Programa 1 # Tomo I # Modulo Ii # Roteiro 6 # Nascimento E Infância De Jesus 5
NASCIMENTO E INFANCIA DE JESUS
O lugar abençoado do qual se originaria ou nasceria o Messias era Belém-Efrata
Correspondendo à localização messiânica de Belém, existe um lugar chamado torre do rebanho. Nos dias bíblicos, os pastores muitas vezes vigiavam seus rebanhos de uma torre especialmente construída para isso. De lá, podiam observar a aproximação de bandidos ou animais selvagens. Miquéias 4.8 faz referência a essa torre: A ti, ó torre do rebanho, monte da filha de Sião, a ti virá; sim, virá o primeiro domínio, o reino da filha de Jerusalém. Uma antiga interpretação judaica considerava esse versículo como sendo messiânico e traduzia a expressão torre do rebanho por Messias de Israel (Targum Jonathan).
A única outra referência à torre do rebanho encontra-se em Gênesis 35.21: Então, partiu Israel e armou a sua tenda além da torre de Éder [literalmente, rebanho]. Isso ocorreu logo após a morte de Raquel, no caminho para Efrata, ou Belém (Gn 35.19). Assim, essa torre do rebanho encontrava-se próxima de Belém. Como resultado da localização da torre e da interpretação de Miquéias 4.8, outro Targum judaico traduz Gênesis 35.21 da seguinte forma: Jacó partiu e armou suas tendas além da torre do rebanho, o lugar de onde o Rei Messias se revelará no fim dos dias (Targum Pseudo-Jonathan).
Portanto, o lugar abençoado do qual se originaria ou nasceria o Messias era Belém-Efrata.
Um nascimento abençoado
Na época em que o Messias chegou, a Palavra de Deus havia detalhado suficientemente como Ele poderia ser reconhecido simplesmente em termos de Seu nascimento, para não mencionar as profecias concernentes a toda a Sua vida. Tal detalhamento aponta para Jesus de Nazaré.
Em primeiro lugar, Jesus possuía a linhagem física correta. Ele nasceu de uma mulher, Maria, cumprindo assim os requisitos de um ser humano, um homem, nascido de uma virgem (Lc 1.34-35). Com respeito à Sua divindade, muitas passagens das Escrituras confirmam Suas obras miraculosas e Sua confissão pessoal (por exemplo, Jo 10.30-33). Ele também foi judeu Mateus 1 e Lucas 3.23-38 confirmam que Jesus de Nazaré foi filho de Davi, filho de Abraão (Mt 1.1).
Em segundo lugar, Jesus nasceu no tempo certo. Obviamente, Ele viveu após 445 a.C. e antes de 70 d.C. Durante Seu ministério, Ele pregou que o tempo está cumprido (Mc 1.15). Como mencionamos acima, os eruditos bíblicos calcularam que ao redor do ano 32 d.C. cumpriram-se os 483 anos da profecia de Daniel. Mais especificamente, acredita-se que eles se encerraram exatamente nos dias em que Jesus foi aclamado como Messias e entrou em Jerusalém montado num jumentinho. Nessa ocasião, Jesus parou repentinamente e chorou sobre Jerusalém. Ele exclamou: Ah! Se conheceras por ti mesma, ainda hoje, o que é devido à paz! Mas isto está agora oculto aos teus olhos... porque não reconheceste a oportunidade da tua visitação (Lc 19.42,44). A época da chegada do Messias havia sido proclamada pelo profeta Daniel. Mas os líderes judeus de então, representando a nação como um todo, não o reconheceram. Igualmente, em cumprimento da profecia de Daniel, Jesus foi tirado (Dn 9.26, Ed. Rev. e Corrigida), uma referência à Sua morte prematura por meio da crucificação. Até mesmo isso não ocorreu por acaso. A morte de Jesus tinha um propósito. Ele a si mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se deve prestar em tempos oportunos (1 Tm 2.6).
Em terceiro lugar, Jesus de Nazaré nasceu no lugar certo Belém. Ele não nasceu na Belém vizinha de Nazaré, apesar de José e Maria viverem em Nazaré. Em vez disso, Ele nasceu na outra Belém, a Belém-Efrata. Deus, em Sua providência, fez com que o imperador romano Augusto decretasse que em todo o império deveria ser realizado um recenseamento. Isso exigia que todos os cidadãos retornassem às cidades de seus ancestrais. Por isso, José foi obrigado a fazer uma viagem longa e difícil a Belém, juntamente com Maria, sua esposa, que se encontrava grávida. Enquanto ainda estavam lá, Jesus, o Messias, nasceu, exatamente como Deus havia planejado e prometido (Lc 2.4,7).
Um outro aspecto interessante do nascimento de Jesus é que havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite (Lc 2.8). Foi a esses pastores que a multidão de anjos proclamou o nascimento do Messias nas proximidades de Belém. Será que esses pastores se encontravam próximos da torre do rebanho, o lugar a partir do qual o Messias seria revelado?
