sexta-feira, 31 de outubro de 2014
A DOR - PAIN 13
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quinta-feira, 30 de outubro de 2014
A DOR - PAIN 12
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A DOR - PAIN 11
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A DOR 10 - PAIN 10
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A DOR 9 - PAIN 9
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A DOR 8 - PAIN 8
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A DOR 7 - PAIN 7
Suprimi a dor e suprimireis, ao mesmo tempo, o que é mais digno de admiração neste mundo, isto é, a coragem de suportá-la. O mais nobre ensinamento que se pode apresentar aos homens não é a memória daqueles que sofreram e morreram pela verdade e pela justiça? Há coisa mais augusta, mais venerável que seus túmulos? Nada iguala o poder moral que daí provém. As almas que deram tais exemplos avultam aos nossos olhos com os séculos e parecem, de longe, mais imponentes ainda; são outras tantas fontes de força, mais imponentes ainda; são outras tantas fontes de força e beleza onde vão retemperar-se as gerações. Através do tempo e do espaço, sua irradiação, como a luz dos astros, estende-se sobre a Terra. Sua morte gerou a vida, e sua lembrança, como aroma sutil, vai lançar em toda a parte a semente dos entusiasmos futuros.
É, como nos ensinaram essas almas, pela dedicação, pelo sofrimento dignamente suportados que se sobem os caminhos do céu. A história do mundo não é outra coisa mais que a sagração do espírito pela dor. Sem ela, não pode haver virtude completa, nem glória imperecível.
Suppress pain and suprimireis, while what is most admirable in this world, that is, the courage to bear it. The noblest lesson that can be presented to men is not the memory of those who suffered and died for truth and justice? There is more venerable than their graves most august thing? Nothing equals the moral power that comes from there. Souls who gave such examples loom large in our eyes through the centuries and seem by far the most impressive yet; are other sources of strength, even more impressive; are other sources of strength and beauty which will refresh yourself generations. Through time and space, its radiance like the light of the stars, extends over the Earth. His death spawned life, and his memory, as subtle scent, will launch everywhere the seed of future enthusiasms.
It is, as they taught us these souls, for their dedication, suffering borne with dignity paths that climb the sky. World history is nothing more than the consecration of the spirit through the pain. Without it, there can be no complete virtue, nor imperishable glory.
(Léon Denis - Obra: O Problema do Ser, do Destino e da Dor)
(Léon Denis - Work: The Problem of Being, Destiny and Pain)
É, como nos ensinaram essas almas, pela dedicação, pelo sofrimento dignamente suportados que se sobem os caminhos do céu. A história do mundo não é outra coisa mais que a sagração do espírito pela dor. Sem ela, não pode haver virtude completa, nem glória imperecível.
Suppress pain and suprimireis, while what is most admirable in this world, that is, the courage to bear it. The noblest lesson that can be presented to men is not the memory of those who suffered and died for truth and justice? There is more venerable than their graves most august thing? Nothing equals the moral power that comes from there. Souls who gave such examples loom large in our eyes through the centuries and seem by far the most impressive yet; are other sources of strength, even more impressive; are other sources of strength and beauty which will refresh yourself generations. Through time and space, its radiance like the light of the stars, extends over the Earth. His death spawned life, and his memory, as subtle scent, will launch everywhere the seed of future enthusiasms.
It is, as they taught us these souls, for their dedication, suffering borne with dignity paths that climb the sky. World history is nothing more than the consecration of the spirit through the pain. Without it, there can be no complete virtue, nor imperishable glory.
(Léon Denis - Obra: O Problema do Ser, do Destino e da Dor)
(Léon Denis - Work: The Problem of Being, Destiny and Pain)
AS MANIFESTAÇÕES NA ANTIGA HISTÓRIA - THE EVENTS IN ANCIENT HISTORY
CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO
(1.º ANO DO CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA)
PELO INSTRUTOR: MARCELO STANCZYK
APONTAMENTOS SOBRE HISTÓRIA DO ESPIRITISMO
As manifestações na antiga história
Além das manifestações espíritas ocorridas a partir do
século XVIII (já citadas), anteriormente a estas, houveram milhares de outras,
pouco conhecidas, mas citadas no Cristianismo, Zoroastrismo, Bramanismo,
Budismo, Taoísmo, assim como outras diversas religiões antigas.
