ÉTICA
NOS EVANGELHOS
ÍNDICE
Projeto
- Ética nos Evangelhos 4
Mateus 5
Mt.
1, 1-25 - Genealogia de Jesus 5
Mt.
2, 1-12 - Visita dos Reis Magos 10
Mt.
2, 13-23 - Fuga para o Egito e outros 12
Mt.
3, 1 – 12 - João Batista 14
Mt.
3, 13 – 17 - Do Batismo de Jesus a Volta A Galileia 21
Mt.
4, 1 – 25 - Do Batismo de Jesus a Volta A Galileia 23
Mt.
5, 1-3 - Sermão da Montanha - Humildade 29
Mt.
5, 4 - Os Aflitos serão consolados 34
Mt.
5, 5 - Os mansos herdarão a terra 35
Mt.
5, 6 - Fome e sede de Justiça 38
Mt.
5, 7 - Misericordiosos 41
Mt.
5, 8 - Puros de Coração 44
Mt.
5, 9 - Os pacificadores 48
Mt.
5,10 - Perseguidos por causa da Justiça 51
Mt.
5,11-12 - Perseguidos por minha causa 54
Mt.
5,13 - Vos sois o sal da terra 58
Mt.
5, 14 a 16 - Vós sois a luz do mundo 61
Mt.
5, 17 a 20 - Jesus não veio revogar a lei, mas cumprir 65
Mt.
5, 21 a 22 - Não Encolerizar-se contra seu irmão 69
Mt.
5, 23 a 26 - Reconcilia-te primeiro com seu irmão 73
Mt.
5, 27 a 28 - Adultério 77
Mt.
5, 29 a 30 - Arranque-o e jogue fora 81
Mt.
5, 31 a 32 - Divórcio 85
Mt.
5, 33 a 37 - Juramento 89
Mt.
5, 38 a 42 - Não resistais ao mal 94
Mt.
5, 43 e 44 - Amai aos vossos inimigos 98
Mt.
5, 45 a 47 - Nascer o seu sol sobre maus e bons 101
Mt.
5, 48 - Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial 104
Mt.
6, 1-4 - Não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita. 108
Mt.
6, 5-8 - E, quando orardes, não sejais como os hipócritas 111
Mt.
6, 9 - Pai Nosso que estais no Céus 115
Venha
a nós teu reino- Mt. 6, 10 118
Mt.
6, 11 - Pão nosso de cada dia nos dá hoje 121
Mt.
6, 12 - perdoa-nos as nossas dívidas 125
Mt.
6, 13 - Teu é o reino, o poder e glória 128
Mt.
6, 14-18 + E quando jejuares não vos mostreis constritados como os hipócritas 131
Mt.
6, 19-21 - Onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração 135
Mt.
6, 22-23 - Se os teus olhos forem bons, todo teu corpo terá luz 139
Mt.
6, 24 - Ninguém pode servir a dois senhores 142
Olhai
para as aves do céu ... Olhai para os lírios do campo - Mt. 6, 25-33 145
Mt.
6, 34 - Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã 150
Mt.
7, 1 – 5 - Não jugueis para não sejais julgados 153
Mt.
7, 6 - Nem lanceis aos porcos as vossas pérolas 157
Mt.
7, 7-11 - Pedí, e dar-se-vos-á; buscai,
e achareis 159
Narrativa
Evangélica 159
Mt.
7, 12 - tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a
eles 162
Mt.
7, 13-14 - Entrai pela porta estreita 166
Mt.
7, 15 - Acautelai-vos, porém, dos falsos
profetas; - 170
Mt.
7, 16-20 - Pelos seus frutos os
conhecereis 173
Mt.
7, 21-23 - Entrará no reino dos céus, aquele que faz a vontade de meu Pai 177
Mt
8:1-4 - Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo. 183
Mt
8, 5-13 - Não sou digno de que entres debaixo do meu telhado; 187
MT
8, 14-17 - Ele tomou sobre si as nossas enfermidades 192
Mateus
8:18-22 - Deixa os mortos sepultar os
seus mortos. 196
Mateus
8:23-27 - Por que temeis, homens de
pouca fé? 200
Mateus
8:28-34 - Vieste aqui atormentar-nos
antes do tempo? 204
Mateus
9:1-8 - Tem ânimo, filho; perdoados são
os teus pecados 208
Mateus
9:9-13 - Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu 211
Mateus
9 14:17 - Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho - 214
Mateus
9: 18-26 - Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou 218
Mateus
9: 27-31 - Seguiram-no dois cegos...
Credes vós que eu possa fazer isto? E os olhos se lhes abriram. 222
Mateus
9: 32-34 - E, expulso o demônio, falou o mudo - 226
Mateus
9: 35-38 - E percorria Jesus todas as cidades e aldeias... Pregando o evangelho
do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. 230
Ide
E Pregai, De Graça Recebestes, De Graça Dai 10:1-10 234
Se
a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz. Mateus 10:11-14 238
“Portanto
sejam prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas”. Mt. X v. 16 242
Mas,
aquele que perseverar até o fim, esse será salvo Mt X, v 21, 23 246
Basta
ao discípulo ser como seu mestre Mt X, v. 24, 25 249
Portanto,
não os temais - Mt X, v 26, 28 252
Até
os cabelos da vossa cabeça estão todos contados”- Mt X, v 29, 31 255
Confessar
diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai ... - Mt X, v 32, 33 258
Não
vim trazer paz, mas espada; - Mt X, v 34, 37 262
PROJETO
- ÉTICA NOS EVANGELHOS
Pretende
estudar detalhadamente os enunciados éticos dos evangelhos canônicos e
apócrifos. Refletir sobre como estes ensinamentos podem nos servir de bussola
na viagem pelo mundo físico de hoje.
MATEUS
MT.
1, 1-25 - GENEALOGIA DE JESUS
Narrativa
Evangélica
1. Livro da geração de Jesus Cristo, filho
de Davi, filho de Abraão.
2. Abraão gerou a Isaque; Isaque gerou a
Jacó; Jacó gerou a Judá e a seus irmãos;
3. Judá gerou de Tamar a Perez e a Zara; Perez gerou a Esrom; Esrom
gerou a Arão;
4. Arão gerou a Aminadabe; Aminadabe gerou
a Naassom; Naassom gerou a Salmom;
5. Salmom gerou de Raabe a Boaz; Boaz gerou de Rute a Obede; Obede gerou a Jessé,
6. e Jessé gerou ao rei Davi. Davi gerou a
Salomão daquela que fora mulher de Urias(BETSABÉ);
7. Salomão gerou a Roboão; Roboão gerou a
Abias; Abias gerou a Asa;
8. Asa gerou a Josafá; Josafá gerou a
Jorão; Jorão gerou a Uzias;
9. Uzias gerou a Jotão; Jotão gerou a
Acaz; Acaz gerou a Ezequias
10. Ezequias gerou a Manassés; Manassés gerou
a Amom; Amom gerou a Josias,
11. e Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos
no tempo do exílio em Babilônia.
12. Depois do exílio em Babilônia, Jeconias
gerou a Salatiel; Salatiel gerou a Zorobabel;
13. Zorobabel gerou a Abiúde; Abiúde gerou a
Eliaquim; Eliaquim gerou a Azor;
14. Azor gerou a Sadoque; Sadoque gerou a
Aquim; Aquim gerou a Eliúde;
15. Eliúde gerou a Eleazar; Eleazar gerou a
Matã; Matã gerou a Jacó,
16. e Jacó gerou a José, esposo de Maria, da
qual nasceu Jesus, que se chama Cristo.
17. Assim todas as gerações desde Abraão até
Davi são catorze gerações; também desde Davi até o exílio em Babilônia, catorze
gerações; e desde o exílio em Babilônia até o Cristo, catorze gerações.
18. Ora o nascimento de Jesus Cristo foi
desta maneira: Estando Maria, sua mãe, já desposada com José, antes que se
ajuntassem, ela se achou grávida por virtude do Espírito Santo.
19. José, seu marido, sendo reto e não a
querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente.
20. Quando, porém, pensava nestas coisas, eis
que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos, dizendo: José, filho de Davi, não
temas receber a Maria, tua mulher; pois o que nela foi gerado, é por virtude do
Espírito Santo.
21. Ela dará à luz um filho, a quem chamarás
JESUS; porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.
22. Ora tudo isto aconteceu, para que se
cumprisse o que dissera o Senhor pelo profeta:
23. Eis que a virgem conceberá e dará à luz
um filho, E ele será chamado Emanuel, que quer dizer, Deus conosco.
24. José, tendo despertado do sono, fez como
o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua mulher;
25. e não a conheceu enquanto ela não deu à
luz um filho, a quem pôs o nome de JESUS. – Tradução Brasileira da
Bíblia/Mateus/I
Comentários
Irrelevante
do ponto de vista ético. Curioso e até mesmo cômico é que a genealogia chega
até José que segundo o mesmo texto não é o pai de Jesus, pois Maria sua mãe
seria virgem quando o concebeu.
MT.
2, 1-12 - VISITA DOS REIS MAGOS
Narrativa
Evangélica
1. Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia
no tempo do rei Herodes, vieram do oriente uns magos a Jerusalém, perguntando:
2. Onde está aquele que nasceu Rei dos
Judeus? Porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos adorá-lo.
3. O rei Herodes, ouvindo isto, perturbou-se,
e com ele toda Jerusalém;
4. E reunindo todos os principais
sacerdotes e os escribas do povo, perguntava-lhes onde havia de nascer o
Cristo.
5. Eles lhe disseram: Em Belém da Judéia;
pois assim está escrito pelo profeta:
6. E tu Belém, terra de Judá, Não és de
modo algum o menor entre os lugares principais de Judá; Porque de ti sairá um
condutor, Que há de pastorear meu povo de Israel.
7. Então Herodes chamou secretamente os
magos, e deles indagou com precisão o tempo em que a estrela tinha aparecido;
8. E enviando-os a Belém, disse-lhes: Ide
informar-vos cuidadosamente acerca do menino; e quando o tiverdes achado,
avisai-me, para eu também ir adorá-lo.
9. Os magos, depois de ouvirem o rei,
partiram; e eis que a estrela, que viram no oriente, ia adiante deles, até que
foi parar sobre o lugar onde estava o menino.
10. Ao avistarem a estrela ficaram
extremamente jubilosos.
11. Entrando na casa, viram o menino com
Maria, sua mãe, e, prostrando-se, adoraram-no; e abrindo os seus cofres,
fizeram-lhe ofertas de ouro, incenso e mirra.
12. Sendo em sonhos avisados por Deus que não
voltassem a Herodes, seguiram por outro caminho para a sua terra.
Comentários
Irrelevante
em termos de ética.
MT.
2, 13-23 - FUGA PARA O EGITO E OUTROS
Narrativa
Evangélica
13. Depois de haverem partido, eis que um
anjo do Senhor apareceu em sonhos a José, dizendo: Levanta-te, toma contigo o
menino e sua mãe, foge para o Egito, e fica ali até que eu te chame; pois
Herodes há de procurar o menino para o matar.
14. José levantou-se, tomou de noite o menino
e sua mãe e partiu para o Egito,
15. e ali ficou até a morte de Herodes; para
que se cumprisse o que dissera o Senhor pelo profeta: Do Egito chamei a meu
Filho.
16. Herodes, vendo-se iludido pelos magos, ficou
muito irado e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e em todo o seu
termo, de dois anos para baixo, conforme o tempo que tinha com precisão
indagado dos magos.
17. Então se cumpriu o que foi dito pelo
profeta Jeremias:
18. Ouviu-se um clamor em Ramá , Choro e
grande lamento; Era Raquel chorando a seus filhos, E não querendo ser
consolada, porque eles já não existem.
19. Mas tendo morrido Herodes, eis que um
anjo do Senhor apareceu em sonhos a José no Egito, dizendo:
20. Levanta-te, toma contigo o menino e sua
mãe, e vai para a terra de Israel; pois já morreram aqueles que procuravam
tirar a vida ao menino.
21. José, levantando-se, tomou o menino e sua
mãe e voltou para a terra de Israel.
22. Porém sabendo que Arquelau reinava na
Judéia em lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá; e avisado em sonhos por
Deus, retirou-se para os lados da Galiléia,
23. e foi morar em uma cidade chamada Nazaré;
para se cumprir o que foi dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareno.
Comentários
Irrelevante
em termos de ética. Não se existem comprovações históricas destes fatos. Vejam
texto de Paulo Neto sobre o assunto em
http://www.paulosnetos.net/attachments/054_A_fuga_do_Egito.pdf
MT.
3, 1 – 12 - JOÃO BATISTA
Narrativa
Evangélica
Pregação
de João Baptista (Mc 1,2-8; Lc 3,1-6; Jo 1,19-23)
Mateus
E,
naqueles dias, apareceu João o Batista pregando no deserto da Judéia,
E
dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.
Porque
este é o anunciado pelo profeta Isaías, que disse: Voz do que clama no deserto:
Preparai o caminho do Senhor, Endireitai as suas veredas.
E
este João tinha as suas vestes de pelos de camelo, e um cinto de couro em torno
de seus lombos; e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre.
Então
ia ter com ele Jerusalém, e toda a Judéia, e toda a província adjacente ao
Jordão;
E
eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.
E,
vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo,
dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?
Produzi,
pois, frutos dignos de arrependimento;
E
não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos
digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão.
E
também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que
não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo.
E
eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem
após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele
vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo.
Em
sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e
queimará a palha com fogo que nunca se apagará.
Mateus
3:1-12
Marcos
Como
está escrito nos profetas: Eis que eu envio o meu anjo ante a tua face, o qual
preparará o teu caminho diante de ti.
Voz
do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, Endireitai as suas
veredas.
Apareceu
João batizando no deserto, e pregando o batismo de arrependimento, para
remissão dos pecados.
E
toda a província da Judéia e os de Jerusalém iam ter com ele; e todos eram
batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados.
E
João andava vestido de pêlos de camelo, e com um cinto de couro em redor de
seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre.
E
pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, do qual não
sou digno de, abaixando-me, desatar a correia das suas alparcas.
Eu,
em verdade, tenho-vos batizado com água; ele, porém, vos batizará com o
Espírito Santo.
Marcos
1:2-8
Lucas
E
no ano quinze do império de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos presidente da
Judéia, e Herodes tetrarca da Galiléia, e seu irmão Filipe tetrarca da Ituréia
e da província de Traconites, e Lisânias tetrarca de Abilene,
Sendo
Anás e Caifás sumos sacerdotes, veio no deserto a palavra de Deus a João, filho
de Zacarias.
E
percorreu toda a terra ao redor do Jordão, pregando o batismo de
arrependimento, para o perdão dos pecados;
Segundo
o que está escrito no livro das palavras do profeta Isaías, que diz: Voz do que
clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; Endireitai as suas veredas.
Todo
o vale se encherá, E se abaixará todo o monte e outeiro; E o que é tortuoso se
endireitará, E os caminhos escabrosos se aplanarão;
E
toda a carne verá a salvação de Deus.
Lucas
3:1-6
João
E
este é o testemunho de João, quando os judeus mandaram de Jerusalém sacerdotes
e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu?
E
confessou, e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo.
E
perguntaram-lhe: Então quê? És tu Elias? E disse: Não sou. És tu profeta? E
respondeu: Não.
Disseram-lhe
pois: Quem és? para que demos resposta àqueles que nos enviaram; que dizes de
ti mesmo?
Disse:
Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como
disse o profeta Isaías.
João
1:19-23
Comentários
Algumas
expressões famosas e vulgarizadas parecem no texto de Mateus serem de autoria
de João, o batista e não de Jesus. Tais como o "Reino do Céu" e
"Raça de víboras".
Há
no texto uma atitude de humildade de João em sua declaração de que Jesus seria
muito mais evoluído do que ele: "não sou digno de descalçar as suas
sandálias".
O
que seria o significado do Batismo do "Espírito Santo e no Fogo"?
Seria a mediunidade e o fogo do amor-caridade?
O
enunciado mais ético aqui é " toda árvore que não dá bons frutos, será
cortada e lançada ao fogo".
Pensamos
ser um enunciado teleológico ou utilitarista, ou seja que os resultados são
mais importantes. O resultado ou os bons frutos aqui, entendemos como evolução
espiritual e a prática do amor-caridade.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do mestre Jesus possa ser sentida pelos participantes na noite de hoje e
que seus eflúvios renovantes e renovadores possam transformar o clima
energético que aqui permanece tonificando a existência.
É
interessante observar os estudos realizados na noite, a presença de João, o
“Batista”, como um dos precursores do Mestre, porque não foi somente ele apesar
dele ter sido mais lembrado do que outros.
Outros
vieram e agiram para que a missão do Mestre pudesse ter sucesso. Não foi
somente ele que reencarnou naquele tempo, mas vários espíritos superiores
precederam Jesus na carne para que, junto com ele, no papel de apóstolos, de
auxiliadores e vários outros, ele pudesse realizar sua missão.
E
interpretando as palavras do nobre João que afirmava humildemente, que Aquele
que viria após ele, batizaria as pessoas com o fogo e o espírito santificado,
queria expressar que o mestre Jesus batizaria a humanidade com o conhecimento e
com o amor.
Marcaria
assim um novo tempo. O tempo de regeneração planetária.
Seria
a sua Doutrina, a responsável pela renovação, individual e coletiva.
Ergamos,
pois os nossos agradecimentos a esse Mestre que nos brindou com o seu batismo
de amor e conhecimento.
MT.
3, 13 – 17 - DO BATISMO DE JESUS A VOLTA A GALILEIA
Narrativa
Evangélica
Então
veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por
ele.
Mas
João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim?
Jesus,
porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir
toda a justiça. Então ele o permitiu.
E,
sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e
viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.
E
eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.
Mateus
3:13-17
Comentários
O
que seria o Espírito de Deus que desceu como pomba?
MT.
4, 1 – 25 - DO BATISMO DE JESUS A VOLTA A GALILEIA
Narração
Evnagélica
Então
foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.
E,
tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;
E,
chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas
pedras se tornem em pães.
Ele,
porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de
toda a palavra que sai da boca de Deus.
Então
o diabo o transportou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo,
E
disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está
escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, E tomar-te-ão nas mãos,
Para que nunca tropeces em alguma pedra.
Disse-lhe
Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.
Novamente
o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do
mundo, e a glória deles.
E
disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.
Então
disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus
adorarás, e só a ele servirás.
Então
o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviam.
Jesus,
porém, ouvindo que João estava preso, voltou para a Galiléia;
E,
deixando Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, cidade marítima, nos confins de
Zebulom e Naftali;
Para
que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías, que diz:
A
terra de Zebulom, e a terra de Naftali, Junto ao caminho do mar, além do
Jordão, A Galiléia das nações;
O
povo, que estava assentado em trevas, Viu uma grande luz; E, aos que estavam
assentados na região e sombra da morte, A luz raiou.
Desde
então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o
reino dos céus.
E
Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado
Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores;
E
disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.
Então
eles, deixando logo as redes, seguiram-no.
E,
adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João,
seu irmão, num barco com seu pai, Zebedeu, consertando as redes;
E
chamou-os; eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.
E
percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o
evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.
E
a sua fama correu por toda a Síria, e traziam-lhe todos os que padeciam,
acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos,
e os paralíticos, e ele os curava.
E
seguia-o uma grande multidão da Galiléia, de Decápolis, de Jerusalém, da
Judéia, e de além do Jordão.
Mateus
4:1-25
Comentarios:
Em
4:19 Jesus disse: "Vinde após mim e Eu farei de vós pescadores de
homens". Se quisermos seguir a Doutrina de Jesus nos transformaremos em
educadores, professores, pedagogos do amor caridade. O convite de Jesus é
válido para todas as épocas e culturas.
Porém,
ainda não tem um conteúdo especificamente ético.
Mensagem
Espiritual
E disse-lhe Jesus: venham após mim e eu vos
farei pescadores de homens. Até hoje o convite do sublime Mestres dos Mestres,
repercute em nossos corações porque continua nos convidando e nós, indecisos,
ainda não sabemos se aceitamos ou não.
Medrosos continuamos negando, com baixa
auto-estima, acreditando não sermos capazes e, infelizmente, perdemos a
oportunidade de lutar, de ir ao campo acompanhar o Mestre em sua missão de Luz.
Jesus
ensinou a todos que se dispuseram a segui-lo, a serem pescadores de homens,
exemplificando, a todo o momento, o amor.
Se
querem, também, ainda que tardiamente, aceitar o convite do Mestre, comecem
pelo exemplo. Pesquem almas, a começar com aquelas que dividem convosco a
reencarnação, os seus mais próximos, parentes e amigos, colegas de trabalho.
Sejamos
coerentes, com aquilo que já aprendemos, com que amamos, com o conhecimento
espírita. Ser coerente conosco mesmo é buscar a perfeição.
De
acordo com nossas possibilidades apliquemos o Evangelho do amor em nossas
vidas, buscando não só a nossa felicidade, mas a felicidade de todos aqueles
que nos acompanham.
Que
a mensagem do Mestre possa ser sempre para nós um estandarte a nos indicar o
caminho do Bem maior.
(Espírito
protetor e amigo)
MT.
5, 1-3 - SERMÃO DA MONTANHA - HUMILDADE
Narrativa
Evangélica
As
Bem-aventuranças (Lc 6, 20-26)
Mateus
E
Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se
dele os seus discípulos;
E,
abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:
Bem-aventurados
os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
Mateus
5:1-3
Lucas
E,
levantando ele os olhos para os seus discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os
pobres, porque vosso é o reino de Deus.
Bem-aventurados
vós, que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vós, que
agora chorais, porque haveis de rir.
Bem-aventurados
sereis quando os homens vos odiarem e quando vos separarem, e vos injuriarem, e
rejeitarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do homem.
Folgai
nesse dia, exultai; porque eis que é grande o vosso galardão no céu, pois assim
faziam os seus pais aos profetas.
Mas
ai de vós, ricos! porque já tendes a vossa consolação.
Ai
de vós, os que estais fartos, porque tereis fome. Ai de vós, os que agora
rides, porque vos lamentareis e chorareis.
Ai
de vós quando todos os homens de vós disserem bem, porque assim faziam seus
pais aos falsos profetas.
Lucas
6:20-26
Comentários
Qual
a diferença entre apóstolos e discípulos?
Pobres
de espírito, representa as pessoas humildes. Jesus reconhece a importância da
humildade na evolução de um ser perfectível, todavia imperfeito.
Vejam
o estudo de KARDEC a respeito no Evangelho segundo espiritismo:
http://www.panoramaespirita.com.br/old/codificacao/evangelho_segundo/es-07.html
Mensagem
Espiritual
Usando
a simbologia do Evangelho, desejo que o fogo que Jesus veio trazer, possa
penetrar em voces, tornando-os receptivos através da destruição do velho e da
renovação pelo amor, as boas novas do Reino que nos ensina o Mestre.
Gostaria
de lembra-los que, para o estudo da Ética devermos, não analisar valores por si
mesmo, se analisarmos os valores em si, não conseguiremos a universalidade
pretendida nos ensinamentos éticos do Mestre. Devemos buscar a análise
filosófica e científica, a lógica inquestionável da verdade do conhecimento que
o Mestre nos trouxe.
A
humildade vista desta forma não é simplesmente um valor que deve ser aceito e
praticado. É antes de mais nada uma instrução ética que nos leva à felicidade,
para a evolução como nos afirmou o Mestre há mais de 2000 mil anos.
Interpreta
erroneamente o querido médium que me serve agora como instrumento, que
Aristóteles discordaria de Jesus, porque seu mestre Platão e o mestre de seu
mestre, Sócrates, defendia a humildade filosoficamente através dos seus dizeres
“Só sei que nada sei”. É a humildade intelectual do filósofo, em primazia: é a
humildade que nos permite aprender, é a humildade que nos permite crescer
indefinidamente em todos os parâmetros da evolução, seja espiritual ou moral.
O
humilde não é aquele que se menospreza , não é o que tem baixo autoestima. O
humilde é aquele que se permite a conhecer, que se permite a crescer, que se
permite trocar e compartilhar conhecimentos.
O
seu contrário, o orgulhoso, aquele que é cheio de si mesmo também se basta e se
bastando, não aceita instruções, não aceita novos conhecimentos, recomendações
alheias, acha-se dono da verdade e assim se comportando se estaguina, se
paralisa e se afasta da verdade.
Sejamos,
pois, companheiros, como recomendava o Mestre Jesus, humildes intelectualmente,
cultos em espíritos, para que possamos aprender a cada momento, possamos ouvir
as palavras dos outros, porque cada palavra por mais simples que seja nos ensina.
Mas não aprendamos apenas ouvindo, aprendamos também observando, vendo desde
dos olhares, das feições,da conduta daqueles que nos ensinam exemplificando,
dos companheiros que nos ensinam pelo seu mau exemplo, ensinando como não
devemos nos comportar. Aprendamos não só escutando e não só observando,
aprendamos também lendo nas leituras edificantes, naqueles livros que nos
conduzem ao bem.
Aprendamos
também pelo magnífico instrumento da mediunidade, aparando as nossas antenas e
nos tornando receptivos aos conselhos e recomendações do alto, do nossos
mentores espirituais e daqueles que querem o nosso bem. Este é o verdadeiro
sentido das palavras do Mestre Jesus. Obrigado irmãos! Espírito Amigo.
MT.
5, 4 - OS AFLITOS SERÃO CONSOLADOS
Narrativa
Evangélica
Bem-aventurados
os que choram, porque eles serão consolados;
Mateus
5:4
Comentários
O
consolo é uma palavra chave. Jesus se chamava de consolador e promete um outro
consolador que viria após ele para relembrar tudo que ele dizia e ensinar
outras coisas.
O
consolo vem do conhecimento do sentido do sofrimento, suas causas e de sua
importancia na evolução.
O
que é o sofrimento temporário, mesmo que de uma vida inteira, perante a
imortalidade? Cem anos é menos que um segundo no infinito.
A
doutrina da imortalidade ou da vida após a morte e da transitoriedade do
sofrimento é o consolo que Jesus trazia.
O
sofrimento pode ser a cura, pode livrar o espírito de um sofrimento muito maior
no futuro.
Vejam
o que diz Kardec a este respeito. http://www.panoramaespirita.com.br/old/codificacao/evangelho_segundo/es-05.html
MT.
5, 5 - OS MANSOS HERDARÃO A TERRA
Narrativa
Evangélica
Bem-aventurados
os mansos, porque eles herdarão a terra;
Mateus
5:5
Comentários
Considerando
a inevitabilidade da lei de evolução, todas as pessoas e o mundo como o todo
está sempre evoluindo.
Seria
insensato ligar os seres evoluídos a cólera e a violência. A evolução deve se
vincular aos valores do amor caridade, tais como a afabilidade, doçura,
paciência, mansuetude etc.
Jesus
promete que a terra será então dos mansos, isto é, daqueles que evoluirem
espiritualmente.
Mensagem
Espiritual
Gilmar:
Gostaríamos de saber dos amigos espirituais as expectativas sobre esse novo
trabalho que estamos iniciando e se existe um projeto a respeito dele, da parte
dos amigos.
Espírito
Amigo:
É
sempre uma alegria para nós podermos compartilhar o tempo com os irmãos que se
ligam com a realidade consciencial mais densa. Porque em verdade a realidade de
vocês também é uma realidade consciencial, pois todos somos espíritos
encarnados ou desencarnados. Estando dentro da matéria ou fora dela, vivemos a
nossa realidade, aquela que construímos para nós mesmos.
Nesse
sentido, compartilhar convosco essa realidade é um prazer imensurável para nós,
porque por meio dessa permuta compartilhamos os nobres objetivos de servir à
Humanidade, objetivos recomendados pelo Mestre Jesus e grandes Mestres que
orientaram e orientam os rumos da humanidade.
Preparem
vossos corações, preparem vossas capacidades de suportar o apedrejamento felino
das línguas daqueles que não aprenderam ainda a amar mesmos os diferentes,
aqueles que têm idéias contrárias as suas crenças, pois é chegado o momento
onde calmaria cede à tempestade renovadora que limpa e higieniza, mas que
também é capaz de destruir o que já não suportam mais a realidade da verdade.
Mesmo
que seja chegado o momento de divulgar a Boa Nova, assim como no tempo de
Jesus, ainda existem aqueles que não se conformam com ela, aqueles apegados a
velhos hábitos, à letra morta, ou aqueles que se encontram relutantes a mudar
ou a tolerar a mudança.
Preparem
vossos corações para receber esses respingos de maledicência, de calúnias, de
ódios através de palavras e de posturas. Mas sigam firmes, calmos, não
respondam. Estejam sempre com a consciência tranqüila daquele que serve. Porque
é ela o salvo conduto da paz daquele que faz um trabalho bem feito em nome de
Jesus,daquele que nada quer receber e que entrega todos os méritos ao Mestre.
Sigamos
em frente levando o estandarte das boas obras, renovação, da transformação, da
contextualização. Porque todas essas árvores poderão produzir bons frutos, os
frutos da força da evolução.
Não
tenham nenhum receio e continuem a caminhar. Tenham certeza de que de todas
essas idéias não vêem só de vocês, mas vêem também da inspiração daqueles que
compartilhando da mesma realidade consciencial.
Com
o esforços de todos alcançaremos uma transformação mais rápida, mais sólida
também no Planeta dos espíritos reencarnados, para que possamos transformar o
mundo, a realidade consciencial de todo planeta, para a realidade de
regeneração de almas.
MT.
5, 6 - FOME E SEDE DE JUSTIÇA
Narrativa
Evangelica
Bem-aventurados
os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
Mateus
5:6
Comentários
Quem
são os que têm fome e sede de justiça? A resposta desta questão depende de
outra. Qual justiça Jesus se refere: a divina ou a dos homens?
Para
ser ético, universal e atemporal, Jesus como em todos seus ensinamentos se
referia aqui à Justiça Divina.
Desta
forma os que têm fome e sede de justiça são aqueles que estão no processo de
entendimento da lei divina, da transformação de si mesmo num homem de bem, no
aprendizado prático das sucessivas reencarnações.
Finalmente,
ser saciado é a conquista destes objetivos, é resultado da busca e da prática
do bem, a evolução espiritual.
As
leis humanas, por sua vez, com o processo de evolução, auxiliarão no
entendimento da Justiça Divina.
Mensagem
Espíritual
Que
a luz de Jesus possa nos envolver a todos
O
Mestre ensinou, "bem aventurado aqueles que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados”. É comum entre os homens, cuja consciência ainda é relativa
quanto ao entendimento da justiça, a partir do seu próprio ponto de vista. É
compreensível essa justiça relativa, a partir do momento que cada ser humano no
seu estado evolutivo próprio só consegue perceber a realidade do seu
posicionamento espiritual.
