A CRIATURA
Apostila 10
Das apostilas precedentes já temos a descrição
das moradas e dos respectivos administradores deste conjunto habitacional
chamado Sistema Solar. Faltam-nos os
moradores, que passaremos a descrever.
A figura abaixo é a
mesma apresentada na apostila 03. Nela,
pela primeira vez, fizemos referência à Mônada.
Centelha de vida de cada Ser.
Recapitulando, lembramos que a Mônada se origina a partir do
transformismo inicial efetuado pelo 1º Logos.
(Vide apostilas 02 e 03). Sobre
esse surgimento paira a mais densa névoa.
Tentar descrevê-lo para as condições humanas de interpretação é,
simplesmente, impossível.
Alguns autores, como
Pietro Ubaldi em seu livro A Grande Síntese, fizeram uma tentativa para
elucidar tão transcendente acontecimento.
Contudo, dada as dificuldades naturais causadas pela ausência de termos
comparativos, as narrativas daqueles pensadores não oferecem a clareza que o
raciocínio humano sempre deseja. Assim,
conquanto consideremos louvável o esforço de cada um deles, não desceremos aos
pormenores de seus textos, pois que, para analisá-los, nos alongaríamos demasiadamente,
o que poderia tornar essa apostila pouco compreensível.
Para nós, humanos,
até que o tempo, e a visão espiritual, nos permitam, o nascimento de u’a Mônada
continuará na lista das explicações impossíveis. Mesmo porque esse evento se dá num plano,
ainda, inteiramente incompreensível à nossa razão e à nossa imaginação.
Assim estabelecido, com o seu nascimento temos o primeiro passo desse
viandante cósmico chamado Espírito, que é transferido ao plano 2, ou Monádico,
e entregue aos cuidados do 2º Logos..
Ali é seu berço de
despertamento. Despertado, ou vivificado
pelo 2º Logos, inicia sua interminável jornada.
Allan Kardec, usando de uma expressão comum, disse que o Espírito é
criado Simples e Ignorante. (O Livro dos Espíritos,
questão 115 e 804).
Essa expressão pode
ser traduzida como tendo sido criado simples e sem o Saber, mas destinado à mais
avançada das potencialidades que nos é dado imaginar. E´ assim que o vemos na figura, à esquerda,
03C. Logo a seguir, porém, timidamente
dá o primeiro passo. Acompanhem a figura
abaixo.
Guiado pelos devas
lança de si um raio de vida buscando contato com o primeiro plano a seguir ao
que se encontra. Digamos, lança de si
uma “sonda”. Para entendermos, essa
sonda pode ser comparada a um dispositivo de controle remoto, através do qual
faz seu acesso ao plano Atma.
Uma vez a “sonda” ali
instalada, agrega-se à ela as substâncias pertencentes e que melhor caracterizam
aquele plano. Esse agregado fundamenta
na Mônada, via “sonda”, o aspecto VONTADE. E´ o que na figura indicamos por 1ª Etapa.
Agora irá dar mais um
passo. Partindo da “sonda” que se encontra
no plano Atma projeta o prolongamento do raio de vida que, como um tentáculo,
alcança o plano Buddhi.
Igualmente ao
acontecimento anterior, agrega em si,
através da “sonda”, as substâncias características daquela dimensão, passando a
ter, em si, o aspecto SABEDORIA. Isso é visto na figura na coluna indicada por
2ª Etapa.
Continuando sua
expansão de vida, e sempre sob os cuidados dos Devas, lança o terceiro raio,
continuidade do segundo, atingindo com ele o plano Mental Superior.
Ali tendo sua “sonda”,
pelos mesmos processos ocorridos nos planos anteriores, fixa-lhe o aspecto ATIVIDADE.
Sendo esta a 3º Etapa indicada
na figura.
As substâncias
características, e respectivas de cada plano, uma vez incorporadas pela Mônada,
se tornam elementos permanentes ao Espírito.
Serão os determinantes para a formação de seus futuros veículos de
manifestação, ou corpos que usará para se ver presente “fisicamente” em cada um
daqueles planos correspondentes.
