Gabriel Delanne
Tradução de Carlos Imbassahy publicada pela Federação
Espírita Brasileira
ÍNDICE
Acaso 13
Agêneres 5a
Alma 3, 4, 23, 24, 154, 156, 174
Animais 2c, 2d, 2e, 2f , 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55,
56, 58, 61, 71, 164
Animismo 90, 91
Aparições 1g, 25, 27, 28, 29, 30, 31, 74
Aptidões
inatas 141
Bíblia
e reencarnação 1e, 14, 15, 16
Bola de cristal 89
Cérebro
humano 50
Clarividência 21, 129, 133, 142, 162
Comunicações
durante a gestação 150
Corpo
espiritual 1a, 1h, 2b, 2g, 3e, 3f , 3g, 5b, 4, 22, 23, 24, 35,
37, 38, 39, 41, 42, 44, 45, 73, 74, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98, 156, 157, 160,
161, 163, 168
Corpo
fluídico 1a, 1h, 2b, 2g, 3e, 3f , 3g, 5b, 4, 22, 23, 24, 35,
37, 38, 39, 41, 42, 44, 45, 73, 74, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98, 156, 157, 160,
161, 163, 168
Crianças
prodígios 4b, 5e, 117, 118, 119, 120,
171, 172
Criptomnesia 3d, 90, 91
Desencarnação e morte 99, 175
Ecmenesia 80
Ectoplasma 27
Ectoplasmia 5a, 30, 31, 33, 34, 36, 100, 158, 159, 160
Egoísmo 184, 186
Esquecimento
do passado 5f , 165, 177
Evolução
espiritual 2a, 2c, 5b, 18, 39, 40, 43,
44, 47, 48, 50, 71, 154, 163, 182
Existências
futuras 4g, 21, 145, 147, 153
Expiação
e provas 5g, 178, 179, 186, 188
Faculdades
supranormais em animais 58, 59, 60, 70,
162
Falsa
memória 121, 122, 125
Fatalidade 13
Fenômeno anímico 90, 91
Finalidade
da reencarnação 5h, 181, 187, 188
Fotografia
de espíritos 28
Frederico
Figner 34
Funções
do perispírito 2b, 2g, 73, 74, 93, 157,
160, 161, 168
Hereditariedade 4a, 5d, 115, 116, 140, 141, 169, 170
Ideoplastia 68, 69, 169
Imortalidade 156
Inteligência
nos animais 2e, 51, 52, 53, 54, 55, 56,
58, 164
Katie
King 29, 32
Materialização
de animais 65, 66, 67, 70
Materialização
de espíritos 5a, 30, 31, 33, 34, 36,
100, 158, 159, 160
Médiuns
e mediunidade 26, 108
Memória 2g, 2h, 3c, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79,
83, 87, 88, 92, 98, 102, 111, 112, 161
Memória
falsa 121, 122, 125
Meninos
prodígios 4b, 5e, 117, 118, 119, 120,
171, 172
Metapsíquica
animal 58, 59, 60, 70, 162
Morte e desencarnação 99, 175
Palingenesia 1c, 1d, 1e,
8, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 187
Paramnesia 121, 122, 125
Pensamento 155
Perispírito 1a, 1h, 2b, 2g, 3e, 3f , 3g, 5b, 4, 22, 23, 24, 35,
37, 38, 39, 41, 42, 44, 45, 73, 74, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98, 156, 157, 160,
161, 163, 168
Perispírito em animais 61, 62, 64, 65, 66, 67, 70, 164
Perturbação da alma após a
morte 99, 175
Pesquisa
sobre a inteligência dos animais 2e, 51,
52, 55
Previsão
do futuro 21
Princípio
inteligente e sua evolução 2a, 18, 39,
40, 43, 44, 47, 48, 154
Progresso 180, 181, 182, 183, 184, 185, 186, 188
Provas
da existência da alma 3, 154, 156
Provas
da existência do perispírito 3g, 97
Provas
e expiação 5g, 178, 179, 186, 188
Psicometria 4d, 128
Recordações
do passado 3b, 3g, 3h, 77, 78, 80, 83,
87, 101, 102, 109, 111, 114
Reencarnação 1b, 4e, 4g, 5h, 5, 6, 7, 8, 9, 14, 15, 16,
17, 19, 107, 131, 133, 136, 144, 150, 151, 167, 171, 172, 176, 180, 181, 183,
187, 188
Reencarnação
na Bíblia 1e, 14, 15, 16
Regressão de memória 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 89, 102, 103,
104, 105, 106, 113, 114, 166
Reminiscências
do passado 4c, 4f , 121, 123, 124, 125, 126,
129, 130, 132, 134, 137, 138, 139, 173
Rolf, o
cão que sabia calcular 2e, 55, 57
Sábios
que se dedicaram ao Espiritismo 2, 20,
36
Sessões
experimentais 26
Sistema
nervoso e perispírito 3e, 94, 95
Situação da alma após a
morte 99, 175
Sonambulismo 79, 109, 110, 111
Telepatia 21, 59, 60, 70, 155, 162
Vibrações 95, 96, 102, 112, 113
N.R.: Para a utilização do índice,
pedimos observar o seguinte:
I - A expressão “3e” quer
referir-se à questão E da 3a reunião.
II - O número “21” refere-se ao item 21
constante do texto-base desta apostila.
A
REENCARNAÇÃO
Gabriel Delanne
Tradução de Carlos Imbassahy publicada pela Federação
Espírita Brasileira
1a
Reunião
Objeto
do estudo: Introdução e Capítulos I e II.
Questões para debate
A. Para que serve o
perispírito? (Introdução, pág. 14, e cap.
II, págs. 58 e 59. Ver itens 4 e 37 do
texto abaixo.)
B. Que espécies de provas da
reencarnação existem? (Introdução, pág. 16. Ver
itens 6 e 7 do texto abaixo.)
C. Que significa
Palingenesia e qual a sua origem? (Cap. I, pág. 17. Ver item 8 do texto abaixo.)
D. Que filósofos da
Antigüidade ensinavam a reencarnação? (Cap. I, págs. 18 a 21. Ver itens 10 a
13 do texto abaixo.)
E. A idéia das vidas
sucessivas está presente nas Escrituras? (Cap. I, págs. 22 a 24. Ver itens 14 a
17 do texto abaixo.)
F. Que é que as fotografias
dos fantasmas revelaram? (Cap. II, págs. 44 e 53. Ver itens 28 e 35 do texto abaixo.)
G. Que é que Charles Richet
e William Crookes detectaram nas aparições?
(Cap.
II, págs. 45 a 49. Ver itens 29 a 32 do texto abaixo.)
H. Existe algo semelhante ao
perispírito nos seres inferiores da criação? (Cap. II, págs. 58 a 62. Ver itens 37 a
39 do texto abaixo.)
Texto para
consulta
1.
As concepções de céu e inferno caducaram, pois não se compreende a eternidade
do sofrimento como punição de uma existência, que, comparada à imensidade do
tempo, é menos de um segundo. (PÁG. 12)
2.
Sábios ilustres como Crookes, Wallace, Myers, Oliver Lodge, Lombroso aceitam,
plenamente, para explicar os mesmos fatos a teoria espirítica, a única que a
eles se poderá adaptar. (PÁG. 13)
3.
