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Centro Espírita Léon Denis
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Tema:16ºEncontro Sobre "O Livro dos Espíritos"
Expositora: Elizabeth Operti
Rio de Janeiro
Dirigente do Estudo:
Mauro Bueno
Oração Inicial:
Exposição:
Espero que a nossa conversa seja proveitosa para mim, tanto quanto para vocês. O tema escolhido para esse Encontro fala da morte e da vida após a morte. Um assunto do qual costumamos fugir, evitar, negar, mas, de qualquer forma, um assunto que é inevitável. Estaremos sempre colocados diante dele. A propósito, transcreveremos aqui um texto publicado na revista “Veja”, do dia 6 de outubro de 1999, sob o título "O duro exercício do adeus":
"Você recebe a notícia de que um parente querido tem uma doença letal. Conta ou não conta? Se contar, como? O que vem em seguida é duro: sensação de impotência, tristeza, revolta. Acompanhar o sofrimento do outro, ver o medo em seus olhos. Mais adiante, talvez seja preciso tomar outras decisões terríveis. Até onde vale a pena prorrogar a vida de um doente terminal? Se não suportar submetê-lo ao suplício de uma UTI, as opções continuam difíceis. Negar ao moribundo os cuidados que mantêm os pulmões respirando, o tubo que o alimenta? Em algum momento dessas etapas, ou talvez depois, já no luto, outra pergunta se insinuará: e quando chegar minha hora, como vai ser?
Confrontar-se com a morte, com sua negatividade absoluta, como dizem os filósofos, é a mais aterradora das questões, aquela que acompanha o ser humano desde aquele instante, na infância, quando se descobre o inevitável: todos os que estamos vivos vamos morrer. Os familiares mais queridos, os amigos. Nós. Mesmo para os que crêem na imortalidade da alma, a lembrança da finitude do corpo apavora. Como lidar com a morte? Não há, obviamente, respostas fáceis. Mas com certeza ignorá-la, sufocar as lágrimas, abafar o luto é a pior maneira, segundo a psicóloga Maria Helena Bromberg.
Essas são as questões básicas que iremos discutir no Encontro: o medo de morrer e o medo de perder aqueles que são os nossos afetos mais queridos. Como lidar com esse medo? Como lidar com a perda? Haverá na Doutrina Espírita elementos que nos ajudem a responder a essas questões?
Começaremos no Encontro pela proposta de trabalhar essas idéias e de encarar a morte de forma natural, tratar do assunto com naturalidade, considerando a morte como um fenômeno natural em si mesmo.
Hoje encontramos grupos de pessoas interessadas em tratar desses assuntos como algo com o que temos que conviver. É o caso da psicóloga Maria Helena Bromberg, a quem nos referimos ao citar a matéria da revista. Maria Helena coordena o laboratório de estudos e intervenção sobre o luto, serviço de assistência psicológica mantido pela Universidade Católica de São Paulo, com o objetivo de aliviar a angústia de quem teve uma morte em família.
Lembramos também os estudos desenvolvidos pela Dra. Elisabeth Kubler - Ross com pacientes terminais, nos quais ela observa a maneira como reagem à idéia de que estão perto da morte. Esses estudos nos mostram que o paciente terminal passa por estágios bem definidos na sua preparação para a partida. Esses estágios começam pela negação da própria morte e se seguem numa tentativa de burlar ou ignorar o inevitável. A barganha, por exemplo, um desses estágios, é freqüentemente observada, não só em pacientes terminais, mas também em doentes graves que julgam que podem vir a não se recuperarem. É uma tentativa de entrar em acordo com Deus no sentido de prolongar ao máximo a existência na Terra. O último desses estágios, segundo a doutora, é o da aceitação por falta de qualquer perspectiva ou alternativa.
O que a Doutrina Espírita teria a acrescentar a esse quadro? Pelos seus ensinamentos e pela vivência do intercâmbio com os desencarnados, a Doutrina Espírita oferece elementos ao paciente terminal e aos seus familiares no sentido de ir um pouco além da aceitação passiva e alcançar um estado íntimo de resignação pela aceitação de que a vontade de Deus é a melhor para cada uma de suas criaturas.
Outro aspecto a ser estudado no Encontro é a questão do desconhecimento em relação ao que acontece ao espírito desencarnante no momento da morte do corpo. Estaremos analisando depoimentos de espíritos que voltaram para narrar todo o seu processo de desencarnação. No entanto, nesses depoimentos falta a visão daqueles que participaram do processo como auxiliares para o desligamento do espíritos. Iremos buscar essas informações em obras de André Luiz. Ainda assim, conhecendo o processo por que passa o espírito, a dor pela perda do ente querido não é menor. Iremos buscar então no estudo desenvolvido por Maria Helena Bromberg os fatores que são determinantes na maneira de lidar com a perda dos entes queridos.
E traremos respostas para algumas das questões mais dolorosas formuladas por aqueles que perdem seus afetos mais queridos: onde está ele? Com quem está? Como está? Como obter notícias? E na busca de respostas a essas questões, analisaremos mensagens de jovens desencarnados por suicídio, assassinato ou acidente - casos considerados por Maria Helena Bromberg no topo da escala da dor da perda de entes queridos. (t)
Perguntas/Respostas:
[01]
[02]
[03]
[04]
Nota de MBueno: Em curtas palavras, trata-se de suicídio motivado por egoísmo. As pessoas não são nossas e temos de permitir-lhes a evolução.
[05]
Por isso, as religiões são unânimes em recomendar que nem só de pão vive o homem. Começar a cultivar os valores do espírito (e os prazeres do espírito) ao lado da satisfação dos sentidos pode ser uma boa dica. (t)
[06]
[07]
Estamos, a duras penas, aprendendo pelo sofrimento que o preço que estamos pagando por tudo isso não tem valido a pena, no final das contas. Então, o que fazer? Buscar novos caminhos, novas alternativas, apontados por aqueles que encontraram primeiro que nós o caminho da felicidade. Não que queiramos ser bons, queremos apenas ser felizes. (t)
Oração Final:
Num pleito de agradecimento e rogando a ele que permita o amparo a todos os que aqui compareceram, e também que estas vibrações de amor e paz possa se estender a todos os locais onde haja uma dor e sofrimento, que eles possam ser amenizados, e pedimos também, nos auxilie a mantermos os firmes propósitos de colocar em prática estes ensinamentos que aqui colhemos, e que possamos estar aqui mais uma vez reunidos no próximo sábado. Graças ó Pai de amor e bondade, que nos supre a vida. A tua paz esteja conosco, hoje e sempre. (t)
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