A CRIATURA
Apostila 14
Na
descrição da apostila anterior deixamos nossa Mônada viajora prestes a embarcar
em uma nova excursão. Estava nos limites
do reino Animal e era preparada para dar os primeiros passos no reino
Elemental.
Todavia,
imaginamos que essas nossas modestas anotações podem estar causando admiração
dado a seu inusitado. Possivelmente
alguém poderá considerá-las inverossímil.
Compreendemos que assim possam achar, pois do que estamos tratando
extrapola a tudo que o comum dos mortais está habituado.
Por causa
disso, e como refrigério ao raciocínio, ocuparemos um pequeno espaço
preenchendo-o com alguns comentários baseados nas literaturas que nos
inspiraram, para que, pelas referências, todos possam nelas se embasar, e
concientizar-se da importância que estudiosos sérios, encarnados e desencarnados,
dão ao assunto.
Nossa
primeira referência é com André
Luiz, espírito, pela pena
mágica de Francisco Cândido Xavier, no livro Evolução em Dois Mundos,
páginas 19 e 20, editado pela Federação Espírita Brasileira.
O autor descreve
aquilo que na apostila 01 denominamos de O TODO, e que ele chama de
“hausto do Criador”. Conta que nesse
ambiente cósmico estão as constelações com seus séqüitos de mundos. Explica, porém, que a presença dessas
constelações não é um algo aleatório. A planeja-las, cria-las
e guia-las, estão as hostes de grandiosa envergadura.
A segunda referência
é do mesmo André Luiz, no livro No Mundo Maior, também
psicografado por Francisco Cândido Xavier, página 45, editado pela Federação
Espírita Brasileira.
Nesta ele adverte
dizendo que os seres, como um todo, não são obra do acaso, como ainda setores
da ciência teimam em continuar acreditando.
“Não somos criações milagrosas”, diz ele.
Nos
trechos referidos, a que o leitor atencioso deve fazer sua completa leitura
para melhor se inteirar da descrição, visualiza-se uma completa síntese de tudo
o que até aqui tratamos.
Entretanto, não nos
iludimos imaginando que isso vá romper a resistência dos mais recalcitrantes,
ou dos que tenham dificuldades por aceitar coisas novas. Reconhecemos que as páginas deste trabalho
são modestas para tanto.
Mas prossigamos
acrescentando mais um tijolo ao nosso edifício.
Como terceira referência citamos Áureo,
espírito, pela psicografia de Hernani T. Santana, à página 89 do livro Universo
e Vida, editado pela Federação Espírita Brasileira. Conta ele que por todo o espaço sideral
pululam os “Cristos de Deus”
comandando as galáxias. Acrescenta que
além disso, esses diretores dão especiais atenções aos cuidados de zelar pelas
“sementes” das quais advirão outras galáxias.
Parece exagero o
conteúdo das descrições referidas acima, pois, afinal de contas, nossa sociedade
não está habituada a olhar o cosmo, e a vida, enxergando a magnitude
correta. À generalidade dos terráqueos
é comum pensar no cosmo só como um amontoado de estrelas sem sequer deixar-se
imaginar o que são essas estrelas, e por que ali se encontram.
Também para o que chamam
vida, a limitação de interesses por compreendê-la é brutal. Dão-se por satisfeitos em pensar em vida
apenas nas estreitas fronteiras de um diminuto planeta que chamamos Terra.,
Para essa
generalidade humana o cosmo... ah !, o cosmo não interessa. Daí os espantos quando se deparam com
informações como estas que apresentamos nestes estudos.
Mas como dissemos ao
início desta série de apontamentos, não somos nós os pesquisadores. Estamos, apenas, fazendo papel de repórter,
na divulgação de um tema de relevante significação.
E dentro desta
pesquisa que nos foi possível fazer, especificamente neste tópico abordado por
Áureo, falando de sementes de galáxias – ele empregou o termo “ovos cósmicos” –
indicamos também o livro À Espreita do Pêndulo Cósmico, de autoria de
Itzhak Bentov, editado pela Editora Cultrix/Pensamento.
Nesse livro o autor,
numa linguagem totalmente científica, porém popular, expõe suas pesquisas a
respeito do surgimento das galáxias.
Apesar das negações
vindas de todas as partes, a ciência vai, aos poucos, confirmando essas
informações milenares, depositadas no seio das antigas religiões orientais.
Até podemos lembrar um fato recente que corrobora com nossa
informação. A notável revista VEJA em sua edição de 13 de Julho de 2005, páginas
110 e 111, veiculou um artigo no qual comenta aspectos cósmicos. Título do artigo: Trampolim do Tempo. Assunto:
Viagem através do tempo.
E´... a ciência vai
chegando onde tanto ela própria negou possibilidades. Mas estamos tocando neste assunto só para
dizer que o quê é negado hoje poderá estar demonstrado amanhã. Pois é, o artigo fala que as viagens através
do tempo podem ser feitas percorrendo canais siderais a que chamam de “Buraco
de Minhoca”. Isso mesmo, não espantem.