Prova-se que a alma existe antes do nascimento por argumentos filosóficos e
pelas observações científicas. (PÁG. 14)
5.
Há vinte anos a reencarnação vem sendo admitida por grande número de Espíritos
na Inglaterra e nos EUA, e daí concluímos que essa teoria teria sido, até
então, posta de lado pelos Guias espirituais, para não chocar rudemente as
crenças antigas e entravar assim o desenvolvimento do Espiritismo. (PÁGS. 15 e 16)
6.
Nas comunicações espiríticas temos duas espécies de provas da reencarnação: 1a)
as que provêm de Espíritos que afirmam lembrar-se de suas vidas anteriores; 2a)
aquelas nas quais os Espíritos anunciam quais serão suas futuras reencarnações
aqui. (PÁG. 16)
7.
Há, ainda, duas séries de provas concernentes às vidas sucessivas: as fornecidas
pelos homens que se lembram de ter vivido na Terra e as decorrentes da
existência dos meninos prodígios. Como a hereditariedade psíquica é
inadmissível, a reencarnação é a única explicação lógica das anomalias aparentes.
(PÁG. 16)
9. O
livro dos Vedas (Bagavat Gitá) afirma
textualmente: "Assim como se deixam as vestes gastas para
usar vestes novas, também a alma deixa o corpo usado para
revestir novos corpos". (PÁG. 18)
10.
Foi Pitágoras quem introduziu na Grécia a doutrina das vidas sucessivas, que
ele aprendera no Egito e na Pérsia. (PÁG. 18)
11.
Platão adotou a idéia pitagórica da Palingenesia. Segundo Platão,
"aprender é recordar". (PÁG. 20)
13. Jâmblico afirma não haver
acaso nem fatalidade, mas uma justiça inflexível que regula a existência de
todos os seres. Se alguns se vêem em meio a aflições, não é em virtude de uma
decisão arbitrária da Divindade, mas conseqüência inelutável das faltas anteriores.
(PÁG. 21)
14.
Entre os hebreus a idéia das vidas anteriores era geralmente admitida, embora
apareça de maneira velada nas Escrituras, como se vê em Isaías (24:19) e Job
(14:10 e 14). (PÁG. 22)
15.
Nos Evangelhos a idéia dos renascimentos é mais explícita. Os judeus
acreditavam na volta de Elias, e Jesus mesmo afirmou: "Elias já veio e não
o reconheceram". (PÁG. 22)
16. O
diálogo com Nicodemos contém a célebre lição de Jesus: "Em verdade, em
verdade vos digo, ninguém verá o reino de Deus, sem nascer de novo". (PÁG. 23)
17.
São Jerônimo diz que a Palingenesia foi ensinada por muito tempo como uma
verdade esotérica e tradicional. Orígenes a admitia como uma necessidade lógica
para a compreensão da Bíblia. (PÁG. 24)
18.
Leibnitz entende que o princípio inteligente, sob forma de mônada, pôde
desenvolver-se na seqüência animal. Dupont de Nemours, como Leibnitz, supõe que
o princípio inteligente passa por todos os organismos vivos antes de chegar à
Humanidade.
(PÁG. 26)
19. Foi
em 1857 que Allan Kardec publicou "O Livro dos Espíritos", no qual
expõe todas as razões filosóficas que o conduziram à admissão da teoria das
vidas sucessivas, e é a ele, principalmente, que se deve a propaganda dessa
grande verdade nos países de língua latina. (PÁG. 28)
20.
Dr. Gustave Geley bem como outros cientistas (Dr. Maxwell, Dr. Moutin, De
Rochas, Lancelin, Carreras e Prof. Tummolo) afirmaram sua convicção na doutrina
das vidas sucessivas. (PÁG. 29)
21.
Graças à Sociedade Inglesa de Pesquisas Psíquicas, foi estabelecido que a
telepatia é uma realidade indiscutível, que a clarividência é bem real e que a
previsão do futuro já foi muitas vezes averiguada. (PÁG. 32)
22.
O corpo fluídico da alma, o perispírito, foi suspeitado em todas as épocas: os
hindus lhe chamavam Linga Sharira; os
hebreus, Néphesph; os egípcios, Ka ou Bai; os gregos, Ochéma;
Pitágoras, o carro sutil da alma ou Eidolon; o filósofo Cudworth, o mediador plástico; e os ocultistas, corpo astral. (PÁG. 33)
24.
Ressalta da observação e da experiência que o indivíduo humano é capaz, em
circunstâncias especiais, de separar-se em duas partes: de uma, vê-se o corpo
físico, geralmente inerte, mergulhado em sono profundo, e de outra, um segundo
corpo, duplicata absoluta do primeiro, que age ao longe. (PÁG. 38)
25.
Depois da morte, produzem-se fatos absolutamente semelhantes: as aparições dos
defuntos têm caracteres idênticos às dos fantasmas dos vivos. Delanne explica,
nesta obra, como podemos saber se não se trata de alucinação. (PÁGS. 39 e 40)
26.
Os espiritistas foram os primeiros a
organizar sessões experimentais, em determinados lugares e em
dias escolhidos. (PÁG. 42)
27.
O Prof. Richet, em seu "Tratado de Metapsíquica", batiza o fantasma
com o nome de ectoplasma, que não seria mais que um fenômeno de ideoplastia da
matéria exteriorizada pelo médium. Delanne critica essa idéia. (PÁG. 43)
28.
Nota-se pelas fotografias dos fantasmas que eles têm formas reais e possuem,
durante a materialização, todos os caracteres dos seres vivos. (PÁG. 44)
29.
William Crookes diz que Katie King (o Espírito materializado) era mais alta que
Florence Cook (a médium). As orelhas de Katie não são furadas; Florence usa
brincos. Katie é muito branca; Florence é muito morena. (PÁG. 45)
30.
Tanto Crookes quanto Charles Richet cortaram e conservaram os cabelos de uma
aparição materializada. (PÁG. 47)
31. Crookes afirma que a
aparição possui coração e pulmões. Mas, o mecanismo fisiológico de Katie King é
diferente do da Srta. Cook. Richet comprovou que a forma materializada possui
circulação, calor próprio e músculos, e exala ácido carbônico. (PÁG. 48)
32.
Diz Crookes que Katie, na sua última entrevista, entrou com ele no gabinete da
médium e, inclinando-se sobre esta, tocou-a, dizendo: "Acorde, Florence.
É preciso que eu a deixe agora". A Srta. Cook acordou e, banhada em
lágrimas, suplicou a Katie que ficasse. (PÁG. 49)
33.
No livro "O Trabalho dos Mortos", Dr. Nogueira de Faria diz que
muitas vezes a médium Sra. Prado ficava fechada numa gaiola e os Espíritos se
materializavam do lado de fora. (PÁG. 53)
34.
Frederico Figner viu por várias vezes sua filha Raquel materializada, nas
sessões com a Sra. Prado, realizadas em Belém do Pará. (PÁG. 53)
35.
O corpo fluídico é semelhante, em todos os pontos, e mesmo, anatomicamente,
idêntico ao corpo físico. É um ser de três dimensões, com morfologia terrestre.
(PÁG. 53)
36.
Crookes não foi o único a auscultar fantasmas materializados. Dr. Hitchman,
antropólogo de Liverpool, também foi favorecido. O banqueiro Livermore reviu
sua companheira Estela. Lombroso viu sua mãe. (PÁG.
