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domingo, 26 de julho de 2015

Dirigente Reunião Mediúnica

 UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA
ÁREA DE ORIENTAÇÃO MEDIÚNICA

Dirigente Reunião Mediúnica
 Belo Horizonte

© 2013,UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA  ÁREA DE ORIENTAÇÃO MEDIÚNICA.
 Redação de Texto: Área de Orientação Mediúnica.
Editoração de texto: Antelene Bastos e Daniela Arreguy
Capa: Eliana Bedeschi
Projeto Gráfico da Capa: Área de Comunicação Social Espírita-UEM
Revisão Final: Antelene Bastos
UNIÃO ESPÍRITA MINEIRA
Sede Federativa:
Av. Olegário Maciel, 1627  Lourdes
30.180-111 Belo Horizonte - MG- Brasil
Tel.: (31) 3201-3261
uemmg@uemmg.org.br
(Permitida a reprodução, desde que o texto não seja alterado)

SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
2 REUNIÕES
 2.1 Conceito e finalidade
2.2 Formação do grupo mediúnico
2.3 Requisitos essenciais dos componentes
2.4 Tipos de reuniões mediúnicas
2.5 Preparação para o trabalho
3 DIRIGENTE DE REUNIÕES MEDIÚNICAS
3.1 Conceito
3.2 Formação do
3.2.1 Liderança
3.2.2 Escolha do dirigente
3.3 Critérios para a direção espírita
3.4 Formação moral
3.5 Atribuições e responsabilidades
3.6 Afastamento ou ausência do
4 EVANGELHO E MEDIUNIDADE
5 CONCLUSÃO
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APRESENTAÇÃO

Eis que o semeador saiu a semear. (Mateus, 13:3).

(...) o servidor do Evangelho é compelido a sair de si próprio, a fim de beneficiar corações alheios.
É necessário desintegrar o velho cárcere do ´ponto de vista` para nos devotarmos ao serviço do próximo. (Emmanuel, Fonte viva, cap. 64).

Incentivados pelo pensamento do Cristo, temo-nos dedicado à semeadura dos ensinamentos espíritas, sobretudo no que tange à mediunidade com Jesus. Cônscios da responsabilidade que envolve as atividades mediúnicas, refletimos, naturalmente, na condição daquele que assume a direção delas, o que nos faz pensar, figuradamente, que só se concede a direção de um automóvel àquele que está habilitado para tal. Por isso, sentimos necessidade em discorrer sobre o tema O Dirigente de Reuniões Mediúnicas, de modo a possibilitar algumas reflexões e esclarecimentos a fim de que saibamos exatamente para onde nos dirigimos; ou seja, se os recursos empreendidos legitimam a caridade cristã e se o trabalho está edificado nas bases sólidas da lógica e do bom senso.

É importante lembrar que este material foi apresentado no COFEMG - Conselho Federativo de Minas Gerais -, realizado em novembro de 2004. Foi avaliado pelos representantes de cada Conselho Regional Espírita, cujas contribuições foram valiosas, além de outras que nos foram enviadas posteriormente.

Certos do amparo espiritual na organização das idéias, nosso desejo é encontrar, nos (as) companheiros (as), aquela disposição necessária, relativa ao deixar liberta a terra íntima dos espinheiros da indiferença e dos pedregais do orgulho, a fim de que esta semente seja acolhida pela boa terra do discernimento e da fidelidade, capaz de gerar frutos profícuos e de proporcionar uma caminhada mais segura e feliz.

1 INTRODUÇÃO

E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o Evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. (Mateus, 4:23).

Em todas as épocas da humanidade é certa a posição do homem ora como dirigente, ora como dirigido. A formação de grupos em torno de uma atividade surge em todos os departamentos da vida, em princípio, obedecendo a um impulso natural de satisfação das necessidades materiais básicas, para depois se revelar como condição aferidora dos valores espirituais que definem nossa evolução. É interessante notar, na trajetória humana, as variadas manifestações de liderança e direção: aqui surgem os condutores da revolução e da guerra, acolá os incentivadores da paz e da compreensão, adiante os missionários do bem em luta permanente pela transformação do mal. Em todos eles percebemos a elevada capacidade de conduzir, mas, o que os diferencia é a base sobre a qual se apóiam, demonstrando o sentimento que vibra na intimidade de cada um.