A
verdadeira e real justiça só poderia ser imaginada a partir de todos os pontos
de vistas, somente um ser superior que pudesse equacionar todos esses pontos de
vistas, com total imparcialidade, num equilíbrio dinâmico, perfeito, é que
poderia sintetizar a real Justiça. Tal ponto é incompreensível para o
entendimento humano, existe somente aos olhos do Creador. Porém a recomendação
de Jesus é plena de luz e de esperança, porque o seu ensinamento é o
ensinamento de amor-caridade. E quem ama é justo, pois quem ama não parte
apenas do seu ponto de vista, mas parte também do ponto de vista do outro, que
é uma ação transformadora
Partindo,
então, do ponto de vista do outro consegue equacionar o seu ponto de vista e
alcançar a visão mais ampla da justiça, a justiça do amor é mais ampla do que a
justiça apenas de um ponto de vista.
Amando
empreendemos a justiça pelos outros, compreendendo seremos mais justos,
chegaremos mais próximos da justiça divina. Então, amemos que seremos com
efeito saciados na nossa sede de justiça.
Espírito
Protetor e Amigo
MT.
5, 7 - MISERICORDIOSOS
Narrativa
Evangelica
Bem-aventurados
os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
Mateus
5:7
Comentários
É
uma aplicação da lei de ação e reação. Jesus recomenda amar ou seja ter bondade
e compaixão com todos, principalmente com aqueles que necessitam delas, os
necessitados ou miseráveis espirituais.
São
os marginais, violentos, criminosos, os que mais necessitam de nossa
misericórdia. Jesus, com este ensinamento não quiz dizer que eles ficassem
livres da colheita daquilo que eles próprios plantaram, mas que não aumentemos
a pesada carga que já carregam, seja o ódio ou pre-conceito da sociedade ou as
enormes consequêcias espirituais de seus atos.
Misericórdia
é ter compaixão do sofrimento do outro: “cordis” é coração e “miséri” é
sofrimento. Se já possuímos a compaixão para com outro, teremos também para
conosco mesmo. Cada um de nós tem também seus próprios sofrimentos.
O
bem aventurado que alcançou a misericórdia é aquele que já é misericordioso
naturalmente, sem ostentação ou por obrigação.
O
enuciado é ético pois a bondade e compaixão são universais. Ser misericordioso
é um princípio deontológico que ajuda interromper o círculo vicioso da
violência e ódio que tem vivido a sociedade humana.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz nos ensinamentos do Mestre Jesus possam nos plenificar de misericórdia.
Gostaria de enfatizar no comentário final da noite de hoje que uma das chaves,
para entender os ensinamentos do Mestre é o fato de Jesus dirigir as suas
mensagens, seus ensinamentos, não para os homens corpos, mas sim, para os
homens espíritos. Sua Doutrina é dirigida para aqueles que estão
"vivos" e não para os que estão "mortos". Uma outra chave
que vai nos ajudar a abrir a porta do entendimento do Seus ensinamentos é nunca
esquecer o objetivo de sua missão no planeta terra: ensinar e exemplificar o
amor-caridade.
Em
todos os seus ensinamentos, Jesus realça uma das nuanças do amor-caridade.
Neste momento em que ele realça o conceito de misericórdia, dirigindo-se aos
espíritos ele ensina: tu amigo imortal, perfectível, encontra-se na senda da
evolução a caminho da perfeição. E se vê um irmão que encontra-se numa situação
inferior a sua, um pouco abaixo de ti, em vez de criticá-lo, odiá-lo, em vez de
escurraçá-lo, erga a tua mão até ele e o ajude a caminhar em direção ao alto,
ao bem.
Essa
é a verdadeira forma que devemos entender a misericórdia como ensinou o Mestre
Jesus; a misericórdia do amor-caridade.
Um
espírito protetor e amigo.
Maria
José Gontijo 28/11/2011 15:54
Ser
misericordioso é já ter conquistado a capacidade de dirigir um
"segundo" olhar para o nosso irmão, o primeiro vê o exterior, a
aparência; o segundo enxerga o íntimo, a essência do ser, é o olhar do coração.
Então agimos sensibilizados pelo amor de fraternalidade universal.
MT.
5, 8 - PUROS DE CORAÇÃO
Narrativa
evangélica
Bem-aventurados
os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
Mateus
5:8
Comentários
A
pureza somente é conseguida quando se elimina todas as imperfeições. Kardec no
cap. 8 do ESE* afirma que somente o espírito que atingiu a perfeição seria
modelo de pureza. Por isto ele chama os espíritos no mais alto grau de evolução
de espíritos puros na escala espírita. Grau de pureza então é equivalente ao
grau de evolução intelecto-moral.
Ver
a Deus é uma analogia do evangelho, pois Deus não é material e como tal não
pode ser visto. Ver Deus se refere ao entendimento de Deus, por meio de suas
leis universais e infinitas. Ver Deus é compreender a Leis Divinas. Quanto
maior o nosso grau de pureza maior a nossa compreensão das Leis Divinas. Isto é
o que Jesus quis ensinar.
A
evolução intelecto-moral é proporcional a felicidade, por isto os puros são bem
aventurados, pois cumprem a finalidade da Criação.
Este
enunciado é plenamente ético e coerente com os anteriores por que incentiva a
evolução do ser e ainda uma reflexão importante é que os outros verão Deus nos
"puros de espíritos", pois eles refletirão em si mesmo as leis e a
perfeição de Deus.
*
Evangelho Segundo Espiritismo.
Comentários
Espirituais:
Que
a beleza e a simplicidade das palavras do Mestre, possam nos comover em direção
a Ele para que possamos compartilhar das suas luzes e de suas promessas
consoladoras.
Como
é sutil, simples e bela as palavras “puros de coração”, imaginem a pureza de
sua essência. Se não conseguirem, partam para materialidade para alcançar
abstração de sua essência: água pura, água suja; ar puro, ar poluído.
Imaginem
a pureza das crianças, símbolo utilizado pelo Mestre, que brinca alegremente,
harmonizada consigo mesmo, com as criaturas e com o Cosmo. Pensem na pureza do
homem do campo integrado à natureza, cuidando da terra, sem estraga-la, porque
sabe que no ano seguinte precisará dela novamente, integrado com as estações,
integrado com os anos.
Pensem
que ver a Deus é entender a Deus, a sua bondade e a sua justiça manifestadas na
sua Lei que coordena a evolução cada ser existente no Universo.
Ser
puros em essência é compreender a paternidade de Deus, é compreender a nossa
situação de filhos queridos, é entender que o nosso destino impreterivelmente é
ser feliz. Quando mais rápido formos nessa direção, mais rápido colheremos os
frutos das nossas ações.
Bem
aventurados os que escutam, entendem e colocam em prática as palavras de Jesus.
Espírito
Protetor e Amigo.
Maria
José Gontijo 23/11/2011 18:08
Ser
puro, é em essência alcançar nossa identidade peculiar de ser único,
compreender a simplicidade e a complexidade, ao mesmo tempo em que entendemos a
nossa pequenez e, paradoxalmente, a grandiosidade de sermos parcelas divinas, fazendo
parte da tessitura do Universo creadas por Deus, nosso
Pai.
Ser puro é alcançar esse entendimento, essa luz e ser capaz de irradiá-la
através da nossa vivência no cotidiano.
Gilmar
Alves Barbosa 20/11/2011 14:02
A
pureza de coração pode significar um estado do Ego, livre da contaminação de
conteúdo inutil . Aquele que é dono de si é puro, porque é consciente de que
seu desacerto abre uma porta para experimentar a sua própria essência.
Ellen
R.C.Lucas 15/11/2011 09:25
Tão
simples e esclarecedor ..."Ser puros em essência é compreender a
paternidade de Deus, é compreender a nossa situação de filhos queridos, é
entender que o nosso destino impreterivelmen te é ser feliz. Quando mais rápido
nessa direção, mais rápido colheremos os frutos das nossas ações.
MT.
5, 9 - OS PACIFICADORES
Narrativa
Evangélica
Bem-aventurados
os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Mateus
5:9
Comentários
Os
pacificadores já são aqueles que estão num grau maior que os mansos ou
pacíficos do Mt. 5, 5.
Já
são os mestres da pacificação, induzem a paz nas pessoas, na sociedade e no
planeta como todo. São aqueles que pacificados internamente, se propõe a
trabalhar na pacificação do outro e do mundo, seja o físico ou extra-físico.
Estes,
segundo Jesus, serão chamados filhos de Deus. Este título foi dado ao próprio
Jesus e aos outros mestres que foram exemplos para a humanidade avançar em
direção a perfeição. O que é possível para todos os homens. A perfectibilidade
é inerente a humanidade, ou seja, o desejo da perfeição está dentro de cada um.
O
enunciado é ético pois estar em paz e trabalhar pela paz é princípio
fundamental para construção de uma sociedade pacífica onde as relações não
sejam determinadas pela violência e pela arbitrariedade.
Comentário
Espiritual:
Que
a paz do Mestre Jesus, possa permanecer em vossos corações, hoje e sempre.
Tenho
muito pouco a acrescentar aos comentários e reflexões realizadas na noite de
hoje, porém gostaríamos que considerássemos, que a paz a qual Jesus se referia,
não é a paz do mundo, não é simplesmente a ausência da violência.
A
paz de Jesus, a que ele nos legou através dos seus ensinamentos e de seus
exemplos é uma paz especial. Por isso que gosto sempre de iniciar minhas
pequenas preleções, desejando a todos a paz do mestre Jesus.
Esta
paz além de ser ausência da violência, como referida nos estudos de hoje, é
também, a certeza plena da paternidade divina. É a certeza albergada no mais
profundo íntimo do coração, da justiça e da bondade do Creador.
Essa
paz especial produz como seus efeitos imediatos a fé, confiança, tranqüilidade,
paz consciencial, inexistência de culpas e remorsos e tantos outros frutos
positivos que nos impelirão ao progresso espiritual.
Então
sejamos, não só combatentes da violência, não só instigadores da harmonia
social, não só divulgadores dos direitos humanos e do respeito mútuo, mas
sejamos também os consoladores, os divulgadores da Boa Nova em essência como
ensinou Jesus; a Boa Nova que traz a notícia da nossa herança divina; que
afirma que todos somos filhos do Pai, amoroso, bondoso, justo e perfeito. A Boa
Nova que nos coloca em direção ao nosso destino verdadeiro: a felicidade, a
perfeição.
Espírito
Protetor e Amigo.
Maria
José Gontijo 23/11/2011 17:44
Na
própria natureza temos uma analogia maravilhosa com a nossa missão de
pacificadores que é a da Ponte, que une as margens opostas, permitindo o
encontro e a união entre ambas "aparentemente" opostas. Então ser
ponte é promover união, conciliação, paz, harmonia, equilíbrio, em primeiro
lugar consigo mesmo e em seguida, com o próximo.
Gilmar
Alves Barbosa 20/11/2011 14:09
O
papel apropriado do pacificador é mediar entre as partes contrárias os conflitos
internos existente em sua consciência.
MT.
5,10 - PERSEGUIDOS POR CAUSA DA JUSTIÇA
Narrativa
Evangélica
Bem-aventurados
os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos
céus;
Mateus
5:10
Comentários
O
“reino dos céus” que se referia Jesus em seus ensinamentos não é um lugar
circunscrito no espaço físico; pode-se entendê-lo como uma analogia sobre o bom
resultado que colheremos por nossas boas ações, entendimento das Leis Divinas e
pelo esforço realizado na própria evolução espiritual. É paz e felicidade
consciencial.
A
justiça humana persegue aqueles que desobedecem a lei estabelecida pelos
homens. Muitas vezes estas leis defendem os interesses econômicos, raciais e
outros. Na época de Jesus, a lei humana era a lei judaica e romana. Em muitos
casos estas leis eram contrárias a lei de amor-caridade, ou Lei Divina que
Jesus defendia. Uma Lei Maior que a lei humana.
Se
a pessoa for perseguida pela (in)justa justiça humana, como Jesus, Sócrates,
Ghandi, Matin Luther King e outras foram, defendendo o amor-caridade, a
fraternidade, os direitos humanos naturais inalienáveis, os princípios éticos
universais com certeza esta pessoa está em direção a conquista do “reino dos
céus”
Mensagem
Espiritual:
Que
a paz do Mestre Jesus possa nesse momento sublime repousar em vossos corações
acalmando-os a todos para que possamos perceber que nos movemos e nos comovemos
dentro do carinho e do amor do nosso Creador e Pai.
Não
discordamos, queridos amigos, de vossas considerações na riquíssima noite que
compartilhamos juntos. Mas gostaríamos de acrescentar às vossas compreensões
que foram muito levadas para o reino físico, para o mundo material.
Desejamos
relembrar que Jesus nos falava principalmente do mundo espiritual, do mundo
íntimo, do mundo consciencial. Aí então podemos entender a perseguição por
causa da justiça; não a perseguição da lei da justiça humana, do aparelho
repressório humano, mas sim da perseguição da nossa própria consciência ,
aquela que alcançou o entendimento da justiça divina e que exige de nós mesmos
a reparação dos erros, que exige de nós mesmos o compromisso ético, a ação
caritativa e amorosa.
Então,
trata-se de uma exigência de que nós mesmos fazemos a nós próprios para a ação
no bem, mudanças de atitudes, a pratica do amor caridade. E assim realizando,
assim pautando os nossos atos, também estaremos em direção à conquista do reino
do céus.
Que
a paz esteja convosco! Um Espírito Protetor e Amigo.
-1
#2 Maria José Gontijo 28/11/2011 16:23
Sim.
Felizes aqueles que ao comprenderem os seus equívocos, reconhecem que devem
refazer os seus caminhos e retornar à harmonia com as leis de Deus.
Como
essas leis se encontram fixadas na consciência de todos seres humanos,
impossível burlá-las. Com o progresso da evolução, serão compreendidas e como
consequência haverá uma aproximação maior com o "reino de Deus".
(dentro de cada um de nós)
Exercício
do auto-conhecimento para construir o "reino do céu" dentro de nós,
para perceber a justiça interior agindo, estimulando as mudanças necessárias e
muita coragem para realizá-las.
+1
#1 Gilmar Alves Barbosa 28/11/2011 09:51
Trata-se
de um principio orientador interior, de caráter objetivo, que traz um
sentimento de realizações, de acordo com a verdadeira e real finalidade da
vida.
MT.
5,11-12 - PERSEGUIDOS POR MINHA CAUSA
Narrativa
Evangélica
Bem-aventurados
sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal
contra vós por minha causa.
Exultai
e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim
perseguiram os profetas que foram antes de vós.
Mateus
5:11-12
Comentários
Estes
versículos complementam o anterior. O primeiro especifica a perseguição por
causa do mestre Jesus, isto é, dos seus ensinamentos, do amor-caridade.
Acrescenta que levantariam injúrias, mentiras, falsidades contra aqueles que
defenderem estes ensinamentos. Algo compreensível num mundo no início de sua
evolução planetária, onde reina o contrário do amor-caridade, isto é, o egoísmo
e o orgulho.
Não
se deve entender “minha causa” de forma pessoal, mas sim de forma universal,
pois a causa de Jesus é a do bem e da evolução espiritual do ser humano, daí a
necessidade do entendimento dos seus ensinamentos e de sua prática cotidiana.
Aqueles
que assim o fizerem podem se alegrarem, pois já estão construindo o reino dos
céus dentro de si, isto já é o galardão ou recompensa prometida por Jesus.
Jesus
ainda exemplifica por meio dos profetas que foram perseguidos e caluniados
durante suas vidas, mas depois foram reconhecidos como missionários.
Infelizmente,
no decorrer dos séculos estruturou-se uma religião sobre os ensinamentos de
Jesus. Institucionalizado, o cristianismo aumentou a separação entre as
religiões: budismo, islamismo, judaísmo etc. Confundiu-se, então, a “minha
causa” com a defesa da igreja que nem mesmo existia na época de Jesus. Houve e
ainda há barbaridades e mesmo guerras, em nome do homem que veio nos ensinar o
amor-caridade e o perdão, , princípios éticos universais.
Mensagem
Espiritual
Queridos
irmãos, diz a sabedoria popular que “ninguém chuta cachorro morto” e refletindo
sobre as palavras do Mestre, percebemos a imensa sabedoria nelas contidas,
porque se vos perseguirem por causa do mestre Jesus é porque não estarão
mortos, não estarão parados, estarão trabalhando, divulgando, se transformando
num ser humano melhor.
Aquele
que age em nome do Cristo age em nome do bem e do amor e abala as estruturas
corroídas do mundo ainda fundamentadas no capitalismo, consumismo, no egoísmo e
orgulho. Então aquele que age se transforma na ação. Aquele que luta, luta
também consigo mesmo; aquele que luta na transformação do mundo, luta também
consigo na própria transformação.
Aquele
que meche nas estruturas do mundo é perseguido pelo mundo e persegue a si mesmo
para mudar as próprias estruturas.
A
recompensa que Jesus promete é a reação, é o fruto do próprio trabalho no Bem.
É o resultado da transformação espiritual que ocorre naquele que batalha em
nome do Mestre.
O
batalhador do Bem é aquele que busca ser o homem de Bem, que não suporta ver
uma injustiça, que não consegue ver alguém derramando lágrimas, sem se
aproximar e ajudar a secá-las, mesmo que seja simplesmente ouvindo-a ou
abraçando-a. Aquele que deseja com seus esforços, não acabar com o sofrimento
do mundo inteiro, mas, pelo menos, acalentar o próximo. Aquele que cumpre a sua
parte dentro do plano divino.
Espírito
Amigo e Protetor.
Gilmar
Alves Barbosa 07/12/2011 14:26
A
terra é uma abençoada escola, onde aprendemos a colocar em prática que já
conhecemos, superando nossas limitações. Cada dia é uma nova oportunidade de
aprendizado; nenhum dia é igual, precisamos aprender a observar essas
diferenças e agir em nome do bem.
MT.
5,13 - VOS SOIS O SAL DA TERRA
Narrativa
evangélica
Vós
sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para
nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.
Mateus
5:13
Comentários
Neste
versículo Jesus se dirigia aos seus discípulos como visto em MT. 5,1. Jesus
reconhecia como tais não aqueles participavam de determinada igreja ou
religião, mas aquele que conseguia realizar o amor-caridade (João 13,35).
Jesus
faz neste versículo e nos seguintes uma analogia sobre a importância da ação de
seus discípulos no mundo.
O
mestre como poeta e sábio usa o sal, tempero utilizado para dar sabor e
conservar os alimentos, conhecidos de todos, para exemplificar a importância
daqueles que vivenciam o amor-caridade.
No
latin sapere originou sapore, gosto, que deu em português, sabor. Sapere também
originou saber, sabedoria. O poeta Jesus assim foi o verdadeiro sal que
temperou, primeiramente, seus discípulos com sua sabedoria. E seguindo seus
exemplos e ensinamentos, seus discípulos também deveriam temperar o mundo com o
amor- caridade.
A
essência do homem é a evolução que leva perfeição. A evolução leva o homem a
colocar o amor-caridade em ação. O sal que perde o sabor é o homem que perdeu
provisoriamente sua essência. Sem essência o homem de baixa auto-estima é
menosprezado por si mesmo e conseqüentemente pelos outros.
Mensagem
Espiritual
Queridos
irmãos, que Jesus possa ser verdadeiramente o tempero de vossa vida. Com Ele,
ela será bem mais saborosa e a nossa alegria de viver mais intensa, porque nos
aproximaremos mais do sentido do qual e pelo qual todos nós estamos aqui.
Buscando
comentar a passagem evangélica citada hoje e ao mesmo tempo responder a dúvida
do nosso irmão, acrescentaremos que o sal não representa apenas a sabedoria e o
amor, mas podemos também afirmar que o sal poderia representar a mediunidade e
a certeza que ele nos traz da existência do mundo espiritual, da imortalidade
do espírito e da vida após a morte física.
Foi
na explosão da mediunidade entre os discípulos, narrada no episódio do
Petencostes, que proporcionou a conversão da maioria das pessoas daquela época
e que até hoje continua revelando seus efeitos benéficos: quantos se
converteram à mensagem do mestre Jesus através do incansável trabalho mediúnico
do nosso irmão Francisco Cândido Xavier.
Dessa
forma a mediunidade pode ser também esse sal da terra que pode convencer os
homens a buscar compreender a mensagem evangélica, a mensagem do amor, do
perdão e da caridade.
Porém
o sal pode estar contaminado, perdido; pode ao invés de trazer o bem, trazer a
discórdia e a falta de fé. E isso acontece quando aquele que se diz médium e
como tal divulgador desses conhecimentos referidos, se torna imoral, age com
uma conduta inferior àquilo que deveria representar: os princípios evangélicos.
Aí muito mais que bem, mal ele faz. Porque a descrença causada por ele pode
levar as pessoas a não buscar a sua transformação, a sua evolução espiritual.
Daí
a importância da mediunidade com amor, sabedoria e, principalmente, com
atitudes coerentes com os valores exemplificados pelo mestre Jesus.
Um
espírito protetor e amigo.
MT.
5, 14 A 16 - VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO
Narrativa
evangélica
Vós
sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
Nem
se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a
todos que estão na casa.
Assim
resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras
e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.
Mateus
5:14-16
Comentários
Estes
versículos complementam o anterior. A luz é mais sutil que o sal e se expande
para o infinito. Graças a luz e que podemos ver, inclusive o caminho a seguir.
Sem luz ficamos nas trevas imobilizados. Aqueles que, por meio de seu livre
arbítrio, descobriram e desenvolveram a luz em si mesmo, devem resplandecer
esta luz no mundo para serem exemplos a serem seguidos.
Mas
deve-se tomar cuidado com dosagem da luz, pois luz demais pode ofuscar a visão.
Todo conhecimento deve ser dado no momento oportuno. O exemplo no bem deve ser
sempre praticado, porém nem todos estão preparados para entender e aceitar
todos os conhecimentos. Muitos não estão preparados para compreender por
exemplo, o livre arbítrio que nos torna construtores do nosso próprio futuro,
não há salvação e sim evolução e libertação. Daí a ética do versículo, nossa
responsabilidade com nossas ações. Todos os homens, filhos de Deus, tem a luz
em essência, tem a capacidade de enxergar luz do outro e resplandecer a
própria, bastando que elas se dediquem no estudo e na prática das Leis Divinas.
Precisamos compreender a cabedoria de Jesus quando afirma que devemos
glorificar não o realizador das boas obras, mas ao Pai, ao Creador que dele faz
parte. Seria omissão não compartilhar com o próximo a luz que já conseguimos
conquistar, mas devemos evitar a presunção e a vaidade, filhas do orgulho, maior
obstáculo da evolução. Tal é a orientação ética de Jesus.
Mensagem
Espiritual:
Boa
noite, queridos amigos! Que alegria retornarmos nesse convívio memorável.
Vocês
não imaginam a quantidade de espíritos que estão participando desse nosso
debate maravilhoso em torno dos ensinamentos do Mestre, porque de nosso lado de
cá é muito maior o número daqueles que se interessam pela verdadeira renovação
e transformação para o melhor.
Amigos,
irmãos, na noite de hoje, no estudo de tão belas palavras, “vós sois a luz do
mundo”, gostaríamos de apresentar a nossa contribuição. A Luz, nos ensinamentos
do Mestre, não é simplesmente o conhecimento, mas é, fundamentalmente em
essência, o amor em ação, a caridade. O amor é o ensinamento maior que veio nos
ensinar o Mestre. Aquele que desenvolveu o amor-caridade em si é a Luz do
mundo. Porque o amor é o único sentimento capaz de dissolver os ódios, de
dissolver o remorso, de desenvolver o perdão, de acabar com as disputas, as
discórdias dos seres , de eliminar a solidão, a depressão, o egoísmo e o
orgulho. É o sentimento capaz de fazer o homem bom, de transformar o planeta de
provas e expiações, em planete de regeneração.
O
amor é o sentimento que aguarda em estado latente o desenvolvimento. É a ele
que Jesus evoca. O amor que cada um possui e que está lá aguardando a nossa
coragem; a coragem de fazê-lo pegar fogo, de expandi-lo dentro de nós, de
fazê-lo resplandecer, bastante forte, para alcançar o outro, para transformar a
realidade, para construirmos a paz de que Jesus nos falou.
Que
a paz do Mestre esteja com vocês!
Espírito
protetor e amigo.
Gilmar
Alves Barbosa 06/01/2012 08:37
O
AMOR, JUSTIÇA e a CARIDADE, porém, acendem luz imortal, não no sucesso
transitório e efêmero da terra, mas na conquista de afeto imortal para nossa
alma que viverá para sempre, mostrando que o gesto de humildade de hoje é o
tesouro de alegrias do futuro, aquele que “o ladrão não consegue roubar...”
MT.
5, 17 A 20 - JESUS NÃO VEIO REVOGAR A LEI, MAS CUMPRIR
Narrativa
evangélica
Não
cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir.
Porque
em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til
se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.
Qualquer,
pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos
homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e
ensinar será chamado grande no reino dos céus.
Porque
vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo
nenhum entrareis no reino dos céus.
Mateus
5:17-20
Comentários
Com
certeza Jesus não se referia aqui a toda a lei descrita na tradição judaica,
pois certas leis como a proibição de curar no sábado e a de conversar com os
desencarnados ele mesmo desobedeceu.
Podemos
dividir a lei descrita na tradição judaica que chegou até o nosso tempo na
Bíblia, especificamente no antigo testamento, em duas partes. A primeira se
refere a lei divina imutável e universal, que até nos dias de hoje estudamos e
procuramos observar. Exemplo desta lei é os 10 mandamentos. Outra parte são
leis humanas estabelecidas para criar uma ordem social, específica para aquele
povo, que vivia naquela época, naquelas condições culturais e geográficas. São
leis específicas e mutáveis.
Jesus
se refere nestes versículos a esta lei que imutável. O grande ensinamento
ético, contido no versículo 18 é a existência de uma lei universal que é o
parâmetro moral para a humanidade. Esta lei que é revelada, descoberta,
refletida, interpretada e ampliada de acordo com a capacidade humana de
compreensão da Lei de Deus. A busca da ética é a busca do entendimento e
vivência desta Lei Universal. Esta Lei é o bem, finalidade última da existência
da criatura.
No
versículo 19 Jesus adverte que a felicidade, o reino dos céus em nós, está na
prática, exemplificação e no ensino da Lei Divina e que fazer o contrário
implicará em consequências infelizes.
Finalmente
no versículo 20 Jesus prenuncia o seu ensino da Lei Divina, sua interpretação e
revelação que é muito superior a interpretação mosaica e dos profetas que
vieram antes dele, que a prática moral de seus discípulos deveria ser superior
aos dos escribas e fariseus, considerados os mais moralistas da época do Mestre.
Mensagem
Espiritual:
Que
a paz esteja com vocês, irmãos e que o mestre Jesus possa nos orientar no
sentido de comovermos em direção dos seus ensinamentos.
Neste
memoráveis versículos estudados na noite de hoje, parece-me que o Mestre queria
nos falar do rigor da Lei. Porém se a Lei a que ele se refere é a Lei do Amor,
qual seria esse rigor? Qual seria o rigor do Amor?
O
Amor pode ser representado pela mãe que, incansavelmente, protege e educa seu
filho. Que continua amando nos melhores e nos piores momentos.
O
rigor do amor pode ser comparado ao sol que, incansavelmente, ilumina toda
terra, todos os dias, que a aquece sem reclamar e que doa-se constantemente
para sustentar a vida planetária.
Esta
é a Lei Divina, a Lei do Amor, imutável e universal que todos devemos praticar,
buscar, conhecer e ensinar. E se assim o fizermos seremos grandes e se assim
não o fizermos, seremos pequeninos. Fazendo isto faremos muito mais do que
fazem a maioria daqueles que se encontram atualmente encarnados.
Que
estas palavras do Mestre dos Mestres nos incentive a buscar e a viver o amor.
Um
espírito amigo e protetor
Gilmar
Alves Barbosa 28/01/2012 14:36
Jesus
não derruba a Lei - isto é, a Lei de Deus, mas sim, desenvolve-a, dá-lhe o
verdadeiro sentido, adaptando-a ao grau de adiantamento dos homens. Moisés
impõe-se pela força; Jesus aconselha com amor. Pela primeira vez, chega ao ser
humano a noção de Paternidade, Misericórdia e Providência Divinas; manda o
Mestre amar a Deus e ao próximo como meio de libertação e evolução espirituais.
MT.
5, 21 A 22 - NÃO ENCOLERIZAR-SE CONTRA SEU IRMÃO
Narrativa
Evangélica
Ouvistes
que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de
juízo.
Eu,
porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão,
será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do
sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno.
Mateus
5:21-22
Comentários
Jesus
começa neste versículo a ampliar a lei mosaica, como anunciado nos versículo
20.
Não
basta não matar como diz os mandamentos, é preciso combater a violência
inicial, que no extremo pode levar ao assassinato.
O
processo de violência se inicia com o sentimento de raiva, de cólera ou ira,
depois com uma ofensa, que passa para agressão verbal, e se não parar, alcança
a agressão física que pode levar ao extremo a morte.
Jesus ensina a combater a causa. Eliminando-se
a causa eliminam-se todas as consequências.
A
lei humana evoluindo constantemente busca se aproximar da lei divina imutável.
Hoje, a lei já coloca como réu, o ofensor, na legislação específica de danos
morais.
O
interessante é a forma que Jesus gradua o julgamento do ofensor: réu de Juízo,
Sinédrio e Inferno. Juízo é um tribunal comum, Sinédrio é o mais alto tribunal
da época de Jesus, e GEENA, que foi traduzido por inferno, era o vale nas
cercanias de Jerusalém Antiga, onde era queimado o lixo da cidade. Somos
julgados por nossa própria consciência. Quanto mais violenta nossa ação, mais a
nossa consciência nos responsabilizará. A violência contra outra pessoa,
resulta posteriormente, em violência contra nós mesmos.
Profundamente
ético são estes versículos, quando Jesus apresenta o princípio da diminuição da
violência como princípio norteador das ações. Princípio este, muito coerente
com sua ética do Amor e do Cuidado.
Mensagem
espiritual
Que a paz do Mestre Jesus possa ser o
elemento basilar que nos sustenta nos momentos mais difíceis, mas também o que
nos equilibra nos momentos mais alegres.
É
bom que entendamos que Jesus, o Mestre dos Mestres de forma muito didática, vai
introduzindo em suas lições maravilhosas a Lei sublime do Amor-Caridade.
Da
mesma forma que se ensina às crianças, primeiro a desenhar as vogais, depois as
consoantes, depois a unir as primeiras com as segundas formando as sílabas e só
posteriormente construindo-se as palavras e depois com o exercício, a
construção de frases e orações, para que aquele individuo devidamente alfabetizado
possa redigir discursos e livros.