Emmanuel cita que os fenômenos mediúnicos existem na gênese
de todas as religiões, mas desaparecem, à maneira de fogo fátuo.
No Egito, fazendo um levantamento histórico da vida do
povo, verificamos fatos mediúnicos, também conhecidos como espíritas, mormente
aos ocorridos com Moisés e as pragas do Egito, assim como o fenômeno das pedras
do decálogo. Não há que se furtar da idéia de que Moisés tenha sido um grande
médium, tanto o é que, sendo um texto bíblico: “Os israelitas se encaminhavam
para Hebron, onde não havia água para tanta gente. Moisés com sua vara mágica
fez brotar água de uma rocha”¾
será que referida vara não funcionou como um ponto de referência para a
descoberta de um veio d’água, como ocorre com o fenômeno da Radiestesia ???
Podemos citar o caso descrito no 1º Livro de Samuel -
Capítulo 28, versículos de 5 a 25, em plena vigência das ordenações de Moisés
contra o uso da evocação dos mortos.
E então o ocorrido no dia denominado de Pentecostes ¾
Livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 2, versículos 1-4:
“Ao cumprir-se o dia
de pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do céu
um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam
assentados.
E
apareceram, distribuídas entre eles, línguas de fogo, e pousou uma sobre cada um
deles.
Todos ficaram
repletos do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o
Espírito lhes concedia que falassem”.
Será
que se trata de fenômeno espírita? !
Moisés “ouviu” e “viu” o anjo ou espírito que lhe falava na
sarça ardente no Monte Sinai.
Ainda, EZEQUIEL descreve a incorporação de um espírito (
Livro de Ezequiel, capítulo 1, versículo 2, e capítulo 2).
E mais, JOSÉ recebeu diversas comunicações dos espíritos.
Inicialmente um anjo lhe anuncia o nascimento de Jesus (Evangelho segundo
Mateus, Capítulo 1, versículo 20), depois lhe recomenda que fuja com a família
para o Egito, com o fim de escapar da fúria de Herodes (Evangelho segundo
Mateus, Capítulo 2, versículo 13).
A seguir, temos JESUS andando sobre o mar (Evangelho segundo
Mateus, Capítulo 14, versículos 25 a 33), a transfiguração de JESUS (Evangelho
segundo Mateus, Capítulo 17, versículos 1 ao 5) assim como um amontoado de
“milagres” (?!).
O livro do Apocalipse também, é uma fonte desses fenômenos
espíritas, quando descreve no Capítulo 22, um fenômeno ocorrido consigo
próprio.
Temos, em Roma, o conhecido caso de JÚLIO CESAR (Gaius
Julius Caesar), onde sua esposa teve um sonho, onde viu-o sendo assassinado. Há
também o sonho do próprio, ocorrido na noite anterior ao seu assassinado,
descrito por Joe J. Heydecker, no, livro Fatos da Parapsicologia: “na noite
anterior ao seu assassinato, Cesar viu a sí próprio, várias vezes, flutuando
sobre nuvens, e depois, mais uma vez, se viu entregando a Júpiter sua mão
direita. Sua esposa, calpúrnia, viu, em seus sonhos, como a cumeeira de sua
casa ruía, e como seu marido era morto a golpes de punham em seus braços”.
Na Grécia, temos o caso de SOCRATES, contado por Charles R.
Richet, no livro Tratado de Metapsíquica, onde o mesmo possuía um demônio (espírito
protetor) que guiava-o, ministrando-lhe muitas vezes ensinamentos estranhos ao
filósofo.
Como se poderá notar, apesar de poucas serem as citações
aqui contidas, os fenômenos espíritas já ocorrem de muito tempo, porém, somente
com o advento do Espiritismo, é que se inicia um estudo científico sobre o
tema.
Conclusão
Evidente que é de se notar que, alhures das manifestações,
que também são importantes, há uma doutrina filosófica, que deve ser estudada,
analisada com o mesmo afinco, e um conteúdo religioso que não deve ser
esquecido.
