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terça-feira, 19 de agosto de 2014

DIVULGAR CHICO XAVIER

Carlos A. Baccelli
As obras de Chico Xavier, que são natural complemento da Codificação, carecem de ser estudadas por todo adepto da Terceira Revelação, não bastando que sejam simplesmente lidas. As casas espíritas sérias necessitam incrementar em suas reuniões, mesmo nas de caráter público, o seu estudo sistemático, paralelo ao do Pentateuco, pois, sem nenhuma dúvida, as obras de Kardec e Chico se completam e uma é importante para que melhor se compreenda a outra.
Os nossos Centros Espíritas precisam se organizar, para que, mais do que casas de oração e de prática mediúnica, se convertam em escolas da alma, pela aplicação do princípio da Fé Raciocinada. O Espiritismo é uma doutrina libertadora e, neste sentido, somente nos liberaremos dos grilhões da ignorância quando tomarmos maior consciência da Verdade, sobretudo vivenciando-lhe os preceitos.
A pouco mais de seis meses da desencarnação de Chico Xavier, ocorrída em 30 de junho de 2002, tememos por um esquecimento do seu trabalho mediúnico, mormente por parte da nova geração, visto que obras sem qualquer expressão doutrinaria se têm transformado em campeãs de venda, sobrepondo-se àquelas de indiscutível valor. Existem livros que, após serem lidos, deles nada se consegue guardar na memória,além de seu próprio título... Isto é sintomático. Hoje em dia, raros são os espíritas que, por exemplo, conhecem Léon Denis, Gabriel Delanne e José Herculano Pires, cuja literatura é imprescindível ao melhor conhecimento da Doutrina.
Os órgãos uníficadores, a nosso ver, carecem de mobilizar-se neste sentido, incentivando o estudo das obras de Emmanuel e de André Luiz em nossos templos, como - repetimos - desdobramento da Codificação; caso contrário, dentro de alguns poucos anos, a obra literária de Chico Xavier estará restrita àqueles que mais se interessarem, ousando ir além do marketing das editoras, sempre ávidas por novos best-seIlers. Nem mesmo AIlan Kardec, à exceção, talvez, de por "O LIVRO DOS ESPÍRITOS", é conhecido da nova geração, ou seja, daqueles que amanhã estarão à frente do Movimento, se farão médiuns e pregarão a Doutrina. Em nosso tempo de Mocidade Espírita, em Uberaba, o estudo sistemático, metódico e aprofundado do Pentateuco Espírita era prioritário – o estudo e, consequentemente, a sua aplicação na necessidade de nos reformarmos intimamente.
Raramente, nas livrarias dos shopping centers, nos deparamos com obras da lavra mediúnica de Chico Xavier e - o que é pior - poucos são os clubes do livro espírita que já distribuíram as suas principais obras, alegando que "o seu estilo não faz o perfil de seus associados"...
Seria interessante que as editoras que detêm os direitos autorais do maior psicógrafo de todos os tempos se modernizassem no campo da divulgação e não deixassem todo o trabalho por conta do nome do médium e dos espíritos, como se a estes últimos coubesse também a tarefa de sussurrar títulos de livros aos ouvidos atentos... Fique aqui este nosso singelo registro, na esperança de que vozes mais influentes que a nossa se juntem e, assim, façamos, todos nós, jus ao legado que a Espiritualidade, em 75 anos de intenso Iabor, nos ofertou através das mãos abnegadas do saudoso medianeiro.
FONTE

A FLAMA ESPÍRITA

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