09 esboço de o livro dos médiuns
Allan Kardec - O Livros dos Médiuns - Parte Segunda - Manifestações Espíritas - cap. 14 - Médiuns - item 7 - Médiuns Curadores
MÉDIUNS PNEUMATÓGRAFOS
Médiuns Pneumatógrafos
177 Damos esse nome aos médiuns aptos a obter a escrita direta, o que não é possível a todos os médiuns escreventes. Essa faculdade é, até o presente momento, bastante rara; desenvolve-se provavelmente pelo exercício; porém, como dissemos, sua utilidade prática limita-se a uma constatação patente da intervenção de uma força oculta nas manifestações. Apenas a experiência pode fazer com que se saiba se a pessoa a possui; pode-se, portanto, experimentar, mas também pode-se solicitar que um Espírito protetor a faça. De acordo com o maior ou menor poder do médium, obtêm-se simples traços, sinais, letras, palavras, frases e até mesmo páginas inteiras. Basta geralmente deixar uma folha de papel dobrada num lugar qualquer ou indicado pelo Espírito durante dez minutos, às vezes um pouco mais. A prece e o recolhimento são condições essenciais; é por isso que se pode considerar impossível a obtenção de alguma coisa numa reunião de pessoas pouco sérias e que não estejam animadas de sentimentos simpáticos e benevolentes.
(Veja a teoria da escrita direta no capítulo 8, Laboratório do mundo invisível, questões nos 127 e seguintes, e no capítulo 12, Pneumatografia ou Escrita Direta Pneumatofonia.)
Trataremos de maneira especial os médiuns escreventes nos capítulos seguintes.
Allan Kardec - O Livros dos Médiuns - Parte Segunda - Manifestações Espíritas - cap. 14 - Médiuns -
item 8 - Médiuns Pneumatógrafos
Médiuns Escreventes ou Psicógrafos
Dynamic text markers: Capítulo 15
Médiuns Escreventes ou Psicógrafos
178 De todos os meios de comunicação, a escrita manual é o mais simples, cômodo e, principalmente, o mais completo. É nesse sentido que se devem direcionar todos os esforços, porque ela permite que se estabeleça com os Espíritos relações tão seguidas e tão regulares quanto as que existem entre nós; além disso, por esse meio os Espíritos revelam melhor sua natureza e o grau de sua perfeição ou inferioridade. Pela facilidade com que eles se exprimem, fazem com que conheçamos seus pensamentos íntimos e nos possibilitam assim julgá-los e apreciá-los em seu valor. A faculdade de escrever, para o médium, é além de tudo a mais fácil de se desenvolver pelo exercício.
Allan Kardec - O Livros dos Médiuns - Parte Segunda - Manifestações Espíritas - cap. 15 - Médiuns
Escreventes ou Psicógrafos
QUAIS AS VANTAGENS DESTE MEIO DE COMUNICAÇÃO MEDIÚNICA SOBRE OS DEMAIS?
MÉDIUNS MECÂNICOS
Médiuns Mecânicos
179 Se examinarmos certos efeitos que se produzem nos movimentos da mesa, da cesta ou da prancheta que escreve, não poderemos duvidar de uma ação exercida diretamente pelo Espírito sobre esses objetos. A cesta se movimenta às vezes com tanta violência que escapa das mãos dos médiuns; algumas vezes se dirige a certas pessoas presentes para lhes impressionar; outras vezes, seus movimentos demonstram um sentimento afetuoso. A mesma coisa acontece quando o lápis é colocado na mão do médium. Muitas vezes é lançado longe com força ou a mão, assim como a cesta, agita-se convulsivamente e bate na mesa com cólera, mesmo que o médium esteja na maior tranquilidade e se admire de não ter domínio sobre si.
Digamos, de passagem, que esses efeitos denotam sempre a presença de Espíritos imperfeitos; os Espíritos realmente superiores são constantemente calmos, dignos e benevolentes; se não são ouvidos convenientemente, retiram-se, e outros tomam seu lugar. O Espírito pode, portanto, exprimir diretamente seu pensamento, seja pelo movimento de um objeto, cuja mão do médium é apenas um ponto de apoio, seja por sua ação sobre a própria mão.
Quando age diretamente sobre a mão, o Espírito lhe dá uma impulsão completamente independente da vontade do médium. Ela se move sem interrupção e sem domínio do médium, enquanto o Espírito tem alguma coisa para dizer, e pára assim que ele termina.
O que caracteriza o fenômeno nessa circunstância é que o médium não tem a menor consciência do que escreve; essa inconsciência absoluta constitui o que chamamos de médiuns passivos ou mecânicos. Essa faculdade é preciosa por não permitir nenhuma dúvida sobre a independência do pensamento daquele que escreve.
Allan Kardec - O Livros dos Médiuns - Parte Segunda - Manifestações Espíritas - cap. 15 - Médiuns Escreventes ou Psicógrafos - item Médiuns Mecânicos
O LIVRO DOS MÉDIUNS
(publicado em janeiro de 1861)
Este livro reúne o ensino especial dos Espíritos Superiores sobre a explicação de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com os espíritos, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os tropeços que eventualmente possam surgir na prática mediúnica.
É constituído de duas partes: Noções preliminares e Das manifestações espíritas.