55)
37.
O perispírito é o organizador ao qual a matéria obedece; é a realização física
da "idéia diretora", que Claude Bernard assinala como a verdadeira
característica da vida; e é, ainda, o desenho vital que cada um de nós realiza
e conserva durante toda a existência. (PÁGS. 58 e
59)
38.
O ser que nasce reproduz, durante a vida fetal, todas as formas mais simples
que o precederam em seus ascendentes. O embrião é um testemunho irrecusável de
nossas origens. (PÁG. 61)
39.
Uma vez que o perispírito organiza a matéria, e como esta ressuscita das formas
desaparecidas, é lógico concluir que ele conserva traços desse pretérito e que
ele mesmo, o perispírito, evolveu através de estádios inferiores, antes de
chegar ao ponto mais elevado da evolução. O princípio inteligente teria, pois,
subido lentamente os degraus da série imensa dos seres, antes de desabrochar na
Humanidade. (PÁG.
62)
2a
Reunião
Objeto
do estudo: Capítulos III a VI.
Questões para debate
A. Como o princípio
inteligente se individualiza? (Cap. III, págs. 64 a 70. Ver itens 40 a 44 do texto abaixo.)
B. Que é que dá aos tecidos
vivos sua especialidade? (Cap. III, págs. 67 e 68. Ver item 42 do texto abaixo.)
C. Qual é, dentre os
vertebrados, o ser menos desenvolvido? (Cap. III, págs. 71 a 73. Ver itens 47 a
50 do texto abaixo.)
D. Quem foi o pioneiro nas
pesquisas sobre a existência de sinais de inteligência em animais? (Cap. IV, págs. 75 a 81. Ver itens 51 a 54 do texto abaixo.)
E. Que habilidades
desenvolveu o cão Rolf? (Cap. IV, págs. 81 a 87. Ver itens 55 a 57 do texto abaixo.)
F. Os animais possuem
faculdades supranormais? (Cap. V, págs. 91 a 117. Ver itens
58 a 71
do texto abaixo.)
G. Onde reside a nossa
memória? (Cap. VI, págs. 119 e 120. Ver itens 72 a 74 do texto abaixo.)
H. Que condições são
necessárias, segundo Ribot, para que uma sensação fique registrada em nós? (Cap. VI, págs. 121 a
123. Ver itens 75 a
78 do texto abaixo.)
Texto para
consulta
40.
Kardec, em "A Gênese", aceita perfeitamente a tese da evolução
anímica exposta nesta obra por Delanne. O princípio inteligente
individualiza-se, passando pelos diversos graus da espiritualidade: é aí que a
alma se ensaia para a vida. (PÁG. 64)
41.
As propriedades do perispírito não podem ser adquiridas senão por uma longa
série de encarnações terrestres, pois o perispírito organiza seu corpo físico
segundo as leis particulares do nosso planeta. (PÁG.
65)
42.
Le Dantec entende que a "substância cão" pode viver na
"substância homem" e aí se adaptar perfeitamente. Eis de novo a
noção de perispírito: é o terreno, no corpo do animal, que dá aos tecidos vivos
sua especialidade. Uma artéria pode ser enxertada em outro corpo e aí gozar o
papel de veia. Há pois um plano orgânico, e a matéria viva lhe obedece, no
sentido de que ela transforma sua função caso lhe imponham viver em outro
lugar. As experiências do Dr. Alexis Carrel comprovaram esse pensamento. (PÁGS. 67 e 68)
43.
Lamarck e Darwin imaginaram teorias sedutoras para explicar a mutação dos
seres. Mas, a verdadeira causa da evolução deve ser procurada nos esforços que
o princípio inteligente tem feito para se ir desprendendo das faixas da
matéria. (PÁG. 69)
46.
Em 1898, Stanoiewitch apresentou à Academia de Ciências desenhos tomados ao
natural que mostram que os tecidos são formados segundo linhas de força nitidamente
visíveis. (PÁG. 70)
47.
Nos organismos inferiores, o princípio anímico só existe em estado impessoal
difuso, pois o sistema nervoso não está diferenciado. (PÁG. 71)
48.
À medida que o sistema nervoso adquire mais importância, as manifestações
instintivas variam e apresentam complexidade maior. (PÁG. 71)
49.
Nos vertebrados, tomando por base o desenvolvimento do sistema nervoso e mais
particularmente do cérebro, como "criterium" da inteligência,
veremos, segundo Leuret, que o encéfalo está em relação ao peso do corpo: nos
peixes como 1 está para 5.668, nos répteis como 1 para 1.321, nos pássaros como
1 para 212, nos mamíferos como 1 para 186. (PÁG. 72)
50.
O cérebro humano é tão desenvolvido, que nenhum ser pode ser comparado a nós;
mas é sobretudo pelas circunvoluções que o cérebro humano difere do cérebro
dos outros vertebrados. (PÁG. 73)
51.
Em 1912 ficaram conhecidas em Paris as experiências do Sr. Krall, negociante
de Elberfeld, que mostraram que seus
cavalos Muhamed e Zarif, por meio de um alfabeto convencional, podiam entreter-se com
seu mestre e executar cálculos complicados,
inclusive extração de raízes cúbicas. (PÁG. 75)
52.
Krall não foi, porém, o pioneiro nessas pesquisas: o precursor foi Wilhelm Von
Osten, que desde 1890 percebeu no cavalo Hans sinais de inteligência; pouco
depois, ele contava, fazia cálculos e lia. (PÁG. 76)
53.
Estando Hans velho e fatigado, decidiu Krall procurar Muhamed e Zarif. Treze
dias depois da primeira lição, Muhamed executava pequenas adições e subtrações.
Mais tarde, compreendia o francês e o alemão e podia extrair raízes quadradas e
cúbicas. (PÁG. 77)
54.
Os fatos parecem estabelecer, assim, que o cavalo é realmente inteligente,
raciocina e está mais próximo do homem do que supomos. (PÁG. 81)
55.
Rolf, um cão de pêlo vermelho, tinha 3 anos, quando sua inteligência chamou a
atenção de Duchâtel, membro da Sociedade Psíquica de Paris: ele também conhecia
as letras do alfabeto e fazia cálculos. (PÁGS. 81 e
82)
56.
Dr. Bérillon asseverou que os animais, cujo sistema nervoso apresenta como o do
homem tanta analogia de estrutura e de morfologia, não são despidos de
consciência, de inteligência e de raciocínio. Esforços de amestramento e
educação, idênticos aos que se aplicam no ensino às crianças, dariam,
seguramente, resultados inesperados. (PÁG. 84)
57.
Lola, filha de Rolf, era tão desenvolvida intelectualmente como o pai e, como
ele, capaz de enunciar pensamentos e discernir. (PÁG.
87)
58.
As faculdades supranormais nos animais só podem ser verificadas pela observação,
e Bozzano se refere a isso através de certo número de narrativas publicadas nos
"Anais das Ciências Psíquicas", de agosto de 1905. (PÁG. 91)
59.
Carrington narra um caso provável de clarividência, em que o fantasma de um cão
é visto por um gato. (PÁG. 97)
60.
Bozzano menciona um fato em que um fantasma de um homem manifesta-se a duas
pessoas e é visto também por um cão. (PÁG. 100)
61.
