Evanise M
Zwirtes
Na
realidade do Universo quântico, de possibilidades, neste mundo globalizado, aqueles
que se destacam pela cooperação e pela ética constroem relações mais saudáveis
e duradouras. São relações que possibilitam experiências auto-realizadoras, atendendo
um convite da Vida ao equilíbrio pessoal e social.
Assim sendo, perguntamos: o que entendemos por
gentileza?
Como
ser gentil no dia-a-dia?
Entendemos
que gentileza é um modo de ser, de estar, do indivíduo. Isto é, uma expressão da individualidade, comunicando
suas potencialidades divinas na relação intra e interpessoal. Essa expressão decorre do despertar da consciência,
isto é, o ser, no seu processo evolutivo, possibilita-se apreender, gradualmente,
os valores reais da vida, desenvolvendo, então, as virtudes, tais como: alegria,
amorosidade, afabilidade, amizade, brandura, gratidão, humildade, justiça, paciência,
prudência, respeito, renúncia, ternura, tolerância, etc.
É interessante notar que, no processo de aprendizagem,
aprender a ser gentil consiste em aprender a despertar os sentimentos nobres, o
coração, o que significa desenvolver, principalmente, a inteligência emocional,
que é
resultado do exercício
do auto-amor. A autoterapia do amor e do sentimento de dever contribui para
o prosseguimento do esforço de crescimento interior.
Esse desenvolvimento decorre de um trabalho de
autoconhecimento, auto-descobrimento, autotransformação e auto-iluminação, numa
vivência solitária e solidária. Jung já dizia que o “Cristo é o homem interior
a que se chega pelo caminho do autoconhecimento.”
É necessário aprender a ouvir a nós mesmos;
estar ciente do que pensamos, sentimos e como agimos. O ser psicológico
manifesta-se na vivência diária, através dos comportamentos nos inter-relacionamentos
pessoais.
Convém lembrar que gentileza não é ingenuidade. Nem é ser falso ou manipulador. O poder da gentileza
vem da bondade, não da falsidade. Ser gentil decorre de gestos, atitudes simples,
como por exemplo, sorrir, agradecer, perdoar ofensas, silenciar agressões, relevar
indiferenças, respeitar diferenças (pessoas ou situações), etc.
A
gentileza é o princípio da renúncia.
Com essa atitude interna, construímos uma qualidade
de vida que nos propicia alegria de viver, entusiasmo para crescer e aprender sempre,
facilitando nossa existência com oportunidades renovadoras, auto-motivadoras e
libertadoras.
Evanise
M Zwirtes é Psicoterapeuta e Coordenadora do
The Spiritist Psychological
Society, Londres-UK.
Jornal de Estudos Psicológicos
Ano II N° 6 Setembro e Outubro 2009
The Spiritist Psychological Society
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