Dentre os vários assuntos que aborda, destacam-se: provas da existência dos Espíritos, o maravilhoso e o sobrenatural, modos de ser e proceder com os materialistas, três classes de espíritos, ordem a que devem obedecer os estudos espíritas: a ação dos Espíritos sobre a matéria, manifestações inteligentes, as mesas girantes, manifestações físicas, visuais, bicorporeidade, psicografia, laboratório do mundo invisível, ação curadora, lugares assombrados (com comentários sobre o exorcismo) tipos de médiuns e sua formação, perda e suspensão da mediunidade, inconvenientes e perigos da mediunidade, a influência do meio e da moral do médium nas comunicações espíritas, mediunidade nos animais, obsessão e meios de a combater, trata também de assuntos referentes à identidade dos Espíritos, às evocações de pessoas vivas, à telegrafia humana, além de vários temas intimamente relacionados com o Espiritismo experimental.
Não menos importante são os capítulos dedicados às reuniões nas sociedades espíritas, ao regulamento oficial da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritos e ao Vocabulário Espírita.
Como se observa, o Livro dos Médiuns é a obra básica da Ciência Espírita, graças a ele, o espiritismo firmou-se como Ciência Experimental.
Embora publicado há mais de 100 anos, seu conteúdo é atual, seus ensinamentos permitem ao leitor estabelecer relações evidentes da Ciência Espírita com várias conquistas científicas da atualidade.
O LIVRO DOS MÉDIUNS
O Livro dos Médiuns, ou Guia do Médiuns e dos Evocadores, é sequencia natural de O Livro dos Espíritos, que trata especialmente da parte experimental da Doutrina.
O Livro dos Médiuns tem como fonte básica a parte segunda de O Livro dos Espíritos, capítulo IX, que trata da Intervenção dos Espíritos no mundo corpóreo.
Antes da publicação de O Livro dos Médiuns, cerca (...) de um ano após o lançamento da 1ª edição de O Livro dos Espíritos, cujo sucesso surpreendeu até o próprio Allan Kardec, julgou este por bem editar uma espécie de manual essencialmente prático, que contemplasse a exposição completa das condições necessárias para a comunicação com os Espíritos e os meios de desenvolver a faculdade mediúnica. Esta providência revelou-se de suma importância, por que apontava um rumo, uma direção segura a quantos quisessem familiarizar-se com os mecanismos que possibilitem o intercâmbio espiritual entre os dois planos da vida, uma espécie de vade-mécum destinado a orientar corretamente as pessoas que, com a sistematização do Espiritismo em corpo de doutrina, passaram a interessar-se pelos fenômenos mediúnicos. Deu-lhe o Codificador da Doutrina o título de Instrução Prática sobre as Manifestações Espíritas.
Ordenando suas matérias em onze capítulos, precedidos de uma Introdução, um Vocabulário Espírita e de um interessante Quadro Sinótico da Nomenclatura Espírita especial, verdadeiro esforço de síntese, capaz de dar, numa única página, um quadro tão completo quanto possível das manifestações mediúnicas.
Não obstante o papel inestimável que esse livro desempenhou nos primórdios da Codificação espírita, Allan Kardec avisou aos leitores da Revista Espírita (agosto de 1860) que aquela obra estava inteiramente esgotada e não seria reimpressa. Novo trabalho, muito mais completo e que seguiria outro plano, viria a substituí-la dentro de pouco tempo. Foi a primeira referência ao lançamento de O Livro dos Médiuns , publicado em 1861.
O Livro dos Médiuns contém, de acordo com a sua folha de rosto, o ensino (...) dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os tropeços que se podem encontrar na pratica do Espiritismo.
O Livro dos Médiuns é uma dessas obras que merece um estudo acurado, profundo, o que nos exige, por certo, doses maiores de dedicação e constância. Não é, definitivamente, um livro de leitura digestiva, desses para se ler nas horas vagas. É um livro de estudo e pesquisa. E como tal como deve ser lido, estudado e meditado. A sua Introdução guarda preciosas lições, a começar pela definição do caráter da obra.
Kardec imprime-lhe a feição de "estudo sério e completo". O sério se contrapõe à leviandade com que a mediunidade era tratada em seu tempo (e também no nosso!); o completo refere-se à busca de se estudar por todos os ângulos este tema tão complexo, que é a mediunidade, sem que isso signifique a verdade total ou a última palavra.
A prática mediúnica, segundo Kardec, tem as seguintes consequências: (...) provar materialmente a existência do mundo espiritual. Sendo o mundo espiritual formado pelas almas daqueles que viveram, resulta de sua admissão a prova da existência da alma e a sobrevivência ao corpo. As almas que se manifestam, nos revelam suas alegrias ou seus sofrimentos, segundo o modo por que empregaram o tempo de vida terrena; nisto temos a prova das penas e recompensas futuras. Descrevendo-nos seu estado e situação, as almas ou Espíritos retificam as ideias falsas que faziam da vida futura (...).
Passando assim a vida futura do estado de teoria vaga e incerta ao de fato conhecido e positivo, aparece a necessidade de trabalhar o mais possível, durante a vida presente (...) em proveito da vida futura (...). A demonstração da existência do mundo espiritual que nos cerca e de sua ação sobre o mundo corporal, é a revelação de uma das forças da Natureza e, por consequência, a chave de grande número de fenômenos até agora incompreendidos, tanto na ordem física quanto na ordem moral. (6)
Entre tantos pontos analisados pelo Codificador em O Livro dos Médiuns, há um que merece destaque porque diz respeito ao conceito de médium e mediunidade. Esclarece que médium não é apenas pessoa cuja faculdade mediúnica se manifesta por meio de efeitos patentes, trata-se de uma faculdade do espírito imortal: Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns.(6)
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