O conjunto dos fatos parece estabelecer, assim, que a individualidade pensante
de nossos irmãos inferiores está ligada, também, a uma forma indestrutível,
que é seu corpo espiritual. (PÁG. 103)
63.
Delanne comenta: Se a aparição se deu no momento da morte do animal, a visão
pode ser atribuída à telepatia; mas se o fenômeno ocorreu algum tempo depois, é
que o fantasma foi percebido por clarividência. (PÁGS.
104 e 105)
64.
O Sr. Peters conta, na "Light", ter sido visitado todas as tardes
pelo fantasma do gato da proprietária da casa em que convalescia. (PÁG. 105)
65.
O General Thompson descreve a materialização póstuma de um cão, a 106 milhas da cidade em
que morrera.
(PÁG. 109)
66.
As materializações de formas animais não são raras com Frank Kluski, de
Varsóvia, onde até um ser bizarro, chamado "o Pitecantropo", se
manifestou, lambendo as mãos dos assistentes como faria um cão. (PÁG. 113)
67.
Em 1922, Dr. Gustave Geley verificou em Varsóvia, com o médium Kluski,
materializações de cães. (PÁG. 114)
68.
Em 1904, Delanne reuniu grande número de exemplos, dos quais
resulta que, em conseqüência de
emoções violentas, mulheres grávidas imprimem no
corpo da criança as imagens que as impressionaram vivamente. (PÁG. 114)
69.
Até com gatas esse fenômeno, chamado de ideoplastia, já pôde ser verificado. (PÁG. 115)
70.
Bozzano publicou em agosto de 1905 uma classificação dos fatos de Metapsíquica
animal, citando dezenas de casos, o que nos leva à conclusão de que: I -
existem comunicações telepáticas entre o homem e os animais domésticos. II - os
animais apresentam fenômenos de clarividência e de pressentimentos. III -
possuem eles uma forma fluídica que lhes permite desdobrar-se. IV – essa forma
fluídica, ou perispírito, persiste depois da morte e pode materializar-se. (PÁGS. 116 e 117)
71.
É impossível negar que existe entre os animais superiores e nós verdadeiro
parentesco intelectual; a identidade do princípio pensante entre eles e nós
parece inegável. (PÁG. 117)
73.
Tudo o que age sobre nós, grava-se no perispírito de maneira indelével; essa
conservação não reside, como ensina a Psicologia, nos centros nervosos, mas no
corpo fluídico imperecível que é inseparável do Espírito. (PÁG. 120)
75.
Ribot ensina que a memória compreende: a conservação de certos estados, sua
reprodução, sua localização no passado. (PÁG. 121)
76.
Para que uma sensação fique registrada em nós, duas condições são necessárias:
a intensidade e a duração. Mas é preciso, ainda, fazer
intervir a atenção, para que uma
sensação se torne consciente. Se somos absorvidos por um trabalho interessante,
não ouviremos o pêndulo a nosso lado. (PÁG. 123)
77. É
curioso, porém, observar, que as sensações despercebidas pelo
"eu" normal podem reaparecer, colocando-se o paciente em sono
magnético. (PÁG. 123)
78.
Não são apenas as lembranças do estado de vigília que o sonambulismo reconstitui,
mas também as dos estados sonambúlicos anteriores, de modo que parece existir
em nós duas espécies de lembranças que se ignoram. (PÁG. 123)
3a
Reunião
Objeto
do estudo: Capítulos VI e VII.
Questões para debate
A. Existe alguma ligação
entre os estados psíquicos e físicos de uma pessoa? (Cap. VI, págs.
128 e 129. Ver itens 83 e 84 do texto abaixo.)
B. A sugestão hipnótica é o
único processo que permite a lembrança do passado? (Cap. VI, págs.
126 a
128, 132 a
134. Ver itens 81, 82, 85 e 86 do texto abaixo.)
C. Diante das experiências
conhecidas, pode-se dizer que tudo que vivenciamos e aprendemos se fixa para sempre
em nós e deixa aí traços inapagáveis? (Cap. VI, págs.
134 e 135. Ver itens 87 e 88 do texto abaixo.)
D. Que é criptomnesia? (Cap. VI, págs. 137 e 138. Ver
itens 90 e 91 do texto abaixo.)
E. Que vinculação existe
entre o sistema nervoso e o perispírito? (Cap. VII, págs. 142 e 143. Ver
itens 92 a
96 do texto abaixo.)
F. Que experiências
estabeleceram a certeza absoluta da existência do perispírito? (Cap. VII, pág. 143. Ver itens 97 e 98 do texto abaixo.)
G. É possível ativar a
recordação do passado por meio do magnetismo? (Cap. VII, págs. 145 a 149. Ver itens 101 a
104 do texto abaixo.)
H. Que fato torna possível
renovar as lembranças do passado a uma pessoa que, mesmo desencarnada, tenha
esquecido suas existências anteriores? (Cap. VII, págs. 166 a 171. Ver itens 109 a
114 do texto abaixo.)
Texto para
consulta
79.
O estado produzido pelo sonambulismo abarca toda espécie de memória,
compreendidas as do sono e as da vida ordinária. (PÁG.
124)
81.
Não só as lembranças visuais ou auditivas se conservam, mas as aquisições
intelectuais, asseveram Bourru e Burot, que descrevem a regressão de memória a
que foi submetida uma jovem de nome Jeanne. (PÁGS. 126 e
127)
82.
Há casos em que a revivescência do passado decorre de uma crise de histeria
(caso Albertina); noutros, o fato se deve à sugestão. (PÁG. 128)
83.
Podemos supor que as lembranças sucessivas se acumulam por andares e que as
contemporâneas se ligam de maneira íntima, de tal sorte que não são unicamente
as lembranças psicológicas que sobrevivem, mas todos os estados fisiológicos
concomitantes: renovado um, o outro aparece. (PÁGS. 128 e
129)
84.
Pierre Janet confirma essa ligação indissolúvel dos estados psíquicos e físicos
do corpo, em um período qualquer de sua vida. (PÁG.
129)
86.
Emoções violentas têm como resultado pôr em ação, de repente, o mecanismo da
memória, tal como se dá no momento da morte. (PÁG. 134)
87.
Parece evidente, diante dos casos examinados, que todas as sensações que
experimentamos são registradas e deixam em nós traços indeléveis; e o mais
notável é que o esquecimento não implica, de forma nenhuma, o aniquilamento
das lembranças. (PÁG. 134)
88.
Todas as nossas lembranças, mesmo aquelas que não podemos renovar, vivem em nós
de maneira latente e constituem os fundamentos de nossa personalidade; cada
lembrança, física ou intelectual, contribui para a edificação de nossa vida
mental. Pierre Janet o confirma. (PÁG. 135)
89.
Um dos processos utilizados para exteriorizar as imagens mentais é o da bola de
cristal. As visões que aí se obtêm, segundo pesquisadores ingleses, seriam
alucinações visuais que exteriorizam imagens contidas no cérebro do
experimentador sem deixar, porém, recordação consciente. (PÁG. 136)
90.
Sem exagerar a importância dos fenômenos anímicos, é preciso, contudo,
conhecê-los bem, para não supô-los fenômenos espiríticos, como os casos de
criptomnesia (memória latente), que se assemelham à clarividência. (PÁG. 137)
91.