À “sonda” e às
substâncias podemos compará-las à fita de gravação, seja de um cartucho K7 ou
de vídeo. A superfície dessas fitas é
coberta por uma fina camada de partículas de óxido de ferro. Ao ser passada por um dispositivo eletrônico
de gravação, seja de sons ou de imagem, ou dos dois, os impulsos elétricos que são disparados
contra a fita provocam variadas intensidades de magnetismo. Essa variação de magnetismo vai reposicionando as
partículas de óxido de ferro de tal forma que essa mesma fita, ao ser passada por
um dispositivo de leitura, reproduz o som ou a imagem, ou dos dois, que nela
foi gravado.
Algo semelhante
acontece à “sonda” projetada pela Mônada em relação ás substâncias características
de cada plano. A “sonda” seria a
fita, as substâncias seriam as
partículas de óxido de ferro e os planos, em si, seriam os dispositivos
eletrônicos de gravação.
Desta maneira
“gravam-se” na Mônada os aspectos VONTADE, SABEDORIA e ATIVIDADE.
Na figura abaixo
representamos o resultado dessa expansão inicial da Mônada.
A Expansão inicial da
Mônada resulta na formação da Estrutura Superior do Ser. Essa estruturação, que é a junção dos três
aspectos, está representada na figura pela elipse,
(oval). Também essa junção dos
três aspectos, que sempre são acionados associativamente, dará a continuada
impulsão de vida ao Espírito.
Em linguagem
esotérica essa junção recebe o nome de Tríade Superior. Ela, para nosso exclusivo entendimento, pode
ser imaginada como, se fosse numa empresa, seria um departamento intermediário
entre a sede de administração e o setor produtivo.
A sede administrativa
é o EU, ou a Mônada, o departamento intermediário é a Tríade Superior,
e o setor produtivo, que em nosso estudo será o complemento de toda a criatura,
nós o estudaremos na próxima apostila.
Apenas adiantando um
pouco nossas informações, a Tríade Superior é a região do psiquismo humano
situada na zona de Evolução Super Humana.
Esse detalhe referente à Evolução Super Hu
mana, está inserido nas apostilas da série Estudo da Faculdade
Paranormal da Mediunidade, mais precisamente na apostila 10. Entretanto para que nesta série possamos ter
uma visão de parte do conteúdo naquela estudado, apresentamos a figura ao lado,
que ilustra as regiões de Evolução Super Humana e Evolução Humana.
A Evolução Humana ocorre
neste período como este em que ainda nos encontramos, utilizando somente os
corpos Físico, Astral e Mental. Já a
Evolução Super Humana se dá quando o indivíduo, superando a fase inicial do
arco ascendente do fluxo irresistível de vida, compreendida pelos planos Físico,
Astral e Mental Inferior, passa a percorrer os planos Mental Superior, Buddhico
e Átmico.
Mas voltemos ao tema
deste estudo. De tudo o que já ficou narrado, é interessante destacar que a
partir da estruturação da Tríade Superior inicia-se o trabalho de vida da
Mônada. Além disso é preciso que fique
entendido o seguinte: A Mônada tem sua
morada permanentemente no plano Monádico.
Ela não “desce” ao plano Atma, ou a qualquer outro plano. O que ela faz é projetar de si um raio para com ele, como
se fosse uma “sonda”, contatar o plano desejado.
Esse raio, em sua
extremidade “inferior” incorpora, como já dissemos acima, as substâncias
características do plano respectivo.
Esse aglomerado de substâncias, de cada plano, é o embasamento para a
formação de um corpo que a Mônada utilizará para manifestar-se naquele mesmo
plano. E o conjunto de aglomerados de
substâncias é a Tríade Superior.
Há outro dado que
também deve ficar entendido. E´ o
seguinte: A Mônada não “desce” a nenhum plano, mas permanece sempre no Monádico. Fazendo, porém, uso de seu raio de vida, e de
um corpo, manifesta-se em outros planos, um por vez. Dessa forma ela experiencia duas situações
diferentes de vida a cada momento: Uma
situação, em seu plano natural de existência, o plano Monádico; a outra
situação naquele plano em que seu corpo de manifestação correspondente permitir
sua atuação.
Sobre isso falamos na
apostila 09, cuja figura repetimos abaixo para fixar a compreensão.
