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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O Livro dos Espíritos Estudo 31


INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA


XVI a - A TEORIA MAGNÉTICA E A DO MEIO AMBIENTE
Essas duas objeções têm características diferentes das anteriores:
— merecem o nome contestação, oposição etc., por que se apóiam em teorias racionais
— as duas admitem a realidade de todos os fenômenos materiais e morais mas, excluem a intervenção dos Espíritos
1 - Afirmações em relação à teoria magnética:
— todas as manifestações atribuídas aos Espíritos são apenas efeitos magnéticos
— os médiuns ficam num estado de sonambulismo acordado, fenômeno conhecido de tantos quanto conhecem o magnetismo
— neste estado, as faculdades intelectuais adquirem desenvolvimento anormal: - os círculos das percepções intuitivas se ampliam além dos limites usuais. Desse modo, o médium tira de si mesmo e por efeito de sua lucidez, tudo quanto diz, todas as noções que transmite, mesmo em relação àquilo que lhe seja desconhecido no estado normal.
1:1 - Reflexões:
Muitas manifestações espíritas, por exemplo, as anímicas, podem ser explicadas por esse meio afirmado. Nas manifestações mediúnicas porém, a participação do médium como instrumento passivo é imprescindível, sem o que, o fenômeno seria materialmente impossível.
Recorde-se de que modo, como, - foi estabelecida a teoria espírita - não se estabeleceu de um sistema imaginado pelo homem. Veio através dos médiuns, em ensinamentos preciosos, lógicos, sublimes, racionais, desvendando a realidade, ensinando sobre a origem, a natureza, o destino dos Espíritos,
— por que, atribuiriam essas revelações aos desencarnados, se o ensino fosse deles?
— se procediam dos médiuns, deviam, os ensinos serem idênticos, quando através de um mesmo indivíduo e não se exprimirem ou de forma contraditória ou em linguagem e construções diferentes.
Essa falta de unidade, prova a diversidade das fontes.
Se não é possível encontrá-las todas no médium, necessário procurar fora dele.
Quando os fenômenos apareceram explicados sob fatos perfeitamente possíveis e sob ação de leis naturais, muitos pensaram que o Magnetismo, até então em evidência, receberia seu golpe de morte. Não conseguiam perceber que as duas Ciências mutuamente se auxiliam, se explicam, se completam, porque ambas estão embasadas na existência e nas manifestações da alma.
No tempo em que essas controvérsias eram intensas, o Espiritismo constituía-se como Ciência nova: cada um olhava sob seu ponto de vista, formando idéias diferentes. Essa situação, é inclusive necessária, devem ocorrer, pois levarão a discussões, onde formar-se-á consenso, perceber-se-á leis reguladoras, trabalho decorrente da ação de homens sérios, que deixando a idéia pessoal, lançam-se na pesquisa do maior, do amplo, do abrangente.
Nesse sentido, o Magnetismo preparou o caminho do Espiritismo. Os rápidos progressos deste, sem dúvida, são devidos a aceitação que o primeiro desfrutava, onde a mecânica dos Fluidos, por exemplo, já era fartamente utilizada e reconhecida como útil e normal. Ainda, dos fenômenos magnéticos do sonambulismo e do êxtase às manifestações espíritas há apenas um passo. Falar dos fenômenos desvinculando-os do magnetismo seria comparável a... "um professor de Física, que se abstivesse de falar da Luz”... "as relações íntimas das duas Ciências é tão íntima, que na verdade, não passam de uma"...
... "o Espiritismo, não é, pois senão o Magnetismo espiritual e o Magnetismo não é outra coisa senão o Espiritismo humano"...
1:2 - O magnetizador, quando quer submeter à sua influência um sensitivo, envolve-o com seu fluido:
— Como procede o Espírito que deseja comunicar-se?
— Envolve o médium com seu fluido e faz dele seu instrumento.
1:3 - Como se age com os Espíritos obsessores ou simplesmente inferiores, buscando despertá-los para outra realidade?
A ação dar-se-á, por atração fluídica: muitas vezes são magnetizados até à inconsciência. Outras vezes, permanecem conscientes, mas é mantido ao redor deles, um como que, cerco fluídico, através do qual, passa a agir sobre eles, a força moral, que outra coisa não é que a ação magnética quintessenciada.
... "são dois degraus da escada infinita que liga toda a criação desde o ínfimo átomo até Deus Criador”...


Continua na próxima Edição

Bibliografia
Kardec, Allan - "O Livro dos Espíritos" - Introdução XVI
Kardec, Allan - "Revista Espírita" - 1858 - Março e Outubro - 1867 – Junho

Leda Marques Bighetti
Janeiro / 2004

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