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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Cartas Espirituais

"E, quando esta epístola tiver sido lida entre vós, fazei que também o seja na igreja dos laodicenses, e a que veio de Laodicéia lêde-a vós também." - Paulo. (COLOSSENSES, 4 :16.)

O correio do céu nunca se interrompeu.
Desde que a inteligência humana se colocou em condições de receber a vibração dos planos mais altos, não cessou o Pai de enviar-lhe apelos, através de todos os recursos.
Em razão disso, a inspiração edificante nunca faltou às criaturas. E, na atualidade, com a intensificação do intercâmbio entre os círculos visíveis e invisíveis, à face do Espiritismo evangélico que restaura no mundo o Cristianismo, na sua pureza essencial, as cartas espirituais são mais diretas, mais tangíveis.
Grande parte dos estudantes, contudo, seguindo a velha corrente do indiferentismo, em reparando essa ou aquela página edificadora, procura avidamente os nomes daqueles a quem são dirigidas.
Se há conselhos sábios, devem ser para os outros; se surgem advertências amigas ou severos apelos, devem ser igualmente para os outros. E compacta assembléia de companheiros demonstra singular ansiedade para receber mensagens particularistas, com apontamentos individuais. Para prevenir tais extremos, recomendava Paulo que as epístolas dedicadas a determinada igreja fossem lidas e comentadas em diferentes santuários para a necessária fusão e dilatação dos conhecimentos elevados.
As cartas espirituais de hoje devem observar idêntico processo. Somos compelidos a reconhecer que todos somos, individualmente, portadores de um templo interno. Saibamos extinguir as solicitações egoísticas e busquemos em cada mensagem do Plano Superior a consolação, o remédio, o conselho ou a advertência de que carecemos.
Quando soubermos compreender as pequeninas experiências de cada dia com a luz do Evangelho, concluiremos que todas as epístolas do bem procedem de Deus para a comunidade geral de seus filhos.

XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz. Pelo Espírito Emmanuel. 


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