Comparativamente à essa circunstância podemos dizer que no plano
Monádico ela está plena de seus poderes: Vontade, Sabedoria e Atividade. Portanto, sensciente de si mesma. Ao passo que, quando sua atenção está
mergulhada no viver de algum outro plano, ela passa a um estado de constrangimento. Melhor dizendo, de restringimento de seus
poderes. Em qualquer plano de existência
que não o Monádico, ela tem que se adequar às medidas de tempo e espaço
próprios daquele plano, como também às limitações que a matéria dali impuser.
De grandiosa e livre,
no plano Monádico, ela se converte num Ser iniciante, em tudo insegura e
dependente. Toda aquela situação lhe é
novidade, e há muito a ser aprendido.
Essa situação, porém, não é permanente.
De início, inevitavelmente, como a experiência na Terra nos ensina, a
matéria irá submeter, ou calar, todos os atributos da Mônada. Sua vontade, sabedoria e atividade, ficarão
profundamente anuladas. O burilar nos
incontáveis retornos aos planos inferiores é que permitirá à Mônada fazer-se
dominadora, também, naquele plano específico.
Podemos usar o ato do
momento do nascimento de uma criança como exemplo comparativo para o trecho
citado no parágrafo anterior. Ele nos
dará uma idéia do que se passa com a Mônada nesse seu descenso à matéria.
A criança, no início
da vida está inteiramente sob os cuidados dos pais, como também sob inteiro
domínio das sugestões que seu ambiente de existência lhe causar. Contudo, à medida que vai crescendo e
aprendendo dos mecanismos da vida social, religiosa e intelectual, começa a se
sobressair e a deixar o antigo jugo das ilusões infantis. Assim, a cada etapa da existência, vai se
tornando um Ser independente.
A Mônada, então,
principia seu ciclo evolutivo pela simplicidade e tudo desconhecendo, como
ficou demonstrado acima. Porém, sob os cuidados dos Devas, no perpassar do
tempo, e na aplicação de sua vontade, aliada à sabedoria
crescente numa constante e ininterrupta atividade, passo-a-passo subjugará
a matéria de cada plano.
Esta,
semelhantemente, é a situação que, neste nosso plano Físico, vivemos nossa
etapa evolutiva. Com o domesticar de
nossas tendências, com o afastar de conceitos ultrapassados e vivenciados
em antigos regimes religiosos e sociais, principiamos a ter domínio sobre nova
for ma de experienciar a vida. Por conseguinte, principiamos a derrubar o
ilusório para erguer o realístico.
E por falar em
realístico, destacamos que a figura 10B, folha 2, é a expressão do SER manifestado
em planos superiores de matéria. Ali não
está representado o corpo, ou os corpos, com que possa manifestar-se.
Ali se representa a
estrutura de tríplice apoio, ou a Tríade Superior que, no futuro, quando
atingir sua maioridade e passar a chamar-se indivíduo,
usará amplamente como base psíquica para conduzir sua vida. Por enquanto, embora na figura tenhamos
mostrado uma só Mônada, isto feito para facilitar o entendimento, ela é,
contudo, apenas mais uma anônima dentro
de uma inimaginável coletividade que, sem ainda possuir o poder de escolha, segue conduzida pelas mãos hábeis dos Devas.
Ainda está longe o
dia em que despertará como indivíduo, individualizado, possuindo poderes de escolha. Todavia, embora longe o grande dia do
indivíduo, ali já dormita, em germe, o Anjo de amanhã.
Por enquanto
estabeleceu sua primeira etapa estrutural. Agora dará início à fase de acesso
aos planos mais densos: Mental Inferior,
Astral e Físico.
Bibliografia:
Autor
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Itzhak Bentov
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Á Espreita do Pêndulo Cósmico
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Itzhak Bentov e Mirtala
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Um Livro Cósmico
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Ramatis/Hercílio Maes
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Mensagens do Astral
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Livraria Freitas
Bastos
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Yvonne A. Pereira
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Devassando o Invisível
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Federação
Espírita Brasileira
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LUIZ
ANTONIO BRASIL
1996
Revisão
2005
Distribuição
Gratuita de toda a série Copiar e citar fonte
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