A evidência confirma que Jesus de Nazaré foi a pessoa abençoada, nascida no tempo abençoado, no lugar abençoado. Como a identificação de um bebê, feita na maternidade, as marcas históricas identificadoras que envolvem Seu nascimento provam que, de fato, Sua vinda foi uma vinda abençoada.
Por ocasião do nascimento dos sétuplos da família McCaughey, foi dito que o nascimento é apenas o começo da história, não o fim. Com Jesus também é assim. (Israel My Glory)
O EVANGELHO DOS HUMILDES (ELISEUS RIGONATTI)
O NASCIMENTO DE JESUS CRISTO
18 Ora, a concepção de Jesus Cristo foi desta maneira: Estando já Maria, sua mãe, desposada com José, antes de coabitarem se achou ter ela concebido por obra do Espírito Santo.
19 E José, seu esposo, como era justo e não queria infamá-la, resolveu deixá-la secretamente.
20 Mas andando ele com isto no pensamento, eis que lhe aparece em sonhos um anjo do Senhor, dizendo: José filho de David, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela se gerou é obra do Espírito Santo.
21 E ela terá um filho; e lhe chamarás por nome Jesus; porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.
22 Mas tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que falou o Senhor pelo profeta, que diz:
23 Eis que uma virgem conceberá e terá um filho; e apelidá-lo-ão pelo nome de Emmanuel, que quer dizer: Deus conosco.
24 E despertando José do sono, fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu a sua mulher.
25 E ele não a conheceu enquanto ela não teve o seu primogênito; e lhe pôs por nome Jesus.
O Espiritismo nos ensina que jamais devemos esquecer a preparação do ambiente familiar para a recepção dos espíritos que se encarnam na terra. Costumes moralizados; vida pura; orações e práticas caridosas feitas pelos cônjuges; harmonia de vistas no tocante aos problemas domésticos, especialmente em relação à sublime tarefa da procriação, facilitam sobremaneira a vinda ao nosso plano de espíritos de categoria superior. E se num ambiente doméstico virtuoso, encarnarem-se espíritos de baixa condição moral, o bom ambiente ajudará a destruir as sementes daninhas que os espíritos ainda trazem; eleva-lhes eficazmente o padrão de moralidade; e por fim fortifica e faz triunfar com facilidade as boas resoluções que os espíritos tomaram antes de se encarnarem.
Ao passo que os ambientes domésticos sem virtudes morais oferecem campo propicio à proliferação de espíritos inferiores, dificultando-lhes grandemente o progresso moral e fazendo com que germinem as sementes malévolas que os espíritos inferiores guardam no Intimo.
Mateus aqui descreve em linguagem simbólica, como se preparou o ambiente terreno onde se encarnaria Jesus. Ao escrever o seu Evangelho, Mateus compreendeu a inspiração que lhe vinha do Alto, de que um espírito virginal tinha sido escolhido para vir ser a mãe do Mestre.
Um espírito virginal é aquele que, através de sucessivas e incontáveis reencarnações, torna-se isento das máculas da matéria. Conquanto ainda não tenha alcançado as esferas divinas, próprias dos espíritos perfeitos, contudo, vive em planos muito superiores. Os espíritos virginais só se encarnam na terra para o desempenho de missões de benefício geral.
Maria e José eram espíritos virginais. O casal veio para facilitar a encarnação de Jesus, o qual, sendo um espírito de extrema pureza, requeria um ambiente adequado, para evitar as graves perturbações que um ambiente sem espiritualidade acarreta a um espírito evoluído.
Avisado, intuitivamente de que por intermédio deles se estava processando a encarnação do Messias prometido ao mundo pelos antigos profetas de Israel, a principio José não crê que Maria fosse digna de tal missão. É quando intervém um mensageiro espiritual para advertir José de que Maria já tinha alcançado a pureza de alma suficiente para servir de tão nobre instrumento E José, sem duvidar mais, redobra de cuidados para que o ambiente doméstico se mantivesse puríssimo durante a concepção de Maria.
Os ensinamentos que temos recebido de elevados mentores espirituais, consubstanciados na já numerosa literatura espírita, nos dizem que Deus não quebra a harmonia das leis que regulam a natureza. E o característico principal de nossos irmãos altamente colocados na hierarquia espiritual é o da obediência absoluta à Vontade Divina, da qual são os intérpretes e os executores. Ora, porque haveria Jesus de se corporificar em nosso planeta, desrespeitando a lei biológica e, portanto, desobedecendo às leis que regem nossa esfera? Seria um triste começo para tão nobre missão!
A vinda de Jesus ao nosso plano operou-se pelos meios absolutamente comuns a todos nós; precisou do concurso de dois entes que se amavam: do amparo de José e da ternura de Maria.
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