– ALLAN KARDEC
CAPÍTULO XI: AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO
ITENS 3 e 4: O MAIOR MANDAMENTO
“O Reino dos Céus é comparado a um rei que quis tomar contas a seus servos.
E tendo começado
a tomar as contas, apresentou-se-lhe um que lhe devia dez mil talentos. E como
não tivesse com que pagar, mandou o seu senhor que o vendessem a ele e a sua
mulher e a seus filhos, e tudo o que tinha, para ficar pago da dívida.
Porém o
tal servo, lançando-se aos pés, fazia-lhe esta súplica: “Tem paciência comigo,
que eu te pagarei tudo.”
Então,
o senhor, compadecido daquele servo, deixou-o ir livre, e perdoou-lhe a dívida.
E
tendo saído este servo, encontrou um de seus companheiros, que lhe devia cem
dinheiros; e lançando-lhe a mão à garganta o asfixiava, dizendo-lhe: “Paga-me o
que deves.”
E
o companheiro, lançando-se-lhe aos pés, rogava: “Tem paciência comigo, que eu
te satisfarei tudo.”
Porém,
ele não atendeu; retirou-se e fez que o metessem na cadeia, até pagar a dívida.
Os outros
servos, seus companheiros, vendo o que se passava, sentiram-no fortemente, e
foram dar parte a seu senhor de tudo o que havia acontecido.
Então
o fez vir seu senhor e lhe disse: “Servo mau, eu te perdoei a dívida toda,
porque me vieste rogar isso; não devias tu, logo, compadecer-te, igualmente, do
teu companheiro, assim como também eu me compadeci de ti?
E
cheio de cólera, mandou seu senhor que o entregassem aos algozes, até pagar
toda a dívida.
“Assim
também, vos tratará meu Pai celestial, se não perdoardes do íntimo de vossos
corações, aquilo que vos tenha feito vosso irmão.” (Mateus, XVIII: 23 a 25)
Após haver respondido a Pedro que se deve perdoar setenta vezes sete vezes, para melhor fixar o ensinamento na mente e no coração dos homens, Jesus narrou essa parábola, que foi depois denominada: Parábola do Credor Incompassivo.
Com
muita clareza, ele demonstrou que receberemos das leis divinas, conforme
agirmos com nosso próximo, assim também como está bem claro, esse ensino, na
frase do Pai Nosso: “Perdoai as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos
devedores”. Verbo no presente, para lembrarmo-nos dessa necessidade já, hoje,
agora.
Tratar
os outros como se deseja ser tratado é ir desenvolvendo, no seu interior, o
amor ao próximo como a si mesmo, e, conseqüentemente, desenvolvendo também o
amor a Deus.
Essa
conduta deve ser iniciada e perseguida, perseverantemente, por todos aqueles
que desejam melhorar-se e colaborar na melhoria dos seus semelhantes e da
Terra.
No
exercício dessa norma, consigo mesmo e nas instituições, os homens encontrarão
a fraternidade, a paz, a justiça, a concórdia e mútua benevolência, porque
somente ela leva à destruição do egoísmo, que impede o homem de abrir seu
coração, de estender seus braços ao seu irmão.
Na
última frase de Jesus: “Assim também vos tratará meu Pai celestial,
se não perdoardes, do íntimo de vossos corações, aquilo que vos tenha feito
vosso irmão”, o Espiritismo nos explica que Jesus se
referia aos sofrimentos após a morte do corpo e às reencarnações de dores e
sofrimentos, tantas quantas forem necessárias, a fim de que os Espíritos
rebeldes aprendam a perdoar e a amar.
É
a lei de causa e efeito, dando a cada um segundo as suas obras, não sofrimento
eterno, mas oportunidades de aprendizado, de desenvolvimento espiritual,
através das inúmeras experiências vividas nas também inúmeras reencarnações.
Bibliografia:
KARDEC, Allan -“ O Evangelho Segundo o
Espiritismo”
Leda de Almeida Rezende Ebner
Maio / 2009
Centro
Espírita Batuira
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Rua Rodrigues Alves,588
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