Da
mesma forma, ensina-se Matemática do mais simples ao mais complexo,
inicialmente, a noção dos números e das quantidades usando dos objetos
materiais para depois construir os conceitos abstratos, a seguir as operações
de soma e de diminuição, só posteriormente, a multiplicação e depois a divisão
que é mais complexa. Somente depois de aprendidas as operações, chamadas
básicas é que o aluno vai sendo introduzido às operações mais complexas, até
chegar ao ponto dos cálculos tridimensionais e de todas aquelas funções
especificas e próprias da Matemática que permitem a descrição do mundo físico.
Da
mesma forma, também o Mestre vem ensinando a Ética. Primeiramente, a noção mais
básica que é “não matar”, mais vagarosamente apresenta a noção de não agir com
violência com o próximo. Não violentar o próximo. Depois não é falar mal do
próximo, evitar calúnia, evitar falar qualquer mal, avançando mais, nem mesmo
pensar ou desejar o mal. O pensamento negativo também é uma violência.
Então,
após estar evitando o mal, finalmente chega-se ao cume se seu ensinamento, que
não basta não fazer o mal, é preciso vencer o mal com o bem; não basta não ser
violento, é preciso amar o próximo, então transformaremos o ódio e a violência
em carinho e amor. Aí não só colheremos os frutos negativos da primeira ação,
mas os frutos positivos do agir com amor.
Caminhemos
passo a passo em direção à lição definitiva do Mestre, busquemos sempre nos
aprimorar mais.
Um
espírito protetor
Gilmar
Alves Barbosa 28/01/2012 14:25
Matar
não é só tirar a vida, mas sim ter o sentimento de vingança dentro do coração.
Que sabe que com o fim da vida material o Espírito permanece e o ódio é levado
para o além, trazendo aos envolvidos dores e remorsos. Que a justiça do homem
seja severa e educativa, mas que não traga para si o direito de tirar a vida
alheia, que só a Deus é permitido.
MT.
5, 23 A 26 - RECONCILIA-TE PRIMEIRO COM SEU IRMÃO
Narrativa
Evangélica
Portanto,
se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem
alguma coisa contra ti,
Deixa
ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão
e, depois, vem e apresenta a tua oferta.
Concilia-te
depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não
aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial,
e te encerrem na prisão.
Em
verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o
último ceitil.
Mateus
5:23-26
Comentários
A
ética de Jesus é uma ética de essência, de sentimentos e de princípios. Jesus
combatia todas as atitudes hipócritas, onde havia incoerências da prática
exterior com os sentimentos.
Como
querer conciliar com Deus, por meio de uma oferta material qualquer, sem
conciliar-se primeiro que seu irmão que se encontra próximo. Jesus recomenda
amar a Deus por meio do amar ao semelhante. A melhor oferta a Deus, levada ao
altar da consciência, e a união e amor entre seus filhos.
No
versículo 25, Jesus é mais enfático com relação ao adversário, aquele que tem
alguma coisa contra ti, recomendando reconciliar-se com ele enquanto ele
estiver no seu caminho, na vida, ou seja, reencarnado, pois se ele ou você
desencarnar a reconciliação será muito mais difícil.
No
final Jesus afirma que toda ação provoca suas consequências próprias, e o
espírito é responsável por todas as suas ações, seja no bem ou no mal.
A
prisão é uma analogia da consciência com remorsos, com arrependimento de não
ter agido como deveria agir.
O
princípio ético da reconciliação é uma das formas de manifestação do amor-
caridade, da diminuição da violência, da expansão da paz seja a interior ou a
social. Para a reconciliação, é necessário o perdão e a compreensão, o
desenvolvimento da humidade e do amor ao próximo.
Praticando
a reconciliação aproxima-se da felicidade.
Mensagem
espiritual
Que
a paz do Mestre possa realmente libertá-los de suas angústias, temores,
ansiedades, de seus cansaços físicos e emocionais.
Gostaríamos,
na noite de hoje, aprofundando nas palavras do Mestre, propor que “o irmão” e
“o adversário” que tem queixas contra você, muitas vezes, não está fora, mas
dentro.
Sem
desconsiderar todos os comentários tão importantes da noite, gostaríamos de dizer
que cada um de nós não é apenas um, mas somos vários, porque tivemos várias
vidas, várias oportunidades, várias experiências e todas elas permanecem em nós
e todas essas personalidades refletem a vida de hoje.
Assim
sendo na nossa própria consciência estão os nossos adversários. Estão aqueles
com os quais devemos nos conciliar. Conciliarmos conosco mesmo, com o nosso
passado espiritual, com nossas vidas anteriores, perdoar-nos para que o remorso
e o arrependimento não nos sobrecarreguem de forma que nos impeça de caminhar.
Que
o mal que fizemos não nos aprisione nos impedindo de fazer o bem, de
realizá-lo. Conciliemo-nos conosco mesmo e vamos partir para a ação no bem, no
amor-caridade.
Que
a paz do Mestre Jesus esteja com vocês.
Espírito
Amigo e Protetor
Gilmar
Alves Barbosa 28/01/2012 14:14
A
reencarnação é Lei de Amor, pois que Deus nos permite abraçar, como filhos,
aquelas mesmas criaturas que não soubemos amar em outras posições sentimentais
MT.
5, 27 A 28 - ADULTÉRIO
Narrativa
Evangélica
Ouvistes
que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério.
Eu,
porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu
coração cometeu adultério com ela.
Mateus
5:27-28
Comentários
Não
podemos aceitar que Jesus defendia os valores patriarcais da sociedade hebraica
de sua época. Jesus combatia todas as injustiças, inclusive as feitas contra as
mulheres, consideradas como posse dos homens e quase sem direitos legais.
Como
já foi dito, a ética de Jesus é de essência, que trata das leis universais.
O
sentido de adultério utilizado por Jesus em várias de suas passagens é um
sentido mais amplo, significado o erro, o mal, o desvio do bem. Como nos
exemplos a seguir: “adulterou a lei”, “o vinho foi adulterado pelo criminoso” e
“raça adúltera”.
Toda
ação é originada no pensamento. A nossa busca ética não deve ser apenas em
eliminar todas as ações maléficas, mas suas causas que estão no pensamento.
A
verdadeira pureza é de pensamentos e não apenas de ações.
Pensar
e não realizar, mesmo tendo a oportunidade, já implica em certo progresso,
visto que já mostra a vontade perseverante no bem, com uma proposta de
transformação moral para melhor.
No
caso contrário, se ela não faz, por falta de oportunidade, é o caso que Jesus
se refere, onde o espírito está no mesma evolução moral daquele que realiza de
fato a ação maléfica.
A
ética de Jesus busca a coerência dos sentimentos e pensamentos com as palavras,
ações e atitudes.
Mensagem
espiritual
Que
a sabedoria do Mestre, com a larga e ampla vista que ele possuía da vida e
história da natureza humana possa nos inspirar a melhor compreendê-lo.
Queridos
irmãos, perguntam-se o que seria a “mulher” nas palavras do meigo Nazareno.
Insinuaram que talvez o Mestre teria tomado-a como exemplo do pecado, da
falsidade, inferioridade, como a sociedade da época a tomava.
Mas,
muito pelo contrário, Jesus, neste momento, causando aquele choque cultural,
para criar incógnita, dúvida e reflexão que nos leva a evoluir, toma a mulher
neste momento, como símbolo da castidade, da nobreza, pureza, do Bem.
A
mulher tão rejeitada, humilhada e rebaixada é tomada neste momento, por Jesus,
como símbolo da perfeição e da pureza. Por isso é que Ele diz: “aquele que
pensar em fazer mal à mulher, já está fazendo”, porque aquele que atentar
contra o Bem em seu coração e não o fizer por falta de oportunidade, já está
fazendo, pois a sua evolução espiritual é a mesma daquele que realmente realiza
o mal.
Busquemos
refletir as palavras de Jesus, também, não na ação com o outro, mas na ação
conosco mesmos. Busquemos a renovação dos pensamentos para conosco mesmos e
consequentemente para com os outros.
Que
o Mestre Jesus possa a todos nós abençoar.
Um
Espírito Amigo e Protetor.
Gilmar
Alves Barbosa 22/02/2012 15:00
Na
época do Senhor Jesus, a sociedade, ainda muito atrasada, tinha uma
discriminação muito grande com a mulher. Adultério, para eles, significava a
mulher que traísse o seu marido ou mesmo aquela que casasse depois de viúva. O
Senhor Jesus modificou totalmente este conceito no famoso encontro dele com a
mulher adúltera, conscientizando a todos que todas as vezes que cometemos
qualquer infração com a Lei de Deus: mentira, inveja, vingança, ciúme, raiva,
ódio, desonestidade, estamos cometendo o adultério, seja homem ou mulher.
Gilmar
Alves Barbosa 04/02/2012 15:02
Jesus
utilizava a palavra "adultério" com uma conotação mais ampla. Podemos
entendê-la relacionada a alteração da qualidade do sentimento, e não somente em
relação à infidelidade.
MT.
5, 29 A 30 - ARRANQUE-O E JOGUE FORA
Narrativa
Evangélica
Portanto,
se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti;
pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo
lançado no inferno.
E,
se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti,
porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que seja todo o teu
corpo lançado no inferno.
Mateus
5:29-30
Comentários
O
pensamento é espírito no mundo, é a ação do espírito que origina suas ações no
mundo material. Na interpretação de Kardec o “escândalo é o resultado efetivo
do mal moral”, ele afirma e concordamos que “seria absurda (a fala de Jesus) se
tomada ao pé da letra, e que apenas significa que cada um deve destruir em si
toda causa de escândalo, isto é, de mal; arrancar do coração todo sentimento
impuro e toda tendência viciosa.” (Kardec, ESSE, cap. VIII, item 17)
Os
olhos podem representar os sentidos físicos que podem levar ao espírito ainda
não evoluído a pensamentos equivocados. A mão pode representar as ações.
Deve-se evitar não só as sensações que venham a provocar os “escândalos”, mas,
também as ações que possam ser motivo deles.
“Arrancar
e jogar fora” representa o esforço individual na própria transformação,
abandonando velhos hábitos e pensamentos viciosos. É o bom combate que se
referia o apóstolo Paulo, o combate conosco mesmo, realizado na intimidade do
coração.
É
um exemplo da ética evolucionista de Jesus, que sempre indica que devemos
buscar a perfeição: “-Seja perfeito como vosso pai o é”.
Mensagem
Espiritual
Que os ensinamentos do Mestre Jesus possam
ser sempre o porto seguro de nossos espíritos.
O
Pai da vida, misericordioso, justo e bom nos dá vários presentes que muitas
vezes não reconhecemos como mercês divinas.
Tais
presentes são verdadeiras riquezas que o homem possui: capacidade de ver, de se
locomover, abraçar, agir no mundo, escutar, de perceber os diversos odores, as
mais puras fragrâncias.
Ele
nos dá a protetora, na forma da mãe, as esperanças nas forma de livros, as
alegrias chamadas amigos, os professores chamados inimigos.
Criou o sol que nos aquece e ilumina, o
planeta terra que nos hospeda, o trabalho digno que nos permite o pão de cada
dia, o cônjuge que nos recebe e nos protege, os bens materiais da riqueza do
mundo.
Mas
se todas essas benesses se tornam motivo da perdição do espírito, se tornam
empecilho da sua própria evolução, é melhor que se tirem essas benesses.
Assim
como o pai, percebendo que o filho utilizando-se mal de um dos seus presentes,
o qual poderia ocorrer algum risco de vida, resolve retirar-lhe a posse daquele
presente, também nós devemos buscar a refletir sobre o que é realmente
importante.
Como
Jesus, na passagem conhecida como “o jovem rico”, quando o convidava a
segui-lo: “Vende todas as suas coisas e segue-me”. O jovem, que era muito rico,
hesitou, pois, tinha muitas posses e não seguiu Jesus.
Seguir
Jesus é evoluir. Que as nossas posses não nos impeçam de seguir o Mestre, pois
é preferível arrancar e jogar fora tudo que nos impeça de evoluir do que ficar
sentado à beira do caminho enquanto todos estão caminhando em direção da
verdadeira felicidade.
Que
o Mestre Jesus possa nos inspirar sempre, para que o mais rápido possível
estejamos com Ele.
Um
amigo.
Gilmar
Alves Barbosa 23/02/2012 09:39
Quando
Jesus disse que era melhor “entrar na vida” sem a parte de nosso corpo que nos
escandaliza, ele se referia ao nascimento físico, mesmo, aqui na Terra. Antes
de reencarnarmos, fazemos uma avaliação de nossa vida anterior, analisamos
nossos erros e acertos, planejamos a nova encarnação e, quando percebemos que
nosso corpo físico nos levou a determinados vícios e erros de conduta, pedimos
para nascer com limitações que nos dificultem a recaída naqueles mesmos erros e
vícios. Foi isto o que Jesus quis dizer.
MT.
5, 31 A 32 - DIVÓRCIO
Narrativa
Evangélica
Também
foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, dê-lhe carta de desquite.
Eu,
porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de
prostituição, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a
repudiada comete adultério.
Mateus
5:31-32
Comentários
Jesus fala sempre da lei divina e critica a lei
humana quando esta vai contra a primeira. No casamento parece haver duas leis
divinas, uma material e outra moral.
A
lei material diz a respeito da união do homem e da mulher para a procriação,
necessária a perpetuação da espécie que é a oportunidade de novas
reencarnações. A moral é a lei do amor, da simpatia, da afeição e afinidade,
que em verdade e definitivamente une as pessoas. É o que Deus uniu, na fala do
Mestre Jesus.
Quanto
a lei humana que Jesus criticava, era a lei de Moisés que permitia que por
qualquer motivo, mesmo banais, ao homem dar carta de divórcio ou de repúdio a
sua mulher. Era uma lei permissiva demais e de exclusividade masculina, isto é
machista.
Jesus
ensina que o divórcio só poderia ser realizado com um motivo muito grave.
Podemos entender, de acordo com a tradução do evangelho, as palavras
“infidelidade”, “prostituição”, “imoralidade”, “adultério”, “fornicação” de uma
forma mais ampla, significando um desvio muito grave da lei divina, ou seja, do
amor, tal como a violência, seja ela física ou moral.
Depois
deste ensinamento de cristo, nos povos cristãos a lei humana, foi para o outro
extremo e não permitia o divórcio em caso algum.
A lei humana é mutável e deve buscar sempre
acompanhar a lei divina, regulando as relações humanas e seus interesses de
acordo com o progresso da civilização.
A ética de Jesus, quanto ao divórcio, indica o
caminho da lei divina, da procriação, da continuidade da espécie, da educação
dos filhos, pelos exemplos amorosos dos pais, da lei do amor, afeição e
afinidade, sem, contudo, deixar de permitir que por motivos bem graves, haja a
separação. O divórcio na verdade separaria o que já estaria separado.
Mensagem
espiritual
Que
a paz do Mestre Jesus, este Ser que brilhando na terra, iluminou a todos nós, possa
ser a luz que ilumina os nossos passos, clareando nossa trajetória,
esclarecendo assim o objetivo no qual todos queremos chegar.
Não
discordamos de nenhum dos comentários tão vivamente discutidos na noite de
hoje, mas gostaríamos de lembrar aos senhores e as senhoras presentes que o
verdadeiro objetivo do casamento, da união dos seres no matrimonio, é o
desenvolvimento dos sentimentos nobres, principalmente daqueles dois tão
conhecidos de todos nós : a humildade e a caridade. Então, no casamento, como parte
integrante da reencarnação não é aquele piquenique de guloseimas que todos vem
para se fartar, mas é escola onde todos adentramos para aprender.
Qual
a escola que funcionaria, que no primeiro momento difícil, que na primeira
prova, argüição, seja escrita ou oral, o aluno desiste, o aluno salta fora da
escola e não deseja mais participar daquelas sublimes aulas que somente aquela
lição pode oferecer.
Assim
é o casamento, escola divina que aprimora os espíritos do homem, da mulher, dos
filhos, de todos que ali participam.
Jesus
então, quis dizer o seguinte: não é na primeira dificuldade, no primeiro
obstáculo que se deve desistir mas somente se aquela escola estiver
prejudicando muito aqueles espíritos, sua evolução, somente neste caso é que se
deve então, realmente, partir para a separação. Mas devemos esforçar muito
neste objetivo da aprendizagem, da humildade, caridade, renúncia, do aprender a
ouvir e conviver com o outro.
Que
todos possamos sair daqui, na noite de hoje, refletindo das bênçãos de Deus que
nos permite num casamento cheio de provas, cheio de obstáculos a ser superados,
de oportunidades de aprendizado espiritual.
Que
assim seja. Um espírito amigo.
Gilmar
Alves Barbosa 26/02/2012 11:40
A
maioria dos casamentos, é programada ou acertada no plano Espiritual, na
maioria dos casamentos, aqui na Terra, visa reajustes, ou seja, são casamentos
provacionais e certamente o relacionamento não será dos mais fáceis. Enquanto
desencarnados podemos perceber com muita clareza a extensão de nossos débitos e
aceitamos nos reunir para diminuir ou saldar estes mesmos débitos. Uma vez
encarnados, com a benção do esquecimento dos desajustes passados, nos deixamos
envolver, mais uma vez, pelos prazeres que o mundo nos oferece e voltamos quase
sempre a falir nos compromissos assumidos.
MT.
5, 33 A 37 - JURAMENTO
Narrativa
Evangélica
Outrossim,
ouvistes que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás os teus
juramentos ao Senhor.
Eu,
porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono
de Deus;
Nem
pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a
cidade do grande Rei;
Nem
jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto.
Seja,
porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de
procedência maligna.
Mateus
5:33-37
Comentários
Novamente
Jesus avança a lei mosaica que afirmava que não se deveria jurar falsamente, ou
seja, o princípio ético de não mentir. O mestre ensina que qualquer juramento é
um ato pretencioso de quem jura, pois se tudo pertence a Deus, todas as posses
e inclusive a existência, como jurar e garantir que o juramento seja cumprido.
É
um ensinamento que nos leva a uma humildade intelectual, que é saber que a
nossa verdade é relativa e que conhecemos muito pouco, e podemos menos ainda:
“não podes tornar um cabelo branco ou preto” ensinou o mestre.
Numa
discussão esta postura é capaz de impedir brigas e violências, pois, é a
postura da alteridade, de aceitação do outro, da “verdade” dele, que interpreta
as coisas de outro ponto de vista.
O
“sim” ou “não” já nos compromete suficientemente com o fazer ou não fazer.
Jesus não recomenda o mais ou menos, o “encima do muro”, recomenda uma postura
comprometida, sem, porém precisar de algo fora de si, como Deus, a mãe ou a
bíblia para garantir sua palavra.
Em
coerência com a ética do amor, Jesus recomenda a assertividade, simplicidade e
humildade: “Seja o seu falar: sim, sim; não, não.” Pois tudo que passa disto
vem do nosso orgulho e egoísmo.
Mensagem
espiritual
Queridos
irmãos, que a assertividade do Mestre Jesus, possa vos inspirar em todos os
momentos, principalmente naqueles mais graves, para que possam ser íntegros e
firmes, afirmando sim ou não conforme a ocasião.
Quanto
ao estudo da noite, quão sublimes as palavras do Mestre quanto responsabilidade
da nossa adesão ou não às diversas questões da vida. Neste momento, de cunho
profundamente metodológico, o Mestre não afirma a que devemos dizer sim ou a
que devemos dizer não, ficando essa incumbência ao livre arbítrio de cada
pessoa. Cabe a ela dizer sim a certas coisas e dizer não a outras e não ao
contrário.
Como
saber então, a que dizer sim e a que dizer não?
Devemos
dizer o sim as coisas que nos aproximam do nosso Creador, as coisas que nos
levam ao sentido da vida e da perfeição e dizer não, à ignorância, aos
equívocos, às forças que querem nos impelir ao destino contrário ao sentido da
nossa vida, as forças que nos impelem a voltar ao invés de avançar.
Aprendamos
com os ensinamentos do Mestre querido a não sermos indecisos, a não ficar no
meio do caminho, mas também dizer sim, às coisas certas e não às coisas
erradas.
Dizer
sim, querido irmão, ao bem, ao amor, a solidariedade, a paz; dizer não à
violência, ao conflito belicoso, à distância que separa os homens, aos
sentimentos do orgulho e do egoísmo. Dizer sim, à fraternidade dos homens, ao
cuidado entre as pessoas que dividem o mesmo ambiente, o mesmo espaço. Dizer
não à revolta, ao queixume, à desesperança. Dizer sim, ao entusiasmo, a vontade
de avançar, de viver, de estar mais perto daqueles que conhecem o caminho da
virtude. Dizer não às drogas, as drogas químicas, mas também às drogas da
imperfeição, da ilusão que nos prendem ao materialismo, ao consumismo, ao
exagero do apego a todos bens materiais. Mas dizer sim ao abraço, à visita
amiga a um parente, distante ou perto que se encontra isolado, sozinho. Dizer
sim ao telefonema de lembrança: “lembrei de você e quero lhe desejar um bom
dia”. Dizer sim ao email de confraternização, de instrução. Dizer não, aos
vícios, à paradeza, à ociosidade improdutiva. Dizer sim, aos ensinamentos do
Mestre Jesus e não, ao homem velho que ainda persiste em nós cheios de vícios e
maus hábitos físicos e morais que devem ser, paulatinamente, eliminados de nós.
Que
a assertividade de Jesus vos inspire hoje e sempre.
Um
espírito amigo.
Gilmar
Alves Barbosa 03/03/2012 11:52
Dizer
sim ou não exige análise reflexiva e não pode nascer de um impulso ou estado de
ânimo alterado. Jesus já nos ensinava "Mas seja o vosso falar: sim, sim;
não, não" Este ensinamento está contido na ética humana com sabedoria . Se
desta análise surgir um não ele virá sem qualquer traço de agressividade.
Emmanuel, nos traz uma belíssima lição "O ‘sim’ pode ser agradável em
todas as situações, todavia, o ‘não’, em determinados setores da luta humana, é
mais construtivo"."Tanto quanto o ‘sim’ deve ser pronunciado sem incenso
bajulatório, o ‘não’ deve ser dito sem aspereza"."Muita vez, é
preciso contrariar para que o auxílio legítimo se não perca; urge reconhecer,
porém que a negativa salutar jamais perturba. O que dilacera é o tom
contundente no qual é vazada". Você tem seu livre arbítrio para decidir,
está em sua mãos.
MT.
5, 38 A 42 - NÃO RESISTAIS AO MAL
Narrativa
Evangélica
Ouvistes
que foi dito: Olho por olho, e dente por dente.
Eu,
porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face
direita, oferece-lhe também a outra;
E,
ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa;
E,
se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.
Dá
a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.
Mateus
5:38-42
Comentários
O
mestre nesta passagem continua atualizando e aperfeiçoando a lei mosaica. Jesus
não só condena a vingança mais defende a importância do amor-caridade,
princípio ordenador de toda sua ética.
É
uma das passagens mais lindas e profundas de seu evangelho. Quando uma pessoa
agride a outra espera de volta uma agressão, pois o comum é a violência gerar
violência. Quando respondemos a violência, com amor, no mínimo, decepcionamos
quem nos agride. Interrompemos o círculo vicioso da violência e do ódio e
exemplificamos a ética do amor.
Não
ser violento, agir com amor, não é se acovardar, exige sim, muito mais coragem.
Dar
a outra face, dar a capa, caminhar, dar ou emprestar a quem pedir, simboliza a
postura da aceitação, proteção, disponibilidade, doação ou vontade de ajudar e
bondade que são os sentimentos fundamentais para a prática do amor-caridade.
Virtudes estas, adquiridas pelo esforço permanente e contínuo de todos que já
compreendem que estas situações são oportunidade de evolução.
A
ética universal do mestre nestes versículos é a máxima de que devemos sempre
pagar o mal com o bem, isto é, nunca devemos agir mal, mesmo que sejamos
vítimas dele. É melhor ser vítima do que algoz, e mesmo como vítimas, vamos
buscar sermos instrumentos de evolução do algoz. Há um ditado oriental que diz:
Seja como o sândalo, que perfuma o machado que o fere.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Mestre Jesus possa não ser apenas uma palavra bonita, mas sim um
sentimento capaz de, realmente, transformar as nossas vidas para melhor.
Acompanhamos
vossas reflexões com muita alegria porque percebemos em cada um de vocês a
sincera intenção de compreender as palavras do Mestre Jesus.
Sem
contrariar nenhuma das opiniões da noite, gostaríamos de humildemente
acrescentar uma nova reflexão: Jesus não se referia apenas ao “dente por dente
e olho por olho”, com relação ao outro, mas, também, com relação a nós mesmos.
Em
todas as reflexões, cada um de vocês se considerou a vítima, o agredido. Mas e
se vocês fossem os agressores? Se fossem aqueles que batem na face, que
tomam-lhe a capa, que obrigam a caminhar, que pedem?
Pois
bem, pensemos, não fomos nós mesmos os algozes, os opressores em nosso próprio
passado espiritual? Esse ser não está em nós ainda, na forma de tendências
inatas? Pensemos.
Como
devemos reagir ao agressor que permanece em nós mesmos. Devemos retribuir com
agressão? Ou com amor? Devemos agredir a nós mesmos porque fomos agressores no
passado? Ou poderemos nos perdoar e caminhar para frente.
A
verdadeira lei de ação e reação a qual todos nós somos herdeiros de nós mesmos,
deve também ser olho por olho, dente por dente? Ou podemos dizer, como Pedro,
que o amor é capaz de cobrir uma multidão de erros?
Que
as sábias palavras do Mestre Jesus vos inspire a todos o amor conosco mesmo e
que esse amor reflita também, o amor ao outro, nosso irmão, porque todos somos
filhos do mesmo Pai.
Um
espírito amigo
Gilmar
Alves Barbosa 16/03/2012 16:17
A
criatura humana, na atualidade, tende a encontrar-se sempre armada, numa
posição defensiva, aguardando motivo real ou imaginário para colocar para fora
a sua agressividade, buscando agir sobre os mesmos e não meramente reagir como
se vítimas fossem do destino. "Oferecer a outra face" significa não
se colocar na posição de vítima, salvaguardando o direito de defesa, desde que
defender-se não se confunda com revanche e covardia. O autoexame, até que ponto
estamos sendo reativos, gerando desconfortos com a nossa presença e isto são
sinalizadores da necessidade de mudança interior, de nossa reformulação de
posturas e atitudes.
MT.
5, 43 E 44 - AMAI AOS VOSSOS INIMIGOS
Narrativa
Evangélica
Ouvistes
que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo.
Eu,
porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei
bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para
que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;
Mateus
5:43-44
Comentários
Jesus
explicando a máxima de amar os inimigos (v. 5.44), aproveita a oportunidade
para ampliar o conceito da justiça divina, infinitamente superior a justiça
humana.
A
justiça divina é universal, imparcial, educativa e trata todos os espíritos com
igualdade dando infinitas oportunidades de reajustes e evolução. Ela “faz
nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos”
exemplifica Jesus.
Tornar-nos
filhos de Deus, nas palavras de Jesus, é buscar praticar uma justiça que busque
ser como a justiça divina, ou seja, imparcial, universal, que trata a todos com
o mesmo cuidado e amor.
Ele
ainda refere-se aos publicanos e gentios, lembrando que a justiça e moral
humana em sua época, como ainda hoje, privilegiam castas, seitas ou grupos
afins, esquecendo-se que todos somos irmãos, filhos de único Pai.
Aquele
que já ama os inimigos, sejam injustos ou maus, além dos amigos, dos justos e
bons, já avançaram no caminho da evolução e são como o sol e a chuva, na
analogia, de Jesus, que podem indicar o caminho para o espírito desviado e
matar a sede do sedento de paz consciencial.
Jesus
em coerência com seu princípio norteador ético do amor-caridade, defende como
Kant, a incondicionalidade do amor em qualquer contexto cultural do homem, o
amor se veste aqui de justiça divina na qual todos os homens devem se espelhar.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Mestre dos Mestres possa neste momento preencher vossos espíritos e
saciar-vos completamente, dando-vos a condição espiritual necessária para se
desvincular das dores e das mazelas terrenas.
Em
tão substanciosa lição estudada na noite de hoje, o Mestre Jesus se dirigindo
as pessoas simples da Galiléia, há mais de dois mil anos atrás, fala do sol e
da chuva, exemplificando a justiça e a perfeição divina. Se fosse hoje não
falaria do sol, mas dos bilhões de sois, em bilhões de galáxias criadas pelo
Pai, num Universo que para nós parece infinito, de tal grandiosidade, de tamanha
diversidade.
Como
o pequeno e bitolado homem pode acreditar-se ser único, especial, diante de tão
maravilhosa prodigalidade divina. Tal é o nosso sentimento de humildade, de
pequenez; tal é o nosso sentimento de gratidão e devoção a Deus que se transubstancia
em amor por todas as suas criaturas. Não somente pelo nosso inimigo, porque
desaparece diante da enormidade, da vastidão universal, qualquer preconceito se
expande em amor, ao mais simples vegetal até ao mais complexo animal.
Mesmo
para aqueles seres que não possuem a vida, vai a nossa gratidão, pela sua
constituição e pela beleza que proporcionam a nossa percepção.
Todo
o Universo vibra e canta as belezas da criação.
Se
cada um de nós voltássemos os olhos para perceber tal perfeição, seríamos envolvidos
por tão grande sentimento de gratidão e de humildade que nossas ações seriam
apenas de amor-caridade.
Um
espírito amigo.
MT.
5, 45 A 47 - NASCER O SEU SOL SOBRE MAUS E BONS
Narrativa
Evangélica
Porque
faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e
injustos.
Pois,
se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também
o mesmo?
E,
se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os
publicanos também assim?
Mateus
5:45-47
Comentários
Jesus
explicando a máxima de amar os inimigos (v. 5.44), aproveita a oportunidade
para ampliar o conceito da justiça divina, infinitamente superior a justiça
humana.
A
justiça divina é universal, imparcial, educativa e trata todos os espíritos com
igualdade dando infinitas oportunidades de reajustes e evolução. Ela faz “faz
nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos”
exemplifica Jesus.
Tornar-nos
filhos de Deus, nas palavras de Jesus, é buscar praticar uma justiça que busque
ser como a justiça divina, ou seja, imparcial, universal, que trata a todos com
o mesmo cuidado e amor.
Ele
ainda refere-se aos publicanos e gentios, lembrando que a justiça e moral
humano em sua época, como ainda hoje, privilegiam castas, seitas ou grupos
afins, esquecendo-se que todos somos irmãos filhos de único pai.
Aquele
que já ama os inimigos, sejam injustos ou maus, além dos amigos, dos justos e
bons, já avançaram no caminho da evolução e são como o sol e a chuva, na
analogia, de Jesus, que podem indicar o caminho para o espírito desviado e
matar a sede do sedento de paz consciencial.
Jesus
em coerência com seu princípio norteador ético do amor-caridade, defende como
Kant, a incondicionalidade do amor a qualquer contexto cultural do homem, o
amor se veste aqui de justiça divina na qual todos os homens devem se espelhar.
