
planificação geral, das providências de âmbito global. Os arquétipos, auxiliando-os, cuidaram do
detalhamento, isto é, das sub-divisões específicas, relacionadas cada uma com
um aspecto respectivo de cada um dos mundos.
Trocando em
miúdos: cada um deles implementou sua
característica particularizada numa divisão da Criação. Ainda é pouco para entender ? Então vamos a um exemplo:
Numa grande construção
onde atuam vários engenheiros, embora todos sejam igualmente engenheiros, dada
a diversidade de materiais a serem empregados, as funções ali se
diferenciam. Um cuida do projeto
arquitetônico, outro dos cálculos estruturais, aquele outro das instalações
elétricas, e assim por diante. E ao
final, apesar de toda essa diferenciação de atribuições entre os engenheiros, o
edifício se conclui belo e funcional.
Assim são os
arquétipos. Deles vem o “sopro”
influenciador e direcionador para cada ciclo e para cada reino na Criação.
Tomando nosso planeta
como exemplificação, podemos citar:
reino aquático, reino do ar, reino da terra, ou mineral, reino vegetal,
reino animal, reino elemental e reino humano.
Por isso, na Teosofia também são chamados de os Sete Logos das Cadeias
Planetárias.
Com esse aspecto
divisório entre as características dos diversos reinos, e dependendo da tendência
predominante que cada pessoa manifesta, dá para perceber sob qual influência
arquetípica maior ela se encontra.
Quando, evolutivamente,
o SER vai superando as tendências que o fixa em determinada categoria,
significa que ele está igualando as proporções das influências. Não é mais dominado por uma ou por
outra. Viveu-as todas, aprendeu-lhes as
lições, superou a fixidez ilusória que o prendia na matéria, podendo, agora,
assomar níveis maiores. (“Conhecereis a Verdade e ela
vos Libertará” - Jesus – João 8:32)
Concluindo, os
arquétipos são os determinantes de cada especificidade que vemos, sentimos e
que nos influencia.
Mas a sublime
hierarquia administrativa e operacional do sistema não termina nos arquétipos.
Na figura 06B vamos
encontrar as Grandes Criaturas que, cada uma por Sua vez, administra,
respectivamente, um dos planetas do sistema.
Estes são denominados de Cristos Planetários.
Sobre eles podemos
referir que no livro “Universo e Vida”, transmitido por Áureo, espírito,
pela psicografia de Hernani T. Santana, editado pela Federação Espírita
Brasileira, à página 110, há uma importante descrição.
O autor deixa bem
claro que no âmago do TODO existem os que Lhe vêm abaixo, seqüenciando o devir
dos mundos e dos seres.
O texto de Áureo, e
todos os leitores que se derem a atenção de o consultar verão, é, por si só,
muito expressivo e, principalmente, demonstra o que já vínhamos dizendo desde
apostilas precedentes, de que há uma hierarquia criando, desenvolvendo e administrando
a vida, em todas as suas nuances, por todo o cosmo. Hierarquia essa que em seus cimos, para a
Via Láctea, denominamos de Colegiado da Galáxia e, em sua seqüência, considerando
apenas o nosso sistema planetário, iniciamos com os 1º, 2º e 3º Logos.
Voltemos aos
Cristos. Embora em nossa ilustração
eles apareçam abaixo dos Arquétipos, isso não os desmerece. Apenas, na ordem da formação do sistema
exercem atribuições diferentes daqueles.
Contudo, são importantíssimos e, na escala evolutiva dos Seres, ocupam
posições inegavelmente importantes.
São eles que
vivificam cada planeta que Lhes é correspondente, sob, naturalmente, a vivificação
geral exercida pelo 1º Logos. Ou,
especificando melhor, Eles são a vida de cada planeta que presidem. Essa atribuição é semelhante àquela exercida
pelo 2º Logos, em relação às Mônadas.
Literalmente, Eles dão vida aos planetas.