Conceituar, apresentar o critério na direção espírita, demonstrar os deveres morais, atribuições e responsabilidades dos dirigentes de reuniões mediúnicas são alguns dos aspectos abordados neste trabalho, elaborado com sincero desejo de colaborar na capacitação do trabalhador espírita. Além disso, abordamos as funções diferenciadas como a do dirigente e a do doutrinador/dialogador, as quais podem aparecer conjugadas, quando o dirigente tem para si, além do encargo da direção, o diálogo com os Espíritos.

De qualquer modo, seja conduzindo e/ou dialogando, a recomendação será sempre a mesma, trazida por Jesus, no Evangelho de Marcos, capítulo 10, versículos 43 e 44: Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal: E qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos.

2 REUNIÕES MEDIÚNICAS

Então disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai pois ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara. (Mateus, 9: 37 e 38).

Antes de abordarmos o tema central deste trabalho, O Dirigente de Reuniões Mediúnicas, precisamos traçar alguns conceitos preliminares, a fim de obtermos êxito na elaboração das idéias. De acordo com Allan Kardec:

As reuniões espíritas oferecem grandíssimas vantagens, por permitirem que os que nelas tomam parte se esclareçam, mediante a permuta das idéias, pelas questões e observações que se façam, das quais todos aproveitam. Mas, para que produzam todos os frutos desejáveis, requerem condições especiais, (...), porquanto erraria quem as comparasse às reuniões ordinárias.1

Não entraremos aqui na classificação das reuniões espíritas, abordadas por Allan Kardec em O Livro dos Médiuns - no capítulo XXIX, da segunda parte - para não estendermos muito este assunto, por serem objetivo deste trabalho as considerações acerca do dirigente de reuniões mediúnicas. Mas será útil anotarmos que as reuniões podem ser frívolas, experimentais ou instrutivas, segundo o gênero e a finalidade a que se propõem. Além disso, encontraremos no capítulo III, da primeira parte de O Livro dos Médiuns, a distinção feita por Kardec, ao observar entre os que já se convenceram do Espiritismo, os espíritas experimentadores, os espíritas imperfeitos, os espíritas cristãos e os espíritas exaltados.

É indiscutível que estamos tratando aqui das reuniões instrutivas e sérias, cujo propósito não é a invocação de bons Espíritos, pois sabemos que isto não basta para atraí-los, mas, sim, a qualificação dos grupos a que nos ligamos, conforme a seguinte elucidação:

Os Espíritos são atraídos na razão da simpatia que lhes inspire a natureza moral do meio que os evoca. Os Espíritos superiores se comprazem nas reuniões sérias, onde predominam o amor do bem e o desejo sincero, por parte dos que as compõem, de se instruírem e se melhorarem. A presença deles afasta os Espíritos inferiores que, inversamente, encontram livre acesso e podem obrar com toda liberdade entre pessoas frívolas ou impelidas unicamente pela curiosidade e onde quer que existam maus instintos. Longe de se obterem bons conselhos, ou informações úteis, deles só se devem esperar futilidades, mentiras, gracejos de mau gosto, ou mistificações, pois que muitas vezes tomam nomes venerados, a fim de melhor induzirem ao erro.2

Dessa forma, entendemos que natural é, entre os que se ocupam com o Espiritismo, o desejo de poderem pôr-se em comunicação com os Espíritos.3 Porém, para isso, é preciso pensar a que classe de espíritas pertencemos, se é a dos experimentadores ou exaltados, ou se já nos ligamos aos grupos mediúnicos na condição do espírita-cristão: aquele que não se contenta em admirar a moral espírita mas se esforça por praticá-la.

1 KARDEC. O Livro dos Médiuns, cap. XXIX, Item 324.

2 Idem. O Livro dos Espíritos, p. 26.

3 Idem. O Livro dos Médiuns, introdução.

2.1 Conceito e finalidade

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