Mas então talvez ficaria, no ar, a pergunta: E por que
esses fenômenos não mais ocorrem ?
Basta analisarmos que os fenômenos ocorrem não somente em
atendimento às leis naturais, mas também, sob o impulso de uma força
inteligente. Se antes ocorreram possuíam um fim, hoje, contudo, não mais é
necessário que ocorram fenômenos desta natureza para que o homem creia na
imortalidade da alma. Portanto, tendo conquistado o seu fim, os fenômenos
baixaram de intensidade.
Bibliografia
·
História do Espiritismo Arthur Conan
Doyle
·
Diversos livros de História - Ginasiais
Vários autores
CENTRO ESPÍRITA ISMAEL
DEPARTAMENTO DE ENSINO DOUTRINÁRIO
AV. HENRI JANOR, 141, JAÇANÃ - S. P.
A DOR - The pain 6
A dor física produz sensações; o sofrimento moral produz sentimentos. Mas, como já vimos, no sensório íntimo, sensação e sentimento confundem-se e são uma só e mesma coisa.
O prazer e a dor estão, pois, muito menos nas coisas externas do que em nós mesmos; incumbe, pois, a cada um de nós, regulando suas sensações, disciplinando seus sentimentos, dominar umas e outras e limitar-lhes os efeitos. Epíteto dizia: “As coisas são apenas o que imaginamos que são.” Assim, pela vontade podemos domar, vencer a dor ou, pelo menos, fazê-la redundar em nosso proveito, fazer dela meio de elevação. Dá-se o mesmo com todos os heróis, com todos os grandes caracteres, com os corações generosos, com os espíritos mais eminentes. Sua elevação mede-se pela soma dos sofrimentos que passaram. Ante a dor e a morte, a alma do herói e do mártir revela-se em sua beleza comovedora, em sua grandeza trágica, que toca às vezes o sublime e o nimba de uma luz inextinguível. (Léon Denis - Obra: O Problema do Ser, do Destino e da Dor) Physical pain produces sensations; moral suffering produces feelings. But, as we have seen, in the intimate sensory, sensation and feeling confused and are one and the same. Pleasure and pain are therefore much less than the external things in ourselves; responsibility, because every one of us, regulating their feelings by disciplining their feelings, dominate one another and limit their effects. Epictetus said: "Things are just what they are imagined." Thus, the will can tame, overcome the pain or at least make it redound to our advantage, to make it through elevation. Give it the same with all the heroes, with all major characters, with generous hearts, with the most eminent minds. Its elevation is measured by the sum of suffering that passed. The face of pain and death, the soul of the hero and the martyr is revealed in a poignant beauty in its tragic grandeur, which sometimes touches the sublime and the nimba an inextinguishable light. |
A DOR - The pain 5
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quarta-feira, 29 de outubro de 2014
A DOR - The pain 4
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A DOR - The pain 3
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A DOR - The pain 2
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A DOR - The pain 1
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APONTAMENTOS SOBRE HISTÓRIA DO ESPIRITISMO - Estudo histórico
CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO
(1.º ANO DO CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA)
PELO INSTRUTOR: MARCELO STANCZYK
APONTAMENTOS SOBRE HISTÓRIA DO ESPIRITISMO
APONTAMENTOS SOBRE HISTÓRIA DO
ESPIRITISMO
- Estudo histórico
Estudado,
o que é o Espiritismo. É importante, também, se fazer um estudo do momento
histórico quando nasceu o movimento espírita.
Sem
muitas delongas, mas sabendo ser necessário uma breve resenha, temos que a
história, propriamente dita, inicia-se a partir do momento em que há o
surgimento da escrita.
Para
fins didáticos o período da história é dividido em quatro grandes blocos:
história antiga, história medieval, história moderna e história contemporânea.
Antes
do surgimento da escrita, o homem, no sentido religioso, adorava os fenômenos
naturais, a terra o céu, como sendo Deuses diante da impossibilidade de
explicar esses fenômenos.
