Módulo
XII
Influência
dos Espíritos na Nossa Vida
2
– Espíritos Protetores
Ensina
a Doutrina Espírita que contamos com a ajuda dos Espíritos
desencarnados, voltados ao bem, os quais, pela intuição, buscam nos
orientar e auxiliar.
Constituídos
por entidades amigas, Espíritos familiares, desta ou de outras
existências, os Espíritos protetores incumbem-se de nos induzir ao
esforço do bem e do progresso.
Dentre
os Espíritos protetores, destacamos os chamados guias espirituais,
que se vinculam, particularmente, a um indivíduo para protegê-lo.
Estes Espíritos têm como missão guiar o seu tutelado pela senda do
bem, além de auxiliá-lo com suas orientações, animá-lo e
consolá-lo diante das dificuldades. Desde o nascimento até o
momento do desenlace, e muitas vezes até depois deste, o guia está
ligado ao seu protegido, buscando reerguê-lo espiritualmente.
Nos
momentos difíceis compete a nós buscarmos o auxílio de nossos
guias que, em nome da Providência Divina, vêm nos socorrer.
Mas
não podemos ficar dependendo só de nossos anjos tutelares, é a nós
que cabe a vitória ou a derrota diante de nossas imperfeições.
Sobre
o auxílio de forma absoluta dos nossos guias, Emmanuel, em “O
Consolador”, alerta:
Um
guia espiritual poderá cooperar sempre em vossos trabalhos, seja
auxiliando-vos nas dificuldades, de maneira indireta, ou
confortando-vos, na dor, estimulando-vos para a edificação moral,
imprescindível à iluminação de cada um; entretanto, não deveis
tomar as suas expressões fraternas por promessa formal, no terreno
das realizações do mundo, porquanto essas realizações dependem do
vosso esforço próprio e se acham entrosadas no mecanismo das
provações indispensáveis ao vosso aperfeiçoamento.97
97
“O Consolador”, questão 194.
Na
questão 226 da obra citada, o mesmo Emmanuel, completa:
Essa
colaboração apenas se verifica como no caso dos irmãos mais
velhos, ou de amigos mais idosos nas experiências do mundo.
Os
mentores do Além poderão apontar-vos os resultados dos seus
próprios esforços na Terra, ou, então, aclarar os ensinos que o
homem já recebeu através da misericórdia do Cristo e da
benevolência dos seus enviados, mas em hipótese alguma poderão
afastar a alma encarnada do trabalho que lhe compete, na curta
permanência das lições do mundo (…) (grifo nosso)
A
palavra do guia é agradável e amiga, mas o trabalho de iluminação
pertence a cada um (…)
Segundo
orientação dos próprio Espíritos, se a criatura não escuta os
conselhos de seu guia, este se afasta, mas não o abandona
definitivamente, ficando atento para auxiliá-lo sempre que seu
tutelado voltar ao caminho correto.
Sobre
a evolução dos guias espirituais, “O Livro dos Espíritos”
esclarece, que são eles de natureza sempre superior, com relação
ao seu protegido,98 mas o bom senso diz que não poderão ser
de natureza muito superior, porque senão não haverá possibilidade
de sintonia.
98
“O Livro dos Espíritos”, questão 514.
A
Doutrina Espírita alerta ainda que como os indivíduos, também os
lares, as famílias e as coletividades têm seus Espíritos
protetores, cuja elevação está sempre de acordo com a importância
da tarefa a realizar.
Como
exemplo, temos:
Jesus,
o guia de nosso Orbe; Ismael, o guia de nosso país, e muitos outros
que desconhecemos o nome, no entanto, temos a certeza de sua
existência.
Sempre
que iniciamos um trabalho em bases de amor, em nome do Cristo, a
Espiritualidade vinculada à divulgação da Boa Nova entre os
homens, destaca um Espírito afim ao trabalho, para que oriente os
trabalhadores envolvidos no mesmo, com a finalidade de guiá-los para
um melhor desenvolvimento deste. Assim temos os guias das nossas
reuniões, das nossas campanhas de assistências, dos nossos centros
espíritas, entre outros.
Concluindo,
onde estiver a criatura, desde que esteja em sintonia com as forças
do bem, jamais estará desamparada do auxílio desses enviados do
Senhor, e nos momentos difíceis, como Jesus nos disse, também
poderemos dizer:
Ou
pensas tu que eu não poderia rogar a meu Pai, e que ele não me
mandaria agora mesmo mais de doze legiões de anjos? (Mateus, 26:
53)
Apostila
do Curso de Espiritismo e Evangelho
Centro
Espírita Amor e Caridade
Goiânia
– GO
Trabalho
realizado em 1997 pelo Grupo de Estudos desta Casa Espírita com a
coordenação de
Cláudio Fajardo
Cláudio Fajardo
Divulgação
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