Eis um exemplo: O Sr. Brodelbank perdeu uma faca. Seis meses depois, sonhou que
a faca estava no bolso de uma calça usada. Acordando, procurou a calça e
encontrou a faca no lugar indicado. (PÁG. 137)
92.
Se admitirmos, com Claude Bernard, que todos os movimentos produzidos no
organismo exigem a destruição da substância viva, como explicar que nos velhos
são as lembranças da mocidade que mais persistem? Essa anomalia seria
inexplicável, se o sistema nervoso fosse o registrador de todas as sensações, e
não o perispírito.
(PÁG. 142)
93.
É aqui que intervém o ensino de Kardec sobre o corpo espiritual, a que deu o
nome de perispírito: ele é o molde no qual a matéria física se incorpora, ou, mais exatamente, o plano ideal que contém
as leis organogê-
nicas do ser humano. (PÁG.
142)
94.
Ligado ao corpo por intermédio do sistema nervoso, toda sensação, que abala a
massa nervosa, desprende essa espécie de energia a que deram os mais diversos
nomes: fluido nervoso, fluido magnético, força psíquica... (PÁG. 142)
95.
Essa energia age sobre o perispírito para comunicar-lhe o movimento vibratório
particular, segundo o território nervoso excitado (vibração visual, auditiva,
táctil, muscular etc.), de maneira que a atenção da alma seja acordada e se
produza o fenômeno da percepção. (PÁG. 142)
96.
Desde esse momento, essa vibração faz parte, para sempre, do organismo
perispiritual, porque, em virtude da lei de conservação da energia, ela é
indestrutível.
(PÁGS. 142 e 143)
97.
Foram as experiências espíritas que estabeleceram a certeza absoluta da
existência desse corpo espiritual, que se torna visível durante o desdobramento
do ser humano, as aparições e as materializações. (PÁG.
143)
98.
Porque o perispírito é indestrutível, conservamos após a morte a integridade
de nossas aquisições e a memória. (PÁG. 143)
100.
Em certos pacientes o estado fisiológico é inseparável do psicológico, que lhe
está associado; isso nos permite entender como, durante uma materialização, o
Espírito pode reconstituir seu corpo físico por simples ato de sua vontade,
isto é, por auto-sugestão. (PÁG. 144)
101.
Se a memória da última vida terrestre é renovada depois da morte, o mesmo não
se dá, em muitos casos, com as existências anteriores. (PÁG. 145)
102.
Vimos que existem séries de memórias superpostas e que as camadas superficiais
são acessíveis à consciência; se quisermos penetrar, porém, mais profundamente
no armazém das lembranças, é preciso mergulhar o paciente no estado sonambúlico,
para dar ao perispírito o movimento vibratório que lhe é próprio. Há no corpo
espiritual zonas de intensidade vibratória prodigiosamente
diversas, e as camadas perispirituais das vidas anteriores têm um mínimo de
movimentos vibratórios, que as torna inconscientes para os Espíritos pouco
evolvidos: é por isso que ignoram se viveram anteriormente. (PÁG. 145)
103.
É possível despertar tais recordações, magnetizando-os. Kardec alude a isso na
"Revista Espírita" (caso Dr. Cailleu). Se magnetizarmos um paciente
terrestre, de maneira a atingir as camadas profundas do perispírito, poderemos
renovar a memória de suas vidas anteriores, como fizeram os espíritas espanhóis
e o Coronel de Rochas. (PÁGS. 146 e 147)
104.
Em 1887, Fernandez Colavida obteve idêntico resultado, no Grupo Espírita
"Paz", na Espanha. O registro é de Estevan Marata. (PÁG. 149)
105.
Em obra publicada em 1911, o Coronel de Rochas refere suas experiências de
regressão de memória, com passes e sugestão. (PÁG. 158)
106.
Flournoy, professor de Psicologia em Genebra, estudou de perto o caso Helena
Smith, que descrevia duas existências anteriores, como Maria Antonieta e uma
princesa hindu, e a vida no planeta Marte. (PÁGS. 159 e
160)
107.
No caso da princesa Simandini, as investigações do prof. Flournoy conduzem à
conclusão de que Helena é a reencarnação da princesa. (PÁG. 163)
108.
Para Flournoy, a mediunidade não é
incompatível com uma vida normal e regular, e o médium não
é necessariamente um nevropata. (PÁG. 164)
110.
Muitos exemplos mostram Espíritos descrevendo, em sessões mediúnicas, suas vidas
anteriores e dando provas disso. (PÁGS. 168 e
169)
111.
Todas as sensações visuais, auditivas, tácteis, cenestésicas, que agem sobre
nós, ficam gravadas de maneira indelével no perispírito e podem renascer
espontaneamente, ou durante o sono sonambúlico. (PÁG.
170)
112.
Parece que cada período da vida deixa no
perispírito impressões sucessivas inapagáveis, formadas por associações
dinâmicas estáveis que se superpõem sem se confundir, mas cujo movimento
vibratório diminui à medida que o tempo passa, até cair abaixo do limiar da
consciência espírita. (PÁG. 170)
113.
Se dermos a esse corpo fluídico movimentos vibratórios análogos aos que ele
registou em qualquer momento de sua existência, far-se-á renascer todas as
lembranças concomitantes desse período. (PÁG. 171)
114.
Foi o que sucedeu nas experiências de Richet, Bourru, Burot, Pitres, Rochas e
outros, mas nem todos os pacientes se acham aptos a fazer renascer o passado,
em virtude de múltiplas causas, e a principal resulta, ao que parece, do que
se poderia chamar a densidade perispiritual, isto é, a imperfeição relativa do
corpo fluídico, cujas vibrações não podem achar a intensidade necessária para
ressuscitar o passado. (PÁG. 171)
4a
Reunião
Objeto
do estudo: Capítulos VIII a XII.
Questões para debate
A. Existe a hereditariedade
intelectual ou a hereditariedade é apenas fisiológica? (Cap. VIII, págs. 173
a 176. Ver itens 115 a 117 do texto abaixo. Consulte ainda o
item 140 deste resumo .)
B. Como explicar a
existência dos meninos prodígios? (Cap. VIII, págs. 176 a 183. Ver itens 117 a 120 do texto abaixo.)
C. Qual é a explicação mais
plausível das reminiscências de vidas anteriores? (Cap. IX, págs.
187 a
196. Ver itens 121 a
126 do texto abaixo.)
D. Que faculdade possuem os
psicômetras? (Cap. IX, págs. 199 a 202. Ver item 128 do texto abaixo.)
E. Que valor tem, nos
estudos sobre a reencarnação, o caso de Laura Raynaud? (Cap. X, págs. 215 a 228. Ver item 131 do
texto abaixo.)
F. Por que as lembranças de
vida anterior são mais freqüentes entre as crianças? (Cap. XI, págs. 236 a
246. Ver itens 137 a
139 do texto abaixo.)
G. Os Espíritos sabem quando
vão reencarnar? E sabendo disso podem anunciá-lo aos encarnados? (Cap. XII, págs. 253 a
264. Ver itens 145 a
147 do texto abaixo.)
H. Que lições podemos
extrair do caso de Alexandrina, filha do Dr. Carmelo Samona? (Cap. XII, págs. 264 a
277. Ver itens 148 a
152 do texto abaixo.)
Texto para
consulta
115.
