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terça-feira, 28 de julho de 2015

O VERDADEIRO AMOR RESPEITA A LIBERDADE

O VERDADEIRO AMOR RESPEITA A LIBERDADE

(...)

Era uma vez uma menina que tinha um pássaro como seu melhor amigo. Não era um pássaro comum. Era encantado e, ao contrário de outras aves de estimação, não vivia preso. Voava para longe e voltava quando sentia saudades.

Sua plumagem era também diferente e se alterava de acordo com as experiências vividas em suas longas viagens.

Certa vez voltou totalmente coberto de alva plumagem e enormes caudas brancas. E disse à menina:

- Estive no alto de uma montanha coberta de neve, tudo maravilhosamente branco e puro, nada se ouvia a não ser o vento que estalava o gelo que cobria as árvores! Trago um pouco daquele encantamento em minhas asas.

E assim era na volta de cada viagem. Ele cantava as canções e histórias de cada lugar que visitava.

Mas um dia a menina, cansada de sentir saudades do seu pássaro a cada partida, resolveu trancá-lo numa linda gaiola. Queria usufruir da sua companhia em tempo integral; não queria sentir saudade.

O pássaro lastimou em canto triste. A prisão fizera-o perder o seu encantamento e, com o passar do tempo, suas penas tornaram-se cinzentas e sem brilho e a ave nunca mais cantou.

Será que, ao obrigar a pessoa amada a ficar perto de nós o tempo todo e viver somente para nós, não estaremos agindo como a menininha da história? A pessoa que tanto amamos não merece voar?

Pensemos nisso.


Sandra Marinho
 Fonte: jornal Folha Espírita de novembro/2014, páginas 8/9.

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