Mensagem
Espiritual
Que a paz do Mestre dos Mestres possa neste
momento preencher vossos espíritos e saciar-vos completamente, dando-vos a
condição espiritual necessária para se desvincular das dores e das mazelas
terrenas.
Em
tão substanciosa lição estudada na noite de hoje, o Mestre Jesus se dirigindo
as pessoas simples da Galiléia, há mais de dois mil anos atrás, fala do sol e
da chuva, exemplificando a justiça e a perfeição divina. Se fosse hoje não
falaria do sol, mas dos bilhões de sois, em bilhões de galáxias criadas pelo
Pai, num Universo que para nós parece infinito, de tal grandiosidade, de
tamanha diversidade.
Como
o pequeno e bitolado homem pode acreditar-se ser único, especial, diante de tão
maravilhosa prodigalidade divina. Tal é o nosso sentimento de humildade, de
pequenez; tal é o nosso sentimento de gratidão e devoção a Deus que se transubstancia
em amor por todas as suas creaturas. Não somente pelo nosso inimigo, porque
desaparece diante da enormidade, da vastidão universal, qualquer preconceito se
expande em amor, ao mais simples vegetal até ao mais complexo animal.
Mesmo
para aqueles seres que não possuem a vida, vai a nossa gratidão, pela sua
constituição e pela beleza que proporcionam a nossa percepção.
Todo
o Universo vibra e canta as belezas da creação.
Se
cada um de nós voltássemos os olhos para perceber tal perfeição, seríamos
envolvidos por tão grande sentimento de gratidão, de humildade que nossas ações
seriam apenas de amor e caridade.
Um
espírito amigo.
MT.
5, 48 - SEDE VÓS, POIS, PERFEITOS, COMO É PERFEITO O VOSSO PAI CELESTIAL
Narrativa
Evangélica
Sede
vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.
Mateus
5:48
Comentários
Jesus
apresenta o sentido da sua ética. A finalidade da existência, inclusive da vida
terrena é a perfeição. O ser humano não é perfeito, mas é perfectível. Porém
não é possível alcançar a perfeição em apenas uma vida, daí a necessidade de
retornar quantas vezes forem necessárias.
Não
devemos entender a perfeição em termos absolutos, pois a perfeição absoluta é
um atributo apenas de Deus. Jesus se refere à lei de Evolução, a lei que nos
impulsiona da simplicidade para a complexidade, da ignorância a sabedoria. A
perfeição absoluta, que Jesus é exemplo, é o objetivo que devemos buscar,
cotidianamente.
O
que é ser perfeito como entendia e exemplificava Jesus?
Jesus
se referia sempre à essência e não a forma, a perfeição espiritual ligada às
virtudes espirituais que ele ensinava. Para ele, o egoísmo e orgulho são as
chagas que impedem a evolução do homem. As virtudes da humildade e o
amor-caridade, são as que levam o homem a perfeição.
Veja
o que Lázaro, citado por Kardec fala sobre o amor-caridade: “O amor resume a
doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência...
não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e
reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações
sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres;
extingue as misérias sociais. Ditoso aquele que, ultrapassando a sua
humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento! ditoso aquele que
ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiros os pés e
vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina
palavra -amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança,
desceram ao circo” (Lázaro, citado por Kardec, ESSE, cap. XI- item 8)
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Mestre Jesus possa, neste momento, potencializar todas as virtudes e
talentos que encontram-se enterrados dentro do nosso íntimo e que
potencializados, estes talentos e virtudes possam crescer, florescer e
frutificar com efeitos salutares, balsamizantes e confortadores da ação no bem.
Gostaríamos
de lembrar complementado o fundamental estudo realizado na noite de hoje, da
doutrina metafísica de Aristóteles sobre o ato e a potência, lembrando que cada
ser tem dentro de si mesmo a potência, que em última análise foi definida na
própria lei de Deus.
Podemos
entender de uma forma mais simples, pensando que cada pequena semente contém em
si mesma, em potência, a árvore que está ali contida. Desta forma está na
semente da laranja ser laranjeira e na semente da palmeira ser palmeira.
Poderemos dizer que a potência está escrita no próprio código genético
armazenado na semente.
O
que dizer do ser humano em sua completude? A onde está escrito a sua potência?
Digo-vos: a potência do ser humano está inscrita na sua própria consciência e o
homem se realiza potencializando-se conforme o inscrito na sua consciência.
O
homem é feliz quando realiza o objetivo da sua existência. Daí a realização do
ser mãe, do ser pai, do ser, quando esta potencialidade estava já definida
antes do momento do nascimento.
“Sedes
perfeito como vosso Pai” é seguir o sentido na trajetória infinita do progresso
espiritual.
Sejamos
fortes, ousados e perseverantes para conquistarmos em nós mesmos o potencial do
bem, que desde o início das nossas existências, já estão planejados.
Que
Jesus nos direcione sempre ao futuro que é, sem dúvida, a construção de cada
um.
Um
espírito amigo.
MT.
6, 1-4 - NÃO SAIBA A TUA MÃO ESQUERDA O QUE FAZ A DIREITA.
Narrativa
Evangélica
Guardai-vos
de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás,
não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.
Quando,
pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os
hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em
verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
Mas,
quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita;
Para
que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo
te recompensará publicamente.
Mateus
6:1-4
Comentários
Nesta
passagem o mestre ensina que não se deve vangloriar-se de ser justo ou de dar
esmola, ou generalizando, de fazer algum bem ao próximo. A ostentação está
próxima da vaidade e do orgulho, maiores chagas morais da humanidade.
Quem
faz o bem para aparecer diante dos homens já recebeu sua recompensa, ou seja,
já “apareceu” para eles.
Aquele
que faz o bem pelo próprio bem, ama pelo próprio amor, sem esperar ser
reconhecido, denota ter conquistado os sentimentos dignos dos espíritos
evoluídos e aí está sua recompensa.
A
recompensa dos espíritos evoluídos é a felicidade advinda da consciência em paz
e da prática do amor-caridade.
A
ética de Jesus é praticar o bem para ser e não para aparecer, é a ética da
coerência e humildade.
Mensagem
Espiritual
Que
a sabedoria do Mestre Jesus nos inspire a todos, para que nos elevando possamos
nos aproximar Dele.
Gostaríamos
de considerar, além desses preciosos comentários do trabalho de hoje, algumas
informações sobre estes ensinamentos do Mestre que mostram muito claramente o
seu grande conhecimento psicológico e filosófico.
Primeiramente
observemos que quem faz o bem para mostrar para o outro desvirtua o próprio ato
de amor-caridade porque não o faz por amor, mas faz para que o outro o veja
fazendo, ou seja, um ato de exibicionismo.
É
claro que o efeito do bem feito terá sempre consequências proveitosas, mas
aquele que faz por exibicionismo, mostra-se possuidor de graves problemas
psicológicos. Entre eles, a baixa autoestima, a ausência de autonomia, mostra
que ainda não possui a liberdade e encontra-se preso a opinião dos outros.
Possui então, o complexo de inferioridade. Exibir-se, ostentar-se ou
vangloriar-se é, na verdade, uma tentativa de autoafirmação.
Por
isso, recomenda o Mestre Jesus para que amemos verdadeiramente. E no processo
de amarmos, pelo próprio amor, nos sentiremos fortalecidos. Essa é a recompensa
futura. O fortalecimento dos nossos espíritos pela prática do amor.
Desaparecerá
assim, qualquer complexo e inferioridade e o amor nos suprirá, nos dará a
liberdade e autonomia permitindo que verdadeiramente alcancemos a paz e o
sentimento de solidariedade e união.
Essas
são algumas informações que gostaríamos de acrescentar aos estudos de hoje.
MT.
6, 5-8 - E, QUANDO ORARDES, NÃO SEJAIS COMO OS HIPÓCRITAS
Narração
Evangélica
E,
quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé
nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em
verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
Mas
tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai
que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará
publicamente.
E,
orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito
falarem serão ouvidos
Não
vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário,
antes de vós lho pedirdes.
Mateus
6:5-8
Comentários
O
mestre continua nestes versículos ensinando sobre a ostentação e exibicionismo,
próximas do orgulho e da vaidade, agora no ato da oração.
A
oração é a elevação do pensamento a Deus, é a busca da sintonia com as leis
divinas.
Jesus
ensina que oremos em recolhimento íntimo e isolamento: “entra no teu quarto e,
fecha a porta”. O quarto é nosso mundo interior e a porta representa os
sentidos para o mundo exterior.
Não
adianta repetir as palavras sem sentido várias vezes, pois as leis divinas são
perfeitas, justas e amorosas e suprirão todas as nossas verdadeiras
necessidades. Muitas vezes aquilo que achamos que necessitamos, em nossa visão
limitada, não é uma necessidade real, mas uma ilusão. Podemos por exemplo pedir
que um ente querido permaneça conosco, quando na verdade o retorno para a
realidade espiritual é o melhor para ambos.
Sem
retirar a liberdade do ser humano, princípio fundamental da Ética, Jesus ensina
que por meio da elevação do pensamento, no ato da prece, podemos nos harmonizar
com as leis universais que regem toda a harmonia do universo, desenvolvendo
assim a fé, isto é, confiança na Justiça e Bondade do Pai.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Mestre Jesus possa nesse momento serenar vossos corações para que
todos possamos juntos entender um pouco melhor as suas luminosas lições.
A
paz do Mestre que não é a paz do mundo é uma paz que nos auxiliará a entender o
sentido das palavras estudadas na noite de hoje porque a ética de Jesus é a
ética da confiança na sabedoria e da bondade de Deus.
Jesus
revoluciona a concepção do Creador. Para Jesus o Creador não é mais o senhor
dos exércitos mas sim o Pai Amoroso que recebe todos os filhos.
O
fardo do Mestre é leve porque Ele não mais exige de todos “olho por olho e
dente por dente”, mas sim que pratiquem o amor e que evoluam para conquistar à
condição de felicidade.
Nestes
versículos Jesus ensina que basta esquecer um pouco dos sentidos, do mundo
exterior, das requisições externas, do poder, do espetáculo, do ouro, das
ilusões transitórias e voltar-se para si mesmo, para sua essência espiritual e
plenos de consciência caminhar em direção ao futuro que vos aguarda a todos.
Que
o Mestre Jesus esteja sempre conosco nos iluminando e esclarecendo para que o
nosso caminho seja trilhado com alegria, amizade e com bons frutos, que em cada
pegada, em cada passo e em cada atividade aqui realizada.
Um
Espírito Amigo.
Jesus
amado, que trago no coração. Que coração bondoso, nessa seara sempre bendita
que é Espiritismo cristão.
Estamos de fato muito interessados nos valores
notáveis, na conceitualização mais amplas das ideias da ética e da moral do
Cristo Jesus.
Sim
meus amados, a felicidade exulta, a caridade dignifica o bom trabalhador,
recolhemo-nos quando preciso for ao ato sublime no momento de inovação interna
da prece, reconhecendo-nos, antes de tudo, que devemos ser agradecidos como
credores que somos, das bênçãos inenarráveis do Mestre Galileu.
Sejamos
fortes e não nos revoltemos diante dos nossos sofrimentos. Busquemos, pois,
trabalharmos no sentido elevado do aprimoramento moral. Os valores mudam com o
tempo, mas a ética prossegue incorrupta na senda da evolução.
Acariciam
com mãos bondosas os irmãos que nos amealham nos alheamentos das estradas.
Busquemos
auxiliar a fim de que construamos a verdadeira felicidade, o verdadeiro ninho
do amor inspirado no coração do Pai.
Que
o Deus de bênçãos vos ilumine e lhes dê muita paz!
Do
amigo sempre presente.
MT.
6, 9 - PAI NOSSO QUE ESTAIS NO CÉUS
Narrativa
Evangélica
Portanto,
vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
Mateus
6:9
Comentários
Jesus
busca dar um exemplo de uma oração que exprima a universalidade e que seja
coerente com sua doutrina de amor e solidariedade entre todos os homens.
A
primeira grande revolução da ética de Jesus é sua concepção de Deus como Pai
nosso.
O
povo hebreu tinha uma concepção de Deus como senhor do exército, vingativo,
imparcial e a quem todos deviam temer. O pai representa o criador, benfeitor,
aquele que nutre, que educa, que cuida e nunca desampara, que ama seus filhos.
Quando ele diz “nosso” e não “meu”, estende a paternidade divina a todos os
homens, isto é, todos somos filhos de Deus e dignos de seu amor e sua justiça.
Provavelmente,
o conceito era tão novo e revolucionário, que Jesus teve que especificar “Pai
que estais no céus” para que o povo não confundisse o Pai eterno com o pai
material, genitor, porque Deus é onipresente e está em todos e em tudo.
“Santificado
o teu nome” é a expressão de um sentimento de reconhecimento da perfeição e
pureza das leis divinas, que representam o Creador.
A
ética deste primeiro versículo da oração ensinada por Jesus é aproximação do
homem com Deus, denominado por ele de Pai, expressa no versículo 5-48 “Sedes
perfeitos como vosso Pai o é”.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Meigo Nazareno esteja com todos nós.
Realmente
a grande revolução na concepção do Creador inaugurada pelo Mestre foi chamá-lo
de Pai, porque isso nos torna a todos nós, irmãos em espiritualidade.
Aquele
que compreendeu verdadeiramente essa lição faria como o irmão Francisco de
Assis que a todos chamava de irmãos: o irmão mendigo, o irmão desconhecido, a
irmã distante, o irmão que nos toca a companhia requisitando auxílio, a irmã
que se encontra nas casas de prostituição, o irmão que se perdeu nos caminhos
das drogas e se encontra no fundo do poço, o irmão idoso que passa necessidade
e que vive abandonado na rua ou nos asilos.
Jesus
inaugura a ética da fraternidade Universal que abrange a todos os seres.
Santificar
o nome de Deus é honrar o nome de Pai. Só honramos e reconhecemos nosso Pai,
quando tratamos os nossos irmãos como irmãos. Só O deixamos feliz quando nós,
seus filhos, nos amamos uns aos outros, porque se nos odiarmos, nos agredirmos,
se nos violentarmos uns aos outros, não estaremos santificando o nome Dele como
Pai e sim desonrando-o. É claro, Jesus dizia tudo isso para nós, pois a prece
do “Pai Nosso” é para ser refletida, repetida e compreendida na perspectiva
humana, na necessidade que todos nós ainda temos de luz e evolução.
Que
ela nos inspire a todos. Muito obrigado.
VENHA
A NÓS TEU REINO- MT. 6, 10
Narrativa
Evangélica
Venha
o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
Mateus
6:10
Comentários
Jesus
veio trazer a boa nova: Deus é amor, é perfeição, dá infinitas possibilidades
de fazermos o bem; a morte não existe, somos, em verdade, espíritos imortais, o
corpo apenas uma roupa passageira; o verdadeiro mundo é o espiritual da onde
viemos e para onde voltaremos, o amor-caridade é princípio norteador que leva a
perfeição e a felicidade.
Jesus
é o emissário, que vem inaugurar o reino de Deus na Terra, isto é o reino de
amor e paz. Porém, se passaram destas palavras de Jesus e nós, mais de 2000
anos, e de posse de nosso livre-arbítrio, não conseguimos ainda estabelecer o
reino de Deus aqui entre nós. Por isto Jesus ensina a orar pedindo que o reino
do Pai venha logo...
Quando
oramos pedindo para que seja a feita a vontade do pai de forma universal e
imutável, mostra uma submissão e humildade perante as leis perfeitas do
Creador.
A
vontade de Deus que são suas Leis, sempre será realizada, independentemente de
outras vontades. A prece é para a elevação do pensamento até Ele, aceitando que
as leis divinas sempre são para o bem, para nossa evolução espiritual.
A
aceitação e humildade não representa conformismo ou acomodação que nos impede
de fazer a nossa parte ou de bem utilizar o livre arbítrio que o próprio Pai
nos deu.
Percebe-se
neste versículo o princípio da imortalidade da alma e da existência de um mundo
espiritual, da necessidade da compreensão e aceitação consequente das leis
divinas – naturais e morais. Sendo Jesus o emissário do Reino, deve ser o nosso
exemplo, devemos nos orientar por sua boa nova, eis a ética necessária para que
o Reino de Deus se aproxime de nós.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Mestre possa estar sempre conosco não só suavizando a nossa própria
existência, mas, suavizando também a existência daqueles que compartilham o
tempo conosco porque a paz entre nós representa também, a paz do convívio de
todos aqueles com quem compartilhamos a reencarnação.
O Mestre Jesus ensinando como orar requisita a
cada um de nós para que peçamos para que o reino do espírito ou da consciência
venha até nós porque o reino do espírito é o reino da verdade e a consciência é
o que nos permite viver de acordo com as leis divinas.
Assim
sendo a vontade Universal, será a nossa própria vontade, sempre em todos os
espaços, principalmente na realidade mais importante que é a realidade das
ações humanas, aquela que se manifesta, que se realiza no nosso pensamento: a
realidade da ética e do bem.
O
reino de Deus que é a ética da consciência deve ser a meta de cada dia, por
isso devemos orar e nos esforçar para alcança-las para que sejamos, mais
equilibrados, mais sintonizados com aquilo que nós mesmos planejamos, com o
nosso próprio progresso, com a evolução que nós mesmos estabelecemos para nós.
A
oração do Mestre indica o sentido para que possamos alcançar a nossa própria
felicidade. A paz do Mestre esteja sempre conosco.
Um
espírito amigo
MT.
6, 11 - PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DÁ HOJE
Narrativa
Evangélica
O
pão nosso de cada dia nos dá hoje;
Mateus
6:11
Comentários
O
pão é o alimento básico para sustentar a vida. Este alimento pode ser o do
corpo e o do espírito.
O
alimento do corpo permite a continuidade da reencarnação e consequentemente,
que o espírito reecarnado continue vivenciando todas as experiências que a vida
material proporciona, e dá energia para continuar a execução do seu projeto
reencarnatório.
O
alimento do espírito é o conhecimento e o amor. O conhecimento permite que o
espírito possa distinguir entre o bem e o mal; e escolhendo o bem, ele caminha
na evolução. O amor é o combustível do espírito e da felicidade, sem o qual não
há beleza ou sentido para nada.
“De
cada dia” representa a continuidade, a construção diária e “hoje” representa o
presente, o agora. Jesus ensina que que o alimento, seja espiritual ou material
deve ser pedido cotidianamente, a cada dia e que deve ser utilizado hoje, no
momento presente, que se vive.
“O
pão de cada dia” é uma necessidade e é o resultado do trabalho, uma lei
natural. Ele deve ser buscado, pelo esforço no autoaprimoramento, no estudo e
na renovação. O recebimento é proporcional ao esforço, quem mais se esforça no autoconhecimento
e no amor-caridade mais recebe.
“O
pão nosso” representa que este alimento pertence a todos, não é patrimônio de
uma ou de um grupo de pessoas. Está na natureza e é disponível para todos assim
como o ar que respiramos. A fonte primeira e inesgotável é Creador. Eticamente,
cabe a cada um, preservar e saber distribuir o “pão nosso” com todos.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Mestre Jesus, possa ser neste momento ser o pão que vá saciar a fome
de vossos espíritos.
Aproveitável
e maravilho foi o estudo e os comentários da noite de hoje. Porém gostaríamos
de alargar o sentido do “Pão Nosso” da oração que nos ensinou Jesus.
Simboliza
o “pão nosso” o pão da vida que tem infinitos significados:
Para
aquele espírito que se encontra cego, encafurnado nas cavernas das próprias
ilusões, a bruxuleante luz de uma vela é para ele maravilhoso pão que extingue
as trevas em que vive...
Para
o sedento, simples copo de água é maravilhoso pão que mata a sua sede...
Para
aquele desolado, que perdeu um ente querido, o consolo de um amigo mais
espiritualizado, é para ele maravilhoso o pão divino a lhe consolar a alma
condoída...
Para
aquele desiludido da fé que apostou sua vida no nada e no materialismo
decepcionante, a instrução espírita, das verdades consoladoras, da continuidade
da vida após a morte, da justiça e da bondade de Deus, é pão reconfortante a
lhe dar inspiração para a continuidade do ser...
Dessa
forma, o maior significado do “Pão Nosso” do Mestre Jesus é que esse pão que
cada um, não somente recebe, mas, é capaz de dar ao irmão:
• Dar-lhe o consolo,
• Dar-lhe apoio
• Dar-lhe a instrução,
• Dar-lhe a mão e o coração.
• Dar-lhe o tempo e a afeição,
• Dar um telefonema, enviar-lhe um
e-mail, afagar-lhe os ombros.
Cada
um de nós possui uma parcela do pão divino que é capaz de matar a fome de um
irmão.
Que
a paz do Mestre esteja convosco.
Um
espírito amigo.
MT.
6, 12 - PERDOA-NOS AS NOSSAS DÍVIDAS
Narrativa
Evangélica
E
perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;
Mateus
6:12
Comentários
Trata-se
aqui de uma analogia feita pelo mestre, que usava a linguagem de parábolas para
facilitar o entendimento de conceitos profundos. A dívida representa o erro.
Quem nunca errou? O simples fato de pedir perdão pelos próprios erros já é um
exercício de humildade. Jesus incentiva também perdoar aqueles que erraram
conosco.
Veja
que Jesus coloca no passado o verbo “temos perdoado”, ou seja, temos que
perdoar primeiro, para depois, pedir perdão.
Para
perdoar temos que enfrentar o egoísmo, orgulho e vaidade que não nos
permitiriam perdoar. Aquele que já tivesse destruído dentro de si estas chagas,
não precisaria perdoar, pois nem se sentiria ofendido.
Com
a evolução e a compreensão das Leis da Vida, compreenderemos a evolução de cada
espírito, inclusive de nós próprios, respeitando o ritmo de progresso
individual.
A
Ética do perdão é a ética da libertação do ressentimento e da mágoa, que nos
escraviza a vibrações doentias, promove a paz e o amor-caridade.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do meigo Nazareno possa nesse momento aquecer vossos corações de forma a
solidificar os sentimentos e pensamentos em ações permanentes.
Realmente
o sublime mestre Jesus usa de analogia para ensinar profundos conceitos de
difícil entendimento. A humanidade ainda não compreendeu que, verdadeiramente
só possuímos o que damos. Todo o resto nos é emprestado e não é patrimônio
verdadeiro do espírito.
Perdoar
é o maior ato de dar. Quando perdoamos, na verdade obtemos créditos. Créditos
que são usados em nosso favor nas imensas dívidas que possuímos em nosso
passado espiritual.
A
oração do Mestre é feita no presente, referindo-se ao passado e projetando-se
no futuro.
Oramos
agora o perdão das dívidas que criamos, do perdão que demos aos nossos
credores, porém focando a libertação que obteremos no futuro. É presente,
passado e futuro que acontece simultaneamente na consciência do ser. Perdoar é
realmente libertar, quem perdoa liberta-se.
Exercitemos
o perdão, não só pelas palavras do Mestre ensinadas em sua oração, mas
principalmente em nosso comportamento, nas relações que temos constantes com os
nossos próximos, principalmente os familiares, que compartilham as experiências
terrenas conosco.
Que
a figura do Mestre e sua mensagem de luz continue a nos auxiliar sempre.
Um
espírito amigo.
MT.
6, 13 - TEU É O REINO, O PODER E GLÓRIA
Narrativa
Evangélica
E
não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o
poder, e a glória, para sempre. Amém.
Mateus
6:13
Comentários
Jesus
nos aconselha em sua oração, a pedir ao Pai para que resistamos aos
pensamentos, palavras e ações que possam prejudicar a nós mesmos ou aos outros.
Estas
“tentações” podem ser originadas do nosso próprio íntimo, resquícios de vidas
pretéritas, ou de influências de espíritos desencarnados que querem nos
prejudicar.
Evitaremos
cair em tentação e praticar o mal se fizermos da prece e vigilância um hábito
cotidiano em nossa vida.
Enquanto
espíritos reencarnados que somos, certamente teremos várias “tentações”, mas
poderemos nos livrar do mal se seguirmos as orientações do Mestre Jesus quanto
a prática da ética do amor-caridade e buscando a evolução segundo as Leis
Divinas.
Jesus
termina sua sugestão de prece com um hino a humildade e um reconhecimento da
grandiosidade e perfeição divina: “... teu é o reino, o poder e a glória.”
Mensagem
Espiritual
Que
a paz que o Mestre trouxe ao mundo não seja apenas uma palavra bonita mas fundamentalmente
possa ser o princípio norteador dos nossos pensamentos, sentimentos, palavras e
ações.
Sem
discordar dos nobres irmãos que estagiam na carne, gostaríamos de considerar
que quando Jesus pede ao Pai que nos livre do mal não se referia ao mal externo
mas ao mal que ainda permanece conosco, em nossos próprio íntimo: livra-nos
Pai, do mal que ainda há em nós, porque é esse mal, que pode refletir no nosso
exterior e nos afetar, porque quando o mal estiver ausente de nós, nenhum mal
mais nos afetará.
E
lembrando que o Mestre inicia sua oração dizendo: “que venha o Reino de Deus
até nós” e termina afirmando que “o Reino, o Poder e a Glória são do Pai”. Que
nos aproximemos ainda mais do Poder, da Glória, da Perfeição, da Bondade e do
Amor que representa essa figura do Pai que Jesus nos trouxe. Porque
sintonizados neste reino de Luz estaremos firmes para enfrentar todas as
situações e extirpar de nós definitivamente o mal de nossos corações.
Um
espírito amigo.
MT.
6, 14-18 + E QUANDO JEJUARES NÃO VOS MOSTREIS CONSTRITADOS COMO OS HIPÓCRITAS
Narrativa
Evangélica
Porque,
se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos
perdoará a vós;
Se,
porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não
perdoará as vossas ofensas.
E,
quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque
desfiguram os seus rostos, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade
vos digo que já receberam o seu galardão.
Tu,
porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto,
Para
não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu
Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.
Mateus
6:14-18
Comentários
Os
versículos 14 e 15 já foram estudados na 32ª. reunião: “Perdoa nossas dívidas”
que estudou o versículo 12 e que refletido na mensagem espiritual da referida
reunião. Quanto aos versículos 16, 17 e 18 Jesus combate a ostentação
exibicionismo com fez nos versículos 5, 6, 7 e 8 estudados na 29a Reunião de
título: E, quando orardes, não sejais como os hipócritas.
Só que aqui Jesus trata do jejum, que deve ser
entendido como um ato de renúncia, de abster-se de comer ou beber, como ato de
sacrifício, adoração ou de obediência as leis mosaicas adotadas pelos hebreus
na sua época.
Assim como na prece, aquele que jejua para
mostrar para os outros, já recebe o pretendido que é o reconhecimento dos
homens.
Devemos, porém, entender o jejum como um
esforço íntimo e sincero de vencer suas más inclinações como o orgulho,
vaidade, egoísmo, avareza, vícios materiais etc. Aquele que está praticando
este jejum não tem nenhuma necessidade de exibir-se para os outros, porque seu
objetivo é vencer a si mesmo, evoluindo em direção ao Pai.
A ética da não-ostentação é a ética da
coerência do ser, pensar, sentir, falar e agir consigo mesmo e no mundo.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Mestre Jesus seja como esta chuva, que como uma canção harmoniza nosso
ser, pelo ritmo, pela harmonia e cujos efeitos é preservar a vida e realizar a
transformação.
É
com alegria imensa que nos manifestamos nessa agradável e importante reunião.
Não
vos desmotiveis do reduzido número de presentes encarnados porque não podeis
nem mensurar a quantidade de amigos que acompanham conosco essas tão
importantes reflexões a respeito das palavras do Mestre.
Hoje,
amigos, contrariando as nossas mensagens que sempre buscam o lado mais
espiritual das palavras do Mestre queremos buscar, na mensagem de hoje, o lado
mais material.
Concordamos
plenamente com o significado do jejum que os irmãos encarnados expuseram, mas
neste momento, queremos refletir sobre o jejum físico. O jejum corpóreo tão
importante e necessário para o espírito.
Devemos
nos lembrar que quem necessita da matéria é a matéria, não é o espírito que
necessita comer, que precisa beber. É o corpo físico. E nessa época de tanta
fartura, quando a comida e bebida não faltam nem um dia sequer, a não ser para
alguns, porque a maioria sofre da doença da obesidade, do exagero de várias
matizes.
Necessário
seria, um dia pelo menos, a ausência da alimentação, permanecendo apenas água,
no máximo um suco, para proporcionar ao espírito determinadas experiências
reflexivas a respeito da vida espiritual. Num pequeno exercício de jejum,
poderiam, não somente refletir, mas também auxiliar na meditação, na
exteriorização da sensibilidade, para despertar outras potencialidades do
espírito, para uma introspecção, visando desligamento dos sentidos físicos e da
materialidade corpórea, buscando o verdadeiro ser imortal.
Então
recomendamos aos irmãos a prática do jejum material também. É claro de sem
deixar de fazer o jejum espiritual apresentado pelos amigos.
Que
essa chuva representando a paz do Mestre Jesus possa então, cair em nossos
corações e frutificar em felicidade para cada um de nós.
Um
amigo espiritual.
MT.
6, 19-21 - ONDE ESTIVER O TEU TESOURO, AÍ ESTARÁ TAMBÉM O TEU CORAÇÃO
Narrativa
Evangélica
Não
ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os
ladrões minam e roubam;
Mas
ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os
ladrões não minam nem roubam.
Porque
onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
Mateus
6:19-21
Comentários
Jesus
não é contra a riqueza material, visto que ela é um meio, isto é, por meio dela
podem-se fazer muitas boas obras, realizar o bem de forma ampla e efetiva.
Basta o possuidor fazer bom uso dela.
Ele
adverte, porém que conquistar a riqueza material que ele denomina “tesouros da
terra” é transitória e não é o real objetivo da vida.
Os
“tesouros no céu” são os valores espirituais, as virtudes, pois só possuímos o
que conquistamos na senda das experiências milenares de muitas vidas, estes são
tesouros intransferíveis, o somatório de nosso esforço evolutivo.
Ajuntar
tesouros no céu é realizar boas ações, em favor de si e do outro, que
proporciona a consciência tranquila do dever cumprido. É o exercício do amor em
ação. Isto independe da quantidade de riqueza material que a pessoa possua, e
sim, do esforço da mesma na sua própria evolução espiritual.
O
versículo 21 é profundamente ético, pois sem tirar a livre arbítrio, Jesus
orienta sobre o sentido de nossas ações, instruindo que nosso sentimento,
pensamento, nossa essência estará onde estiver nosso tesouro.
O
foco na riqueza material nos aprisiona nela própria enquanto que o esforço no
ajuntar tesouros espirituais nos liberta para o aprimoramento espiritual
infinito.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do meigo Mestre Nazareno possa nesse momento abrir as nossas percepções
para sintonizarmos com Ele que é a luz do caminho que desejamos trilhar.
