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quarta-feira, 29 de julho de 2015

DESOBSESSÃO 8

DESOBSESSÃO 8

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E WALDO VIEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ANDRÉ LLUIZ
(15)


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IMPREVISTOS



          O grupo deve contar com imprevistos.

          Existem aqueles de natureza externa a que não se pode dar atenção, quais sejam chamamentos inoportunos de pessoas incapacitadas ainda para compreender a gravidade do trabalho socorrista que a desobsessão desenvolve, batidas à porta já cerrada, por irmãos do círculo, iniciantes e retardatários, ainda não afeitos àdisciplina, ruídos festivos da vizinhança e barulhos outros, produzidos vulgarmente por insetos, animais, viaturas, etc.

          Há, porém, os embaraços no campo interno da reunião, dentre os quais se destacam a luz apagada de chofre ou o mal-estar súbito de alguém.

          Nesses casos, o dirigente da casa tomará providências imediatas para que os problemas em curso se façam compreensivelmente atendidos.


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MANIFESTAÇÃO FINAL DO MENTOR


          Aproximando-se o horário de encerramento, o dirigente da reunião, depois de verificar que todos os assuntos estão em ordem, tomará a palavra, explicando que as atividades se acham na fase terminal, solicitando aos presentes pensamentos de paz e reconforto, notadamente a benefício dos sofredores.

          Em seguida, recomendará aos médiuns passistas atenderem ao encargo que lhes compete e solicitará da assembléia a continuidade da atenção e do silêncio, para que o médium indicado observe se o orientador espiritual da reunião ou algum outro instrutor desencarnado deseja transmitir aviso ou anotação edificante para estudo e meditação do agrupamento. Se a casa dispõe de aparelho gravador, é importante que a máquina esteja convenientemente preparada e em condições de fixar a palavra provável do comunicante amigo.

          Na hipótese de verificar que o orientador desencarnado não deseja trazer nenhum aviso ou instrução, o médium indicado dará ciência disso ao dirigente, a fim de que ele profira a prece final e, em seguida, declare encerrada a reunião.


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GRAVAÇÃO DA MENSAGEM


          O diretor da reunião, se existe no grupo a possibilidade de gravação da mensagem final, que possa servir na edificação comum, não se alheará do trabalho dessa natureza, conquanto designe esse ou aquele companheiro para auxiliá-lo.

          Responsabilizar-se-á diretamente pelo material de que os benfeitores espirituais se utilizarão, fazendo-se zelador atencioso do aparelho gravador e dos respectivos implementos, compreendendo que os serviços programados para cada reunião devem ser executados sem atropelos ou omissões.

          O grupo ouvirá atenciosamente a palavra do comunicante amigo, seja ele o orientador da casa ou algum benfeitor recomendado por ele.

          Freqüentemente, o visitante encaminhado à reunião pelo mentor pode não ser um luminar da Espiritualidade Maior, e sim um companheiro recém-convertido à Verdade, disposto a relatar as próprias experiências, quase sempre esmaltadas de lembranças dolorosas, ocorrência essa que se verifica objetivando-se o conforto ou a edificação.

          De qualquer modo, a palavra do visitante espiritual, pelo médium, deve ser ouvida com o respeito máximo, procurando-se nela, acima de qualquer preceito gramatical, o sentido, a lógica, a significação e a diretriz.


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PRECE FINAL


          A oração final, proferida pelo dirigente da reunião, obedecerá à concisão e à simplicidade.


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ENCERRAMENTO


          Terminada a prece final, o diretor, com uma frase breve, dará a reunião por encerrada e fará no recinto a luz plena.

          Vale esclarecer que a reunião pode terminar, antes do prazo de duas horas, a contar da prece inicial, evitando-se exceder esse limite de tempo.


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CONVERSAÇÃO POSTERIOR Á REUNIÃO



          Claro que terminada a reunião se sintam os integrantes da equipe inclinados a entrelaçar pensamentos e palavras na conversação construtiva, por enquanto, se a alegria da obrigação cumprida não lhes marca o íntimo, algo existe na equipe a ser necessariamente retificado.

          Euforia de confraternização, reconforto do dever nobremente atendido.

          Não raro, surge a oportunidade da prosa afetiva em torno de um café ou enquanto se espera condução.

          Falemos, cultivando bondade e otimismo.

          Importante que a palestra não descambe para qualquer expressão negativa.

          Se um dos desencarnados sofredores emitiu conceitos menos felizes, ou se um dos médiuns em ação não conseguiu desincumbir-se corretamente das atribuições que lhe foram conferidas em serviço, evitem-se com empenho reprovações, criticas, motejos, sarcasmos.

          Compreendamos que uma equipe para a desobsessão se desenvolve e se aperfeiçoa com serviço e tempo, como qualquer outra empresa produtiva, e algum comentário desairoso, destacando deficiências e males, constitui prejuízo na obra do progresso e na consolidação do bem.


