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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

PALAVRAS DE VIDA ETERNA - ESTUDO 47

LIVRO: “PALAVRAS DE VIDA ETERNA”

Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Emmanuel
DINHEIRO E ATITUDE
"Porque a paixão do dinheiro é a raiz de toda a espécie de males e, nessa cobiça, alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”. - Paulo. (I Timóteo, 6:10).
           A compreensão parcial de determinados trechos evangélicos tem levado a muitos equívocos. Uma dessas situações relaciona-se à posse, à riqueza como obstáculo à conquista dos valores eternos. Por exemplo, quando Jesus respondendo ao moço rico lhe disse que seria preciso vender tudo o que tinha para segui-Lo, e concluiu que "é mais fácil um camelo passar no fundo da agulha do que um rico entrar no reino de Deus", muitos interpretam que o Mestre menospreza a prosperidade e condena aquele que possui a riqueza. Jesus, com tal ensinamento, "jamais quis menosprezar a prosperidade, que é um bem da vida" 3, e nem condenar o rico; pretendeu com isso advertir-nos quanto ao apego excessivo dos bens materiais, do supérfluo porque desavisados, invigilantes, habituamo-nos ao abuso.
           Em o Evangelho Segundo o Espiritismo2 Allan Kardec esclarece que "se a riqueza houvesse de constituir obstáculo absoluto à salvação dos que a possuem, conforme se poderia inferir de certas palavras de Jesus, interpretadas segundo a letra e não segundo o espírito, Deus, que a concede, teria posto nas mãos de alguns um instrumento de perdição, sem apelação alguma, idéia esta que repugna a razão". Na seqüência reflete que a riqueza, naturalmente, é um poderoso "excitante do orgulho, da vaidade, da vida sensual" isto é, gera tentações e exerce grande fascínio levando o incauto, em função da concupiscência que lhe é própria, a situações infelizes.
           O dinheiro em si é neutro, é a aplicação que se lhe dá que o transforma em veículo do Bem ou do Mal, de elevação ou de queda, alterando-lhe a finalidade. Provendo educação, trabalho, remédio, alimento, etc., enobrece quem o possui e quando usado com egoísmo, apenas em benefício próprio, na posse sem aplicação no bem comum, encarcera o homem levando-o à infelicidade.
           O apóstolo Paulo reconhecendo que o dinheiro em poder de criaturas que ainda estagiam no egoísmo, na avareza, na usura, na insensibilidade é porta aberta à queda orienta Timóteo.
           Emmanuel, no texto em estudo, atualizando o ensinamento apostólico, considera que, embora o dinheiro seja bênção da vida, seu uso indevido deforma o coração daquele que o segrega no vício; faz-se verdugo implacável do avarento; transforma a inteligência perversa em arma destruidora; vinga-se daquele que o extorque e o recolhe, instalando enfermidade e cegueira, mas é instrumento libertador quando aplicado no campo do progresso e da bondade.
Conclui que1: "não é a moeda que envilece o homem, mas sim o homem que a envilece pelo desvario das paixões que o dominam".
           "A riqueza é um bem para ser administrado em benefício geral e não para uns privilegiados. Aquele que retém a riqueza em seus cofres, sem dar-lhe utilidade é avarento, e o que a manipula apenas em seu benefício é exclusivista, egoísta, ambicioso; na verdade esse já recebeu a recompensa que queria4".

Bibliografia:
1. Xavier, Francisco Cândido. "Palavras de Vida Eterna: Dinheiro e Atitude". Ditado pelo Espírito Emmanuel. CEC. 17a ed. Uberaba, MG. 1992.
2. Kardec, Allan. "O Evangelho Segundo o Espiritismo: Capítulo XVI - Salvação dos Ricos".IDE. 59a ed. Araras, SP. 1986.
3. Peralva, Martins. "Estudando o Evangelho: Riqueza". FEB. 15a ed. Rio de Janeiro, RJ. 1987.
4. Palhano Jr., L. "A Carta de Tiago: Os Ricos; Riquezas". Editora FRÁTER. Niterói, RJ. 1992.

Iracema Linhares Giorgini
Junho / 2005

I TIMÓTEO 6
10 Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.

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