INTRODUÇÃO
AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA
XVI
b - A TEORIA MAGNÉTICA E A DO MEIO AMBIENTE
2 - Afirmações em relação à teoria do
meio ambiente
— o médium é fonte das manifestações,
mas em vez de tirá-las de si, tira-as, capta das energias esparsas no meio
ambiente
— é o médium, espécie de espelho que
reflete todas as idéias, pensamentos e conhecimentos das pessoas que o cercam:
- tudo o que diz ou escreve, é do conhecimento de pelo menos algumas das
pessoas presentes.
2:1 - Reflexões:
realmente, os assistentes podem influir
na natureza das manifestações, isso é perfeitamente reconhecido pela Doutrina,
porém, não transforma, não faz do médium eco dos pensamentos alheios ou da
assistência em si.
A grande parte das comunicações
recebidas são completamente estranhas aos pensamentos do médium, aos
conhecimentos que possui, às opiniões dos presentes. Geralmente são espontâneas
contradizendo idéias pré-concebidas.
Seres, Espíritos, almas daqueles homens
outrora encarnados, habitando agora dimensão, matéria hiper física em contato,
interpretando-se os dois mundos onde as comunicações se processam mente a mente
nas ondas em sintonia, nada tem que choque a razão.
As primeiras manifestações na América,
na França, não se verificaram, nem pela escrita, nem pela palavra mas através
de pancadas que refletiam, expressavam uma onda mental inteligente. A
combinação das pancadas significando letras, os meios posteriormente em
progressos que facilitavam a comunicação, foram indicados por essas mentes que
aí se identificaram, se declararam ser Espíritos - almas daqueles que viviam
sem o corpo material.
Se, por acaso, admitíssemos a
intervenção do meio, no pensamento do médium, nas comunicações orais ou
escritas, o mesmo não poderia acontecer em relação às pancadas, cuja
significação não poderia ser conhecida previamente.
A inteligência manifestante é uma
individualidade com absoluta independência de vontade. O médium também o é.
Ambos exercitam o livre-arbítrio em toda sua plenitude, necessitando portanto,
que essas duas vontades se situem em ondas acordes para que a emissão e
captação se processe.
... "não há arrastamento
irresistível: o homem pode sempre fechar os ouvidos à voz oculta que em seu
foro íntimo o solicita para o mal, assim como pode fechar os ouvidos, à voz
material daquele que lhe fala”...
Se o médium agisse pela impulsão mental dos assistentes, tal princípio implicaria em perda, não só da independência como também da individualidade.
Poderíamos ainda perguntar: - por que
os Espíritos vêm e vão num determinado momento? Por que, passando esse
instante, não há preces, súplicas ou chamamentos que os façam retornar?
Se o médium agisse pela impulsão mental
dos assistentes, nessa circunstância o concurso de todas as vontades reunidas,
deveria fazê-los voltar.
Se entretanto, eles não cedem aos
desejos da assembléia, demonstram uma vontade própria ou que obedecem a uma
influência estranha tanto em relação ao médium como aos Espíritos, onde nenhum
deles se despersonaliza.
A observação prolongada e atenta, o
estudo minucioso, mostra uma multidão de fatos em que, sem a participação do
médium como instrumento passivo do processo, materialmente seria impossível
realizar.
Bibliografia
Kardec, Allan - "O Livro dos
Espíritos" - Introdução XVI
Kardec, Allan - "Revista
Espírita" - 1858 - Março e Outubro - 1867 - Junho
Leda
Marques Bighetti
Fevereiro / 2004
Fevereiro / 2004
Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br
Rua Rodrigues Alves,588
Vila Tibério - Cep 14050-390
Ribeirão Preto (SP)
CNPJ: 45.249.083/0001-95
Reconhecido de Utilidade Pública pela Lei Municipal nº. 3247/76.
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