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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

CEIFA DE LUZ - Capítulo 31 - Aflição


Estudo de: João Batista da Costa

Capítulo 31 - Aflição

"Olhai por vós mesmos..." João (II João, 1:8)
Vivemos tempos difíceis, onde a mídia nos apresenta constantemente uma sociedade conturbada, jovens sem direção, vivenciando experiências nas drogas, a rebeldia tomando direções alarmantes, governantes sem escrúpulos e a sociedade muitas vezes se pergunta até quando?
Por tudo isto a aflição toma conta do ser humano, parece-nos que estamos sem direção.
São tempos de transformações, e é necessário não desanimar, há muito amor em tudo, e Jesus se encontra no leme desta grande embarcação.
No capítulo XVIII do livro "A Gênese", há registro dos momentos em que estamos vivendo:
"Os tempos marcados por Deus são chegados, dizem-nos de todos os lados, em que grandes acontecimentos vão se realizar para a regeneração da humanidade. Nosso globo, como tudo quanto existe, está sujeito à Lei do Progresso, progride fisicamente pela transformação dos elementos que o compõem, e moralmente pela purificação dos espíritos encarnados e desencarnados que o povoam. A humanidade terrestre, chegada a um destes períodos de crescimento, está totalmente, já há quase um século, no trabalho de transformação; é por isso que ela se agita de todos os lados, presa de uma espécie de febre, e como que movida por uma força invisível, até que retorne seu assento sob nossas bases".
E nestas agitações de transformações, vem a aflição do ser humano, aturdido com os acontecimentos do dia-a-dia.
Em carta da segunda epistola do Apóstolo São João ele nos fala do amor, que nos amemos uns aos outros conforme nos disse Jesus, e no versículo 8 diz ele:
"Olhais por vós mesmos, para que não percamos o que temos guardado; antes, recebamos o inteiro galardão".
São Lucas, Cap. VI, v. 20 e 21, escreve as bem aventuranças em que Jesus se dirige aos simples da terra.
"Bem-aventurados vós, que sois pobres, porque vosso é o reino dos céus. - Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados. - Ditosos sois vós, que chorais, porque rireis".
O Capítulo V d'O Evangelho Segundo o Espiritismo nos fala da justiça das aflições, das causas atuais e anteriores das aflições. Busquemos somente um pequeno trecho para nossa reflexão.
O item 4 do referido livro nos diz:
"De duas espécies são as vicissitudes da vida, ou, se o preferirem, promanam de duas fontes bem diferentes, que importa distinguir. Umas têm sua causa na vida presente; outras, fora desta vida.
Remontando-se à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são consequência natural do caráter e do proceder dos que os suportam.
Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição!
Quantos se arruínam por falta de ordem, de perseverança, pelo mau proceder, ou por não terem sabido limitar seus desejos!
Quantas uniões desgraçadas, porque resultaram de um cálculo de interesse ou de vaidade e nas quais o coração não tomou parte alguma!
Quantas dissensões e funestas disputas se teriam evitado com um pouco de moderação e menos suscetibilidade!
Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos excessos de todo gênero!"
E assim, esta lição do Evangelho vai nos apresentando a origem de toda a aflição sobre a terra.
Emmanuel, no livro em estudo Ceifa de Luz, comenta-nos sobre aflição. Vamos buscar outra lição no livro O Espírito da Verdade na lição intitulada Afliges-te:
"Afliges-te com a vizinhança do parente menos simpático.
Esqueces-te, no entanto, dos que vagueiam sem rumo.
Afliges-te com leve dor de cabeça que o remédio alivia.
Esqueces-te, porém, dos que carregam a provação da loucura na grade dos manicômios.
Afliges-te por perder a condução, no momento oportuno.
Esqueces-te, entretanto, dos que jazem detidos em catres de sofrimento, suspirando pelo conforto de se arrastarem.
Afliges-te pelo erro sanável da costureira, na vestimenta que encomendaste.
Esqueces-te, contudo, daqueles que ostentam a pele ultrajada de chagas, sem se queixarem.
Afliges-te em casa porque alguém te não fez o prato de preferência.
Esqueces-te, todavia, dos que varam a noite, atormentados de fome.
Afliges-te com as travessuras do filhinho desajustado.
Esqueces-te, contudo, das crianças perdidas, ao sabor da intempérie.
Afliges-te por insignificantes deveres no ambiente doméstico.
Esqueces-te, porém, dos que choram sozinhos, no leito dos hospitais.
Afliges-te, tantas vezes, por bagatelas!...
Fita, no entanto, a retaguarda e, reparando as aflições dos outros, agradecerás ao Senhor a própria felicidade que não conseguias ver".

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