Mas os planetas são
entes vivos ? Não são apenas esferas
cósmicas ? Materialmente inertes ? São, os planetas, e tudo o demais que exista
no cosmo são entes Vivos. Não
espantem. O que impede de atingir essa
compreensão é o arraigado conceito de vida que é adotado pela ciência terrestre. O conceito de vida dos terráqueos, é somente
o que está restrito aos reinos humano, animal irracional e vegetal. Entretanto, como já vimos em textos vários
citados nessas apostilas, por exemplo, o de Pietro Ubaldi, apostila 05 página
3, vida tem abrangência total, atingindo, ou seja originando-se, desde a
estrutura interatômica.
Mas este é um assunto
para outra categoria de estudo, e não da presente que vamos fazendo. Por isso, retomemos nosso passo, continuando
a falar dos Cristos.
Cada Cristo vivifica
um respectivo planeta, concluindo-se, por conseqüência, que existem o Cristo
Planetário da Terra, o Cristo Planetário de Vênus, etc, etc. E, se não fosse alongar demais, poderíamos
dizer que as chamadas influências astrológicas estão diretamente relacionadas
não ao aspecto físico de um planeta, mas sim ao aspecto do Cristo Planetário
daquele planeta específico, e no todo, à influência geral correspondente ao encadeamento
das posições que os planetas ocupam no zodíaco à hora do nascimento de uma
pessoa.
Mas essa, também, é
outra história que dela falar agora só dificultaria entender o objetivo principal
destas apostilas.
O que acrescentamos,
ainda sobre os Cristos, é que eles são os Seres Maiores para cada planeta. Tudo que existe em cada colônia espacial, na
Terra por exemplo, está sob a tutela, vivificação e influenciação Dele. Incluindo-se nisso todos os planos
existenciais de cada planeta. Plano
Físico, Plano Astral, e os demais, todos
estão regidos por Sua vontade.
O gigantesco trabalho
organizativo e operacional do sistema ainda requer a ação de outras
superinteligências, e estas as vemos na
figura abaixo.
São os Devas que os
representamos aos grupos. Na teologia
Católica tomam o nome de Anjos. São eles
os auxiliares diretos de cada Cristo Planetário. São muitos.
Incontáveis para a atual compreensão humana. Sabemos, apenas, que se subdividem em grupos,
e que no âmbito do planeta dirigem cada reino. Cuidado, eles não são a característica de
cada reino, que a isso compete aos Arquétipos.
Eles DIRIGEM, regionalizando-se por todo o planeta, em seus diversos
planos, os diferentes reinos da natureza.
Isto significa que os
cuidados mais diretos sobre tudo o que acontece na evolução das formas, e da
vida, em cada região do globo, estão sob as suas ordens. Dirigem, administram, decidem e impulsionam a
vida como um todo, na direção que no atual ciclo tem o rumo ascendente,
conforme ficou representado na figura 05B, apostila 05.
E´ dentro da categoria
da escala dos Devas, ou Anjos, que nosso Mestre Jesus está incluído. Essa informação nada tem de
desrespeitosa. O que ela possa abalar as
pessoas vem de seus alicerces ilusórios de religião. Isto é, por dois milênios conheceram da vida
espiritual apenas os enfeites que a teologia Católica apresentou. Enfeites sem realismo algum. Contudo, ante os fatos da evolução, a razão
nos mostra que a administração Sideral não é algo simples, como a mesma
teologia impingiu goela abaixo na humanidade.
E o tendencioso simplismo teológico se transformou em dogma – verdade indiscutível
– fazendo com que as pessoas passassem a confundir Jesus com o Cristo.
Assim, pois, esse
fato que não é novo, pois novo é apenas a informação para alguns, ele pode até
causar estranheza. Estranheza que vem de
ser apenas o reflexo do impacto que a informação possa provocar no milenar, mas
frágil, alicerce teológico daqueles aferradamente preconceituosos.
Porém, é preciso aqui
ressaltar: essa informação não vem causar nenhum desmerecimento ao
excelso SER que na Terra recebeu o nome de Jesus. Muito ao contrário, dignifica-O ante uma
realidade mais coerente com a Ordem Cósmica da Criação, cujos ensinos
descompromissados de homens livres, como os citados em nossa bibliografia,
fazem-nos conhecedores.
Jesus, como ensina
Emmanuel em seu livro A CAMINHO DA LUZ, página 17, é “um dos membros divinos da Comunidade de seres angélicos”
que dirige nosso orbe.
