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domingo, 10 de agosto de 2014

PAIS E FILHOS EM CONFLITO.

Pais e filhos em conflito, É possível contes com eles na equipe familiar. Sofres por vê-los em contradição
 com as tuas idéias ou enlaçando experiências inquietantes e negativas. Entretanto, é imperioso te ilumines
 de paz e compreensão, afim de entendê-los. Dá-lhes a palavra emoldurada de paciência e de amor,
para que a tua voz se faça ouvida, e abençoa-os ainda mesmo quando te não aceitem o modo de pensar ou de ser.
 
Quase sempre, na Terra, os sentimentos que nos agridem, naqueles que se nos associam à existência física,
são a colheita das plantações de ordem moral que levamos a efeito nas leiras afetivas do pretérito, a nos pedirem
 reajuste e renovação. E as chamadas complicações edipianas outra cousa não representam senão os laços
obscuros que entretecemos, ao enlear almas queridas no nosso carro sentimental - laços esses que
 passam a reclamar-nos o preciso desfazimento, para que a mútua libertação nos felicite.
 
O filho excessivamente vinculado ao coração materno, com manifesta dificuldade para ser ele próprio,
na maioria das ocasiões é aquele mesmo companheiro que a genitora jungiu à própria senda, em
 épocas recuadas, a suplicar-lhe agora o apoio necessário, a fim de exonerar-se das algemas
psicológicas que o prendem à insegurança. E a filha imensamente ligada ao espírito paternal, em sérios
 obstáculos para lhe desvencilhar da autoridade, habitualmente é a mesma companheira que ele
 acorrentou ao próprio destino em experiências transatas, a implorar-lhe hoje o auxílio indispensável,
 a fim de se desembaraçar do egoísmo com que se lhe enviscou à influência, em nome do amor.
 
Quantos choques e quantos atritos, até que se estabeleçam as concessões recíprocas, através de
vários ajustes cármicos em que uns e outros se vejam emancipados das condições obsessivas em que se interligam!
 
Se trazes contigo esse ou aquele filho em conflito ou se te encontras à frente de pais difíceis, nunca te irrites nem condenes. Ama-os quais se mostram e ora por eles, louvando-lhes a presença e respeitando-lhes as decisões, na certeza de que Deus, cuja infinita bondade tem zelado por nós, cuidará também deles. E de que nem eles nem nós fomos criados para o cativeiro afetivo, mas sim para sermos responsáveis e livres, de modo a trabalharmos conscientemente no aprimoramento da vida, ante a sublimação do amor imortal.

Do Livro "Chico Xavier Pede Licença" - Francisco C. Xavier/Emmanuel.

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