O
Mestre, verdadeiro poeta e instrutor das almas sensibilizava tantos corações e
as mentes daqueles que o ouviam que deixou marca indelével naqueles espíritos
que até hoje que se regozijam daquele momento que compartilharam com Ele.
Mas
na poesia do Mestre encontra-se escondido o significado perene porque
representa a verdade científica e a realidade eterna.
Na
verdade, Deus disponibiliza para os homens dois princípios necessários a sua
evolução espiritual. A matéria e consequentemente o espaço em que essa matéria
se localiza, e o tempo. E o homem se utiliza da matéria e do tempo na
realização das suas obras, e ele usa então, esses princípios divinos na
produção da sua própria felicidade ou infelicidade pela Lei do Trabalho.
Então,
conquistamos nosso tesouro pelo trabalho.
Queremos
trabalhar para juntar tesouro material ou desejamos trabalhar para juntar tesouro
espiritual?
Para
entendermos o que significa tesouro no céu, a imagem mais materializada é a
figura do bônus-hora.
Quantos
bônus-hora temos creditado para nós próprios? Quanto tempo temos aplicado no
trabalho do Bem? Ou não? Quanto tempo temos dedicado egoisticamente para nós
mesmos?
Porém
além do bônus-hora, pensemos numa figura mais espiritual que seria a realização
da evolução íntima de cada minuto, de cada hora, de cada segundo, dedicada para
o Bem; seria a hora do Bem.
Quantas
horas do Bem temos ajuntado em nossas vidas? Quantas horas amor-caridade temos
de trabalho?
Este é o verdadeiro sentido de “aonde estiver
o seu tesouro, aí está o seu coração” e aonde estiver o seu coração você estará
lá também.
Que
a paz do Mestre esteja conosco!
Um
espírito amigo
MT.
6, 22-23 - SE OS TEUS OLHOS FOREM BONS, TODO TEU CORPO TERÁ LUZ
Narrativa
Evangélica
A
candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo
o teu corpo terá luz;
Se,
porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a
luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!
Mateus
6:22-23
Comentários
Os
olhos são responsáveis pela percepção visual do mundo. Porém diferentemente de
uma câmera fotográfica, totalmente objetiva, a interpretação das imagens que
adentram pelos olhos é realizada pelo espírito encarnado.
Um
mesmo fato ou acontecimento pode ser interpretados por ângulos “bons” ou
“ruins”. Os olhos bons vêm às coisas pelos ângulos bons, são os otimistas, e no
caso contrário existem os pessimistas.
Rodolfo
Calligaris (1989)[1] diz que “Vendo unicamente o mal onde quer que pousem suas
vistas, esperando constantemente o pior de qualquer evento, essas pessoas
mantêm-se em sintonia com o astral inferior, envolvem-se em trevas cada vez
mais densas, caem num estado de alma mórbido e desgraçado, criam e nutrem persistentemente
em si mesmas.”
Os
otimistas, que vem o lado bom, buscam todas as oportunidades de fazer o bem, de
realizar o amor, praticar a caridade. Fazendo assim, atraem espíritos evoluídos
para perto, ou se aproximam da luz, tornando-se luz também.
Jesus
ensina que ser ético é ter o olho bom, ou seja, ser capaz de identificar o bem
nos acontecimentos da vida, oportunidades de evolução e superação, reagir de
forma adequada, usando o livre arbítrio na prática do bem.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Mestre Senhor, orientador das almas do mundo, possa ser a luz que
esclarece, que ilumina para melhor vermos as nossas próprias necessidades e as
inumeráveis carências do mundo.
São
relevantes todos os comentários realizados na noite de hoje, mas gostaríamos de
apresentar nossa humílima opinião na qual os olhos bons que Jesus se referia
era a acuidade visual do Espírito imortal que é capaz de ver além do presente,
que é capaz de ver além dos corpos físicos.
Aqueles
que têm bons olhos não veem os fatos como os homens do mundo os veem, mas veem
com os olhos da sabedoria espiritual.
Sabem
que tudo aquilo que acontece no mundo tem uma explicação profunda do porquê
aconteceu; veem além daquele corpo transitório material, a essência espiritual
por trás dele; veem que aquele fato que presenciam pelos órgãos da visão têm
profundas relações com as vidas pregressas do espírito.
Então
o bom olho é aquele que vê além das aparências humanas, que vê com mais
profundidade, que sabe medir de forma correta os fatos e acontecimentos, seja
no tempo ou no espaço, pode então auxiliar, tomar as próprias decisões para
ajudar, para aprimorar e aprimorar-se, caminhando então, em direção à
sabedoria, à compreensão do sentido da vida.
Que
a paz do Mestre nos acompanhe a todos! Do humílimo serviçal de sempre:
Espírito
Amigo
[1]
SE OS TEUS OLHOS FOREM BONS... do Livro "O Sermão da Montanha" - FEB
- 7ª Edição -1989 6/1989.
MT.
6, 24 - NINGUÉM PODE SERVIR A DOIS SENHORES
Narrativa
Evangélica
Ninguém
pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se
dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.
Mateus
6:24
Comentários
Jesus
é muito claro nesta afirmativa: “ninguém pode servir a dois senhores: Deus e as
riquezas”. A dedicação indubitavelmente será no mínimo dividida entre os dois.
Devemos servir a Deus e ser senhor das riquezas.
Já
estudamos em versículos anteriores que a riqueza não é um mal em si, mas em um
meio. Por meio dela podemos realizar muitas boas obras, multiplicar o bem para
muitas pessoas necessitadas. Porém, se a avareza, filha do egoísmo, nos domina,
ficamos servos da riqueza. Muitos empresários são servos de suas empresas.
Muitos são escravos de seus bens. São escravos do seu ouro e dedicam sua vida a
enriquecer-se cada vez mais.
Servir
a Deus é buscar compreender suas leis, viver segundo elas, é buscar fazer o
bem, ser cada vez melhor, buscar a perfeição como o próprio Jesus ensinou.
É
um ensinamento simples e profundo, que demonstra a Ética do Mestre, que os
valores espirituais são superiores aos valores materiais, pois os primeiros
libertam e os segundos escravizam.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do sublime Mestre Nazareno possa repousar em nossos corações suavizando
as nossas dores e fortalecendo nossa vontade para trabalhar no Bem em prol da
nossa própria transformação e consequentemente da transformação do mundo que
compartilhamos.
É
com muita alegria que nós participamos das intensas discussões da noite de hoje
e gostaríamos de dar a nossa colaboração apresentando um sentido diferente para
as palavras: “servir, Deus e Mamon”, a que Jesus se referia .
Servir,
também é alimentar. Quando servimos um café, um leite, pão, ou uma fruta,
estamos também alimentando. Deus é amor. E Mamon ou as riquezas, simbolizam a
ganância e a avareza.
A
quem devemos servir? A quem devemos alimentar? A ganância e a avareza que ainda
continuam em nós? Visto que no presente somos também a soma de tudo que fomos?
Mas
há também em nós o amor, visto que o futuro já está em semente aguardando o
nosso aguar, o nosso cuidado para florescer e frutificar.
A
qual dos dois alimentaremos? A qual dos dois gostaríamos de servir e dedicar?
Ao amor que já se encontra em nós ou à ganância e avareza que ainda persistem
em nossos corações? Jesus é claro.
Busquemos
então praticar o amor, a caridade, a dedicação ao próximo, a atenção. Assim
poderemos nos transformar mais rapidamente naquilo que, com certeza, seremos.
Que
a paz do Mestre seja sempre a luz a nos iluminar pelas sendas da vida.
O
amigo de sempre
OLHAI
PARA AS AVES DO CÉU ... OLHAI PARA OS LÍRIOS DO CAMPO - MT. 6, 25-33
Narrativa
Evangélica
Por
isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de
comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis
de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o
vestuário?
Olhai
para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso
Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?
E
qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua
estatura?
E,
quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo,
como eles crescem; não trabalham nem fiam;
E
eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como
qualquer deles.
Pois,
se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no
forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?
Não
andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que
nos vestiremos?
(Porque
todas estas coisas os gentios procuram). De certo vosso Pai celestial bem sabe
que necessitais de todas estas coisas;
Mas,
buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos
serão acrescentadas.
Mateus
6:25-33
Comentários
Não
devemos entender as palavras de Jesus como um incentivo a preguiça e a
ociosidade. Conforme estudado a ética de Jesus é que os bens espirituais são
superiores aos bens materiais, por isto afirma: “buscai primeiro o seu reino
(de Deus) e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.
Infelizmente
o que vemos no capitalismo de hoje é exatamente a inversão dos valores, o “ter”
valendo mais que o “ser”.
A
necessidade de cuidar do corpo faz parte da lei da conservação, mas a
preocupação excessiva em acumular bens materiais faz desperdiçar a oportunidade
da reencarnação cujo objetivo principal é a evolução do espírito reencarnado.
Esta
inversão faz com que o indivíduo busque freneticamente o aumento dos bens
materiais e isto gera desiquilíbrios que induzem várias doenças, inicialmente
psicológicas e depois estendidas ao corpo físico.
Jesus
nesta bela analogia já dá uma orientação para cura. Retira toda a ansiedade com
relação aos bens necessários a sobrevivência, pede para que observemos a
Natureza e que confiemos em Deus, porque nosso Pai, soberanamente Justo e Bom
sabe o que necessitamos e não nos deixará desamparados.
Jesus
não deixa de ser um poeta e nos deixa inebriados com sua visão privilegiada da
beleza: Olhai para os lírios do campo... nem mesmo Salomão em toda a sua glória
se vestiu como um deles.”
Mensagem
Espiritual
Que a paz do Mestre Jesus, chamado Messias,
Cristo em grego, aquele que era esperado e Prometido, possa nesse momento nos
plenificar de nós mesmos para que possamos expandir para alcançar o próximo, o
objetivo final do amor que Ele próprio veio nos ensinar.
O
Mestre, pedagogo por excelência, falava em sua época para pescadores,
agricultores, pastores, pessoas simples que viviam da terra. Então usando
dessas imagens, dos pássaros, lírios, do fiar, plantar, ensinava as sublimes e
eternas lições que perduram e fazem sentido até os nossos dias, já passados
mais de dois mil anos.
Se
o Mestre estivesse aqui conosco, vestido de jeans, sentado conosco nesta mesa,
sem dúvida diria algo assim: por que dedicam tanto tempo de vossas vidas em ter
um celular mais tecnológico que tem tantas funções que nem sabeis usar; por que
vos preocupam em ter carros cada vez mais possantes se nem podeis locomover com
eles nas ruas engarrafadas, por que quereis ter casas e móveis cada vez mais
sofisticadas e enormes, se nem têm tempo de ficar nelas, porque querem ter cada
vez mais e se esquecem daquilo que vieram fazer aqui. Esquecem-se de sua missão
primordial que é viver a justiça divina.
A
Justina divina que hoje poderíamos chamar de ética. Ser justo é ser ético e a
justiça divina é superior à justiça humana. A justiça divina é a do perdão, da
ética, do amor, da compaixão e da solidariedade.
Então
preocupemo-nos em primeiro lugar, dediquemos o nosso tempo para buscarmos ser
éticos, justos, ser coerentes conosco mesmos.
Dediquemos
o nosso tempo a indagar: Como posso ser mais atencioso, como posso ser mais
equilibrado, como posso ter a consciência mais ampliada das minhas ações e das
reações que elas provocam. Como ser melhor na vida, na minha profissão, como
ser um pai melhor, uma esposa melhor, um marido mais consciencioso, um filho
mais amoroso, um irmão mais prestativo. Como posso ser mais útil a minha
cidade, ao meu bairro e ao meu Planeta; como posso realizar mais
sustentavelmente o meu consumo.
As
respostas a todas essas perguntas, podem não parecer, mas são o combustível da
felicidade, esta é o verdadeiro sentido pelo qual estamos aqui, o sentido que o
Mestre Jesus aponta nesta estória: olhai os lírios do campo, os pássaros do
céu... a natureza em sua forma primordial não pensa, não reflete, não trabalha,
não se preocupa, mas todas as suas criaturas estão integradas nos sentido da
evolução, no sentido traçado por Deus para cada uma das suas espécies.
Assim
também o homem deve buscar esse sentido para encontrar a paz e a felicidade,
consequência certa da transformação e da evolução espiritual.
O
amigo espiritual de sempre.
MT.
6, 34 - NÃO VOS INQUIETEIS, POIS, PELO DIA DE AMANHÃ
Narrativa
Evangélica
Não
vos inquieteis, pois, pelo dia amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si
mesmo. Basta a cada dia o seu mal.
Mateus
6:34
Comentários
Resolvemos separar este versículo apesar de
estar no contexto dos estudados na última reunião para enfatizarmos o sentido
pacificador da ética de Jesus. Toda a ansiedade e desespero dissipam-se diante
do “não vos inquieteis pelo dia de amanha”.
O
“mal” neste contexto, em grego kakia, deve ser entendido como dificuldades,
contingências ou vicissitudes da vida material e do estágio evolutivo que cada
um está. Jesus não nos ilude dizendo que o dia de amanhã não terá suas provas e
suas expiações, ou seja seu “mal”, mas é claro no afirmar que elas devem ser
vividos no momento certo.
Existe
um ditado moderno “não se preocupe, ocupe-se”, ou outro que diz 95% das nossas
preocupações não se tornam problemas reais. Jesus já falava disto a 2000 anos.
O
enunciado de Jesus é mais profundo ainda se pensarmos em várias vidas e que na
atual temos que viver todas as consequências de nossos equívocos passados. Se
tivéssemos que sofrer todas as consequências de só uma vez não suportaríamos.
Temos que ir vivendo paulatinamente de acordo com nossas capacidades.
É
uma ética de confiança em Deus, na sabedoria divina que nos pacifica interiormente.
A
sabedoria de viver o presente é reconhecer que somos servos do passado, mas
devemos ser senhores do futuro.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Mestre possa ser nesse momento, a energia viva a vos fortalecer os
ânimos nas lutas hercúleas que temos que travar todos os dias conosco mesmo.
Sem
dúvida o versículo estudado na noite de hoje é mais um exemplo a demonstrar que
o Mestre era também o Consolador.
A
sua Doutrina é uma Doutrina de Consolação. Dando-nos a paternidade divina nos
presenteia com Pai soberanamente bom e justo que cuida de seus filhos com
carinho e amor. E é por isso que sua Doutrina nos consola, pacifica. E é por
isso que Ele afirma que não devemos nos inquietar pelo futuro.
Mas
gostaríamos de considerar que nas discussões que houve, o mal foi apresentado
como exterior ao próprio ser humano.
A
discussão inicial do mal como sombra, criada pelo próprio individuo, foi
esquecida no decorrer das discussões.
Assim
sendo o mal que basta a cada dia é o mal que somos, que pensamos, que vibramos e
que agimos em cada dia.
A
luta que devemos enfrentar é a luta da nossa consciência reformulada,
transformada, esclarecida pela Doutrina do Mestre contra os velhos hábitos, os
vícios de outrora, o egoísmo e o orgulho que ainda insistem em permanecerem conosco.
E
aí, a cada dia, esses vícios, ressurgem, querendo o seu espaço em nossa
consciência e cabe nós um esforço perseverante, a atitude no Bem, para que
possamos, vencendo a nós mesmos, nos sentir plenamente senhores do nosso
futuro.
Um
Espírito Amigo
MT.
7, 1 – 5 - NÃO JUGUEIS PARA NÃO SEJAIS JULGADOS
Narrativa
Evangélica
Não
julgueis, para que não sejais julgados.
Porque
com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes
medido vos hão de medir a vós.
E
por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave
que está no teu olho?
Ou
como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma
trave no teu?
Hipócrita,
tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho
do teu irmão.
Mateus
7:1-5
Comentários
De
um modo geral, somos benevolentes para com os nossos erros e muito rígidos para
com os erros dos outros. A nossa tendência é nos acharmos as criaturas mais
perfeitas da face da Terra. Sempre estamos certos e os outros sempre errados. O
ensino do Mestre é de não julgarmos as criaturas, não atirarmos a primeira
pedra naqueles que nos parecem errados.
Jesus
nos adverte que vemos o argueiro no olho do outro, mas não vemos a trave no
nosso. Então, para entendermos, para sermos benevolente, indulgentes para com
os erros de nossos irmãos, é preciso que, antes de tudo, nos conscientizemos
dos nossos erros, das nossas imperfeições e só a partir daí, teremos condições
de compreender os erros dos outros¸ colocarmos na posição do outro.
Jesus
instrui para não fazermos julgamentos precoces ou das aparências, mas não quis
dizer que não devemos identificar os erros e os vícios nos outros, mas que
sejamos indulgentes, pois todos somos falíveis e poderíamos conforme as
circunstâncias cometer os mesmos equívocos. Não deixe que trave no seu olho
ofusque a luz de teu olhar (reunião 37) impedindo assim uma oportunidade de
fazer uma verdadeira caridade.
Como
tirar a trave de nossos olhos? O orgulho e o egoísmo são as verdadeiras traves
da nossa evolução espiritual. A Ética de Jesus, da prática da humildade e do
amor é o caminho que ele ensinou para retirar a trave de nossos olhos.
A
Ética que extraímos deste ensino específico é da indulgência para com os erros
dos outros e a coerência do nossa avaliação, pois ela é o espelho que reflete
os nossos próprios equívocos, como ensinado por Jesus “com a medida com que
medis vos medirão a vós”.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Mestre Jesus possa nos inspirar a erguemos sobre nossos próprios erros
de vícios milenares tendo a coragem necessária para retirar as vendas de nossos
olhos para mais claramente enxergar as nossas próprias necessidades de luz e de
amor.
Muito
pouco tenho a acrescentar no tão substancioso estudo da noite. Mas muito
refleti sobre a questão como retirar a trave dos nossos olhos. E é sobre a
resposta desta questão que gostaria de apresentar minha humilde opinião.
Acredito eu que uma das principais traves que nos impedem de ver o próximo como
nosso irmão é o preconceito.
Se
nos despirmos dos preconceitos poderemos, realmente, enxergar melhor os
espíritos além dos corpos materiais. Sem preconceitos, sentaremos ao lado
daqueles que vivem realidades diferentes da nossa e buscaremos entende-lo,
compreende-lo e amá-lo.
Consideraremos,
assim aquele irmão que tem opção sexuais diferentes das nossas, aqueles irmãos
que têm dificuldades na locomoção, percepção, na fala, no entendimento, aquele
irmão que tem necessidades especiais, aquele irmão que está passando por um
grande sofrimento, seja como vítimas dos seus próprios excessos, seja como
algoz de outros. Eles merecem, assim como todos os filhos do Pai, a nossa
compaixão.
Compreendamos
que na multimilenária estrada da vida todos somos caminhantes necessitados da
luz da compreensão e do amor.
Um
Espírito Amigo.
MT.
7, 6 - NEM LANCEIS AOS PORCOS AS VOSSAS PÉROLAS
Narrativa
Evangélica
Não
deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não
aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem.
Mateus
7:6
Comentários
Os
cães e os porcos eram considerados animais imundos para os judeus da época de
Jesus. O mestre usava de parábolas e imagens fortes para transmitir seus
ensinamentos.
Os
cães e os porcos, na analogia proposta pelo Mestre, são aqueles que não tem a
evolução necessária ao entendimento dos valores espirituais. Estes valores são
as coisas santas e a pérola mais sublime oferecida na doutrina de Jesus é amor-caridade.
Assim
também não podemos abrir o coração a qualquer pessoa, de qualquer forma. Pregar
e ensinar a quem não consegue ou não quer entender é semear em cima de pedras.
Nem todos estão prontos para receber os ensinos sobre os valores espirituais,
pois para muitos os outros valores são suficientes para suas consciências.
Certo
é que devemos amar e estar receptivos todos os nossos irmãos, mas isto não
significa que não devemos nos desgastar, forçando as pessoas há uma compreensão
que não tem, pois interpretarão de forma errada e por vezes, ainda se revoltam
contra nós. Ou seja: sejamos sensatos e usemos de bom senso nas nossas relações
humanas.
A
Ética deste ensino é o bom senso, discernimento e alteridade, sabendo avaliar
quais pessoas estão preparadas e receptivas a receber nossa pérolas e coisas
santas e respeitando aquelas que não estão aptas ou interessadas em recebe-las.
MT.
7, 7-11 - PEDÍ, E DAR-SE-VOS-Á; BUSCAI,
E ACHAREIS
NARRATIVA
EVANGÉLICA
Pedi,
e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á.
Porque,
aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate,
abrir-se-lhe-á.
E
qual de entre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma
pedra?
E,
pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente?
Se
vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais
vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?
Mateus
7:7-11
Comentários
Jesus
nestes versículos apresenta a Providência Divina ou as leis universais divinas
que nos protegem e nos encaminham para a perfeição segundo a determinação do
Pai supremamente Justo e Bom.
A
comparação do Mestre é com os pais terrenos que mesmo sendo maus, isto é,
imperfeitos ainda, já procuram dar boas coisas aos seus filhos, o que diria do
Pai Perfeito que é Deus.
Pensemos
em algo diferente para meditarmos no ensino de Jesus. Qual o pai que dá ao
filho de menor, que ainda não sabe escolher, algo que lhe faça mal como drogas
ou veneno? Da mesma forma se pedíssemos a Deus algo que nos faça mal, Ele nos
daria?
Assim,
Jesus se referia aos valores espirituais, como em todas as suas lições. Pedir,
buscar e bater se refere a valores da alma. O pão e o peixe que o homem deve
pedir é o ensinamento do alto que nos orienta para o bem e amor que nos
sublima. A pedra e a serpente são a indiferença e a maldade, que nossos
benfeitores espirituais seriam incapazes de nos deixar.
A
ética deste conhecimento é que não estamos desamparados no bem. O Pai sabe o
que precisamos e nos aguarda o amadurecimento para que alcancemos os seus
presentes para nós. É a ética da lei de ação e reação, da evolução e do
merecimento.
#1
Gilmar Alves Barbosa 24/08/2012 17:09
"Procurais
e Achareis" significa: trabalha e produzirás. A terra é uma abençoada
escola, onde aprendemos a colocar em prática que já conhecemos, superando
nossas limitações. Cada dia é uma nova oportunidade de aprendizado; nenhum dia
é igual, precisamos aprender a observar essas diferenças.
MT.
7, 12 - TUDO O QUE VÓS QUEREIS QUE OS HOMENS VOS FAÇAM, FAZEI-LHO TAMBÉM VÓS A
ELES
Narrativa
Evangélica
Portanto,
tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque
esta é a lei e os profetas.
Mateus
7:12
Comentários
Ninguém
quer para si o mal. Ninguém deseja a pedra ou a serpente para si. Queremos para
nós o pão e o peixe que nos alimenta. Podemos errar na escolha, mas sempre
queremos o bem para nós.
Jesus
reverte isto para o próximo, ou seja, da mesma forma que queremos o bem para
nós próprios, devemos também querer o bem do outro, nosso irmão.
Neste
ensinamento do Mestre está máxima da caridade, que é "Amar ao próximo como
a si mesmo", manifestação da lei universal do amor, que se manifesta de
forma singular em cada indivíduo.
Kardec,
em o Evangelho Segundo Espiritismo, cap. XI, afirma: “ ‘Amar o próximo como a
si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós’,
é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem
para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito, que
tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós
desejamos. Com que direito exigiríamos dos nossos semelhantes melhor proceder,
mais indulgência, mais benevolência e devotamento para conosco, do que os temos
para com eles? A prática dessas máximas tende à destruição do egoísmo. Quando
as adotarem para regra de conduta e para base de suas instituições, os homens
compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz e a
justiça. Não mais haverá ódios, nem dissensões, mas, tão-somente, união,
concórdia e benevolência mútua.”
Na
nossa convivência, cada indivíduo é único e especial, podemos conhecer as suas
características para aprender a lidar, conviver bem e amar. Cada indivíduo é
para nós uma oportunidade de renovação e aprendizagem.
Na
simplicidade do cotidiano, momento a momento somos convidados para a melhoria.
A proposta ética deste ensino é a do amor-caridade, que consiste em aceitar,
compreender e amar o outro como a si mesmo.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Mestre possa nesse momento ser como a chuva refrescante e
higienizante, limpando dos nossos corações das mágoas e ressentimentos que
estejam danificando e sujando as fibras de nossas almas.
Inicialmente
é importante ressaltar que Jesus não se expressou de forma negativa dizendo:
não fazer ao outro o que não deseja que o outro faça a você, mas expressou-se
de forma positiva afirmando: faça ao outro o que gostaria que o outro fizesse a
você.
Dessa
forma focou no lado positivo, no bem e não no mal, na ação produtiva, na ação
efetiva, na realização daquilo que se considera o bem.
Mas,
num segundo momento, gostaria de enfatizar um princípio fundamental contido
nesse tão importante ensinamento do Mestre Jesus: a bondade.
Fazer
o bem, desejar o bem é uma aplicação do sentimento da bondade.
Desenvolver
a bondade é desenvolver exatamente o desejo e a prática, o pensamento e a fala
do bem dirigido ao outro.
Quem
é bondoso está sempre fazendo o bem.
A
bondade é o princípio suavisador dos males adquiridos nos erros passados.
Quando
somos bondosos, praticamos realmente a caridade e o bem, vamos eliminando todo
aquele peso que carregamos de nossas vidas passadas.
Exercitemos
a bondade e caminhemos em direção à felicidade.
Um
Espírito Amigo.
#1
Gilmar Alves Barbosa 24/08/2012 17:20
Quando
perguntado a respeito, Jesus simplesmente lembrou o que já estava na Lei, o
amor a Deus e o amor ao próximo. O que acrescenta é a afirmação de que o segundo
mandamento “é semelhante ao primeiro” Kardec comenta essa importante frase,
asseverando, em síntese, que “não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar
o próximo, nem amar o próximo sem amar a Deus”. Há, pois, essencialmente um só
mandamento, “o mandamento maior”. “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e aborrece a
seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar
a Deus, a quem não vê.
MT.
7, 13-14 - ENTRAI PELA PORTA ESTREITA
Narrativa
Evangélica
Entrai
pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à
perdição, e muitos são os que entram por ela;
E
porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há
que a encontrem.
Mateus
7:13-14
Comentários
Jesus
nos ensina a ter cuidado com o caminho mais fácil, aquele que aparentemente
parece nos levar para a felicidade, mas é um equívoco, seja para os encarnados
ou desencarnados.
Viver
na irresponsabilidade, infidelidade, enriquecer roubando ou enganando, assistir
a programas sensacionalistas pode parecer mais atraente do que ser responsável,
fiel, trabalhar honestamente ou ler um bom livro, mas, efetivamente os
primeiros nos afastam da felicidade enquanto que os segundos nos aproximam
dela.
Decidimos
e agimos conforme critérios próprios, ou seja, dentro de nossas condições de
compreensão e grau de adiantamento. A advertência de Jesus é para que estejamos
atentos para as escolhas fáceis que ainda são as da maioria num planeta de
provas e expiações. Muitas escolhas da “porta larga” representam lastimáveis
perdas de tempo, trabalho e esforço, levando inclusive o consequente processo
de reparação, quando necessário.
Já
a porta estreita representa acerto espiritual que permite evoluir com justo
aproveitamento das horas, do esforço e do trabalho. Poucos a encontram, na
expressão de Jesus, porque num mundo de expiação e provas são poucos os
espíritos que conseguem cumprir seus projetos de vida, muitos se desviam pelo
caminho.
A
vida para Jesus é estar no caminho da evolução e não estar estagnado a beira do
caminho. Não basta existir é necessário estar na busca constante do
autoaperfeiçoamento.
A
Ética deste ensino
está na escolha autônoma do melhor caminho, sem que sejamos
influenciados pela escolha da maioria. Jesus orienta que o melhor caminho pode
não ser o mais fácil ou o mais cômodo, mas mesmo assim devemos seguir por ele.
Mensagem
Espiritual
Que a paz do Mestre Jesus possa neste momento
ampliar nossas vibrações para que
alcancemos o mais profundo de nós mesmos e dessa forma alcançando o Deus
que há em nós, alcancemos também o Deus que há em todos seres humanos, nos
ligando ao Creador de todas as coisas.
É
com muita alegria que participamos do estudo da noite. Agradecemos a
oportunidade que vocês nos dão de compartilhar as emoções e os estudos que nos rememoram as
oportunidades de outrora.
Pensando,
principalmente, nos tempos que hoje vivenciamos, gostaríamos de interpretar as
palavras do Mestre Jesus de uma forma diferente, considerando que cada um de
nós pode ser a porta larga ou estreita que Ele se referia.
A
porta larga, escancarada é aquele indivíduo que recebe tudo, lê tudo, que busca
em tudo sem foco e sem objetivo e no
mundo de tão grande quantidade de informação ele fica perdido e não sabe para
onde ir.
Já
o indivíduo porta estreita é aquele que tem uma porta seletiva e sabe escolher
entre todas as informações que poderia receber
aquelas que mais lhe interessam à vida, à evolução, ao aperfeiçoamento
espiritual.
Então,
ele escolhe ler, meditar e dedicar o seu tempo àquilo que é melhor para o seu
espírito: ver os programas televisivos, buscar
na internet, ler os livros, assistir as palestras sobre os assuntos e
temas que lhe propiciam este objetivo.
São
indivíduos de portas focadas, seletas que sabem optar pela melhor escolha.
Sejamos
então, esses indivíduos que sabem escolher e usufruir das oportunidades como a
de agora que nos permitam crescer e agradecer pela oportunidade de estar
realmente vivos no sentido evangélico.
Um
Espírito amigo.
MT.
7, 15 - ACAUTELAI-VOS, PORÉM, DOS FALSOS
PROFETAS; -
Narrativa
Evangélica
Acautelai-vos,
porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas,
interiormente, são lobos devoradores.
Mateus
7:15
Comentários
Profeta
(do grego) são os mensageiros. Os profetas do antigo testamento e da época de
Jesus orientavam o povo. Jesus advertia para que tomássemos cuidado com os
“falsos” profetas, pois seriam como “cegos guiando cegos”.
Todos
nós somos mensageiros, seja como médiuns ostensivos, pacificadores,
palestrantes, sendo exemplo por meio de atitudes, nas conversas informais etc.
Somos
também constantemente influenciados por outros mensageiros.
Que
tipo de mensagens transmitimos e recebemos?
Jesus adverte para sermos cuidadosos com os falsos mensageiros. Isto é,
aqueles que nos influenciam a perder a direção e o sentido, ficando
temporariamente desnorteados.
É
prudente ser criterioso com as mensagens dos espíritos, sejam encarnados ou
desencarnados, com o que aceitamos como verdade, com o que divulgamos, para que
nós próprios não nos tornemos “falsos profetas”.
Não se deve julgar as mensagens
pela sua forma e aparência, mas sim pelo seu conteúdo e pelos seus frutos ou
efeitos.
O
princípio ético deste ensino é o da prudência ou discernimento para avaliar em
profundidade as mensagens e os mensageiros, evitando assim ser ludibriados por
falsidades e falsificadores.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Mestre Jesus possa nesse momento, suavizar e plenificar para que
sejamos espelhos a refletir a mensagem do Mestre.
