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Centro Espírita Léon Denis
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Tema: Justiça Divina "O Livro dos Espíritos"
Questões 971 a 976
Expositora: Deise Bianchini
Mato Grosso do Sul
Dirigente do Estudo:
Mauro Bueno (nick: MBueno)
Oração Inicial:
Exposição:
Os maus dão vazão a esses pensamentos, e não podendo atuar, conduzirão suas vítimas aos lugares onde encontram as paixões que querem sentir. Sendo que a influência que os espíritos exercem uns sobre os outros dependerá do seu grau de evolução. Será boa por parte dos bons espíritos, mas os perversos procurarão desviar do caminho do bem e do arrependimento àqueles sobre os quais conseguirem exercer influência, através de sintonia.
Os sofrimentos que os espíritos maus passam são difíceis de descrever, mesmo através de seus relatos. Esses sofrimentos não são uniformes e variam ao infinito, segundo a natureza e o grau das faltas cometidas e são, quase sempre, essas faltas que servem como castigo. É assim que certos homicidas são constrangidos a permanecer no lugar do seu crime e a rever, sem cessar, suas vítimas sob seus olhos; que o homem de gostos sensuais e materiais conserva esses mesmos gostos, mas a impossibilidade de os satisfazer materialmente é para eles uma tortura; não há uma falta, uma imperfeição moral, uma ação má que não tenha, no mundo dos Espíritos sua contrapartida e suas conseqüências naturais e, por isso, não há necessidade de um lugar determinado e circunscrito: por toda parte em que se encontre, o espírito perverso carrega o seu inferno consigo. Os espíritos inferiores percebem a felicidade dos justos, e isso lhes é um suplício, porque compreendem que estão dela privados por sua própria culpa. O espírito liberto da matéria deseja uma nova vida corporal, pois cada existência, se for bem empregada, abrevia a duração desse suplício.
É então que o Espírito procede à escolha das provas, por meio das quais passa voluntariamente, por todo bem que poderia ter feito e não fez, assim como por todo o mal decorrente de não haver feito o bem. Os sofrimentos e as tristezas da Terra são percebidos pelos espíritos, mas eles consideram de outro ponto de vista esses sofrimentos, porque sabem que são úteis ao nosso progresso se os suportarmos com resignação. O que os entristece é a nossa falta de ânimo para os suportar. A crença no Espiritismo ajuda o homem a se melhorar, firmando-lhe as idéias sobre certos pontos do futuro, mas só o bem pode assegurar nosso sucesso.
Para finalizar , gostaria de colocar o relato de um espírito, que nos traz sua experiência para nosso aprendizado: vivia essa mulher, na época da escravidão, no campo. Era branca e casada com um negro liberto; apesar da vida saudável, ansiava pela cidade e suas novidades. Dele teve dois filhos negros e uma menina branca. Com a morte do companheiro finalmente mudou-se para a cidade. Como ainda era bonita, logo encontrou novo parceiro. Esse homem branco não aceitava os dois meninos negros e acabou convencendo-a a deixá-los para que eles corressem o mundo, sendo que, a menina poderia acompanhá-los. Ele os vendeu como escravos, sendo levados, acorrentados, a trabalhar em uma estrada de ferro.
O tempo passou, ela e a filha tornaram-se cortesãs, encaminhadas por esse mesmo homem. A filha morreu jovem, e ela, após levar a vida em "diversão", também acabou por morrer, sem nunca se preocupar com o destino dos meninos.
Ao chegar ao plano Espiritual teve o filho mais velho como terrível obsessor, que através de induções a manteve acorrentada à mesma estrada de ferro onde ele havia morrido por maus tratos dos feitores. Após pensar em suas atitudes e tudo que tinha feito, achou que merecia o castigo e dentro de um remorso destrutivo, passou muitos anos a vagar, do começo ao fim, nessa estrada de ferro, achando que ficaria ali por toda eternidade, sendo por algum tempo observada por seu inimigo.
Após muito tempo conseguiu perceber a presença do filho mais novo. A princípio teve medo de novos castigos, mas aos poucos conseguiu ouví-lo. Foi quando percebeu que ele não iria ferí-la. Esse filho falava-lhe de amor, de perdão, da bondade de Deus, da necessidade de arrepender-se e pedir perdão e que ele a havia perdoado. Mas ainda ficou muito tempo nesse local, sentindo revoltada contra tudo, até que não tolerando mais o sofrimento, começou a mudar.
Nesse momento o socorro foi possível, e agora, já recuperada, após vagar 87 anos, tem esperanças de poder reparar seus erros e poder fazer o bem àqueles Espíritos que tanto prejudicou.(t)
Perguntas/Respostas:
[01]
[02] <}FFeItIcEiRa{> Quanto a questão do auxílio, devemos lembrar que, temos auxílio superior sempre que desejamos, não é? Por isso acho que no caso supra, o irmão menor soube perdoar sua mãe e auxiliá-la a tempo. Isso não significa que o outro irmão foi auxiliado, não é? (t)
Este aspecto é tremendamente importante, pois o remorso do sofredor abaixa seu padrão vibratório e o faz sofrer conforme sua descrição. (t)
[03] <|Curiosa|> Como pode o remorso ser construtivo?
Por outro lado, se você sente o remorso e fica achando que merece tudo de mau que daí resulta, sem procurar os caminhos da reforma, aí ele será destrutivo. Use esse sentimento como um impulso para subir como num salto, quando você se agacha é o momento do remorso, do arrependimento, quando você salta é o resultado de sua vontade de mudar, de sair do lugar, para o alto, para o perdão. (t)
[04]
873 O sentimento de justiça está na natureza ou vem de idéias adquiridas?
Está na natureza. O progresso moral desenvolve, sem dúvida, esse sentimento, mas não o dá. Deus o colocou no coração do homem. Daí vem que, freqüentemente, em homens simples e incultos se vos deparam noções mais exatas da justiça do que nos que possuem grande cabedal de saber. Se erramos, isso vem de nosso livre arbítrio. (t)
[05]
[06] <}FFeItIcEiRa{> Mas o remorso rebaixa o padrão vibratório em todos os casos? Por exemplo: se o remorso é um arrependimento do ato cometido e aí sim, facilitaria o seu auxilio? Não aumentaria nesse caso o padrão vibratório? (t)
[07] <}FFeItIcEiRa{> Devemos lembrar que nós, encarnados, também ficamos remoendo falhas praticadas, não é? E acabamos piorando a situação pois não conseguimos evoluir nunca! Assim, não adianta simplesmente errar e se arrepender, temos que modificar nossos atos e começar a modificar-nos interiormente primeiro, não é?
[08]
[09] <|Curiosa|> Perdoar a nós mesmos! Esse não é um dos primeiros passos para a nossa reforma íntima?
[10]
[11] <_angelo_> Amiga Naema, apenas para reforçar respostas anteriores, Kardec nos informa no livro O Céu e o Inferno: Arrependimento, expiação e reparação são as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e as suas conseqüências, certo?
[12]
[13] <}FFeItIcEiRa{> Uma questão interessante também: esses dias lendo um livro de André Luiz, observei que, estamos em contínuo resgate, não é? E, estes resgates não se tratam somente de faltas passadas, mas sim das praticadas nessa mesma encarnação. Por isso a necessidade de nos policiarmos sempre, não é? Pois resgatando falhas praticadas aqui, subiremos sempre um degrau a mais, não havendo necessidade de um novo reencarne, não é?
[14]
Oração Final:
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