Os fatos da hereditariedade, segundo Ribot, podem ser classificados da seguinte
maneira: hereditariedade direta, de retorno ou atavismo, colateral ou indireta
e hereditariedade telegônica. (PÁG. 173)
117.
As crianças prodígios constituem a melhor prova de que a inteligência independe
do organismo que a serve. (PÁG. 176)
118.
Encontram-se vários exemplos de
prodigiosa precocidade em todas as épocas e em todos os países:
Haendel compunha aos dez anos; Mozart aos 4 anos
executava uma sonata e aos 11 compôs duas óperas. (PÁG.
176)
119.
Os exemplos de precocidade intelectual se encontram também na pintura, na
poesia, na literatura e nas ciências em geral, e são inconciliáveis com a
teoria que vê na inteligência um produto do organismo. (PÁGS. 178
a 182)
121.
As reminiscências só podem ser explicadas com o ter a alma vivido anteriormente,
embora nossos contraditores digam que não se trata de recordações de vidas
passadas, mas uma doença da memória – "a falsa memória", para Ribot,
ou "o sentimento do já visto" ou "do já experimentado",
para o Dr. Chauvet. Chamam-lhe também "paramnesia". (PÁG. 187)
122.
Quando o sentimento do já visto se impõe ao observador por fatos contemporâneos,
conversas ou leituras, é conseqüência de uma doença da memória e não há razão
para disso nos ocuparmos. (PÁG. 189)
123.
Dá-se o contrário com a reminiscência, quando ao ver uma paisagem pela primeira
vez esse sentimento se faz acompanhar e se completa pelo conhecimento de
coisas e pormenores. (PÁG. 189)
124.
Pode acontecer, porém, que o paciente vê em sonho cidades nunca visitadas e
então as descreve. Flammarion refere exemplos disso. (PÁG. 189)
125.
É pelo estudo das circunstâncias que poderemos distinguir a reminiscência de
vidas anteriores duma lucidez durante o sono e duma perversão da memória, ou
paramnesia.
(PÁG. 193)
126.
As reminiscências de vida anterior relatadas por crianças apresentam, por
vezes, tantos pormenores que é difícil explicar o fato de outro modo que não
seja a reencarnação. (PÁGS. 195 e 196)
127.
Nem sempre a verificação do fato é possível,
mas há muitos casos em que a realidade dos depoimentos pode ser
comprovada.
(PÁG. 199)
128.
Existem pessoas chamadas psicômetras, que têm a faculdade de reconstituir
cenas do passado quando se lhes põe nas mãos um objeto qualquer associado
àquelas cenas. Uma pedra de um sarcófago egípcio, por exemplo, pode evocar a
idéia do Egito e de cenas funerárias que ali se desenrolaram. Parece que,
quando certas pessoas reconhecem, repentinamente, cidades ou regiões nunca
vistas, esses novos lugares exercem sobre elas uma ação análoga à experimentada
pelos psicômetras. Delanne relata, a respeito desse fato, alguns exemplos
interessantes. (PÁGS. 199
a 202)
129.
O caso Matilde de Krapkoff, em 1893, é desses ambíguos em que hesitamos em
classificar se se trata de lembranças de uma vida anterior, ou de lucidez
possibilitada pela faculdade de clarividência. (PÁGS.
202 a
206)
130.
O caso referido pela Sra. Spapleton apresenta características que permitem
colocá-la entre as que nos dão provas de uma vida anterior. Existe algo mais que o "o sentimento do já
visto" para as descrições do castelo de Versalhes. (PÁGS. 208
a 213)
131.
O caso de reencarnação de Laura Raynaud, descrito pelo Dr. Durville, pôde ser
completamente verificado e documentado. (PÁGS. 215 a 228)
132.
Verificamos que certas crianças têm a intuição de haver vivido anteriormente,
enquanto outras conservam indiscutíveis lembranças de suas vidas passadas. (PÁG. 229)
za que tinha de haver vivido anteriormente, como se
deu com Laura Raynaud. (PÁG. 229)
134.
Juliano lembrava-se de ter sido Alexandre da Macedônia. Empédocles dizia ter
sido rapaz e moça. Ponson du Terrail recordava-se de ter vivido ao tempo de
Henrique III e Henrique IV. Devemos ater-nos, porém, às narrativas que trazem
consigo a prova de autenticidade. (PÁG. 232)
135.
Muitas vezes, no sonambulismo e nas enfermidades, o paciente repete frases
inteiras ouvidas no teatro ou lidas antigamente, profundamente esquecidas no
estado normal. Mas uma palestra sustentada em língua desusada, gozando o
indivíduo de todas as faculdades, supõe o funcionamento de um mecanismo, muito
tempo inativo, que se revela no momento próprio. (PÁG.
234)
136.
Não se improvisa uma linguagem; ora, se a essa ressurreição mnemônica se juntam
lembranças precisas de fatos e lugares, há fortes indícios de que a
reencarnação é a explicação mais lógica desses fenômenos. (PÁG. 234)
137.
Jules-Alphonse, de 7 anos de idade, cura com a imposição de suas mãos, ou com o
auxílio de remédios vegetais que ele receita. Quando se pergunta onde as houve,
responde que ao tempo em que era médico. (PÁG. 236)
138.
As lembranças de uma vida anterior se revelam mais freqüentemente entre as
crianças, porque o perispírito, antes da puberdade, possui ainda um movimento
vibratório que, em certas circunstâncias, pode adquirir bastante intensidade,
para fazer recordações da existência anterior. (PÁG.
237)
139.
O fenômeno, nas crianças, de lembranças de vida passada não é particular a uma
época ou a uma nação. Delanne narra uma série de casos ocorridos em diferentes
países.
(PÁGS. 238 a 246)
140.
Como vimos, a hereditariedade fisiológica não existe para os fenômenos
intelectuais, não só porque os homens de gênio saem muitas vezes dos meios
menos cultivados, como porque seus descendentes não lhes herdam as faculdades.
(PÁG. 247)
141.
O Espírito que se encarna traz, em estado latente, o resultado de seus estudos
anteriores e, quando as circunstâncias o permitem, certas crianças apresentam,
desde a mais tenra idade, aptidões incríveis para a aquisição de conhecimentos
que exigem, em outras pessoas, longos anos de estudo. (PÁGS. 247 e 248)
142.
Na maior parte dos casos, a clarividência não deve ser invocada como explicação
do fenômeno, porque, para que a lucidez possa ser posta em ação, é preciso, em
regra, uma causa que estabeleça uma relação entre o vidente e a cena descrita. (PÁG. 248)
143.
É preciso, no entanto, um número mais importante desses testemunhos, para que
esse gênero particular de fenômenos entre definitivamente no domínio da
Ciência. (N.R.: Leiam-se, sobre o
assunto: "Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação", de Ian Stevenson,
e "Reencarnação no Brasil", de Hernani Guimarães Andrade, editado em
1987.) (PÁG. 249)
145.
Existem casos em que o Espírito previne os familiares de seu retorno à Terra.
Delanne relata inúmeros exemplos a respeito. (PÁGS. 253 a 256)
146.
Após relatar casos de reencarnação anunciados em sessões espíritas, Delanne
comenta o caso de uma jovem que tivera um ódio implacável do irmão e, desejando
progredir, solicitou uma reencarnação como filha dele. (PÁG. 260)
147.
