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segunda-feira, 29 de junho de 2015

4 = A REENCARNAÇÃO

Gabriel Delanne

Tradução de Carlos Imbassahy publicada pela Federação Espírita Brasileira

3a Reunião

Objeto do estudo: Capítulos VI e VII.

Questões para debate

A. Existe alguma ligação entre os estados psíquicos e físicos de uma pessoa? (Cap. VI, págs. 128 e 129. Ver itens 83 e 84 do texto abaixo.)
B. A sugestão hipnótica é o único processo que permite a lembrança do passado? (Cap. VI, págs. 126 a 128, 132 a 134. Ver itens 81, 82, 85 e 86 do texto abaixo.)
C. Diante das experiências conhecidas, pode-se dizer que tudo que vivenciamos e aprendemos se fixa para sempre em nós e deixa aí traços inapagáveis? (Cap. VI, págs. 134 e 135. Ver itens 87 e 88 do texto abaixo.)
D. Que é criptomnesia? (Cap. VI,  págs. 137 e 138. Ver itens 90 e 91 do texto abaixo.)
E. Que vinculação existe entre o sistema nervoso e o perispírito? (Cap. VII, págs. 142 e 143. Ver itens 92 a 96 do texto abaixo.)
F. Que experiências estabeleceram a certeza absoluta da existência do perispírito? (Cap. VII, pág. 143. Ver itens 97 e 98 do texto abaixo.)
G. É possível ativar a recordação do passado por meio do magnetismo? (Cap. VII, págs. 145 a 149. Ver itens 101 a 104 do texto abaixo.)
H. Que fato torna possível renovar as lembranças do passado a uma pessoa que, mesmo desencarnada, tenha esquecido suas existências anteriores? (Cap. VII, págs. 166 a 171. Ver itens 109 a 114 do texto abaixo.)

Texto para consulta

79. O estado produzido pelo sonambulismo abarca toda espécie de memória, compreendidas as do sono e as da vida ordinária. (PÁG.  124)

80. A ressurreição das lembranças esquecidas de uma parte da vida, que Pitres chamou de "ecmenesia", foi assinalada por muitos autores. (PÁG.  126)

81. Não só as lembranças visuais ou auditivas se conservam, mas as aquisições intelectuais, asseveram Bourru e Burot, que descrevem a regressão de memória a que foi submetida uma jovem de nome Jeanne. (PÁGS.  126 e 127)

82. Há casos em que a revivescência do passado decorre de uma crise de histeria (caso Albertina); noutros, o fato se deve à sugestão. (PÁG.  128)

83. Podemos supor que as lembranças sucessivas se acumulam por andares e que as contemporâneas se ligam de maneira íntima, de tal sorte que não são unicamente as lembranças psicológicas que sobrevivem, mas todos os estados fisiológicos concomitantes: renovado um, o outro aparece. (PÁGS.  128 e 129)

84. Pierre Janet confirma essa ligação indissolúvel dos estados psíquicos e físicos do corpo, em um período qualquer de sua vida. (PÁG.  129)

85. A sugestão durante o sono hipnótico não é o único processo que permite a lembrança do passado; a regressão pode dar-se em casos de certas doenças, excitação maníaca e no êxtase. (PÁG.  132)

86. Emoções violentas têm como resultado pôr em ação, de repente, o mecanismo da memória, tal como se dá no momento da morte. (PÁG.  134)

87. Parece evidente, diante dos casos examinados, que todas as sensações que experimentamos são registradas e deixam em nós traços indeléveis; e o mais notável é que o esquecimento não implica, de forma nenhuma, o aniquilamento das lembranças. (PÁG.  134)

88. Todas as nossas lembranças, mesmo aquelas que não podemos renovar, vivem em nós de maneira latente e constituem os fundamentos de nossa personalidade; cada lembrança, física ou intelectual, contribui para a edificação de nossa vida mental. Pierre Janet o confirma. (PÁG.  135)

89. Um dos processos utilizados para exteriorizar as imagens mentais é o da bola de cristal. As visões que aí se obtêm, segundo pesquisadores ingleses, seriam alucinações visuais que exteriorizam imagens contidas no cérebro do experimentador sem deixar, porém, recordação consciente. (PÁG.  136)

90. Sem exagerar a importância dos fenômenos anímicos, é preciso, contudo, conhecê-los bem, para não supô-los fenômenos espiríticos, como os casos de criptomnesia (memória latente), que se assemelham à clarividência. (PÁG.  137)

91. Eis um exemplo: O Sr. Brodelbank perdeu uma faca. Seis meses depois, sonhou que a faca estava no bolso de uma calça usada. Acordando, procurou a calça e encontrou a faca no lugar indicado. (PÁG.  137)

92. Se admitirmos, com Claude Bernard, que todos os movimentos produzidos no organismo exigem a destruição da substância viva, como explicar que nos velhos são as lembranças da mocidade que mais persistem? Essa anomalia seria inexplicável, se o sistema nervoso fosse o registrador de todas as sensações, e não o perispírito. (PÁG.  142)

93. É aqui que intervém o ensino de Kardec sobre o corpo espiritual, a que deu o nome de perispírito: ele é o molde no qual a matéria física se incorpora,  ou, mais exatamente, o plano ideal que contém as leis organogê-
nicas do ser humano. (PÁG.  142)