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REOUVINDO A MENSAGEM


          Ainda no recinto ou nos dias subseqüentes, é aconselhável que os lidadores da desobsessão, quando seja necessário, reouçam a mensagem educativa, obtida na fase terminal das tarefas, caso haja sido gravada. Procurar  repitamos  nas frases do comunicante a essência e a orientação. Por outro lado, abster-se do impulso da divulgação, sem estudo.

          Cabe refletir que as primeiras instruções para a criatura reencarnada se verificam no plano doméstico. A criatura humana recebe dos pais e dos instrutores do lar conselhos e indicações inesquecíveis, mas, por isso, nem todos podem ser ençaminhados às tipografias para o trabalho publicitário. Ninguém se lembrará de enviar uma advertência maternal qualquer para a imprensa, conquanto um aviso de mãe seja sempre uma peça preciosa para os filhos a que se destine.

          O dirigente, na hipótese da recepção de mensagens destinadas à propagação, precisará joeirá-las em rigorosa triagem, solicitando, para esse fim, o concurso de companheiros habituados às lides culturais e doutrinârias, com autoridade bastante para emitir opiniões, verificando, igualmente, se as instruções obtidas não coincidem, na forma literal, com essa ou aquela página espírita, mediúnica ou não, já consagrada na leitura comum, embora o fundo moral seja respeitável.


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ESTUDO CONSTRUTIVO DAS PASSIVIDADES


Ë interessante que dirigente, assessores, médiuns psicofônicos e integrantes da equipe, finda a reunião, analisem, sempre que possivel, as comunicações havidas, indicando-se para exame proveitoso os pontos vulneráveis dessa ou daquela transmissão.

As observações fraternas e desapaixonadas, nesse sentido, alertarão os companheiros da mediunidade quanto a senões que precisem evitar e recordarão aos encarregados do esclarecimento pequenas inconveniências de atitude ou palavra nas quais não devem reincidir.

De semelhante providência, efetuada com o apreço recíproco que necessitamos sustentar uns para com os outros, resultará que todos os componentes da reunião se investirão, por si mesmos, na responsabilidade que nos cabe manter no estudo constante para a eficiência do grupo.

         Se os médiuns esclarecedores julgam conveniente a atenção desse ou daquele médium psicofônico em determinado tema de serviço espiritual, chamá-lo-ão a entendimento particular, evitando-se a formação de suscetibilidades, salientando-se que os próprios médiuns psicofônicos, se libertos de teias obsessivas, são os primeiros a se regozijarem com o exame sincero do esforço que apresentam.


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SAÍDA DOS COMPANHEIROS


          A saída dos companheiros realizar-se-á nos moldes da discrição seguidos na entrada.

          Evitar-se-ão gritos, gargalhadas, referências maliciosas, anedotário picante.

          O serviço da desobsessão reclama a tranqüilidade e o respeito que se deve a um sanatório de doenças mentais.

          Considerem os companheiros dessa sementeira de amor que estão sendo, muitas vezes, seguidos e observados por muitos enfermos desencarnados que lhes ouviram, com interesse, as exortações e os ensinos, no curso da reunião, e será contraproducente, além de indesejável, qualquer atitude ou comentário pelos quais os tarefeiros do socorro espiritual desmanchem, invigilantes, os valores morais que eles próprios construíram na consciência e no ânimo dos Espíritos beneficiados.


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COMENTÁRIOS DOMÉSTICOS


          De volta a casa, convém que os servidores da desobsessão silenciem qualquer nota inconveniente acerca de transmissões, influências, fenômenos ou revelações havidas na reunião.

          Se os comunicantes se referirem a problemas infelizes, como sejam crimes, ofensas, mágoas ou faltas diversas, cabe-nos recordar que a obra da desobsessão, no fundo, é libertação das trevas de espírito e não existe libertação das sombras sem esquecimento do mal.

          Conversas acerca de quaisquer maníf estações ou traços deprimentes do amparo espiritual efetuado estabelecem ímãs de atração, criando correntes mentais de ação e reação entre os comentaristas e os que se tornam objeto dos comentários em pauta, realidade essa que faz de todo desaconselháveis as referências sobre o mal, de vez que funcionam à maneira de bisturis visíveis, revolvendo inutilmente as chagas mentais dos enfermos desencarnados que foram atendidos, arrancando-os do alívio em que estão mergulhados, para novas síndromes de angústia.

          Isto, porém, não impede que médiuns esclarecedores, médiuns psicofônicos e companheiros outros analisem determinadas passagens da palavra ou da presença das entidades sofredoras, em círculo íntimo, para estudo construtivo, com efeitos na edificação do bem, ao modo de especialistas num simpósio conduzido com discrição.

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