Com
muita alegria, com jovial disposição participamos do emocionante estudo da
noite e gostaríamos de dar a nossa colaboração.
Podemos
interpretar as palavras do Mestre Jesus de uma forma diferente, que os falsos
profetas são, na verdade, os equívocos que escolhemos para nós próprios:
• É um falso profeta o prazer que
promete a felicidade e pode nos levar à exaustão, ao tédio e à insaciedade;
• É um falso profeta o dinheiro que nos leva o tempo e o trabalho,
nos deixando sovinas, apáticos e sem
valores reais;
• É também um falso profeta o poder que
nos atrai com muitas promessas e nos deixa solitários, egoístas e sem amor;
• É o falso profeta também a fuga dos
compromissos assumidos conosco mesmos. Parece fácil e tranqüilo, mas nos leva à
decepção, ao abandono e ao recomeço das tarefas abandonadas;
• É um falso profeta os caminhos fáceis
das drogas, da desonestidade, do desamparo dos nossos parentes;
• É um falso profeta o isolamento dos
problemas;
• É um falso profeta o medo de amar e de
se predispor auxiliar.
Busquemos
a refletir nos ensinamentos de Jesus que nos pede cautela aos falsos profetas
que, muitas vezes não estão fora de nós, mas dentro, que nos encantam que nos
enganam porque nos deixamos ludibriar, embalados pelo hábito de muitas
existências perdidas.
Que
o Mestre Jesus, o maior de todos os Profetas, possa nos embalar com suas
canções de amor e nos levar com Ele para um próximo estágio da nossa evolução.
Um
Espírito Amigo.
MT.
7, 16-20 - PELOS SEUS FRUTOS OS
CONHECEREIS
Narrativa
Evangélica
Por
seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos
dos abrolhos?
Assim,
toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus.
Não
pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons.
Toda
a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.
Portanto,
pelos seus frutos os conhecereis.
Mateus
7:16-20
Comentários
Jesus
continuando a sua análise dos “falsos profetas” apresenta uma de suas imagens
mais fortes. É óbvio que não devemos entender que Jesus se refere às árvores
físicas, visto que, toda árvore tem sua importância na natureza e não devemos
avaliar se ela é boa ou má de acordo com sua utilidade para o ser humano. Na
natureza todas as árvores são boas.
O
ensino do mestre é de natureza moral e espiritual em conformidade com toda a
sua doutrina. Assim sendo a boa árvore é aquela que produz bons frutos em
harmonia com as leis naturais ou divinas, aproximando da perfeição e a má
árvore produz maus frutos que dificultam a evolução.
Uma
das formas de entender a árvore é comparando-a aos nossos pensamentos,
sentimentos, palavras e ações. Quando estes gerarem o bem eles serão comparado
às boas árvores, ou caso contrário; más árvores.
Outra forma de entender é que somos
o bom ou o mau fruto conforme nosso grau de evolução, isto é pelo caráter que
adquirimos ao longo das várias vidas. Assim a árvore que tem que ser lançada ao
fogo é o egoísmo, orgulho e as más paixões que existem no nosso interior. E as
boas árvores são as virtudes conquistadas.
Numa análise superficial poderíamos
entender este ensinamento do Mestre como uma proposta teleológica, isto é, as
consequências são mais importantes do que os princípios já que os pelos frutos
(fins) é que conhecemos as árvores (princípios). Porém Jesus é claro quando
pergunta que “Porventura se colhem uvas dos espinheiros, ou figos dos
abrolhos?”. O princípio ético desse
ensinamento é que a conteúdo dos fins está contido nos princípios, ou seja, a
qualidade do princípio define a qualidade das consequências.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do mestre Jesus, esse fruto saboroso, que ele nos ofertou, possa
alimentar o nosso espírito, diante dos desafios conosco mesmo, que enfrentamos diuturnamente em nossas
existências.
Muito
valoroso o estudo da noite de hoje para reflexão e a prática de cada um de nós.
Gostaríamos,
apenas de contribuir acrescentando algumas considerações sobre a avaliação dos
frutos.
Como
realmente avaliar se o fruto é bom ou mau? Como realmente avaliar os frutos
discernindo se eles nos levam à evolução ou nos dificultam a ela?
E
digo-vos que da mesma forma que avaliais os frutos materiais pelo paladar, pelo
cheiro, também deveis avaliar os frutos morais de todas as ações. Assim como os
bons frutos são saborosos, cheirosos, nutritivos para o nosso corpo, os frutos
morais também o são para o nosso espírito.
Da
mesma forma que Deus nos deu os sentidos naturais da gustação, do olfato para discernir os frutos materiais que
nos fazem bem, escreveu em nossas consciências as suas leis,
para que através delas possamos avaliar os nossos frutos morais.
Cada
um pode refletir sobre cada ato de sua vida, do seu dia e verificar se isso lhe
trouxe paz ou tormento espiritual.
Se
qualquer ato moral, quando relembrado, lhe trouxer uma alegria íntima de dever
cumprido, saiba que é um bom fruto e está de acordo com a Lei. Mas se analisares qualquer atitude,
pensamento ou fala e uma pequena dor de
remorso, de arrependimento, ressentimento, de “eu deveria ter feito diferente”
lhe “cutucar” a consciência, saiba que neste momento está diante de um mau fruto que deve ser
lançado fora, no futuro, para que não o colha novamente.
Procedendo
assim e avaliando os frutos bons e ruins, de cada dia, conheceremos a árvore
que somos, cortando os galhos ruins e alimentando os bons galhos para que crescendo
em direção ao Creador, possamos dizer
para o mestre Jesus: aqui estou eu, seu servo, seu discípulo.
Um
Espírito Amigo.
MT.
7, 21-23 - ENTRARÁ NO REINO DOS CÉUS, AQUELE QUE FAZ A VONTADE DE MEU PAI
Narrativa
Evangélica
Nem
todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que
faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
Muitos
me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em
teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?
E
então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que
praticais a iniqüidade.
Mateus
7:21-23
Comentários
Quando Jesus disse: "Nem todo o que me
diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de
meu Pai, que está nos céus" queria enfatizar que não é por dizer-se
cristão, de forma superficial que a pessoa alcançará “o reino dos céus”.
O Mestre sempre ensinava a transformação
interior. O caminho da evolução, como Ele dizia, está na prática do
bem, que está contido nas Leis Divinas. Faz-se necessário antes de tudo, a
conscientização, a educação e a renovação interior de cada um nós.
Estamos
diante de um mundo de iniquidade e contraditório, ainda temos exercitar a coerência entre o
discurso e a prática. O mundo atual não se transformará em reino divino de um
momento para outro, somente com a transformação dos homens haverá a transformação
do mundo.
Somente
podem falar em nome de Jesus aqueles, que vivem seus ensinamentos ou “que fazem
a vontade do Pai”, que praticam a justiça porque os injustos, que praticam
iniquidade, se afastam Dele, pois Ele não os conhece.
Novamente,
o princípio ético deste ensinamento é a coerência da ação com as palavras,
falar que segue Jesus, sem segui-lo na prática, não tem valor, fazer o bem e
amar o próximo como a si mesmo é a síntese da Lei segundo o Mestre.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Mestre o sublime instrutor das almas possa neste momento nos
plenificar de luz para enxergarmos melhor os seus ensinamentos, para que
possamos viver de forma mais digna e
justa.
Muito
pouco tenho a acrescentar nos estudos da noite de hoje.
Mas
gostaria de trazer as palavras do Mestre a uma realidade mais próxima dos
irmãos, para que possam vocês compreender com mais clareza de profundidade os
ensinamentos do meigo Mestre Nazareno.
Diria
Jesus para nós se habitássemos nos dias de hoje, na nossa realidade
sócioculturalreligiosa mais ou menos da seguinte forma:
Não
adianta, irmãos queridos, que vocês deem passes nos Centros Espíritas, que
frequentem reuniões todos os dias, que estudem as minhas palavras e meus
ensinamentos, que deem palestras, porque
se não desenvolverem a
sensibilidade e a razão não podereis
participar comigo dos frutos da evolução espiritual.
A
sensibilidade é o sentimento que nos comove em direção ao outro, que nos
permite o desenvolvimento da bondade, da benevolência que é princípio da
caridade e a inteligência nos permite discernir a melhor forma de agir para que
a caridade não seja apenas estímulo ao conformismo, mas incentivo à evolução do
nosso próximo. Sensibilidade e inteligência são as asas da evolução.
Buscai
então, essas asas antes do que somente o conhecimento vazio que, muitas vezes,
sem a sensibilidade, pode nos levar ao orgulho e vaidade. Ou a sensibilidade
sem o conhecimento que pode nos levar ainda aos erros, ao sentimentalismo e ao
“pieguismo”.
Buscai
então a harmonia e a coerência entre os sentimentos, a razão e as ações.
Um
Espírito Amigo
MT
8:1-4 - SENHOR, SE QUISERES, PODES TORNAR-ME LIMPO.
Narrativa
Evangélica
E,
descendo ele do monte, seguiu-o uma grande multidão.
E,
eis que veio um leproso, e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes
tornar-me limpo.
E
Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. E logo ficou
purificado da lepra.
Disse-lhe
então Jesus: Olha, não o digas a alguém, mas vai, mostra-te ao sacerdote, e
apresenta a oferta que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.
Mateus
8:1-4
Comentários
Analisando
esta passagem em seus aspectos éticos percebemos objetivamente a conduta
assertiva de Jesus. Ao descer da montanha, após ensinar sua doutrina de amor
caridade, Ele é abordado por um leproso que afirmou: “Senhor, se quiseres,
podes tornar-me limpo” e Jesus prontamente o atendeu: “Quero, sê limpo”.
A
lepra representa todas as impurezas da alma, que todos temos, em graus diferenciados.
O leproso, após ouvir a doutrina do Mestre, já demonstrara predisposições
positivas para a cura: a humildade, a fé, o arrependimento e a vontade. Jesus
deseja que todos nós nos curemos.
Quando
Ele fala, “não contes isto a ninguém”, está ensinando que devemos fazer o bem
sem ostentação conforme instruções de Kardec, no ESE, cap. XIII.
Jesus
ainda recomenda que ele siga a lei humana. Os leprosos eram excluídos do
convívio social. Para que aquele, a quem Ele curara, pudesse volver a esse
convívio, Jesus mandou que ele se mostrasse aos sacerdotes e levasse, em
testemunho da sua cura, a oferenda sugerida
pela lei mosaica.
Jesus
exemplificou a ética da caridade, assertividade, da não-ostentação, do respeito
a lei humana e que a humildade, fé, arrependimento e vontade são importantes
para a evolução espiritual.
Mensagem
Espiritual
Que
a assertividade do Mestre Jesus possa nos contagiar para que possamos, também
nós sermos assertivos com relação a
nossa própria evolução.
É
com muita alegria que participamos intensamente dos estudos da noite e
concordamos com todas as considerações tecidas.
Porém gostaríamos de dar nossa própria
interpretação como forma de colaborar a este tão importante estudo e reflexões
sobre a alma e sobre o ser.
Imaginemos
pois, que esse leproso que recorre ao Mestre sejamos cada um de nós que no
decorrer de várias vidas criamos em nós
mesmos as chagas desta terrível doença, a lepra da alma e que todas as deformações em nossos
perispíritos, conforme as Leis Divinas,
sejam as consequências dos nossos
próprios atos. Porque ninguém é doente pela vontade do Pai, somos doentes pelas
consequências dos nossos atos.
Então,
já no mundo espiritual requisitamos ao Mestre Jesus uma nova oportunidade na
carne, para que possamos, através do trabalho e do amor, definitivamente nos
curarmos.
Jesus permite que nos reencarnemos num novo corpo,
com o esquecimento do passado, numa nova
trajetória de vida para que consertemos
os nossos erros. O Mestre recomenda que
levemos ao sacerdote o nosso sacrifício, que se hoje estamos reencarnados, pela
dádiva do Criador com os ensinos do
Mestre e do Espiritismo, saibamos nós
oferecer o nosso sacrifício pela
oportunidade imensa de estarmos vivos.
E
o melhor sacrifício, aquele que mais nos eleva é o trabalho dedicado,
carinhoso, sem ostentação, sem paga financeira, em prol do próximo necessitado.
Que
a assertividade de Jesus nos inspire sempre!
Eu
quero!
Um
Espírito Amigo
MT
8, 5-13 - NÃO SOU DIGNO DE QUE ENTRES DEBAIXO DO MEU TELHADO;
Narrativa
Evangélica
E,
entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe,
E
dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa, paralítico, e violentamente
atormentado.
E
Jesus lhe disse: Eu irei, e lhe darei saúde.
E
o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do
meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar.
Pois
também eu sou homem sob autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a
este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu criado: Faze isto, e
ele o faz.
E
maravilhou-se Jesus, ouvindo isto, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos
digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé.
Mas
eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa
com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus;
E
os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e
ranger de dentes.
Então
disse Jesus ao centurião: Vai, e como creste te seja feito. E naquela mesma
hora o seu criado sarou.
Mateus
8:5-13
Comentários
Jesus
se prontificou para ajudar, se predispondo a ir até a casa do centurião, não se
importando com sua etnia, situação econômica, origem ou escolaridade. Jesus
demonstrou esta disposição de ajudar a todos indistintamente em vários momentos
de sua vida, aqui exemplifica o amor caridade com um soldado romano que era
marginalizado pelo povo judeu, visto que eles eram considerados invasores
estrangeiros.
O
centurião era humilde, reconhecia a autoridade espiritual de Jesus e utilizou a
fé raciocinada, por meio de um raciocínio comparativo. Um homem que soube aliar
a pureza de seus sentimentos de amor caridade, pois deseja ajudar seu servo
paralítico, com a simplicidade da razão e a fé em Jesus.
Jesus
apoiou essa manifestação de fé ao dizer que nunca tinha visto tamanha fé em
toda Israel!
O
mestre aproveita a ocasião para dizer que muitos gentios, do oriente e
ocidente, entrarão no reino dos céus, enquanto que muitos judeus, do “povo
escolhido”, não alcançarão este reino, ou seja, a Boa Nova é universal, para todos
os povos da Terra.
Nesta
passagem encontramos a ética da prontidão e da universalidade do amor caridade.
A importância da fé raciocinada e da humildade.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Mestre possa nos dar a sobriedade necessária para desenvolver a fé
raciocinada para sustentar as ações e as decisões.
É
com imensa alegria que participamos convosco da alegre reunião da noite.
E
como sempre gostaríamos de apresentar a nossa interpretação pessoal para que possa colaborar refletindo
de uma forma diferente nas palavras do Mestre com a finalidade de evoluirmos.
Diria,
amigo, que pensássemos que não éramos o
Centurião, humilde e fervoroso mas que, em verdade, somos aquele servo
paralitico atormentado que permanece inativo na casa.
Somos
atormentados pelos nossos passados espiritual, delituoso, pelos erros que
cometemos em várias vidas passadas, pelos vícios que adquirimos pela própria
vontade e que hoje nos faz dependentes, pelo mal que causamos usufruindo do
nosso livre arbítrio, pela irresponsabilidade de não nos colocarmos no lugar do
próximo, pela crueldade e pelo desatino da razão.
E
por tudo isso, estamos atormentados. Por tudo isso, nos tornamos paralíticos e
sem ação.
É
preciso que o Centurião, espíritos amigos, missionários, nossos benfeitores espirituais, otimistas,
humildes, fervorosos, inteligentes intercedam por nós nos inspirando e nos
auxiliando para que possamos conter essa
paralisia e começar a praticar o amor caridade.
Jesus
quer que nos curemos.
Nossos
benfeitores intercedem por nós, basta agora
que vençamos a nossa paralisia e que pela pratica do amor deixemos de ser atormentados
pelo passado.
Que
a paz do Mestre nos norteei sempre!
Um
Espírito Amigo.
MT
8, 14-17 - ELE TOMOU SOBRE SI AS NOSSAS ENFERMIDADES
Narrativa
Evangélica
14
Ora, tendo Jesus entrado na casa de Pedro, viu a sogra deste de cama; e com
febre.
15
E tocou-lhe a mão, e a febre a deixou; então ela se levantou, e o servia.
16
Caída a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele com a sua palavra
expulsou os espíritos, e curou todos os enfermos;
17
para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías: Ele tomou sobre si
as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças.
Comentários
Nos
dois primeiros versículos trata-se de um caso em que Jesus intervém sem ter
sido solicitado. Esta é um gesto que nasce da sua compaixão diante do
sofrimento humano de forma incondicional e indistinta.
Sabemos
que a mulher, naquele tempo e cultura era vista como um objeto e não como ser
humano. Então, quando Jesus chega à casa de Pedro e percebe que sua sogra está
febril, a toca curando-a. Neste momento Ele está resgatando a condição que a
mulher deveria ocupar na sociedade, ao prestar-lhe o mesmo socorro que
administraria a qualquer ser humano.
Se
você levar Jesus para casa, isto é, sua doutrina, sua boa nova, será tudo
diferente; porque seu ensino e sua exemplificação representa mudança de
atitude, que possibilita a cura das enfermidades da alma.
Jesus
viu a sogra de Pedro, com febre, que não é uma doença, e sim consequência
desta; funciona como um alarme nos avisando que algo não vai bem, merecendo
assim, melhores cuidados. Jesus percebeu que algo de mais profundo necessitava
ser feito. E tocou-lhe na mão, mas raros são os que têm sido tocados pela
essência do Seu ensinamento, preferindo a maioria contentar-se com as
aparências. A mão é o instrumento maior do trabalho. Levantou-se, ergueu-se,
apresentou-se para o serviço.
Aqui,
simbolicamente, podemos refletir o movimento dessa mulher que ao se sentir
livre da enfermidade usou esta liberdade para servir o Mestre; Assim também
nós, analogamente, devemos ao receber os ensinamentos de Jesus, que nos liberta
da ignorância e de todo o mal, servi-lo, isto é exercitarmos o amor caridade como
ele nos ensinou.
No
versículo 16, o evangelista se refere aos “endemoninhados” e a “expulsão de
espíritos” que tanto poderiam se referir ao processo obsessivo, que demonstra à
existência dos espíritos desencarnados, quanto aos desequilíbrios psicológicos,
ambas as doenças de origem espiritual cuja doutrina do amor caridade de Jesus
representa a libertação.
“Ele
tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças” significa a
doutrina consoladora de Jesus representa a verdadeira cura para as almas
doentes.
Novamente
a ética desta passagem é do amor caridade através do serviço ao próximo e da
solidariedade.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do meigo mestre Nazareno possa neste momento tocar os nossos corações
lembrando-nos juntos o maravilhoso estudo da noite.
Muitas
pessoas, durante sua curta permanência na terra, Jesus tocou e curou e algumas outras tocaram
Nele e foram curadas. Mas milhares de
milhões foram tocadas por Jesus e por ele foram curadas após seu sacrifício na
cruz.
Exemplos
luminares foram o de Paulo que Jesus tocou indagando: “Saulo por que me
persegues?” Curando-o da ira, da revolta, da desobediência e ele imediatamente
curou-se: “- Eis aqui teu servo”.
Tocou
Francisco requisitando: “Francisco, reconstrua a minha Igreja.” E Francisco que
era cego enxergou, que era surdo, ouviu; curou-se do orgulho e da vaidade, da
prepotência e foi servir.
Jesus
tocou a cada um de nós que hoje estamos aqui reunidos, estudando.
Tocou-nos
através do Espiritismo; tocou-nos através do amor e do sofrimento.
Estamos
em processo de cura.
Passemos,
cada um de nós, agora neste momento, a servir.
E
servir representa trabalhar em prol do próprio crescimento.
Servir
significa o amor em ação.
Servir
significa sentir, viver e distribuir a paz que Jesus nos deixou.
Um
Espírito amigo.
MATEUS
8:18-22 - DEIXA OS MORTOS SEPULTAR OS
SEUS MORTOS.
Narrativa
evangélica
18-E
Jesus, vendo em torno de si uma grande multidão, ordenou que passassem para o
outro lado;
19-E,
aproximando-se dele um escriba, disse-lhe: Mestre, aonde quer que fores, eu te
seguirei.
20-E
disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do
homem não tem onde reclinar a cabeça.
21-E
outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me que primeiramente vá
sepultar meu pai.
22-Jesus,
porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos;
Comentários
Jesus
esclarece nestes versículos alguns aspectos de sua missão, clareando alguns
pontos para quem deseja segui-lo.
Quando
ele ordena passar para o outro lado, simbolicamente pode significar que o
Mestre nos requisita mudança de atitudes, de renovação e transformação moral.
Ao passar para o outro lado, modificam-se nosso ponto de vista e nossos
valores.
O
escriba, que era o intelectual da época, se aproxima do Mestre e externa seu
desejo de segui-lo. Isto representa a boa vontade dele, porém é advertido por
Jesus: “As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem
não tem onde reclinar a cabeça”. Num mundo de provas e expiações, os espíritos
neste estágio evolutivo têm seus covis e ninhos, isto é suas moradas, porém o
reino de Jesus, não é deste mundo, seu reino é
espiritual. Além da boa vontade para seguir Jesus, é necessário
desapegar-se dos bens matérias, em função dos espirituais, que lhe são
superiores.
O
corpo nada mais é do que uma vestimenta grosseira que, temporariamente, reveste
o espírito, que o mantém ligado à vida terrena. Quando Jesus disse "Deixai
aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos", ele quis nos ensinar que,
não devemos nos inquietar com o corpo, mas com o espírito, com os valores
espirituais. Kardec, no capitulo XXIII, do ESE, traduz esta frase da seguinte
maneira: “Não te preocupes com o corpo, pensa antes no Espírito; vai ensinar o
reino de Deus; vai dizer aos homens que a pátria deles não é a Terra, mas o
céu, porquanto somente lá transcorre a verdadeira vida”.
Novamente
a ética nestes versículos é a supremacia dos valores espirituais sobre os
materiais e da necessidade de superação e transformação dos valores.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Mestre Jesus possa realmente nos levar para a outra margem.
Profundos
e complexos são os versículos estudados na noite de hoje. Seria impossível
comentá-los todos com a consistência e profundidade que gostaríamos, em apenas uma mensagem.
Mas
reflitamos junto do Mestre que vendo a multidão requisitou-nos que passássemos
para o outro lado.
Quão
diversas e grandes são as multidões que nos envolvem:
- As multidões ignorantes que nos exigem de
diversas formas que participemos com eles em várias atividades nas quais
perdemos importante tempo em nossa própria evolução;
-
Multidões que nos requisitam para trabalhar cada vez mais na aquisição de bens
materiais;
-
Multidões que nos exigem a participar dos espetáculos do mundo, dos passatempos
da internet, da TV e de outras ocupações que nos entretém e nos retiram a
atenção do essencial;
-
Multidões da maioria;
-
Multidões de perdidos;
-
Multidões que exigem mas que não se conhecem a si próprias.
E
Jesus nos convoca: “passemos para o outro lado”.
O
lado que não somos mais multidões, mas que alcançamos a nossa própria identidade, autonomia e já decidimos o que é
o melhor para nós mesmos. Onde individualizados busquemos para nós o essencial
que é o ser, o espírito.
Jesus
nos convida para essa travessia.
Em
outro momento a passagem estudada na noite de hoje, Jesus também nos convida a deixar que os mortos enterrem os mortos.
Será
que aceitaremos o seu convite? Ou ficaremos entre os mortos? Ou será que somos
o próprio morto a ser enterrado?
O
morto representa inatividade espiritual.
Representa
fazer parte da multidão.
Enterrar
o morto é um ritual, uma cerimônia onde à multidão enterra a si mesmo no inativismo espiritual.
Entender
Jesus, aceitar o seu convite para a travessia, deixar os mortos, significa buscar
a si mesmo em essência e através do
conhecimento de si, alcançar a verdadeira vida o reino dos céus, o reino do
Mestre, a outra margem.
Um
Amigo Espiritual.
MATEUS
8:23-27 - POR QUE TEMEIS, HOMENS DE
POUCA FÉ?
Narrativa
evangélica
23
E, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram.
24
E eis que se levantou no mar tão grande tempestade que o barco era coberto
pelas ondas; ele, porém, estava dormindo.
25
Os discípulos, pois, aproximando-se, o despertaram, dizendo: Salva-nos, Senhor,
que estamos perecendo.
26
Ele lhes respondeu: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se
repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se grande bonança.
27
E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos
e o mar lhe obedecem?
Comentários
Quem
é este homem que repreende os ventos e o
mar? Seus discípulos não tinha noção da grandiosidade do ser que era capaz de
acalmar os ventos e o mar das paixões humanas.
No
mar de nossa vida, enfrentamos tempestades: financeira, matrimonial, perdas,
enfermidades, nossa ou de um ser amado, crises, sofrimentos, perseguição etc. A
doutrina de Jesus é consoladora, acalma as tempestades.
Mas
o Mestre adverte: “Por que temeis, homens de pouca fé?” Devemos sempre estar atentos
a possibilidades de tempestade e nos preparar para quando elas chegarem, pois
proporcionam a oportunidade do autoconhecimento e da confiança no ensino de
Jesus: “Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso” (Mt.6:32).
Quem
sabe se na passagem da tempestade você não descobre uma fé muito maior do que
aquela que você podia antes imaginar?
Devemos
seguir em frente, pois cada tempestade em nossa vida representa nossas missões
e tarefas a serem cumprida nesta terra.
Jesus
nos ensina que através da fé embasada na razão podemos superar todos os
obstáculos.
A Ética deste ensino evangélico é o
poder da fé no enfrentamento das dificuldades da vida. Sem fé não acreditaremos
ser capazes de superar os obstáculos e o temor nos paralisará.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Mestre possa acalmar os nossos temores de perecimento, porque ele nos ensinou que nada perece e que a vida
é sempre vencedora do mal e da morte.
É
mais uma impressionante passagem evangélica de exemplificação dos ensinamentos
e da Doutrina de Jesus.
Observem
aquilo que não está escrito no texto estudado na noite de hoje. Jesus dormia
durante uma tempestade? Num pequeno barco? Como é possível dormir, se a
tempestade jogava o barco de um lado para outro? Se as ondas invadiam o barco?
Jesus
estava além da tempestade, além da agitação do mundo, além do balanço e das
ondas do mar.
Os
discípulos, temerosos, envolvidos pela tormenta, temiam pela própria vida
temiam perecer. Será que não entenderam a mensagem de Cristo, que a morte não
existe? E os mortos são aqueles que, vivos se esquecem que são espíritos.
Jesus
então se levanta e erguendo sobre os males do mundo anuncia a sua Doutrina.
Anuncia
a necessidade da fé para vencer o mundo, as ondas e a tempestades da vida
material. E acalmando-as, porque elas não são verdadeiras. As tempestades que
nos causam tanto medo são ilusões, porque todo o mal do mundo é experiência
para o espírito.
O
mal que realmente nos causa mal é aquele que está dentro de nós e que,
infelizmente causamos nos outros.
O
mal que nos afeta e prejudica não é aquele que vem de fora, mas aquele que sai
de nós.
Busquemos,
então, a fé em nós mesmos. Na nossa capacidade de transformação diária, na
nossa capacidade de eliminar o mal que ainda
permanece conosco que é rígido, é
duro e é difícil de dissolver.
Busquemos
a transformação, iluminados pela mensagem pacífica e consoladora do Mestre
Jesus.
Um
Espírito Amigo
MATEUS
8:28-34 - VIESTE AQUI ATORMENTAR-NOS
ANTES DO TEMPO?
Narrativa
evangélica
28-Tendo
ele chegado ao outro lado, à terra dos gadarenos, saíram-lhe ao encontro dois
endemoninhados, vindos dos sepulcros; tão ferozes eram que ninguém podia passar
por aquele caminho.
29
E eis que gritaram, dizendo: Que temos nós contigo, Filho de Deus? Vieste aqui
atormentar-nos antes do tempo?
30
Ora, a alguma distância deles, andava pastando uma grande manada de porcos.
31
E os demônios rogavam-lhe, dizendo: Se nos expulsas, manda-nos entrar naquela
manada de porcos.
32
Disse-lhes Jesus: Ide. Então saíram, e entraram nos porcos; e eis que toda a
manada se precipitou pelo despenhadeiro no mar, perecendo nas águas.
33
Os pastores fugiram e, chegando à cidade, divulgaram todas estas coisas, e o
que acontecera aos endemoninhados.
34
E eis que toda a cidade saiu ao encontro de Jesus; e vendo-o, rogaram-lhe que
se retirasse dos seus termos.
Comentários
Não
nos cabe, como em outras passagens, discutir se os fatos são verídicos ou
não. Muito menos, no caso de
considerarmos a sua veracidade, discutir os mecanismos do acontecimento.
Cabe-nos em nossa proposta, verificar se a passagem contém algum ensinamento
ético, passível de reflexão e entendimento por nossa parte.
Podemos
entender que os demônios são entidades de natureza inferior, que ainda influenciam
negativamente a humanidade, que torna o homem feroz, violento e que vem do
sepulcro, que ainda ignora a ideia da vida plena.
Entendemos
ainda que a Doutrina Cristã atormenta o homem ainda possuído por estes demônios
e que estes tem a natureza próxima dos porcos, animais considerados imundos,
pelos judeus.
Os
pastores fogem e os homens que habitam aquela terra, os gadarenos, não
suportando a proposta cristã pedem que o Mestre se retire de suas terras e de
suas vidas.
Refletindo
sobre a ética contida nesta passagem podemos pensar que ela nos leva a refletir
se estamos prontos a abandonar as paixões inferiores e abraçar os valores
espirituais ou se preferimos a companhia dos porcos. Se somos capazes de
suportar a revolução provocada pela doutrina do amor caridade ou se pedimos
para Jesus se retirar de nosso coração.
Mensagem
Espiritual
Que
paz exemplificada pelo Mestre Jesus possa acalmar a ferocidade dos vossos
demônios interiores permitindo-lhes a verdadeira libertação.
O
estudo da noite de hoje é repleto de ensinamentos úteis para nossa vida e para
nossa evolução espiritual.
Certamente
podemos na nossa reflexão comparar-nos ao personagem endemoninhado da citação
evangélica porque cada um de nós, cada um tem dentro de si próprio os seus
demônios:
O
demônio do orgulho que nos faz pensar ser melhores que os nossos irmãos;
O
demônio do egoísmo que nos faz acreditar possuidores de tudo e não queremos
distribuir com as criaturas que compartilham conosco da experiência;
O
demônio da inveja;
O
demônio da preguiça e tantos outros que gostaríamos de não enumerar.
E
o pior de tudo é que muito nos agrada a convivência, ainda com esses demônios.
E
é a partir daí que a presença de Jesus nos atormenta porque Ele nos mostra o
futuro, o nosso futuro espiritual impossível de se deter.