Léon Denis refere o caso de um Espírito que anunciou sua próxima
encarnação e, como sinal para
o seu reconhecimento, acrescentou que teria uma
cicatriz de 2
centímetros do lado direito da cabeça, o que ocorreu. (PÁG. 264)
148.
O caso da jovem Alexandrina, filha do Dr. Carmelo Samona, conhecido nos meios
científicos da Itália, é relatado por Delanne. (PÁGS. 264 a 270)
149.
Reencarnada, a nova Alexandrina apresenta o mesmo aspecto físico da vida
precedente: era ela cópia fiel da primeira, afirma o pai. (PÁG. 271)
151.
Os hábitos de Alexandrina reencarnada não se podem atribuir à influência do
meio e da educação, porque sua irmã gêmea, Maria Pace, difere completamente de
Alexandrina. (PÁG. 276)
152.
Onze anos depois do nascimento de Alexandrina II, as semelhanças com a primeira
persistiam: além de canhota, tinha os mesmos hábitos e recordações de lugares e
experiências vividas na vida precedente. (PÁG. 277)
153.
Os fenômenos referentes ao aviso de uma futura reencarnação são bastante
numerosos para se imporem como realidade. (PÁG. 278)
5a
Reunião
Objeto
do estudo: Capítulos XIII e XIV.
Questões para debate
A. Os Espíritos materializados
podem andar, falar, escrever? (Cap. XIII, págs. 283 e 284.
Ver itens 158 a
160 do texto abaixo.)
B. Onde e como o perispírito
adquiriu suas propriedades? (Cap. XIII, págs. 284 a 287. Ver itens 160 a 164 do texto abaixo.)
C. Segundo Pitres, Bourru,
Janet e outros, as aquisições que fazemos deixam um traço indelével em nós. Nem sempre, porém,
vêm à nossa consciência, de imediato, todas as coisas que estudamos. Isso
significa que esse conhecimento se perdeu? (Cap. XIII,
págs. 288 e 289. Ver itens 165 e 166 do
texto abaixo.)
D. Existe a hereditariedade
psicológica? (Cap. XIII, págs. 291 e 292.
Ver itens 168 a
171 do texto abaixo.)
E. Sem a explicação dada
pela Palingenesia, como explicar fenômenos como o de Hennecke, que aos 2 anos
sabia três línguas e com 2 anos e meio, mamando ainda, pôde prestar um exame de
História? (Cap. XIII, págs. 292 e 293. Ver itens 171 a 173 do texto abaixo.)
F. Se a reencarnação
realmente existe, por que nos esquecemos das vidas passadas? (Cap. XIV, págs. 300 a
302. Ver itens 176 e 177 do texto abaixo.)
G. Todos os incidentes
infelizes da vida são expiações de faltas passadas? (Cap. XIV,
págs. 302 e 303. Ver itens 178 e 179 do texto abaixo.)
H. Qual é, afinal, o
objetivo da reencarnação? (Cap. XIV, págs. 304 a 306. Ver itens 180 a 187 do texto abaixo.)
Texto para
consulta
154.
Vimos, das pesquisas feitas pelos sábios mais notáveis do mundo inteiro, que
existe no homem um princípio transcendental, desconhecido dos quadros da
Fisiologia oficial, porque se nos revela com faculdades que o tornam muitas
vezes independente das condições de tempo e espaço que regem o mundo material. (PÁG. 281)
155.
É absolutamente certo que o pensamento de um indivíduo pode exteriorizar-se e
agir a distância sobre outro ser vivo, independentemente de qualquer ação
sensorial. A isso chamamos Telepatia. (PÁGS. 281 e
282)
156.
O conjunto das provas nos permite dizer que o Espírito não é um produto do
corpo, pois que sobrevive à morte física, e possui sempre o mesmo organismo
fluídico, que o acompanha durante a vida e o individualiza depois que se separa
do corpo material. (PÁG. 283)
157.
Durante a vida, o conhecimento do perispírito faz-nos compreender: 1o -
a conservação do tipo indi-
vidual, apesar da renovação incessante de todas as
moléculas carnais; 2o - a reparação das partes lesadas; 3o
- a continuidade das funções vitais, num meio continuamente em renovação. (PÁG. 283)
158.
Nas sessões de materialização se forma um ser estranho aos assistentes e que é
objetivo, porque todos o descrevem da mesma maneira, porque é possível fotografá-lo,
porque deixa impressões digitais, porque age fisicamente e porque pode falar e
escrever.
(PÁGS. 283 e 284)
159.
O ser materializado possui todas as propriedades fisiológicas de um ser humano
comum e faculdades psicológicas. (PÁG. 284)
160.
Uma vez que o perispírito possui a faculdade de materializar-se, supomos que
no instante do nascimento é ele que forma seu invólucro corporal, que não passa
de uma materialização estável e permanente. (PÁG. 284)
161.
O corpo espiritual conserva o estatuto das leis biológicas que regem a matéria
organizada, e contém todos os arquivos da vida mental. (PÁG. 284)
162.
Verificamos que as faculdades transcendentais, como a telepatia, a clarividência,
e mesmo a ideoplastia, existem também nos animais. (PÁG. 285)
163.
O perispírito adquiriu suas propriedades funcionais, no curso de suas evoluções
terrestres, passando, sucessivamente, por toda a fieira da série animal, numa
gradação sucessiva e numa evolução contínua. (PÁG.
286)
164.
Em todos os seres vivos há as mesmas contribuições orgânicas, as mesmas funções
vitais, o mesmo princípio pensante, o mesmo invólucro perispiritual. (PÁG. 287)
165.
As experiências de Pitres, Bourru e Burot, Janet e outros provaram que tudo que
recebemos deixa um traço indelével, mas as aquisições intelectuais não se
apresentam simultaneamente à consciência: a regra é que seu maior número seja
esquecido. Esse esquecimento não significa, porém, destruição. (PÁG. 288)
167.
As personalidades distintas que se observam em cada encarnação não prejudicam
o princípio da identidade, pois verificamos que um mesmo indivíduo, no curso
da vida, pode apresentar oposições prodigiosas de caráter, como Luís V., ora
calmo e honesto, ora ladrão e turbulento. (PÁG. 290)
168.
Desde que o perispírito possui o poder de organizar a matéria, é a ele que
atribuímos essa função para explicar a formação do embrião e do feto. (PÁG. 291)
169.
Os caracteres secundários, pertencentes aos pais, podem ser atribuídos a uma
ação magnética do pai e da mãe, que modifica mais ou menos profundamente o
tipo perispiritual do ser que se encarna, para lhe dar semelhança com seus
genitores. (PÁG. 291)
170.
Essa hereditariedade física existe, mas não é geral nem absoluta: o mesmo não
acontece quando se trata da hereditariedade psicológica, que não existe nunca. (PÁG. 292)
171.
Cada ser, voltando à Terra, traz consigo a bagagem do passado. (PÁG. 292)
172.
Como explicar de outra forma o caso inverossímil, mas bem real, de Hennecke,
que aos 2 anos sabia três línguas e com 2 anos e meio, mamando ainda, pôde
prestar um exame de História e Geografia? (PÁG. 292)
173.
Embora se saiba que a lembrança do passado, que se manifesta de maneira tão
brilhante nas crianças prodígios, não é geralmente conservada, é possível, por
vezes, que o Espírito encarnado recupere, momentaneamente, parte de suas
lembranças anteriores, quando se veja em lugares antes habitados por ele. (PÁG. 293)
174.
