A ARTE NO MUNDO DE REGENERAÇÃO
Quando
ainda encarnada, a amorável médium Yvonne do Amaral Pereira afirmou, em um de
seus livros, que o Espírito Victor Hugo estava se preparando, junto com
numerosa falange de artistas, para reencarnar na Terra, inaugurando a Arte
Sublimada do Terceiro Milênio. Disse também que o Espírito Frederico Chopin
reencarnaria como médium passista, pois queria dedicar-se aos pobres, depois de
ter vivido muitas vidas em função dos ricos…
O
que temos, todavia, presenciado em termos artísticos na atualidade terrena é
um
mínimo de manifestações louváveis de Espíritos idealistas e uma avalanche
de
descalabros de inteligências rudimentares ou declaradamente descompromissadas
com a Ética.
A
Arte, em sua expressão mais elevada, não visa somente produzir ou destacar o
Belo, mas igualmente o Bem, pois a beleza imoral (ou mesmo amoral) traduz-se em
forte indução para o Mal.
Quando
lembramos, por exemplo, os poemas de Francisco de Assis e o livro “O Profeta”,
de Gibran Khalil Gibran, constatamos a pobreza ética de muitos clássicos da
Poesia e da Literatura em geral, isso sem chegarmos ao extremo de compararmos
todos com a Beleza Sublime das palavras de Jesus em qualquer das Suas
manifestações, por mínimas que sejam, que representam inigualáveis Ensinamentos
vestidos de expressões verbais de beleza e suavidade incomparáveis.
Quanto
à Música, tirantes relevantes exceções como Beethoven, Bach e Haendel, dentre
outros, tem-se repetido à exaustão as surradas declarações de amor conjugal,
como se todos fôssemos ingênuos e irracionalmente apaixonados Romeus e
Julietas, sem se lembrarem do valor do amor filial, do amor paterno e materno,
do Amor Universal, do amor à Natureza, do Amor a Deus e outros tantos temas que
elevam o ser humano ao invés de mantê-lo no terra-a-terra do horizontalismo,
sem contar as obras degradantes de artistas de mentalidade rasteira…
Quem
procura selecionar o conveniente, praticamente fica restrito aos textos religiosos
e a poucos músicos, pois a qualidade ética que se encontra na maioria dos meios
de comunicação é lastimável, podendo-se aguardar resultados danosos para os
próprios artistas, uma vez que Francisco Cândido Xavier afirmava que “cada um é
responsável pelas imagens que cria na mente dos semelhantes.”
Sobretudo
crianças, adolescentes e jovens têm sido vítimas dessas ídolos desarvorados,
que sustentam-se à custa do alcoolismo, da sexolatria e da drogadição,
apresentando padrões estereotipados pelos marqueteiros, que fabricam os “heróis
de um dia”, logo substituindo-os por outros mais extravagantes e vazios.
Enquanto
não estivermos preparados, através da nossa reforma moral, para compreender a
Nova Arte dos grandes mestres que reencarnarão, estaremos compelidos a suportar
os vendilhões de uma Arte de terceira categoria.
Na
qualidade de espíritas, conscientes da fase de transição que vivenciamos, sejamos
cautelosos com as intrujices da Arte do nosso tempo, selecionando pela
qualidade ética das obras, enquanto aguardamos a entrada em cena dos missionários
do Belo emissário do Bem.
Saibamos
alertar, pelos meios possíveis, os incautos, ligados à Arte negativa quanto ao
perigo que correm, atrelando-se a obsessores encarnados e desencarnados, que
propagam a pandemia da irresponsabilidade e da imoralidade com o rótulo da
Liberdade, que, na verdade, não passa de grave desvio ético-moral.
Como
se sabe, Espíritos rebeldes estão tendo sua última oportunidade de reencarnar
na Terra antes da grande seleção que levará muitos deles ao degredo: por isso,
faz-se necessário muito bom senso para a manutenção do equilíbrio espiritual,
não nos deixando sugestionar por esses irmãos infelizes.
A
Arte Sublimada somente não chegou ao mundo terreno porque ainda não evoluímos
moralmente para merecê-la. Façamos por onde!
Luiz
Guilherme Marques
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