A
presença do Mestre nos atormenta e queremos que Ele deixe os limites de nossa
vida, os limites de nossa consciência o mais rápido possível, pois achamos que
sua vinda é prematura e gostaríamos de nos comprazer mais com nossos demônios.
Requisitamos
a Ele que continuemos com esses instintos próprios da animalidade, que nos
processos de sintonia nos assemelham aos animais impuros, segundo a tradição
judaica.
Mais
esclarecedora, ainda, amigos é a informação que se desejamos permanecer com os
porcos, sintonizados ainda com as paixões inferiores, sem dúvida nenhuma nos
precipitaremos no desfiladeiro porque a terra está em transição e não permitirá
mais a reencarnações de Espíritos vinculados a esses demônios.
Sem
dúvida nenhuma, despencar no desfiladeiro e despencar no mar, significa o
exílio forçado num mundo de provas e expiações.
Um
Espírito Amigo
MATEUS
9:1-8 - TEM ÂNIMO, FILHO; PERDOADOS SÃO
OS TEUS PECADOS
Narrativa
evangélica
1
E entrando Jesus num barco, passou para o outro lado, e chegou à sua própria
cidade.
2
E eis que lhe trouxeram um paralítico deitado num leito. Jesus, pois,
vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: Tem ânimo, filho; perdoados são os teus
pecados.
3
E alguns dos escribas disseram consigo: Este homem blasfema.
4
Mas Jesus, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Por que pensais o mal em
vossos corações?
5
Pois qual é mais fácil? dizer: Perdoados são os teus pecados, ou dizer:
Levanta-te e anda?
6
Ora, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade para
perdoar pecados (disse então ao paralítico): Levanta- te, toma o teu leito, e
vai para tua casa.
7
E este, levantando-se, foi para sua casa.
Comentários
Observemos
a superioridade moral do Mestre nesta passagem. Primeiro o texto diz que Jesus
viu a fé do paralítico e das pessoas que o levaram até ele. Segundo, diz que
ele conhecia os pensamentos dos escribas.
Conhecendo
o mérito, boa vontade e fé do paralítico, Jesus afirma, “tem ânimo, filho;
perdoados são os teus pecados” e não “Eu perdoo seus pecados”, ele simplesmente
anuncia um fato, uma realidade da lei de causa e efeito.
Quando
Jesus diz “levanta e anda” quer dizer para que ele caminhe na sua própria
evolução espiritual, que saia da sua condição de inatividade.
Os
pecados são os erros e equívocos que nos deixam paralisados em nossa evolução.
A
autoridade para perdoar os pecados sobre a terra significa que Jesus tinha
condições de avaliar os méritos, os esforços, a fé, os sentimentos e as
necessidades do espírito reencarnado, e caso ele fosse merecedor, poderia ser
curado.
A
ética desta passagem que mesmo paralisados, se tivermos fé, e procurarmos
Jesus, este nos libertará da paralisia que nos impede de evoluir.
Mas
cabe a nós, a coragem e o ânimo de levantar e caminhar.
Mensagem
Espiritual
Que
o pedido do Mestre Jesus, no estudo da
noite de hoje, possa comover-nos a levantar
e a caminhar.
O
Mestre dos mestres realmente é o Mestre Consolador e nesta passagem nos
requisita, nos orienta e nos consola: “tende bom ânimo, levanta-te e anda”.
Quantos
de nós somos paralisados em nosso projeto evolutivo durante esse estágio
terreno, por causa dos nossos temores, da nossa preguiça, do orgulho vão, da
vaidade e culpa, da descrença e da falta de energia.
Quantas
vezes somos paralisados porque não desejamos nos expor, não queremos nos
esforçar, não damos o nosso braço a torcer, porque já falhamos e não desejamos
falhar de novo.
Quantas
vezes temos a vontade de abraçar, mas o medo nos paralisa; de ajudar, mas a
sovinice nos impede; de compartilhar, mas o egoísmo nos isola.
Quantas
vezes queremos pedir perdão, mas o orgulho nos petrifica.
Quantos
exemplos poderíamos dar das paralisias espirituais.
E
Jesus nos diz: “tende bom ânimo, levanta e anda”.
Anda
em direção a tua felicidade, caminha no sentido da perfeição que Eu estou vos
aguardando.
Um
Amigo Espiritual
MATEUS
9:9-13 - SEGUE-ME. E ELE, LEVANTANDO-SE, O SEGUIU
Narrativa
evangélica
9
Partindo Jesus dali, viu sentado na coletoria um homem chamado Mateus, e
disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu.
10
Ora, estando ele à mesa em casa, eis que chegaram muitos publicanos e
pecadores, e se reclinaram à mesa juntamente com Jesus e seus discípulos.
11
E os fariseus, vendo isso, perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso
Mestre com publicanos e pecadores?
12
Jesus, porém, ouvindo isso, respondeu: Não necessitam de médico os sãos, mas
sim os enfermos.
13
Ide, pois, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifícios.
Porque eu não vim chamar justos, mas pecadores.
Comentários
Todos
os atos de Jesus são exemplos de sua Doutrina e de sua Ética. No versículo 9,
ele convida um coletor de imposto, considerado um pecador, um pária, por seus
conterrâneos para segui-Lo e ele se prontificou de imediato a fazê-lo. Seguir
Jesus significa se orientar pela sua Doutrina de amor-caridade. Todo ser humano
pode segui-lo, se tiver vontade e coragem.
Confirmando
esta atitude, Jesus convida publicanos e pecadores para sentar com Ele à mesa,
causando a crítica dos fariseus, os orgulhosos da época, que não compreendiam a
mensagem de amor universal que o Mestre trazia à terra.
Explicando
na forma de analogia, Jesus se compara a um médico e aos pecadores a doentes e
afirma: “eu não vim chamar justos, mas pecadores”. Pois são os doentes que
precisam de médicos.
Podemos
entender que comer com o Mestre seja compartilhar com Ele sua Doutrina
libertadora, que é o pão da alma que cura os doentes.
Jesus
ainda cita o Antigo Testamento, Oséias (6, 6): “Misericórdia quero, e não
sacrifício e o conhecimento de Deus, mais que os holocaustos”. Mostra que o verdadeiro sentido de sua
Doutrina é o amor misericordioso e não ofertas vazias, que muitas vezes são
oferecidas a Deus erroneamente no intuito de aplacar a sua suposta “ira” quanto
as nossas faltas ou atitudes equivocadas.
Novamente
a Ética deste ensino é a universalidade e imparcialidade do amor-caridade. Além
disto, Jesus apresenta a orientação que devemos amar a quem mais precisa do
amor, mesmo que este possa ser o mais difícil de ser amado.
Mensagem
Espiritual
Que a paz do mestre Jesus possa
neste momento percorrer e permanecer em nossos corações para que possamos com
Ele aprender o significado da misericórdia, para vivenciar em nossos pensamentos, palavras, ações e no
nosso caráter.
É
significativa a passagem estudada na noite de hoje, quando Jesus convida um
cobrador de imposto a segui-lo.
Não
somos nós também cobradores de impostos? Não cobramos diuturnamente de nós
mesmos e dos outros, aquilo que nos é imposto?
Quando
cobramos é porque não é dado com desejo, com disponibilidade e com
espontaneidade.
O
imposto, como o próprio nome diz, é aquilo que é obrigado e não é da liberdade.
E cobrando e exigindo, retirando a liberdade, somos profundamente infelizes.
E
o Mestre nos convida ainda hoje, deixai essa profissão vil de cobrar o que é
imposto e venha comigo doar o amor, ensinar o perdão, pescar homens para a
prática da caridade; venha comigo que eu lhes ensinarei o caminho do meu reino
que se encontra dentro de cada um.
Será
que teremos a coragem de seguir o Mestre, comer com Ele e escrever o Evangelho
das suas Boas Novas nas páginas da nossa vida? Ou nos recusaremos a ter com Ele
e continuaremos na rotina da cobrança daquilo que é imposto pelos homens?
Um
Espírito Amigo
MATEUS
9 14:17 - NINGUÉM PÕE REMENDO DE PANO NOVO EM VESTIDO VELHO -
Narrativa
evangélica
14-Então,
chegaram ao pé dele os discípulos de João, dizendo: Por que jejuamos nós e os
fariseus muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam?
15-E
disse-lhes Jesus: Podem porventura andar tristes os filhos das bodas, enquanto
o esposo está com eles? Dias, porém, virão, em que lhes será tirado o esposo, e
então jejuarão.
16
Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho; porque semelhante remendo
tira parte do vestido, e faz-se maior a rotura.
17
Nem se deita vinho novo em odres velhos; do contrário se rebentam, derrama-se o
vinho, e os odres se perdem; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim
ambos se conservam.
Comentários
Nestes
versículos Jesus nos ensina sobre a renovação que ele próprio iniciou no
planeta.
Os
discípulos de João e os fariseus representavam os conservadores, ligados a
tradição mosaica, o “vestido velho” ou os “odres velhos” na analogia do Mestre.
Os
discípulos de Jesus representam o “pano novo” e o “vinho novo” que se orientam
pela doutrina renovadora do amor-caridade.
Quando
a pessoa está muito apegada aos seus valores tradicionais, não está preparado
para receber os novos valores trazidos por Jesus e não os compreende.
A
vinda de Jesus na Terra, sua encarnação no planeta seria as “bodas” da
renovação humana, onde Ele como “esposo” estava junto, em corpo e alma, de
todos os convidados, principalmente com seus discípulos.
O
jejum por si só, não torna o homem melhor, mas sim a sua transformação moral.
Jesus nos chama, por meio de seus ensinamentos a fazer esta transformação.
Ainda
hoje, somos convidados por ele a participar das “bodas” renovadoras do planeta.
O Jejum que devemos fazer é o jejum que nos leve a renovação espiritual e a
melhoria contínua.
Mensagem
Espiritual
Que
as palavras do Mestre que nos conclamam e nos tocam tanto, possam nos
esclarecer quanto ao verdadeiro sentido, quanto ao significado do jejum, que o
Mestre afirma que todos nós, seus discípulos, haveremos de fazer.
Os
apóstolos chegam aos pés de Jesus em significativa demonstração de abertura,
humildade e perguntam sobre o jejum.
O
Mestre ensina sobre a essência necessária para aprender as lições que ele veio
pessoalmente ensinar.
Será
que somos vinho velho ou novo?
Pano
velho ou novo?
Será
que somos aqueles que não suportarão os valores e concepções trazidas pelo
Mestre?
Ou
somos aqueles capacitados para receber na própria alma as profundas impressões
de sua Doutrina.
O que nos torna velhos ou novos, na analogia
do Mestre não é a nossa idade corpórea e muito menos a espiritual. É quando já
conseguimos compreender e vivenciar a verdadeira humildade, que é aquela que
nos permite aprender e apreender os significados cada vez mais profundos e
amplos a respeito de nós mesmos, das nossas relações com os outros e com Deus.
O
jejum que nos pede o Mestre para fazer, diferentemente do jejum material, que é
muitas vezes não comer ou não beber, é o jejum de viver, pensar e falar com
orgulho, vaidade, egoísmo, violência, rejeição, ignorância, despeito, raiva e
ódio.
Se
jejuarmos dessa forma alcançaremos cada vez mais a humildade e a abertura para
entender o amor caridade que o Mestre ensinou.
Um
Espírito Amigo
MATEUS
9: 18-26 - TEM ÂNIMO, FILHA, A TUA FÉ TE SALVOU
Narrativa
Evangélica
18-Dizendo-lhes
ele estas coisas, eis que chegou um chefe, e o adorou, dizendo: Minha filha
faleceu agora mesmo; mas vem, impõe-lhe a tua mão, e ela viverá.
19-E
Jesus, levantando-se, seguiu-o, ele e os seus discípulos.
20-E
eis que uma mulher que havia já doze anos padecia de um fluxo de sangue,
chegando por detrás dele, tocou a orla de sua roupa;
21-Porque
dizia consigo: Se eu tão-somente tocar a sua roupa, ficarei sã.
22-E
Jesus, voltando-se, e vendo-a, disse: Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou. E
imediatamente a mulher ficou sã.
23-E
Jesus, chegando à casa daquele chefe, e vendo os instrumentistas, e o povo em
alvoroço,
24-Disse-lhes:
Retirai-vos, que a menina não está morta, mas dorme. E riam-se dele.
25-E,
logo que o povo foi posto fora, entrou Jesus, e pegou-lhe na mão, e a menina
levantou-se.
26-E
espalhou-se aquela notícia por todo aquele país.
Comentários
O
ensino central destes versículos de Jesus
é a Fé precedida pela humildade.
A
Fé inabalável é a confiança na providência Divina, submetida aos valores da
razão.
Aquela
mulher que padecia de um fluxo de
sangue, por mais de doze anos, confiava no poder de cura do Mestre, e tocando
em sua veste, recuperou sua saúde. Jesus confirma que foi a fé dela que a
curou.
O
mesmo sucedeu com o chefe da sinagoga, que humildemente e com fé, buscou a
ajuda do Mestre. Porém Jesus, com sua sabedoria, sabendo que ela não estava
morta, afirmou que ela apenas dormia.
Nós
também, muitas vezes, estamos mortos, em várias circunstâncias:
-
mortos diante da vida;
-
mortos perante dor do próximo;
-
mortos perante a ignorância;
-
mortos perante o dever a cumprir conosco e com nossos semelhantes;
-
mortos perante a expressão do próprio sentimento e emoções;
-
mortos perante irresponsabilidade paterna e materna;
-
mortos perante hipocrisia do outro;
-
mortos perante desonestidade.
Jesus
nos faz um convite para renovar nossas atitudes
diante da vida, para acordar, levantar e seguir rumo a nossa evolução.
A
Ética deste ensino é acreditar nos
legítimos valores da fé e trabalhar na nossa redenção espiritual.
Mensagem
Espiritual
Que
as energias do Mestre possam curar-nos das várias perdas, que por vários anos,
tem dissipado nossos ânimos, nossos esforços, para a própria evolução.
Quão
significativo foi o estudo da noite de hoje! Quantas reflexões poderíamos fazer
a respeito das passagens estudadas?
Jesus
é fonte inesgotável de fluidos salutares para o restabelecimento de nossa saúde
física e espiritual.
Será
que possuímos a humildade e a fé para buscar tocar em seu manto e receber a
cura que necessitamos?
Pois
é fato que o manto de Jesus, hoje, cobre toda a terra.
Está
aí para que possamos tocá-lo e receber as virtudes que nos curariam das nossas
hemorragias diversas, das nossas perdas, que sugam nossa energia, nosso ânimo,
nosso esforço, nossa disposição para transformar, ajudar e caminhar.
Mas
é necessário humildade e fé.
Jesus
é sempre consolador. Por isso ele nos reanima dizendo: “tende ânimo, tende bom
ânimo! Acorda! Desperta! Levanta e
anda”.
Até
quando estaremos adormecidos?
Até
quando estaremos estáticos, fingindo de mortos se estamos vivos:
Vivos
para nos transformar;
Vivos
para ouvir a voz do nosso coração;
Vivos
para poder praticar o amor;
Vivos
para auxiliar o próximo na melhor forma que pudermos;
Vivos
para estudar, para aprender;
Vivos
para sorrir e incentivar os outros a sorrir;
Vivos
para abraçar, levantar e soerguer;
Vivos,
amigos, para sermos o instrumento de Jesus no mundo.
Um
Amigo Espiritual
MATEUS
9: 27-31 - SEGUIRAM-NO DOIS CEGOS...
CREDES VÓS QUE EU POSSA FAZER ISTO? E OS OLHOS SE LHES ABRIRAM.
Narrativa
evangélica
27 Partindo Jesus dali, seguiram-no
dois cegos, que clamavam, dizendo: Tem compaixão de nós, Filho de Davi.
28
E, tendo ele entrado em casa, os cegos se aproximaram dele; e Jesus
perguntou-lhes: Credes que eu posso fazer isto? Responderam-lhe eles: Sim,
Senhor.
29
Então lhes tocou os olhos, dizendo: Seja-vos feito segundo a vossa fé.
30
E os olhos se lhes abriram. Jesus ordenou-lhes terminantemente, dizendo: Vede
que ninguém o saiba.
31
Eles, porém, saíram, e divulgaram a sua fama por toda aquela terra.
Comentários
Seguir
Jesus é se alinhar com Ele, é se orientar por sua doutrina de amor caridade.
Para seguir Jesus é necessário ter fé, isto é, confiança na sua autoridade
moral, como o Mestre da humanidade. Por isto Jesus indaga: “Credes vós que eu
possa fazer isto?”
É
importante notar que os cegos pela própria ignorância podem seguir Jesus, isto
é, o Mestre é o médico que veio para os doentes e necessitados do espírito. Ele
atenderá todos aqueles que humildemente e com fé o procurar para se
libertarem-se da cegueira espiritual.
“E
os olhos se lhe abriram” significa o despertar para a vida plena e para os
valores do espírito. A doutrina do amor caridade toca nos olhos e coração; e
começamos a perceber um universo da evolução espiritual, que nos aguarda as
ações e atitudes no bem.
Jesus
aproveita ainda para ensinar que não devemos ostentar nossos atos de caridade.
“Que nossa mão direita não saiba o que fez a esquerda” disse Ele em outra
ocasião.
A
ética desta passagem é que a humildade, a fé e a doutrina do amor caridade nos
libertam da cegueira espiritual e que não devemos ostentar ou nos vangloriar
pelo bem que fazemos ou pelo bem que recebemos.
Gilmar
Alves Barbosa 14/12/2012 16:02
O
Mestre não contrariará as Leis Naturais, porque tudo que Jesus fez decorreu das
lei perfeita e imutáveis. Razão pela qual Jesus em toda cura que realizava,
dizia aos que lhe procuravam, sua fé , segundo vossa fé.
Mas
o que interessava o Mestre não era recuperação do corpo, mas a compreensão da
lição oculta da enfermidade no corpo e que os homem se libertasse da
enfermidade e valorizasse o valor da saude, e o mais acima de tudo o corretivo
espiritual, razão pelo qual Jesus dizia aos que lhe procurava, “segundo sua fé
“
Jesus
quando interroga, “credes vós que eu possa fazer isto”? Responderam sim. Mas
aqueles cegos objetiva a cura; mas o Mestre ensina que não basta ver ou abrir
os olhos,se fazia necessário, esforço para elevação espiritual.
Os
homens em sua maioria creem e descreem, desconfiam e duvidam, tanto que Jesus
pediu que ninguém o soubesse daquele fato, mas não adiantou, tendo eles saído,
divulgaram, mas não compreenderam recomendação do Cristo. Que pretensão era que
os cegos fossem tocados, pois havia recebido um davida e deveriam agradecer e
seguir redimido. Estão não basta ver e sim trabalhar consigo mesmo o
amor-caridade e ainda cooperar na objetivação dos propósitos Divinos.
Mensagem
Espiritual
Que
as vibrações salutares do mestre Jesus capazes de dissolver as nossas cegueiras
espirituais, possam nesse momento preencher o nosso espírito para que possamos
erguer sobre nós mesmos o edifício de realizações no bem.
Quão
maravilhoso o estudo da noite! Cada pequena passagem do Evangelho, está repleta
de lições para o nosso ser, de como nos comportar e de como agir no bem.
Nessa
lição, gostaríamos de considerar que os cegos não agiram errado quando
divulgaram as benesses recebidas porque eles divulgavam a Boa Nova do Mestre, a
solução da cura da cegueira espiritual.
É
claro que aquele intermediário pelo qual o bem se manifesta, não deve de forma
nenhuma, vangloriar-se ou ostentar-se pelo bem realizado.
Porém,
aqueles que receberam as benesses ou aquele que foi ofertado uma dádiva, uma
cura, uma iluminação espiritual, uma descoberta da verdade, uma proposta
libertadora, um conhecimento consolador, tal como é a Doutrina dos Espíritos,
herdeira da mensagem cristã, deve divulga-la a todo canto. Porque se algo é tão
bom, seria egoísmo não compartilhar com os seres amados, com os nossos
próximos, colegas e familiares.
É
necessário que aprendamos como os cegos da passagem evangélica a divulgar o bem
que recebemos, espalhar e compartilhar.
Jesus
veio ao mundo como uma grande luz para iluminar todas as escuridões, todos os
pontos trevosos do Planeta.
E
em alguns pontos, Jesus espera que sejamos a pequena lanterna, a pequena luz, a
pequena vela a iluminar, porque Deus usa do homem para esclarecer o próprio
homem.
Um
Espírito Amigo.
MATEUS
9: 32-34 - E, EXPULSO O DEMÔNIO, FALOU O MUDO -
Narrativa
evangélica
32-
E, havendo-se eles retirado, trouxeram-lhe um homem mudo e endemoninhado.
33-E,
expulso o demônio, falou o mudo; e a multidão se maravilhou, dizendo: Nunca tal
se viu em Israel.
34-Mas
os fariseus diziam: Ele expulsa os demônios pelo príncipe dos demônios.
Comentários
As
relações no mundo espiritual são regidas por uma hierarquia que é estabelecida
com base na evolução moral dos espíritos. Quanto mais evoluído moralmente o
espírito, maior a sua autoridade sobre os demais. Jesus é o espírito mais perfeito
e evoluído dentre os que compõem a humanidade terrena.
Ele
representa a sabedoria que naturalmente expulsa os demônios da ignorância e
alienação do sentido da existência. A partir do momento em que os valores do
amor caridade ensinados pelo Mestre, são compreendidos e vivenciados, ressurgem
os valores essenciais que norteiam à vida, dado voz aquele que parecia estar
mudo e alienado.
Os
fariseus não compreendiam a missão espiritual e a ética de Jesus, sempre
caluniando-o e injuriando-o, pois se acreditavam os únicos detentores da
verdade.
A
essência ética desta passagem é que ao buscar os valores espirituais ensinados
por Jesus, conseguiremos eliminar as sombras que possuímos e poderemos
expressar a voz de nossa essência espiritual.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Mestre Jesus possa ser aquela que expulsa do nosso inconsciente os
demônios que nós mesmos criamos e alimentamos, em nosso passado multimilenar,
das diversas vivências.
Significativa
a passagem estudada na noite de hoje, na qual nos esforçamos para entender o
significado oculto do demônio e da voz, porque o mudo, estamos certos que é
cada um de nós.
Estamos
mudos porque não conseguimos expressar as verdadeiras especialidades, os verdadeiros potenciais que
Deus nos premiou a todos.
Somos
incapazes de expressar o tamanho potencial que temos para amar, perdoar,
auxiliar, socorrer, para ser amigo, consolar, para distribuir os dons e
patrimônios espirituais que já adquirimos, para soerguer aquele que encontra-se
caído, desanimado, para amar e consolar aquele que encontra-se desconsolado.
Somos
mudos diante da violência que poderíamos apartar;
Somos
mudos diante das injustiças que poderíamos exemplificar a justiça;
Somos
mudos diante das violações morais nas quais poderíamos ensinar a harmonia.
Mas
por que, amigos, estamos mudos?
Porque
verdadeiramente não o somos. Porque os nossos demônios interiores nos impedem a
verdadeira expressão.
A
que demônios me refiro?
-
Aos de nossos medos, aqueles que nos impedem de caminhar para frente, ser
aquilo que realmente somos, filhos de Deus, perfectíveis, senhores do nosso
próprio destino.
Os
demônios do orgulho que nos impedem de sermos crianças novamente, de ser
inocentes, de querer aprender e descobrir o mundo.
Os
demônios da vaidade, do egoísmo, das paixões que nos iludem e nos fazem perder
o tempo. O tempo de vida, o tempo de reencarnação, tão importante para a nossa
transformação e felicidade espiritual.
Ouçamos
Jesus, neste momento, vamos com Ele alcançar o pensamento, para que possamos
expulsar de nós estes demônios e expressar o que realmente somos: Espíritos
imortais.
Um
Espírito Amigo.
MATEUS
9: 35-38 - E PERCORRIA JESUS TODAS AS CIDADES E ALDEIAS... PREGANDO O EVANGELHO
DO REINO, E CURANDO TODAS AS ENFERMIDADES E MOLÉSTIAS ENTRE O POVO.
Narrativa
Evangélica
35-E
percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e
pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias
entre o povo.
36-E,
vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e
desgarradas, como ovelhas que não têm pastor.
37-Então,
disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros.
38-
Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros para a sua seara.
Comentários
Nessa
passagem é evidenciado o exemplo que Jesus sobre o seu trabalho dinâmico, isto
é, a sua movimentação em busca daqueles que necessitavam de orientação, consolo
e cura das suas enfermidades, tanto físicas quanto espirituais.
Ele
exemplificava o tempo todo o seu interesse amoroso pela humanidade sofrida e
sem rumo. E naquele tempo, como agora, sensibilizava-se pelo sofrimento humano
e sentia compaixão.
Olhando
para a multidão desnorteada, Jesus afirma que sendo tão grande a seara, necessitava de mais
ceifeiros e que rogassem a Deus para que eles fossem aumentados.
Simbolicamente
a seara é campo de trabalho dos discípulos de Jesus e os ceifeiros os próprios
discípulos de todos os tempos.
Então,
todo aquele que é discípulo do Mestre é um ceifeiro e para este trabalho é
necessário o aprendizado do Evangelho, da boa nova da renovação.
O
evangelho permanece no planeta para transformação do Espírito humano, porém a porcentagem de
pessoas que se dispõem ao trabalho, sacrifício, aceitação, compreensão e
renúncia continuam a ser insuficiente. Por esta razão existe uma multidão de
desesperados, angustiados, depressivos e alienados perdendo a oportunidade da
reencarnação.
A
ética dessa passagem está na exemplificação do Mestre da lei do trabalho e a
prática do amor caridade.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do mestre Jesus possa plenificar nossos espíritos de luz, no sentido de
compreensão e conhecimento, para que iluminados possamos melhor nos orientar e
orientar aqueles que miram em nós.
Busquemos
entender as palavras do Mestre em sua essência, nos seus exemplos, para que nos
sirvam de modelo.
As
multidões referidas nos texto evangélico significam aqueles que ainda não
alcançaram a sua própria identidade espiritual.
Se
confundem e confundem-se uns aos outros, não têm sobre si mesmo a rédeas dos
seus próprios futuros.
Andam
baratinados ao sabor dos ventos e do determinismo divino.
A
estes desgarrados, sem líderes, sem orientadores é que Jesus procurava,
ensinava, instruía sobre o Reino de Deus, que habita em cada um de nós, o
Evangelho, a boa nova do amor caridade, a proposta renovadora da evolução
espiritual.
Incansavelmente
trabalhava ensinando o caminho para todos nós.
Porém
roga ao Pai que mande mais ceifeiros.
Os
ceifeiros nessa passagem evangélica significa aquele ser humano que entendendo
o sentido de sua própria evolução, se torna o “pacificador” referido nas
passagens das bem aventuranças.
Torna-se
aquele ser que é capaz de tirar o melhor dos outros seres. O homem de bem capaz
de fazer surgir o homem de bem nos outros, que existe em potencial em cada ser
humano.
Este
homem, o ceifeiro Evangélico, é aquele que ensinando, nos inspira a progredir e
alcançar as propostas libertadoras que o Mestre trouxe para nós.
Um
Espírito amigo.
IDE
E PREGAI, DE GRAÇA RECEBESTES, DE GRAÇA DAI 10:1-10
Narrativa
evangélica
1
E, chamando a si os seus doze discípulos, deu-lhes autoridade sobre os
espíritos imundos, para expulsarem, e para curarem toda sorte de doenças e
enfermidades. 2 Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: primeiro, Simão,
chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão;
3 Felipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e
Tadeu; 4 Simão Cananeu, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu. 5 A estes doze
enviou Jesus, e ordenou-lhes, dizendo: Não ireis aos gentios, nem entrareis em
cidade de samaritanos;6 mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel; 7
e indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. 8 Curai os enfermos,
ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios; de graça
recebestes, de graça dai. 9 Não vos provereis de ouro, nem de prata, nem de
cobre, em vossos cintos; 10 nem de alforje para o caminho, nem de duas túnicas,
nem de alparcas, nem de bordão; porque digno é o trabalhador do seu alimento.
Comentários
Jesus
convoca seus discípulos a divulgar sua mensagem de amor caridade. Sua Doutrina
não é para um círculo restrito e secreto de iniciados, mas, para toda a
humanidade. Cada um de nós, como seus discípulos, devemos, conforme nosso
entendimento, atendendo a convocação do Mestre, divulgá-la ao mundo.
A
recomendação para não ir aos gentios e aos samaritanos não é porque a doutrina
do mestre não fosse universal, isto é, para todos, mas por que seus apóstolos
ainda não estavam preparados para este desafio; era a primeira vez que eles
iriam divulgar a boa nova. Os judeus estavam mais preparados pelos ensinos dos
profetas a compreender a mensagem de Jesus. Posteriormente, Jesus convoca Paulo
de Tarso para a tarefa de evangelizar os gentios.
Podemos
constatar que Jesus, estimulando em seus discípulos a praticar suas capacidades
mediúnicas, alertou-os a que se abstivessem de vantagens materiais na execução
de tais tarefas. E porque esta recomendação? Para que seus discípulos se
conscientizassem da importância da generosidade que deve prevalecer entre todos
os indivíduos, bem como da necessidade de não buscar motivações interesseiras
no socorro que se presta a outrem. Somente assim é que eles, verdadeiramente,
se tornariam dignos do bem que estariam praticando.
Nessas
considerações, podemos encontrar a possível motivação da advertência de Jesus.
Ele sabia que se seus discípulos não fossem suficientemente firmes em suas
responsabilidades perante os necessitados, poderiam desvirtuar-se,
principalmente se deixassem seduzir-se pelos atrativos, ilusões e facilidades
da vida material.
A
essência ética destes versículos é que o ato de amor caridade não pode ser
cobrado, pois se assim fosse seria um ato comercial. Seria feito pelo dinheiro
e não pelo amor caridade. Novamente ele solicita a divulgação da chegada do
reino dos céus, que está dentro de cada um de nós, é a lei de Deus em escrita
em nossa consciência. Mas devemos ser cautelosos para não violentarmos aqueles
que não estão preparados para esta revelação.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Mestre Jesus dada gratuitamente possa ser recebida, compreendida e
vivenciada, por cada um de nós, de forma que, naturalmente, possamos também
distribuí-la sem cobrança.
Quantos ensinamentos podemos tirar das
passagens analisadas na manhã de hoje.
Porém
gostaríamos de refletir mais especificamente sobre a passagem “dai de graça o
que de graça recebestes”.
Se
observarmos a natureza, que é a mestra
primeira, porque representa a vontade de Deus, observaremos que ela nos dá tudo gratuitamente.
Ninguém
nos cobra pelo ar que respiramos.
A
mangueira que nos oferece centenas de frutos não nos cobra por nenhum deles.
O
riacho não nos requisita valor algum material para bebermos de suas águas
límpidas e saudáveis.