E muito além podemos
falar Dele, pois como Ele esteve tão perto de nós, fisicamente, fica mais fácil
e compreensível à imaginação humana.
Isto faremos na próxima apostila.
Bibliografia:
Autor
|
Título
|
Editora
|
Allan
Kardec
|
A Gênese – páginas 111, 117, 118 à 140 da 19ª edição
|
Federação
Espírita Brasileira
|
Allan Kardec
|
O Livro dos Espíritos – 1º Livro, caps. 2, 3 e 4
– 2º Livro cap. 1
|
Livraria Allan
Kardec Editora
|
André Luiz/Francisco C. Xavier
|
Ação e Reação – página 87
|
Federação
Espírita Brasileira
|
André Luiz/Francisco C. Xavier
|
Evolução em Dois mundos
|
Federação
Espírita Brasileira
|
André Luiz/Francisco C. Xavier
|
Obreiros da Vida Eterna – páginas 50 e 51
|
Federação
Espírita Brasileira
|
André Luiz/Francisco C. Xavier
|
Mecanismos da Mediunidade – páginas 43, 44 e 45
|
Federação
Espírita Brasileira
|
Arthur
E. Powell
|
O Sistema Solar
|
Editora
Pensamento
|
Arthur
E. Powell
|
O Corpo Causal e o Ego
|
Editora
Pensamento
|
Áureo/Hernani T. Santana
|
Universo e Vida – página 110
|
Federação
Espírita Brasileira
|
Charles
W. Leadbeater
|
A Clarividência – página 51
|
Editora
Pensamento
|
Charles W. Leadbeater
|
A Mônada
|
Editora
Pensamento
|
Charles W. Leadbeater
|
Compêndio de Teosofia – páginas 13 e 19
|
Editora
Pensamento
|
Edgar Armond
|
Os Exilados da Capela
|
Editora Aliança
|
Edição Barsa
|
Dicionário da Bíblia Católica – Edição 1975
|
Enciclopaedia
Brittânica
|
Elza Baker
|
Cartas de Um Morto Vivo – páginas 126 e 128
|
Livraria Allan
Kardec Editora
|
Emmanuel/Francisco C. Xavier
|
A Caminho da Luz - página 17
|
Federação
Espírita Brasileira
|
Erich
von Daniken
|
O dia em que os Deuses Chegaram
|
Editora
Melhoramentos
|
E.
Norman Pearson
|
O Espaço, o Tempo e o Eu
|
Edição do Autor
|
Helena Petrovna Blavatsky
|
A Doutrina Secreta – Volume I págs:
105-118-145-146-177-260-266-268-306-308
|
Editora
Pensamento
|
Helena Petrovna Blavatsky
|
A Doutrina Secreta – volume II – páginas 56 e
190
|
Editora
Pensamento
|
Helena Petrovna Blavatsky
|
A Doutrina Secreta – Volume IV – página 160
|
Editora
Pensamento
|
Helena Petrovna Blavatsky
|
A Doutrina Secreta – Volume V – páginas 69 e
90
|
Editora
Pensamento
|
Helena
Petrovna Blavatsky
|
Isis
sem Véu –
Volume III – págs. 41-103-135-136-172-175-176-184
|
Editora Pensamento
|
Itzhak Bentov
|
Á Espreita do Pêndulo Cósmico
|
Editora
Cultrix/Pensamento
|
Pietro Ubaldi
|
A Grande Síntese
|
Livraria Allan
Kardec Editora
|
Pietro Ubaldi
|
Cristo
|
Editora Monismo
Ltda
|
Ramatis/Hercílio Maes
|
Mensagens do Astral
|
Livraria Freitas
Bastos
|
Yvonne A. Pereira
|
Devassando o Invisível
|
Federação
Espírita Brasileira
|
Zecharia Sitchim
|
O 12º Planeta
|
Editora Best Seller
|
Zecharia Sitchim
|
O Código Cósmico
|
Editora Best Seller
|
LUIZ
ANTONIO BRASIL
1996
Revisão
2005
Distribuição
Gratuita de toda a série Copiar e citar fonte
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