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segunda-feira, 25 de julho de 2016

A ARTE NO MUNDO DE REGENERAÇÃO

A ARTE NO MUNDO DE REGENERAÇÃO


Quando ainda encarnada, a amorável médium Yvonne do Amaral Pereira afirmou, em um de seus livros, que o Espírito Victor Hugo estava se preparando, junto com numerosa falange de artistas, para reencarnar na Terra, inaugurando a Arte Sublimada do Terceiro Milênio. Disse também que o Espírito Frederico Chopin reencarnaria como médium passista, pois queria dedicar-se aos pobres, depois de ter vivido muitas vidas em função dos ricos…

O que temos, todavia, presenciado em termos artísticos na atualidade terrena é
um mínimo de manifestações louváveis de Espíritos idealistas e uma avalanche
de descalabros de inteligências rudimentares ou declaradamente descompromissadas com a Ética.

A Arte, em sua expressão mais elevada, não visa somente produzir ou destacar o Belo, mas igualmente o Bem, pois a beleza imoral (ou mesmo amoral) traduz-se em forte indução para o Mal.

Quando lembramos, por exemplo, os poemas de Francisco de Assis e o livro “O Profeta”, de Gibran Khalil Gibran, constatamos a pobreza ética de muitos clássicos da Poesia e da Literatura em geral, isso sem chegarmos ao extremo de compararmos todos com a Beleza Sublime das palavras de Jesus em qualquer das Suas manifestações, por mínimas que sejam, que representam inigualáveis Ensinamentos vestidos de expressões verbais de beleza e suavidade incomparáveis.

Quanto à Música, tirantes relevantes exceções como Beethoven, Bach e Haendel, dentre outros, tem-se repetido à exaustão as surradas declarações de amor conjugal, como se todos fôssemos ingênuos e irracionalmente apaixonados Romeus e Julietas, sem se lembrarem do valor do amor filial, do amor paterno e materno, do Amor Universal, do amor à Natureza, do Amor a Deus e outros tantos temas que elevam o ser humano ao invés de mantê-lo no terra-a-terra do horizontalismo, sem contar as obras degradantes de artistas de mentalidade rasteira…

Quem procura selecionar o conveniente, praticamente fica restrito aos textos religiosos e a poucos músicos, pois a qualidade ética que se encontra na maioria dos meios de comunicação é lastimável, podendo-se aguardar resultados danosos para os próprios artistas, uma vez que Francisco Cândido Xavier afirmava que “cada um é responsável pelas imagens que cria na mente dos semelhantes.”

Sobretudo crianças, adolescentes e jovens têm sido vítimas dessas ídolos desarvorados, que sustentam-se à custa do alcoolismo, da sexolatria e da drogadição, apresentando padrões estereotipados pelos marqueteiros, que fabricam os “heróis de um dia”, logo substituindo-os por outros mais extravagantes e vazios.

Enquanto não estivermos preparados, através da nossa reforma moral, para compreender a Nova Arte dos grandes mestres que reencarnarão, estaremos compelidos a suportar os vendilhões de uma Arte de terceira categoria.

Na qualidade de espíritas, conscientes da fase de transição que vivenciamos, sejamos cautelosos com as intrujices da Arte do nosso tempo, selecionando pela qualidade ética das obras, enquanto aguardamos a entrada em cena dos missionários do Belo emissário do Bem.

Saibamos alertar, pelos meios possíveis, os incautos, ligados à Arte negativa quanto ao perigo que correm, atrelando-se a obsessores encarnados e desencarnados, que propagam a pandemia da irresponsabilidade e da imoralidade com o rótulo da Liberdade, que, na verdade, não passa de grave desvio ético-moral.

Como se sabe, Espíritos rebeldes estão tendo sua última oportunidade de reencarnar na Terra antes da grande seleção que levará muitos deles ao degredo: por isso, faz-se necessário muito bom senso para a manutenção do equilíbrio espiritual, não nos deixando sugestionar por esses irmãos infelizes.

A Arte Sublimada somente não chegou ao mundo terreno porque ainda não evoluímos moralmente para merecê-la. Façamos por onde!



Luiz Guilherme Marques


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