Mas isso não é coisa
nova. Já em 1992 tomamos conhecimento
dessa teoria por meio do livro Espaço-Tempo e Além, escrito por Bot Toben
e Fred Alan Wolf, cuja primeira edição no original inglês é de 1975. No Brasil foi editado pela Editora Cultrix.
No capítulo “A
Estrutura do Espaço-Tempo” os autores abordam o assunto com maestria. Especificamente à página 34 fazem a
demonstração do que vem a ser este curioso nome Buraco de Minhoca do
Espaço. Leiam-no, se lhes for possível,
para se inteirar das realidades científicas mais recentes, envolvidas com a metafísica
e a paranormalidade psíquica do Ser.
Quanto a essas
referências, muitas outras poderiam ser citadas para robustecer nossas certezas,
entretanto, não é este o escopo de nosso trabalho.
A pequena síntese
apresentada nos parece argumento suficiente para nos incentivar a continuar
nosso roteiro de pesquisa. Mesmo
porque, como dissemos acima, seria apenas um refrigério poético para dar asas à
nossa imaginação que anda tão cerceada, coitada, pela pressão do materialismo.
Portanto, depois
dessa ligeira viagem pelo tempo e pelo espaço, através das referências acima, e
convictos de que não estamos divagando no incompreensível, voltemos à estação
terrestre. Ajeitemo-nos nessa gigantesca
e bela nave espacial que os talentosos artífices do Criador moldaram para nós,
e sigamos com nossas anotações.
Nossa análise é retomada
no ponto em que a Mônada, deixando o reino Animal, se dirige ao reino
Elemental. Por natural, da forma em que
ela se encontra não lhe será possível manifestar-se no novo reino. Alguma coisa nos focos de vida de cada plano,
princípios embrionários de seus futuros veículos, terá que mudar, adaptando-se
ao novo ciclo que se inicia. Vejamos
essa mutação.
Na
figura ao abaixo, a mesma que foi visualizada na apostila 11, temos o arcabouço
completo da Mônada.
Fixados
estão os aspectos caracterizadores de cada plano, a saber: VONTADE, SABEDORIA,
ATIVIDADE, PENSA-MENTO, SENSAÇÃO e TRABALHO. (Vide apostilas 10 e 11).
E´ nessa conformação
que se encontra seu arcabouço naquele momento em que vai iniciar dita mudança,
naturalmente tendo-se em conta as transformações que descreveremos a seguir,
até porque, os invólucros grupais já se dissolveram, como vimos nas apostilas
12 e 13.
Agora, complexas
operações se iniciam. Mudando nossa
visão para a figura que se segue, vemos que, na primeira das operações, o fluxo
monádico do raio de vida se intensifica, e a Tríade Superior se torna mais brilhante. Fulgurante.
E´ que, em sua “descida”, o raio de vida ativa os elementos situados
nos planos Atma, Buddhi e Mental Superior.
Atingindo o Mental
Superior um estremecimento desperta aquela semente que passa a vibrar com maior
intensidade.
Quanto aos três
outros aspectos situados abaixo da linha divisória do plano Mental, os componentes
que formam a Tríade Inferior, permanecem
como que hibernando, após terem deixado o reino Animal.
Entretanto, o
estremecimento ocorrido no Mental Superior rompe as películas que separavam os
aspectos situados acima e abaixo daquela linha divisória.
Com o rompimento da película as vibrações prosseguem ativando todo o
conjunto até atingir o aspecto situado no plano Físico.
Vejam nesta outra
figura, aqui ao lado, como tudo ficou. Representamos
nela a sacudidela geral que transcorre com o arcabouço, e daí, o último
invólucro da “casca do ovo” de que vínhamos estudando, resquício da última
Alma-Grupal, se despedaça.
Aquela separatividade
entre os aspectos desaparece, e estes se tornam contínuos junto com a Mônada,
através do cordão “sonda”.
Para relembrar
repetimos que os aspectos fixados são os elementos permanentes para formações
futuras dos respectivos corpos.
A seguir a esse
instante de profunda mudança, o estremecimento maior que acontece no plano
Mental Superior se transforma num vórtice.
Um roda-moinho. Este, em seu giro, atrai para seu centro
todas as forças e partículas que estejam em derredor, provocando, com isso, a
consolidação daquilo que virá a ser o corpo Causal.
Agora, olhando esta
próxima figura, ao lado, vemos a expressão do que restou após a cessação dos
impulsos das forças monádicas que causaram o estremecimento vorticoso.
O vórtice
“se acalma e vai tomando a forma de um
envoltório delicado, de fina película”. Estas palavras estão no livro O Corpo Causal
e o Ego, página 61, de autoria de Arthur E. Powell, editado pela Editora
Pensamento, expressando o fenômeno que tem por resultante a formação do corpo
Causal.
Assim, nossa Mônada
viajora possui o primeiro corpo que lhe permitirá ingressar no novo ciclo
direcionado à inteligência. Surge no
cenário cósmico da vida daquela Mônada seu corpo Causal.
Mas não é só um novo
corpo que se forma. Depois dos
longérrimos ciclos gastos a percorrer os reinos anteriores, temos, também, um INDIVÍDUO.