No
campo já da história, caracteriza o período antigo da história o
desenvolvimento intelectual no oriente, com o surgimento de diversas
civilizações, principalmente os egípcios, assírios, persas, hebreus,
posteriormente no ocidente, os gregos e os romanos. Há nessa fase, uma espécie
de endeusamento dos chefes políticos (imperadores, Reis e Faraós). O monarca
era senhor absoluto, detentor do governo e respeitado como se um Deus fosse. A
contribuição maior deste período, para o homem, foi o surgimento e
desenvolvimento da filosofia, principalmente destacamos, Aristóteles e Platão,
entre outros, e Justiniano, que promoveu a organização do direito. No campo
religioso, este período foi marcado por sistemas religiosos politeístas (crença
em vários deuses), na esmagadora maioria, merecendo ser citada a exceção que
era o povo hebreu que acreditava na existência de somente um Deus (JEOVÁ).
E
é do seio deste povo monoteísta (Povo Hebreu) que, por volta de 2000 anos atrás
encarnou um espírito com tarefa definida, este que hoje conhecemos com o nome
de JESUS. Sua importância foi tão marcante que permanecem até hoje fragmentos
de seus ensinamentos. Na época do nascimento de Jesus, os judeus eram
subjugados, formando parte do império romano.
Apesar
de terem havido diversas pessoas que tenham contribuído para o surgimento do
cristianismo, a principal pessoa foi PAULO (Saulo de Tarso ¾ Judeu da Classe
dos Fariseus, cidadão romano, profundo conhecedor do sistema religioso dos
judeus, que quando em perseguição aos adeptos do cristianismo nascente, teve
uma visão com Jesus às portas da Cidade de Damasco). Do trabalho de Paulo,
aliado ao trabalho de Simão Pedro, assim como com o advento do édito de Milão,
em 305 d.C., promulgado pelo Imperador Romano Constantino, os cristãos deixaram
de ser perseguidos, e se tornou religião oficial do império.
O
início do período medieval se deu com a divisão do Império Romano em duas
partes, uma ao ocidente e outra no oriente, e o desmantelamento daquela face as
investidas dos bárbaros, criando o sistema feudal (pequenas cidades autônomas).
Nesta época a única organização que prevaleceu foi a Igreja. No sentido
filosófico e religioso foi caracterizado pelo total obscurecimento do
conhecimento humano. Foi também, a época da Santa Inquisição.
O
advento da era moderna se deu com o surgimento da nova classe dos burgueses. O
que no campo científico gerou o início dos conflitos entre os pensadores e a
Igreja. No âmbito religioso, teve como marco a reforma protestante (movimento
liderado por Martinho Lutero, em 1520, que se insurgia contra as atitudes da
Igreja institucionalizada ¾ principalmente venda de indulgências) e a
contra-reforma, realizada pela igreja. A conseqüência foi a divisão da
cristandade entre os protestantes e os católicos.
Por
volta da metade do século XVIII, e início do século XIX, iniciou-se na Europa
um movimento conhecido como renascimento, onde houve a retomada do pensamento
humano, se insurgindo contra os dogmas e o obscurecimento da ciência.
Foi
neste ambiente que surgiram as primeiras manifestações espíritas.
O
marco para o surgimento do Espiritismo é SWENDENBORG, vidente sueco, nascido em
1688, e desencarnado em Londres em 1772. Tratava-se de pessoa de variada cultura:
era engenheiro de minas, autoridade em metalurgia, engenheiro militar,
astrônomo, físico, zoólogo, anatomista, financista e economista. Em sua
primeira visão, ele fala sobre “uma espécie de vapor que se exalava dos poros
de seu corpo. Era um vapor aquoso muito visível e caia no chão, sobre o tapete”
¾ tratava-se do
ectoplasma.
Desde menino tinha suas visões. E no
decorrer de sua vida com profundo conhecimento dos principais assuntos que
seria tratados por Kardec na Codificação, quase um século após.
Em
uma outra oportunidade, o vidente sueco observou e descreveu um incêndio em
Estocolmo, a trezentas milhas de distância do lugar em que estava ¾ Cidade de
Gothenburg ¾ com perfeita
exatidão, estando este acompanhado de 16 pessoas em um jantar. Este caso foi
investigado pelo contemporâneo Kant.
