INTRODUÇÃO
AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA
XVI a - A TEORIA MAGNÉTICA E A DO MEIO AMBIENTE
Essas duas objeções têm características
diferentes das anteriores:
— merecem o nome contestação, oposição
etc., por que se apóiam em teorias racionais
— as duas admitem a realidade de todos
os fenômenos materiais e morais mas, excluem a intervenção dos Espíritos
1 - Afirmações em relação à teoria
magnética:
— todas as manifestações atribuídas aos
Espíritos são apenas efeitos magnéticos
— os médiuns ficam num estado de
sonambulismo acordado, fenômeno conhecido de tantos quanto conhecem o
magnetismo
— neste estado, as faculdades
intelectuais adquirem desenvolvimento anormal: - os círculos das percepções
intuitivas se ampliam além dos limites usuais. Desse modo, o médium tira de si
mesmo e por efeito de sua lucidez, tudo quanto diz, todas as noções que
transmite, mesmo em relação àquilo que lhe seja desconhecido no estado normal.
1:1 - Reflexões:
Muitas manifestações espíritas, por
exemplo, as anímicas, podem ser explicadas por esse meio afirmado. Nas
manifestações mediúnicas porém, a participação do médium como instrumento
passivo é imprescindível, sem o que, o fenômeno seria materialmente impossível.
Recorde-se de que modo, como, - foi
estabelecida a teoria espírita - não se estabeleceu de um sistema imaginado
pelo homem. Veio através dos médiuns, em ensinamentos preciosos, lógicos,
sublimes, racionais, desvendando a realidade, ensinando sobre a origem, a
natureza, o destino dos Espíritos,
— por que, atribuiriam essas revelações
aos desencarnados, se o ensino fosse deles?
— se procediam dos médiuns, deviam, os
ensinos serem idênticos, quando através de um mesmo indivíduo e não se
exprimirem ou de forma contraditória ou em linguagem e construções diferentes.
Essa falta de unidade, prova a
diversidade das fontes.
Se não é possível encontrá-las todas no
médium, necessário procurar fora dele.
Quando os fenômenos apareceram
explicados sob fatos perfeitamente possíveis e sob ação de leis naturais,
muitos pensaram que o Magnetismo, até então em evidência, receberia seu golpe
de morte. Não conseguiam perceber que as duas Ciências mutuamente se auxiliam,
se explicam, se completam, porque ambas estão embasadas na existência e nas
manifestações da alma.
No tempo em que essas controvérsias
eram intensas, o Espiritismo constituía-se como Ciência nova: cada um olhava
sob seu ponto de vista, formando idéias diferentes. Essa situação, é inclusive
necessária, devem ocorrer, pois levarão a discussões, onde formar-se-á
consenso, perceber-se-á leis reguladoras, trabalho decorrente da ação de homens
sérios, que deixando a idéia pessoal, lançam-se na pesquisa do maior, do amplo,
do abrangente.
Nesse sentido, o Magnetismo preparou o
caminho do Espiritismo. Os rápidos progressos deste, sem dúvida, são devidos a
aceitação que o primeiro desfrutava, onde a mecânica dos Fluidos, por exemplo,
já era fartamente utilizada e reconhecida como útil e normal. Ainda, dos
fenômenos magnéticos do sonambulismo e do êxtase às manifestações espíritas há
apenas um passo. Falar dos fenômenos desvinculando-os do magnetismo seria
comparável a... "um professor de Física, que se abstivesse de falar da
Luz”... "as relações íntimas das duas Ciências é tão íntima, que na
verdade, não passam de uma"...
... "o Espiritismo, não é, pois
senão o Magnetismo espiritual e o Magnetismo não é outra coisa senão o
Espiritismo humano"...
1:2 - O magnetizador, quando quer
submeter à sua influência um sensitivo, envolve-o com seu fluido:
— Como procede o Espírito que deseja
comunicar-se?
— Envolve o médium com seu fluido e faz
dele seu instrumento.
1:3 - Como se age com os Espíritos
obsessores ou simplesmente inferiores, buscando despertá-los para outra
realidade?
A ação dar-se-á, por atração fluídica:
muitas vezes são magnetizados até à inconsciência. Outras vezes, permanecem
conscientes, mas é mantido ao redor deles, um como que, cerco fluídico, através
do qual, passa a agir sobre eles, a força moral, que outra coisa não é que a
ação magnética quintessenciada.
... "são dois degraus da escada
infinita que liga toda a criação desde o ínfimo átomo até Deus Criador”...
Continua na próxima Edição
Bibliografia
Kardec, Allan -
"O Livro dos Espíritos" - Introdução XVI
Kardec, Allan -
"Revista Espírita" - 1858 - Março e Outubro - 1867 – Junho
Leda
Marques Bighetti
Janeiro / 2004
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Centro Espírita Batuira
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