O mais importante feito de todo esse transformismo.
Isso porque o corpo
Causal é a característica determinante entre o Ser animal e o Ser Hominal. Os animais não o possuem e nem dele
necessitam. Para o homem, porém, ele é a
ponte entre os focos dos pensamentos abstratos, cuja origem está em Atma,
Buddhi e Mental Superior, com os focos dos pensamentos concretos
que estão no Mental Inferior.
Portanto, na figura
14C, o corpo Causal, por falta de melhor expressão de sua forma, pois esta
ainda é inteiramente desconhecida, é representado por um ovóide. Mesmo porque, aos olhos dos mais perspicazes
clarividentes, devido sua luminosidade, só é visto uma forma oval de luzes.
Olhando para trás,
vemos que milhares e milhares de séculos separam aquela iniciante Mônada,
descrita na apostila 10, deste acontecimento que ora estamos comentando. Conclusão, está pronta a Individualização.
Na apostila 15
complementaremos com mais algumas informações a descrição desse despertar. Por esta, aproveitando nosso espaço, queremos
fazer referência a alguns outros trechos de literaturas que vivificam as
informações dadas, pois, embora nossa narrativa seja singela, isso não quer
dizer que o fato o seja.
Apenas resumimos para
simplificar a compreensão, porém, numa tentativa de melhor informar, novamente
indicamos outra parte do livro Universo e Vida, já referido acima. Esta
nova indicação está à página 59.
Nesta parte de seu livro Áureo descreve, com minúcias, a organização
existente nos planos extrafísicos apropriada às operações que promovem o
despertamento consciencial nas Mônadas, principalmente nesta seqüência que
tange o estudo desta apostila, qual
seja, a da individualização.
E´ claro que apesar
do detalhamento exposto por Áureo, ainda assim nos falta capacidade para
imaginar a completude das fases desse processo operatório por ele descrito.
Contudo, comparando
ao que acontece na Terra onde criaturas menores estão sob os cuidados de
criaturas maiores, exemplo, o recém nascido e o médico obstetra, é de se
imaginar, mesmo que imperfeitamente, que no espaço onde se situam as criaturas
arcangélicas os cuidados dispensados à individualização das Mônadas, seja,
mesmo, algo indescritivelmente grandioso.
Nesta apostila
ficaremos por aqui. Cremos que o estudo
até aqui feito dá excelente base para o prosseguimento.
Bibliografia:
Autor
|
Título
|
Editora
|
Allan
Kardec
|
O Livro dos Espíritos – 1º Livro caps. 2, 3 e 4
– 2º Livro cap. 1
|
Livraria Allan
Kardec Editora
|
André Luiz/Francisco C. Xavier
|
Ação e Reação – página 87
|
Federação
Espírita Brasileira
|
André Luiz/Francisco C. Xavier
|
Evolução em Dois mundos
|
Federação
Espírita Brasileira
|
André Luiz/Francisco C. Xavier
|
Obreiros da Vida Eterna – páginas 50 e 51
|
Federação
Espírita Brasileira
|
Arthur
E. Powell
|
O Corpo Causal e o Ego
|
Editora
Pensamento
|
Áureo/Hernani T. Santana
|
Universo e Vida – páginas 59 e 110
|
Federação
Espírita Brasileira
|
Charles
W. Leadbeater
|
A Mônada
|
Editora
Pensamento
|
Charles
W. Leadbeater
|
Compêndio de Teosofia – páginas 13 e 19
|
Editora
Pensamento
|
Edgar Armond
|
Os Exilados da Capela
|
Editora Aliança
|
Emmanuel/Francisco C. Xavier
|
A Caminho da Luz
|
Federação
Espírita Brasileira
|
E.
Norman Pearson
|
O Espaço, o Tempo e o Eu
|
Edição do Autor
|
Helena Petrovna Blavatsky
|
A Doutrina Secreta – Volume I págs:
105-118-145-146-177-260-266-268-306-308
|
Editora
Pensamento
|
Helena Petrovna Blavatsky
|
A Doutrina Secreta – volume II – páginas 56 e
190
|
Editora
Pensamento
|
Helena Petrovna Blavatsky
|
A Doutrina Secreta – Volume V – páginas 69 e
90
|
Editora
Pensamento
|
Helena
Petrovna Blavatsky
|
Isis
sem Véu –
Volume III – págs. 41-103-135-136-172-175-176-184
|
Editora Pensamento
|
Helena
Petrovna Blavatsky
|
Isis
sem Véu –
Volume IV – página 65
|
Editora Pensamento
|
Itzhak Bentov
|
Á Espreita do Pêndulo Cósmico
|
Editora
Cultrix/Pensamento
|
Pietro Ubaldi
|
A Grande Síntese
|
Livraria Allan
Kardec Editora
|
Ramatis/Hercílio Maes
|
Mensagens do Astral
|
Livraria Freitas
Bastos
|
Yvonne A. Pereira
|
Devassando o Invisível
|
Federação
Espírita Brasileira
|
LUIZ
ANTONIO BRASIL
1996
Revisão
2005
Distribuição
Gratuita de toda a série Copiar e citar fonte
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