94. Ligado ao corpo por intermédio do sistema nervoso, toda sensação, que abala a massa nervosa, desprende essa espécie de energia a que deram os mais diversos nomes: fluido nervoso, fluido magnético, força psíquica... (PÁG.  142)

95. Essa energia age sobre o perispírito para comunicar-lhe o movimento vibratório particular, segundo o território nervoso excitado (vibração visual, auditiva, táctil, muscular etc.), de maneira que a atenção da alma seja acordada e se produza o fenômeno da percepção. (PÁG.  142)

96. Desde esse momento, essa vibração faz parte, para sempre, do organismo perispiritual, porque, em virtude da lei de conservação da energia, ela é indestrutível. (PÁGS.  142 e 143)

97. Foram as experiências espíritas que estabeleceram a certeza absoluta da existência desse corpo espiritual, que se torna visível durante o desdobramento do ser humano, as aparições e as materializações. (PÁG.  143)

98. Porque o perispírito é indestrutível, conservamos após a morte a integridade de nossas aquisições e a memória. (PÁG.  143)

99. A separação entre o espírito e a matéria produz um período de perturbação, durante o qual a alma não tem consciência exata de sua nova situação; pouco a pouco, essa espécie de doença perispiritual tem fim, quer normalmente, quer sob a influência dos Espíritos protetores. (PÁG.  144)

100. Em certos pacientes o estado fisiológico é inseparável do psicológico, que lhe está associado; isso nos permite entender como, durante uma materialização, o Espírito pode reconstituir seu corpo físico por simples ato de sua vontade, isto é, por auto-sugestão. (PÁG.  144)

101. Se a memória da última vida terrestre é renovada depois da morte, o mesmo não se dá, em muitos casos, com as existências anteriores. (PÁG.  145)

102. Vimos que existem séries de memórias superpostas e que as camadas superficiais são acessíveis à consciência; se quisermos penetrar, porém, mais profundamente no armazém das lembranças, é preciso mergulhar o paciente no estado  sonambúlico,  para dar ao perispírito o movimento vibratório que lhe é próprio.  Há no corpo  espiritual zonas  de  intensidade vibratória prodigiosamente diversas, e as camadas perispirituais das vidas anteriores têm um mínimo de movimentos vibratórios, que as torna inconscientes para os Espíritos pouco evolvidos: é por isso que ignoram se viveram anteriormente. (PÁG.  145)

103. É possível despertar tais recordações, magnetizando-os. Kardec alude a isso na "Revista Espírita" (caso Dr. Cailleu). Se magnetizarmos um paciente terrestre, de maneira a atingir as camadas profundas do perispírito, poderemos renovar a memória de suas vidas anteriores, como fizeram os espíritas espanhóis e o Coronel de Rochas. (PÁGS.  146 e 147)

104. Em 1887, Fernandez Colavida obteve idêntico resultado, no Grupo Espírita "Paz", na Espanha. O registro é de Estevan Marata. (PÁG.  149)

105. Em obra publicada em 1911, o Coronel de Rochas refere suas experiências de regressão de memória, com passes e sugestão. (PÁG.  158)

106. Flournoy, professor de Psicologia em Genebra, estudou de perto o caso Helena Smith, que descrevia duas existências anteriores, como Maria Antonieta e uma princesa hindu, e a vida no planeta Marte. (PÁGS.  159 e 160)

107. No caso da princesa Simandini, as investigações do prof. Flournoy conduzem à conclusão de que Helena é a reencarnação da princesa. (PÁG.  163)

108. Para Flournoy, a mediunidade  não é incompatível com uma vida normal e regular, e o médium não
é necessariamente um nevropata. (PÁG.  164)

109. A experiência confirma o despertar dos conhecimentos anteriormente adquiridos, no período de transe do estado sonambúlico. (PÁGS.  166 e 167)

110. Muitos exemplos mostram Espíritos descrevendo, em sessões mediúnicas, suas vidas anteriores e dando provas disso. (PÁGS.  168 e 169)

111. Todas as sensações visuais, auditivas, tácteis, cenestésicas, que agem sobre nós, ficam gravadas de maneira indelével no perispírito e podem renascer espontaneamente, ou durante o sono sonambúlico. (PÁG.  170)

112. Parece que cada período da vida deixa no  perispírito impressões sucessivas inapagáveis, formadas por associações dinâmicas estáveis que se superpõem sem se confundir, mas cujo movimento vibratório diminui à medida que o tempo passa, até cair abaixo do limiar da consciência espírita. (PÁG.  170)

113. Se dermos a esse corpo fluídico movimentos vibratórios análogos aos que ele registou em qualquer momento de sua existência, far-se-á renascer todas as lembranças concomitantes desse período. (PÁG.  171)

114. Foi o que sucedeu nas experiências de Richet, Bourru, Burot, Pitres, Rochas e outros, mas nem todos os pacientes se acham aptos a fazer renascer o passado, em virtude de múltiplas causas, e a principal resulta, ao que parece, do que se poderia chamar a densidade perispiritual, isto é, a imperfeição relativa do corpo fluídico, cujas vibrações não podem achar a intensidade necessária para ressuscitar o passado. (PÁG.  171)

Londrina, fevereiro de 2001
GEEAG - Grupo de Estudos Espíritas Abel Gomes
Astolfo Olegário de Oliveira Filho
A Reencarnação.doc

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