"E,
levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o
avistou e compadecido dele, correndo, o abraçou e beijou." - Lucas,
cap. 15 - v. 20
Emocionante,
este trecho da Parábola do Filho Pródigo... O filho deliberou levantar-se e ir para
o pai, mas o pai, ao ver o seu esforço, não permaneceu imóvel: correu para ele!
É assim
que Deus age conosco: ao perceber, em nós, a menor disposição para reconsiderar
atitudes equivocadas, corre ao nosso encontro, fortalecendo-nos a vontade ainda
débil.
Todos os
dias, o Criador deve permanecer na expectativa da criatura que vem caminhando de
volta para Ele...
Como,
por exemplo, a mãe que, a todo momento, abre a porta da casa, na esperança de ver
o filho ausente chegando de longa viagem, nosso Pai, de olhos fitos na extensa
planície que liga o Céu à Terra, anseia pelo nosso retorno ao seu Divino
Regaço.
Deus não
permanece estático, incapaz de dar um passo sequer na direção do espírito arrependido...
Todavia,
para que Ele se movimente em nosso favor, precisamos tomar a iniciativa de nos levantarmos
e caminhar!
No
contexto da Parábola, fica subentendido que o pai, depois de abraçar e beijar o
filho, que ainda vinha longe, o aliviou de todo o cansaço da jornada e, mesmo,
sustentou-o em seus braços, no trecho que faltava percorrer.
E,
ouvindo as confissões do filho em torno dos deslizes que reconhecia ter
cometido, sequer os comentou e não lhe teve uma única palavra de repreensão.
Em sua
grande alegria, limitou-se a recomendar aos servos: "Trazei depressa a
melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos
pés..."
(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli/Inácio
Ferreira)
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