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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Conflito Familiar


Ana Cecília Rosa


Cada indivíduo ocupa uma posição única no mundo em relação às suas características genéticas e comportamentais, às suas percepções,  crenças  e  necessidades.
Nesse contexto é que se formam as famílias e as sociedades. São nos relacionamentos humanos e espirituais que se permutam emoções e experiências, criam-se ansiedades e expectativas, por onde cargas de energias emocionais se convergem, desencadeando interações emocionais que se ajustam ou se atritam, estabelecendo os conflitos familiares.
Observamos que, apesar dos conflitos, a família é "única" em seu papel determinante no desenvolvimento da sociabilidade, da afetividade e do bem-estar físico dos indivíduos. Estendendo essa idéia sob o ponto de vista espírita, recebemos em nosso lar, pela lei das afinidades, aqueles que, no passado, compartilharam conosco de ações de toda ordem. Destacamos que afinidade não implica necessariamente em simpatia, e sim atração. Partindo dessa afirmativa, muitos dos conflitos entre os casais repousam nas uniões que não levam em consideração a simpatia espiritual, única forma de associação que estabelece e fortalece os laços afetivos duradouros.
Assim, os desvarios devido às uniões compulsórias ou mediadas por valores materiais, inevitavelmente, levam ao divórcio ou, pior, aos crimes passionais, fonte de novos compromissos reencarnatórios.
   Quanto aos filhos, os pais são depositários da confiança de Deus, que os solicita ao exercício do amor verdadeiro com a finalidade de edificá-los no bem. Observando as tendências inferiores na infância, trazidas de outras encarnações, os pais devem aplicar e combatê-las para que esses vícios não “lancem raízes profundas”, cumprindo, assim, a missão divina de “semeadores do bom caráter”.
A educação, exercida buscando o equilíbrio perfeito entre amor e justiça, é que confere o aprimoramento dessas almas para a vivência pacífica no lar e em sociedade.
   A responsabilidade exercida no convívio do lar é o maior compromisso do homem diante de Deus e sua própria consciência.

Ana Cecília Rosa é médica pediátrica, residente no Brasil. É membro do Instituto de Divulgação Espírita - Araras/SP.

Jornal de Estudos Psicológicos
Ano II N° 5 Julho e Agosto 2009
The Spiritist Psychological Society 

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