Nem
tão pouco os animais que nos servem o leite, os ovos e sua própria carne para
nos alimentar.
O
exemplo máximo, o sol que doa incessantemente luz e calor para que a vida
floresça e continue na terra.
A
propriedade é uma construção humana necessária aos primeiros estágios da
evolução espiritual, porém inexistente nos mundos felizes, nos mundos
evoluídos.
Saibamos
então oferecer gratuitamente tudo isso, que a natureza e Deus nos fornecem de
forma gratuita.
Entendamos
que o verdadeiro patrimônio espiritual é aquele que realmente conseguimos doar
de nós mesmos, pois, se doamos, já é uma conquista nossa, é algo que pertence
aos nossos espíritos.
A
doutrina da caridade amor é a doutrina que nos permite adquirir patrimônios
verdadeiros, eternos para o nosso ser.
Um
espírito amigo
SE
A CASA FOR DIGNA, DESÇA SOBRE ELA A VOSSA PAZ. MATEUS 10:11-14
Narrativa
evangélica:
11
Em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, procurai saber quem nela é
digno, e hospedai-vos aí até que vos retireis. 12 E, ao entrardes na casa,
saudai-a; 13 se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for
digna, torne para vós a vossa paz. 14 E, se ninguém vos receber, nem ouvir as
vossas palavras, saindo daquela casa ou daquela cidade, sacudi o pó dos vossos
pés. 15 Em verdade vos digo que, no dia do juízo, haverá menos rigor para a
terra de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade.
Comentários
Nesta
passagem Jesus continua instruindo seus apóstolos a sua primeira missão de
divulgar a Boa Nova do amor caridade e
fazer edificar o reino de Deus no íntimo de cada um.
A
virtude que nos torna digno de receber a mensagem evangélica é a humildade
(húmus – terra fértil). Esta virtude nos deixa receptiva a aprender novos
conhecimentos, ao contrário do orgulhoso, que é suficiente a si mesmo.
A
saudação dos discípulos do Mestre visa criar uma sintonia com o bem, é o desejo
sincero de harmonia e fraternidade, preparando o terreno para recepção da
semente da Boa Nova.
A
paz vem do conhecimento e da prática da Doutrina do amor caridade. Os apóstolos
levariam, por meio do seu exemplo vivo, a paz do mestre, mas caberia a cada
casa, família e a cada pessoa, através do trabalho e do amor, se tornarem
dignos para receber a paz de forma permanente.
Sacudir
o pó dos pés é seguir adiante nos seus objetivos nobres de evolução espiritual,
sem guardar mágoa, ressentimento, melindre ou qualquer
escória no cotidiano, em face da que incompreensão daquele que recebeu os discípulos da Boa Nova
com má vontade, sem se contaminar com ela.
O
dia do juízo representa o despertar espiritual que todos conquistarão, mais
cedo ou mais tarde. É a própria consciência individual, onde estão escritas as
leis divinas, que analisa as ações julgando-as de acordo com elas.
A
essência ética desta passagem é a orientação de Jesus para que os discípulos de
sua mensagem não se deixassem abater o ânimo quando não fossem compreendidos,
permanecendo com a mesma paz e integridade moral, aceitando que nem todos estão
preparados ainda para a doutrina do amor caridade.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Mestre Jesus esteja conosco.
Quão
feliz estou eu de comunicar convosco nessa manhã esplendorosa onde o sol inunda
a terra de calor e luz, onde o reino vegetal nos sorri doando suas energias
saudáveis, para que possamos absorvê-las, quando os minerais nos suportam os
pesos absorvendo nossos fluidos densos.
Saudemos
o Criador pela sua magnífica criação.
Como
todas as passagens, as estudadas nesta manhã são de profundo significado para o
nosso ser, mas como não dispomos de tempo para refletir sobre todas elas,
escolhemos uma breve reflexão sobre a paz.
A
paz do Mestre não é a paz do mundo.
A
paz do Mestre é a causa, componente e consequência da felicidade.
A
paz do Mestre é uma paz reflexiva e reativa.
A
sua Doutrina, quando compreendida, nos preenche de uma paz em que aprendemos a
reagir corretamente às adversidades do mundo, às adversidades próprias da
evolução num mundo ainda tão repleto de expiações, provas, violências,
obstáculos, distrações e ilusões.
Ela
nos ensina como devemos reagir ao que acontece conosco.
Se
alguém nervoso se aproxima de nós exaurindo vibrações de ignorância e
violência, espumando palavras coléricas, devemos reagir na paz, emocional,
energética e vibracional, apresentando, então, palavras e gestos pacificadores.
Se
no trânsito, perto de vibrações de impaciência e revolta, devemos ao contrário,
respirar longamente e ser grato àquela oportunidade que Deus nos permite de
exercitar a paciência.
Quando
injustamente caluniados, injustiçados, devemos com harmonia agradecer a Deus a
oportunidade do teste, da humildade, da sublime capacidade de ressignificação,
resignação.
Quantas
oportunidades a vida nos oferece de exercitar a paz reflexiva, a paz reativa.
Esta
paz é uma conquista íntima que como disse antes, é causa, componente e
consequência da felicidade.
Um
Espírito Amigo.
“PORTANTO
SEJAM PRUDENTES COMO AS SERPENTES E INOFENSIVOS COMO AS POMBAS”. MT. X V. 16
Narrativa
evangélica:
16
Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como
as serpentes e inofensivos como as pombas. 17 Acautelai-vos, porém, dos homens;
porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas;
18 E sereis até conduzidos à presença dos governadores, e dos reis, por causa
de mim, para lhes servir de testemunho a eles, e aos gentios. 19 Mas, quando
vos entregarem, não vos dê cuidado como, ou o que haveis de falar, porque
naquela mesma hora vos será ministrado o que haveis de dizer. 20 Porque não
sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós.
Comentários
Continuando
a orientar seus discípulos sobre a missão deles de divulgar a Boa Nova, Jesus
lhes fala das dificuldades que enfrentarão.
Jesus
orienta os discípulos a utilizar o bom senso e a humildade em suas ações,
dizendo que deveríamos ter a prudência da serpente, ou seja, ser cuidadosos com
as pessoas.
Prudentes
como as serpentes e inofensivos como as pombas é a racionalidade de viver no
mundo, mas não como o ele vive, porque nele predomina o capitalismo e
materialismo. Isso não significa sermos alheios ao que nos cerca, ou ainda
sofrermos submissos injustamente.
Jesus
nunca condenou a defesa, mas sim a vingança. Isso é prudência, isso é
mansuetude.
O
Evangelho, que liberta e dá vida nova, é revolucionário e por isso atingirá os
interesses de muitos, provocará perseguição, a divisão e o ódio. Assim deveriam
se preparar para enfrentar as dificuldades, para viverem e sofrerem as
consequências de seus testemunhos como discípulos de Jesus.
Assim,
o Mestre faz uma analogia do cuidado que deveriam ter, pois iam como ovelhas no
meio dos lobos, e que a prudência e a simplicidade deveriam ser uma constante
no trabalho deles.
Podemos
compreender essas orientações, ontem, hoje e sempre, como uma admoestação para,
como discípulos de Jesus, jamais nos deixarmos, conduzir pela prepotência e
orgulho, agir com humildade, prudência e simplicidade.
Jesus
afirma que nada deverão temer e ficar intimidados diante dos governadores e
reis, autoridades do mundo, pois estarão assistidos pelo espírito do Pai que
lhes orientará o que deverão dizer.
Todos nós somos médiuns e receberemos, quando necessário, as intuições
dos espíritos amigos, que nos orientam e protegem.
O
Mestre, então, mais uma vez nos tranquiliza, afirmando que nunca estaremos
sozinhos, que o Pai amoroso, sempre estará presente nas nossas vidas,
auxiliando-nos nas provações, nos nossos testemunhos, provas e expiações.
Segundo
Aristóteles, a prudência (frônises – em grego) é a principal virtude da sua
filosofia ética. Prudência é a sabedoria prática, a capacidade de escolher o
melhor caminho, que para ele, era o caminho do meio, entre os extremos.
Ser
cordato e pacífico, prudente e simples nos nossos pensamentos, palavras, ações,
postura e atitudes, é o ensinamento ético dessa passagem.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Mestre Jesus possa nos acalmar, nos plenificando de conhecimento e da
responsabilidade consequente de forma que saibamos agir e reagir.
Todas
as palavras do Mestre indicam para nós um caminho para a reflexão sobre o que
somos e sobre o que queremos ser.
Na
passagem estudada na manhã de hoje somos induzidos a fazer no contexto da
parábola uma questão íntima: somos nós os lobos ou os cordeiros?
Na
narrativa evangélica o cordeiro representa o ser pacífico que serve ao Pastor,
às leis divinas amorosas, sábias e justas. O ser que é capaz de doar de si
mesmo a lã e a própria carne para o bem alheio.
Já
o lobo representa o ser individualista e de valores instintivos que não deixa
de atacar o próximo com violência e obter deles os seus desejos interiores.
Quem
somos nós na analogia dessas palavras: lobos ou cordeiros?
Somos
capazes de doar de nós mesmos, o nosso tempo e o nosso conhecimento para
alimentar as necessidades afetivas e de atenção do nosso próximo, servindo a
Deus na lei de trabalho, de amor e caridade.
Ou
será que ainda somos os lobos que destroçam nos dentes os outros seres, para
suprir o nosso egoísmo e orgulho?
Prosseguimos
no mundo sem pastor, sem rebanho, sem destino, solidariedade, tristes e
deprimidos. Sem fé e sem esperança.
Temos
que escolher: o que queremos ser? Para então nos orientarmos no sentido que o
Mestre ensinou.
Um
Espírito Amigo
MAS,
AQUELE QUE PERSEVERAR ATÉ O FIM, ESSE SERÁ SALVO MT X, V 21, 23
Narrativa
evangélica:
21-E
o irmão entregará à morte o irmão, e o pai o filho; e os filhos se levantarão
contra os pais, e os matarão. 22- E odiados de todos sereis por causa do meu
nome; mas aquele que perseverar até ao fim será salvo. 23 - Quando, porém, vos
perseguirem numa cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não
acabareis de percorrer as cidades de Israel antes que venha o Filho do homem.
Comentários
Podemos
entender as palavras do Mestre, no contexto cultural de sua época, quando a lei
permitia a morte e a violência, que a Doutrina ensinada por Jesus, geraria
discórdia e conflitos, mesmo dentro da família.
Podemos
entender também, que os conflitos são de ideias. Ideias novas que se levantarão
contra ideais velhas e as substituirão.
Podemos
interpretar no sentido psicológico, que o filho mata o pai, dentro de si mesmo,
fazendo uma reforma íntima, para que surja o novo homem, ou seja, o Filho do
Homem, nas palavras de Jesus.
Porém,
a essência ética, é a perseverança e a salvação. Salvação significando a
evolução espiritual. Evolução contínua, que não tem fim e que proporciona a
felicidade. Perseverar até o fim, significa perseverar sempre. Perseverança é a
virtude que nos permite ultrapassar as dificuldades e obstáculos internos e
externos.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Mestre Nazareno seja o nosso escudo enquanto percorrermos as cidades
de Israel, de Jericó a Jerusalém.
Discordando
do nosso amigo, nas maravilhosas reflexões na manhã de hoje, não seria
necessário apenas um congresso, mas vários, para entendermos completamente um
só versículo dos ensinamentos do Mestre.
Falaríamos
não apenas cinco minutos, mas setenta e sete vezes cinco se dispuséssemos do
tempo para falar das grandiosas e eternas lições do meigo Jesus.
Asseverou
Ele para todos nós, consolando a nossa pequenez, que na casa do Pai existem
diversas moradas e que Ele estaria guardando para nós a morada adequada.
Podemos
entender essas palavras como as cidades espirituais toscamente representadas
pelas cidades materiais que existem sobre a crosta planetária. Da mais evoluída
a mais primitiva.
Sim.
Devemos percorrer essas moradas, interna e externamente, na trilha evolutiva
que cabe a cada um de nós percorrermos.
E
antes ainda, que percorramos todas, o Filho do Homem surgirá dentro de cada um
nós.
O
reino do céu que aguarda dentro dos nossos corações e mentes surgirá em nossos
pensamentos, palavras e ações construindo a nossa própria salvação.
Depende
de cada um de nós perseverar então, até esse surgimento luminoso.
Um
Espírito Amigo.
"o
irmão entregará à morte o irmão, e o pai ao filho; e os filhos se levantarão
contra os pais"... ou quando profetizava: "não vim trazer a paz, mas
a luta, a divisão, a espada" (o que é paradoxal no protótipo da paz, da
mansuetude). É que Jesus conhecia a Humanidade e, portanto, sabia de antemão
que sua Doutrina pelas diferentes interpretações que os homens lhe dariam seria
dividida em mil pedaços, com lutas, divisões, incompreensões e perseguições,
tudo isto por questão de ponto de vista equivocado, preguiça mental e ainda
falta de ação e boa vontade para vencer os paradigma cultuarias, arraigando ao
longo dos tempos, impedido de buscar novos horizontes da verdade.
BASTA
AO DISCÍPULO SER COMO SEU MESTRE MT X, V. 24, 25
Narrativa
evangélica:
24-
O discípulo não está acima de seu mestre, nem o servo, acima do seu senhor.
25-Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu senhor. Se
chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?
Comentários
Como
a evolução é infinita, coloca-nos sempre em condições de aprendizes, mas mesmo
assim, somos mestres, diante daquele que ainda não tem o mesmo entendimento.
Jesus
é o mestre por excelência do planeta Terra. Ele é o modelo mais perfeito que
devemos seguir. Sua doutrina de amor-caridade é o caminho da evolução e
felicidade. Devemos estar satisfeitos se conseguirmos seguir os princípios da
Sua Doutrina.
Não
ser perfeito, mas, buscar melhorar-se dia a dia.
O
verdadeiro mestre é aquele que se tornou senhor de si, ou mestre de si mesmo. O
verdadeiro mestre nunca cria uma simbiose ou relação de dependência com os
discípulos. Pelo contrário, incentiva-os a descobrir a verdade por si mesma, em
liberdade.
Se
o próprio Jesus, não foi reconhecido, foi chamado de “Belzebu”, um ‘deus’
maligno segundo a mitologia Cananéia e Fenícia, os seus discípulos também
enfrentariam o mesmo estigma.
A
ética destes versículos é a da humildade. A virtude que nos permite aprender e
servir sempre. Que nos permite receber ofensas sem que elas nos intimidem. Que
nos permite enfrentar as adversidades sem nos corromper.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Mestre Jesus possa elevá-los a este sentimento tão reconfortante que é
a gratidão.
Como
foi agradável a nós Espíritos sentir convosco a gratidão externada nos momentos finais desta reunião.
A
gratidão é um dos sentimentos necessários para a conquista da felicidade.
Profundos
os versículos estudados na manhã de hoje.
Longe ainda estamos de entender os verdadeiros
significados dos ensinamentos doa Mestre neste momento, tentaremos no entanto,
de forma didática fazer uma analogia para que possamos vislumbrar, mesmo que
toscamente, a complexidade da evolução do intelecto humano.
Imaginemos
que o mestre referido por Jesus seja uma onda eletro magnética de alta
frequência como o vosso raio X, capaz de penetrar e mostrar o interior do corpo
humano, das paredes e casas e que o discípulo seja a mesma onda
eletromagnética, de mesma natureza que o mestre, porém, de frequência menor, de
comprimento de onda mais longo, sem nenhum ou quase nenhum poder de penetração.
O
mestre, ou a onda de frequência elevada com uma capacidade intelecto moral e
afetiva, amorosa, compreende coisas inimaginadas para seu discípulo, a onda de
baixa frequência. Cabendo, então, ao discípulo buscar encontrar em si mesmo o
ânimo, a força de vontade no desenvolvimento das virtudes, no aprimoramento
moral para que a sua frequência se amplie, se eleve para entender e amar como o
Mestre o faz.
Esta
é a orientação do Mestre Jesus sintetizada na máxima “sedes perfeito como o
vosso Pai o é”.
Um
Espírito Amigo.
PORTANTO,
NÃO OS TEMAIS - MT X, V 26, 28
Narrativa
evangélica:
26-Portanto,
não os temais; porque nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto
que não haja de saber-se. 27- O que vos digo em trevas dizei-o em luz; e o que
escutais ao ouvido pregai-o sobre os telhados. 28- E não temais os que matam o
corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no
inferno a alma e o corpo.
Comentários
O
alerta de Jesus aos seus discípulos é para não temerem aqueles que por
desconhecimento das leis divinas tentam impor suas opiniões. Eles não devem
afetar os que já compreenderam os ensinamentos do Mestre no seu ser, agindo no
seu cotidiano coerente com sua fé.
O
que também nós, como seus discípulos, devemos temer, está no nosso íntimo, que
é a nossa imperfeição, o orgulho, egoísmo, preconceito e outras paixões e
vícios morais. E quando não vivenciamos o amor caridade em todas as suas
dimensões: conosco mesmo, na família, no social, dificultando a nossa evolução
espiritual.
O
evangelho veio para ficar. Para orientar a humanidade em qualquer tempo e
lugar. Assim, no início, restritamente, com poucas pessoas e hoje grande
parcela da humanidade tem o privilégio de conhecê-lo devido ao progresso
inexorável.
A luz do Evangelho é uma verdade que se impõe
por si mesma. Podemos nos distanciar ou fugir, ficar nas trevas da ignorância,
visto termos o livre-arbítrio. Contudo, chegará o tempo em que haveremos de nos
voltar para Jesus, isto é, sua doutrina de amor caridade, e aceitar os seus
ensinamentos se quisermos conquistar o reino dos céus, nossa evolução
espiritual.
A essência ética destes versículos é a
coragem baseada na fé raciocinada, nas leis divinas perfeitas e imutáveis,
justas e amorosas. Leis que mais cedo ou mais tarde serão reveladas e
compreendidas por todos. Jesus enfoca o livre arbítrio quando coloca a
responsabilidade no próprio indivíduo pela sua evolução. A única pessoa que
pode nos fazer “perecer no inferno, a alma e o corpo” ou nos livrar dele somos
nós mesmos.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz que o Mestre Jesus nos trouxe, a paz da confiança e da certeza nos
sentidos, nas razões e no objetivo do universo e em tudo que acontece conosco,
seja plenificada dentro de nós, manifestando-se em nossos sentimentos,
pensamentos, ações, atitudes e caráter.
Interpretamos
“os fios de cabelos contados” mencionados no estudo de hoje como sendo os
méritos e deméritos que acumulamos ao longo de milhares de existências. Todos
eles estão contabilizados no divino livro contábil na nossa própria
consciência.
Assim sendo, cada uma das nossas atitudes
representam constituintes do nosso próprio ser e que estamos em constante
processo de construção e reconstrução.
Cabe-nos
confiar e trabalhar.
Confiar
nas leis naturais, na divina providência, na intercessão dos amigos espirituais
que querem o melhor para nós. E trabalhar na conquista dos valores que podem
nos erguer das trevas que herdamos de nós mesmos.
Caminhemos
em direção ao futuro, confiantes de que se somos com Jesus, se somos com as
leis naturais, estamos no caminho correto.
Um
Amigo espiritual.
ATÉ
OS CABELOS DA VOSSA CABEÇA ESTÃO TODOS CONTADOS”- MT X, V 29, 31
29-Não
se vendem dois passarinhos por um ceitil? E nenhum deles cairá em terra sem a
vontade de vosso Pai. 30-E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos
contados. 31-Não temais, pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos.
Comentários
Neste
ensino do Mestre está presente os dois atributos de Deus: a onisciência e a
onipresença, ou seja, Ele sabe tudo, tudo vê, pois foi Ele que criou tudo que
existe e que rege as leis morais e da natureza.
A
sua onipresença se manifesta em nossa vida em tudo aquilo que necessitamos.
Nunca devemos nos sentir abandonados por Ele.
Portanto
não nos enganemos, pois o Creador nos conhece no mais íntimo dos nossos
sentimentos, por isto não adiantaria mudar provisoriamente nossas atitudes por
breves momentos, na esperança de receber alívio, sem o real merecimento ou
necessidade, que Ele sabe.
“... E
nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai”, parece-nos à
primeira vista, uma colocação
determinista. Mas quando analisamos que a “vontade de Deus” quer dizer,
suas Leis, justas e misericordiosas, compreendemos que é simplesmente o
cumprimento destas leis.
Tudo
no universo obedece às Leis Divinas, desde o micro até o macro cosmo.
Assim
nesta vida, para além dela e anterior a ela, sempre podemos contar com a
suprema bondade de Deus que nada nos deixa faltar, nos acolhendo com o seu
amor. Seja em nossas necessidades
materiais ou espirituais.
O
ensino ético é as consequências morais de uma certeza na onipresença e onipotência
do Pai, que é soberanamente justo e bom que age por meio de suas leis naturais,
físicas e morais. Esta compreensão nos leva a confiança e a paz, na certeza que
existe um sentido para o universo e para a nossa existência.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Mestre Senhor possa ser aquela que elimina do nosso coração todo
temor.
Sem
dúvidas concordamos com os excelentes estudos e reflexões na manhã ensolarada
do dia de hoje, onde se concluiu que só devemos temer a nós mesmos:
-
a nossa fraqueza moral,
-
a displicência com os valores
verdadeiros e do ser;
-
a ignorância em relação aos verdadeiros sentidos da vida, do Espírito;
-
a preguiça com relação ao trabalho constante que devemos fazer em prol da nossa
própria evolução;
-
a apatia em relação ao próximo que sofre ao nosso lado;
-
a insensibilidade com os problemas sociais no mundo atual.
Mas
gostaríamos de comentar na manhã de hoje, a pequena fala do Mestre quando
afirma: o que Ele ensinou nas trevas, devemos ensinar na luz.
O
Mestre ensinou há mais de dois mil anos atrás, quando o planeta terra ainda
estava envolvido em trevas da ignorância.
E
hoje, devemos ensinar a sua mensagem em plena luz do dia. Porque hoje, já
resplandece no planeta a luz da tecnologia, a luz do conhecimento das várias
ciências, o conhecimento a respeito da vastidão do universo, das origens
geológicas do planeta, das leis
biológicas da vida material, das mais profundas reflexões filosóficas.
Diante
de tudo isso, é necessário, mais ainda, ensinar a Doutrina do amor caridade.
Reconheçamos
a nossa necessidade, que mesmo na luz de conhecimentos diversos, continuamos
ainda, muitas vezes, em trevas íntimas.
Um
Espírito Amigo.
CONFESSAR
DIANTE DOS HOMENS, EU O CONFESSAREI DIANTE DE MEU PAI ... - MT X, V 32, 33
Narrativa
evangélica:
32-
Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante
de meu Pai, que está nos céus. 33- Mas qualquer que me negar diante dos homens,
eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus.
Comentários
O
discípulo deve dar testemunho de sua fé, através de palavras e, sobretudo, de
atos. Nosso mérito não é pelo status social ou bens que possuímos, mas pelo
esforço em superar nossas imperfeições e praticar os ensinamentos do Mestre.
A
morada de Deus é a nossa própria consciência, e é dado a cada ser o direito de
escolher o seu próprio caminho. Assim lhe será cobrado individualmente e
singularmente, de acordo com suas escolhas sem a necessidade de ser
“confessado” por quem quer que seja.
Confessar-se
cristão naquela época, seria colocar a própria vida em eminente risco.
Confessar-se cristão, hoje, não mais se arrisca a vida biológica, mas,
arrisca-se a vida social, entretanto, ainda, depende da coragem advinda de uma
fé verdadeira e raciocinada.
A
sociedade contemporânea, consumista e capitalista, ainda não consegue aceitar
atitudes cristãs, espiritualistas e humanistas, no seu verdadeiro ensejo.
Confessar-se
ou afirmar-se cristão é cultivar e adubar uma semente já existente no coração,
viver de acordo com os ensinamentos do Mestre irá transformá-la em uma flor de
luz, que pertence ao jardim, iluminado e cuidado por Jesus. E com esse brilho,
iluminar o caminho daqueles que ainda se encontram nas trevas da ignorância e
paixões humanas, buscando a luz da razão e do conhecimento.
Negar
Cristo, não é negar sua pessoa, mas deliberadamente atrasar a própria
felicidade. Vivendo na escuridão da ignorância, cultivando apenas paixões e
prazeres, que mantém o ser paralisado em sua senda evolutiva, afundado em uma
inatividade espiritual.
A
ética destes versículos é a da coerência dos pensamentos, palavras e atos; e a
fidelidade deles com os valores universais da vida.
Mensagem
Espiritual
Que
a paz do Mestre Jesus possa ser o alimento espiritual que nos sustente no
esforço produtivo que devemos fazer diariamente na transformação do nosso
íntimo e dos sentimentos.
É
uma alegria, novamente poder reunir convosco para juntos exercitarmos os dons
do Espírito, no intercâmbio constante do mundo espiritual e do material.
Gostaríamos
de expor nossas ideias a respeito do versículo estudado na manhã de hoje, do
que representa negar Jesus.
Negamos
Jesus com relação aos nossos sentimentos quando:
-
não perdoamos aquele que nos magoou;
-
cultivamos em nossos corações, ressentimentos e mágoas;
-
vibramos sentimentos de ódio, de violência;
-
deixamos criar em nós sentimentos de revolta;
-
não permitimos que surjam sentimentos de gratidão, afabilidade, solidariedade.
Negamos
Jesus com relação às palavras quando:
-
nosso verbo não é acolhedor;
-
não consolamos;
-
não dizemos palavras que socorrem, auxiliam e ajudam;
-
nossas palavras são violências verbais;
-
usamos nomes impróprios, ofendemos e magoamos por meio destes.
Negamos
Jesus em nossos atos quando:
-
demasiadamente apressados não damos o carinho necessário ao próximo;
-
não olhamos em seus olhos;
-
não o abraçamos carinhosa e afetivamente;
-
não dividimos com ele nosso tempo e o nosso amor.
Negamos
Jesus com nossas atitudes quando agimos violentamente, descaridosamente.
Mas
ao encontrar Jesus, confessamos diante do mundo que somos verdadeiramente
espíritas e cristãos, quando vibramos
sentimentos de amor e caridade, quando nossas palavras espelham estes
sentimentos, gestos e atitudes confirmam a nossa adesão à doutrina do amor
ensinada pelo Mestre.
Um
Espírito Amigo
NÃO
VIM TRAZER PAZ, MAS ESPADA; - MT X, V 34, 37
34-Não
cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada; 35-Porque
eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a
nora contra sua sogra; 36-E assim os inimigos do homem serão os seus
familiares. 37-Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e
quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.
Comentários
O
"novo", quando fundamentado na lógica e na razão, fere interesses
pessoais. Isso acontece na Ciência, na Filosofia e, também, na Religião. Por isso a importância da nova ideia é
proporcional à resistência encontrada.
Ao
fazer aquela afirmativa “não vim trazer paz, mas espada”, Ele falava, em tom
profético, das desavenças de crenças até no seio das famílias, pois com o correr
do tempo várias ramificações foram surgindo no Cristianismo e hoje ele está
dividido em muitas religiões e seitas, existindo em uma única família várias
opiniões diferentes, chegando a brigarem entre si, por considerar, cada um, que
à sua religião é a certa, e a levantar a espada da discórdia, permanecendo na
escuridão do orgulho e do fanatismo. Isso porque não compreenderam as palavras
de Jesus, na maioria velada por alegorias e expressões figuradas.
A
espada referida por Jesus, não seria utilizada pelos adeptos da Doutrina, mas
por aqueles que a ela se oporiam, separando-os de tudo quanto amassem e que
usariam seu nome, inclusive, como pretextos para as guerras e disputas.
O
ensino de Jesus sempre será reconhecido como a espada renovadora com a qual
deve o homem lutar consigo mesmo, contra suas inferioridades, extirpando os
velhos inimigos de seu coração, dirigidos pela ignorância, vaidade, pelo
egoísmo e orgulho. (Gilmar A. Barbosa)
A
espada é um instrumento de luta usada desde a mais remota história. Usada pelo
homem para fazer o mal ao outro, mas também instrumento usado para propósito de
liberdade de um povo.
Por
meio de revoluções de ideias, geralmente liderados por um personagem de cunho
ideológico, que seguidos, levaram seres a combater corpos com corpos,
livrando-se da opressão e escravidão que os faziam sofrer.
A
espada também sempre foi usada como símbolo de fidelidade, honra, coragem e
bravura, fazendo de exemplo quem a manejava com maestria a todas as virtudes
acima.
A
espada manejada por Cristo pode aqui ser representada pelo seu Evangelho. Não
mais por meios revolucionários ideológicos, mas por meios evolucionários
filosóficos.
Não
se trava luta com corpos, mas sim com almas, e a mais árdua delas é travada na
própria alma. A maior diferença entre essas espadas está em quem as maneja e
quem nos exemplifica, pois este é dotado de uma força moral capaz de levar a
luta para campos onde não se derrama sangue, mas sim lágrimas, sendo a primeira
delas, pela dor do arrependimento, seguida pela do alívio do entendimento, e
finalmente pela alegria e felicidade conseguidas pela edificação do próprio
esforço no bem.
Uma
luta que não se trava pela liberdade, mas sim pela libertação, não de um povo,
mas sim de todos os povos, não de uma vida, mas para todas as vidas (Eli E.
Oliveira).
A
essência ética destes versículos é que a evolução pessoal não é feita sem
conflitos. A paz não é passividade diante dos erros do mundo. A paz de Jesus é
a luta constante na melhoria contínua em direção à perfeição.
Mensagem
Espiritual
Que a espada do nosso amado Mestre
Jesus possa decepar dos nossos corações todos os galhos que não produzem bons frutos, todas as ervas daninhas que
impedem o trigo de crescer, toda parte danificada e doente que contamina a
parte sadia e produtiva.
A espada do Mestre não é a espada
do mundo.
A
espada do mundo corta a carne, enquanto que a espada de Jesus extirpa de nós as
doenças espirituais, as chagas morais, a ausência de luz.
Sua
doutrina de amor limpa nossos corações do ódio, da mágoa, ressentimento e o
azedume da revolta.
Enquanto
que a espada do mundo é violenta, causa dor e separação, a espada de Jesus
convoca-nos à evolução e à luz, porque toda dor e separação são transitórios.
Enquanto
que a espada do mundo é utilizada nas revoluções e guerras com objetivos
econômicos e de poder, a espada de Jesus tem que ser utilizada para a evolução
planetária e individual.
A
espada do mundo é o grande símbolo dos vencedores; enquanto que a espada de
Cristo, a sua cruz, é o símbolo do perdedor aos olhos do mundo, que é o
vencedor de si mesmo, que reina no mundo espiritual.
Se
a espada do mundo é material, a de Jesus é consciencial.
É
a espada que devemos utilizar para eliminar o mal que ainda permanece dentro de
nós na libertação dos nossos erros, na conquista da soberania sobre nossos
corpos, na construção do futuro que desejamos.
Um
Espírito Amigo
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