Quanto à origem da alma, as opiniões dos teólogos reduzem-se a duas hipóteses:
uns admitem que todas as almas estavam contidas na de Adão e que se transmitem
pela geração – tal a opinião de S. Jerônimo, Lutero e Tertuliano, que não foi
admitida universalmente. Outros entendem que é preciso um ato da vontade divina
para que se crie uma alma a cada nascimento, o que é inconciliável com a
bondade e justiça de Deus. (PÁG. 298)
175.
O estudo das comunicações espíritas provou que a situação da alma, depois da
morte, é regida por uma lei de justiça infalível, segundo a qual os seres se
encontram em condições de existência rigorosamente determinadas por seu grau
evolutivo e pelos esforços que faz para melhorar-se. (PÁG. 299)
176.
Admitindo-se que o nascimento atual é
precedido de uma série de existências anteriores, tudo
se esclarece e se explica com
facilidade: os homens trazem, ao nascer, a intuição do que já adquiriram e são
mais ou menos adiantados, segundo o
número de existências percorridas. (PÁG. 300)
177.
O esquecimento de nosso passado se explica também com facilidade: se a
renovação do passado fosse geral, ela perpetuaria as dissensões e os ódios que
foram a causa das faltas anteriores, e se oporia ao progresso. (PÁG. 302)
178.
É preciso observar que os incidentes infelizes da vida não são, necessariamente,
expiações de faltas anteriores. As provas são condições indispensáveis para
obrigar-nos a vencer nosso egoísmo e desenvolver as faculdades e virtudes que
nos fazem falta.
(PÁG. 302)
179.
O mal não é uma fatalidade inelutável de que não nos podemos libertar: é um
aguilhão, uma necessidade destinada a compelir o homem para a estrada do
progresso. (PÁG. 303)
180.
Apesar dos sofismas dos retóricos, o progresso não é uma utopia. Do ponto de
vista material, o progresso salta aos olhos, embora, do ponto de vista moral,
seja ele mais lento. Quem pode comparar o proletariado atual com a escravidão
antiga? (PÁG. 304)
181.
As vidas sucessivas têm, pois, por objeto o desenvolvimento da inteligência,
do caráter, das faculdades, dos bons instintos, e a supressão dos maus. (PÁG. 305)
182.
Sendo contínua a evolução e perpétua a criação, cada um de nós, no correr das
existências, é feitura de si mesmo. (PÁG. 305)
183.
Partimos todos do mesmo ponto, para chegar ao mesmo fim, e essa comunhão de
origem mostra-nos claramente que a fraternidade não é uma palavra vã. (PÁG. 305)
184.
O egoísmo é, ao mesmo tempo, um vício e um mau cálculo, porque a melhoria
geral só pode resultar do progresso individual de cada um dos membros que
constituem a sociedade. (PÁGS. 305 e 306)
185.
Quando estas grandes verdades forem bem compreendidas, encontrar-se-á menos
dureza entre os que possuem, e menos ódio e inveja nas classes inferiores. (PÁG. 306)
186.
Se os que detêm a riqueza ficassem persuadidos de que, na próxima encarnação,
poderão surgir nas classes indigentes, teriam evidente interesse em melhorar as
condições sociais dos trabalhadores, e estes, reciprocamente, aceitariam com
resignação a sua situação momentânea, sabendo que, mais tarde, poderão estar,
por sua vez, entre os privilegiados. (PÁG. 306)
188.
Podemos, então, dizer com Maeterlinck:
"Reconheçamos, de
passagem, que é lamentável não sejam peremptórios os argumentos dos teósofos e
dos neo-espiritistas; porque não houve nunca uma crença mais bela, mais justa,
mais pura, mais moral, mais fecunda, mais consoladora, e até certo ponto
verossímil que a deles".
"Tão só com a sua
doutrina das expiações e das purificações sucessivas, ela explica todas as
desigualdades sociais, todas as injustiças abomináveis do destino." (PÁGS. 306 e
307)
APÊNDICE
1. Nascido em
Paris a 23 de março de 1857, no mesmo ano em que veio a lume a primeira edição
de “O Livro dos Espíritos”, Gabriel Delanne faz parte, ao lado de Léon Denis,
Camille Flammarion e Ernesto Bozzano, da elite de escritores espíritas cujas
obras o estudioso do Espiritismo não pode desconhecer. Sua desencarnação
ocorreu em 15 de fevereiro de 1926, pouco antes de completar 69 anos de idade.
2. As obras de Gabriel Delanne constantes do
catálogo da Federação Espírita Brasileira são:
“O Fenômeno Espírita”, de
1893; “A Alma é Imortal”, de 1895; “A Evolução
Anímica”, de 1895; “O Espiritismo perante a Ciência” e “A Reencarnação”.
3. Seu pai, Alexandre
Delanne, e sua mãe foram amigos e íntimos companheiros de Kardec durante todo o
tempo em que o Codificador realizou em Paris seu trabalho de estruturação da
doutrina espírita. Quando Kardec desencarnou, Alexandre Delanne foi a primeira
pessoa a dirigir-se à casa do Codificador, atendendo com presteza a um chamado
feito pela sra. Amélie Boudet.
4. Ao ver o corpo de Kardec
inanimado, Delanne friccionou-o, magnetizou-o, mas em vão. Tudo estava
acabado. Conta o sr. E. Müller em carta dirigida ao sr. Finet, referindo-se à visita
que fez naquele mesmo dia à casa do Codificador: “Penetrando a casa, com móveis
e utensílios diversos atravancando a entrada, pude ver, pela porta aberta da
grande sala de sessões, a desordem que acompanha os preparativos para uma
mudança de domicílio; introduzido numa pequena sala de visitas, que conheceis
bem, com seu tapete encarnado, e seus móveis antigos, encontrei a sra. Kardec
assentada no canapé, de face para a lareira; ao seu lado, o sr. Delanne; diante
deles, sobre dois colchões colocados no chão, junto à porta da pequena sala de
jantar, jazia o corpo, restos inanimados daquele que todos amamos. Sua cabeça,
envolta em parte por um lenço branco atado sob o queixo, deixava ver toda a
face, que parecia repousar docemente e experimentar a suave e serena satisfação
do dever cumprido.”
5. Um fato curioso ocorrido com Gabriel Delanne,
quando ele contava 8 anos, é relatado por Kardec na Revista Espírita de 1865,
às págs. 312 a
314. Trata-se de uma experiência de tiptologia que Gabriel, auxiliado por três
crianças de sete, cinco e quatro anos, realizou a pedido de uma senhora. O
menino, após a evocação, pediu a ela que perguntasse quem respondia. A mulher
interrogou e a mesa soletrou duas palavras: Teu
pai. Na seqüência, a pedido dela, o Espírito deu três provas de que era
mesmo seu pai quem ali se manifestava.
6. Comentando o caso, Kardec informa que não era a
primeira vez que a mediunidade se revelava em crianças e o que ocorreu fora já
anunciado numa célebre profecia: Vossos
filhos e vossas filhas profetizarão, a que se reporta o livro Atos dos
Apóstolos, 2:17.
Londrina, fevereiro de 2001
GEEAG - Grupo de Estudos Espíritas
Abel Gomes
Astolfo Olegário de Oliveira Filho
A
Reencarnação.doc
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