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sexta-feira, 1 de junho de 2012

ESPIRITISMO: Ciência, Filosofia e Religião


Rodrigo Machado Tavares

O início deste século XXI começa a se caracterizar como um momento de grandes mudanças no orbe terrestre. Não é preciso fazer uma análise muito detalhada para constatarmos que a Terra vem passando visivelmente por transformações em vários aspectos. A humanidade, então, mostra-se cada vez mais em busca de explicações. E estas são desenvolvidas em diversos campos do conhecimento humano, os quais sempre permeiam, de formas direta e/ou indireta, a ciência, a filosofia e a religião.
Apesar destes esforços, o homem dificilmente consegue associar de forma harmônica esses três pilares do saber humano. É justo dizer que, a partir do final do século passado, grandes avanços foram alcançados, sobretudo no âmbito científico.
Contudo, em verdade, cientistas, filósofos e religiosos, ainda, apesar de grandes avanços na “relação” entre si, muitas vezes parecem viver em mundos paralelos. E, desta forma, somos levados a observar que a razão pela qual ainda existem certos abismos entre estas três vertentes do conhecimento humano, talvez, seja o fato de que poucos entenderam, ou se quer tentaram analisar, os pensamentos inspirados de missionários como Albert Einstein que nos disse certa feita: “Deus é a Lei e o Legislador do Universo”.
Diante, assim, deste panorama, o Espiritismo se vem mostrando, cada vez mais, a fonte segura para tirar as nossas dúvidas e as nossas incer-tezas em quaisquer campos do conhecimento. Isto porque, sendo a Doutrina Espírita o consolador prometido pelo nosso Mestre Jesus, veio unir o que homem ainda insiste em separar. Em outras palavras, vem mostrar a humanidade que para evoluir das trevas para a luz é preciso integrar ciência, filosofia e religião. E é este o seu tríplice aspecto.
O Espiritismo é religião; não no sentido dogmático da palavra, mas no sentido hermenêutico da mesma. Isto é, no sentido mais profundo, o Espiritismo é, sim, religião, uma vez que esclarece de forma clara e concisa como o homem poderá desenvolver a sua ligação com o Pai Celestial. Este tópico é bastante elucidado em todo O Evangelho segundo o Espiritismo.
O Espiritismo é filosofia. Sobre isto, Allan Kardec chega mesmo a dizer que a força do Espiritismo está “na sua filosofia, no apelo que dirige à razão, ao bom-senso”. (O Livro dos Espíritos, p.484, 76.ed FEB).
E o Espiritismo é ciência. Para muitos, até mesmo alguns de nós espíritas, por mais paradoxal que pareça, esta idéia ainda não é muito clara. Talvez isso se deva ao fato de vivermos ainda num planeta com fortes tendências materialistas. Realmente, é correto afirmar que na maioria dos centros de pesquisas, dos centros acadêmicos, dos meios de comunicação e até mesmo dos meios artísticos existe um forte domínio de uma postura materialista e, por assim ser, somos levados quase todos, de formas direta e/ou indireta, a pensar que religião e ciência não se “misturam”. (Essa discussão, por si só, é um tema para um outro artigo). Isto é, pois, um grande equívoco. E a própria ciência, ironicamente, vem-nos mostrando isto. Por exemplo, através da física quântica, curiosamente, os cientistas vêm estudando a estrutura do átomo para entender o Universo. Estabelece-se, cada vez mais, um elo entre o microcosmo e o macrocosmo, demonstrando, mesmo que sem a vontade deles, a grandeza do Pai e a harmonia da Sua casa, o Universo. É interessante notar que, o instrutor de André Luiz, no livro Libertação, através de Chico Xavier, já falava isso que a ciência vem percebendo: “Existem princípios, forças e leis no universo minúsculo, tanto quanto no universo macrocósmico”. A literatura espírita está repleta de verdadeiras fontes sublimes de conhecimento que es-clarecem os mais variados temas, muitos deles, intrigantes até hoje, que vão desde clonagem até a for-mação do Universo. Uma leitura minuciosa de O Livro dos Espíritos e de A Gênese nos mostra o porquê de o Espiritismo ser ciência.
Se a humanidade tivesse, sempre, aliado a ciência à religião, conseguiríamos lograr progressos inimagináveis. Sendo assim, nós espíritas precisamos sempre nos atentar a relembrar o nosso querido codificador Allan Kardec, quando nos disse em A Gênese: “toda teoria deve ir ao encontro da idéia de Deus, se não caí em erro”.
É, dessa forma, que o Espiritismo apresenta-se, sendo uma ciência com bases filosóficas e conseqüências religiosas e, assim, morais. Unindo o saber, através da junção dos três pilares do conhecimento humano, ao invés de separá-lo, a Doutrina dos Espíritos possibilita uma interpretação racional das palavras de Jesus, que são as verdades de Deus.
O Espiritismo é, portanto, Ciência, Filosofia e Religião.
Jornal de Estudos Psicológicos
Ano I N°1 Novembro - Dezembro 2008
The Spiritist Psychological Society 

Um comentário:

  1. Estimado Julio Ngomes, a foto que colocaram no blog não é minha. Eu escrevi este artigo quando morava em Londres para o the Spiritist Psychological Society. Esta foto deve ser de um outro "Rodrigo Machado Tavares".
    Muita paz,
    Rodrigo Machado Tavares

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