Além
deste fabuloso médium, é importante citar EDWARD IRWING. Pertencia a pobre
classe dos trabalhadores braçais escoceses. Foi pastor na Igreja escocesa de
Hatton Garden, e diante de sua eloquência, foi transferido para a cidade de
Regent Square.
A
partir de 1831 iniciaram-se fenômenos de pessoas sendo tomadas de maneiras
estranhas em manifestações, dentro mesmo do próprio templo da igreja. Mas o
incidente que mais importou foi o ocorrido nas comunidades “shakers”, nos
E.U.A., por volta de 1837. Os fenômenos iniciavam-se com a visita,
principalmente de Espíritos de índios Peles Vermelhas, onde em poucos
instantes, das cordas vocais dos próprios “shakers”, emanavam gritos
característicos (Whoop, whoop), e estes conversavam e dançavam na língua
destes, mostrando em tudo que estavam tomados realmente por espírito de Peles
Vermelhas.
Ë
importante analisar outro precursor da doutrina, ANDREW JACKSON DAVIS. Nascido
em 1826 nas margens do Hudson. Antes dos 21 anos escreveu um dos livros mais
profundos e originais sobre filosofia, apesar de ser fraco do corpo e pobre de
mente. Tal obra reafirmava alguma das idéias emanadas de SWENDENBORG. Ainda em
infância, desenvolveu a clarividência e a clariaudiência.
Assim
o foi que, LIVINGSTONE, a princípio usava Davis para diagnósticos médicos,
visto este descrever o corpo humano como se este se tornasse transparentes aos
seus olhos.
Quando
em transe, também falava várias línguas, expondo conhecimentos elevadíssimos em
várias áreas, entre elas, geologia, arqueologia, história, etc.
Também,
profetizou o aparecimento de muitas coisas, e o surgimento do Espiritismo, em
seu livro “Princípios da Natureza”.
Contudo,
o mais interessante fenômeno, no sentido científico foi o ocorrido em
HYDESVILLE.
As
várias manifestações até então ocorridas, eram desconexas e irregulares, porém
o fenômeno de HYDESVILLE, que apesar de se achar em um nível inferior, ocorreu
em presença de pessoas que souberam explorar, introduzindo um raciocínio e um
sistema naquele que até então havia sido mero objeto de admiração para o
estudiosos.
Hydesville
é um vilarejo típico do Estado de New York, em 1847, com uma população
primitiva, com pouca cultura, o que talvez tenha ligação com a liberdade de
preconceito, assim como a receptividade característica da população local. As
casas eram feitas de madeira, humildes, sendo que em uma fazenda, habitava a família FOX. Além de pai
e mão, de religião metodista, moravam também, duas filhas : MARGARET, de 14
anos, e KATE, de 11 anos. O casal possuía outros filhos e filhas que não
residiam com os mesmos, sendo uma delas LEAH, que lecionava música em
Rochester.
A
casa alugada pelos FOX já gozava de má reputação, porém fatos incertos,
perdidos diante da insignificância do lugarejo. Ocorre que, um ano após a
família FOX ter alugado a casa, o que ocorreu em 11 de dezembro de 1847, os
ruídos notados pelos antigos voltaram a ser ouvidos. Consistiam os ruídos em
Arranhaduras. (Para ilustração, é conveniente ser citado que tais ruídos
pareciam pouco naturais para serem produzidos por visitantes de fora ¾ e mais, eram
desconhecidos dos fazendeiros iletrados da região ¾ ocorre que, porém
tais fenômenos já haviam sido notados na Inglaterra em 1661, em Casa de Mrs.
Mompesson, em Tedworth; por Melancton, em Openheim, na Alemanha, em 1520; em
Epworth Vicarage, em 1716.
Até
meados de março de 1848, tais ruídos não incomodavam a família FOX, contudo
dessa data em diante houve um grande crescimento de intensidade. Às vezes eram
simples batidas, outras soavam como arrastar de móveis. Tal foi o ponto a que
esses fenômenos chegaram que, as irmãs Margareth e Kate se recusavam a dormir
sozinhas, e mais se refugiavam junto aos pais, para dormir. Tão vibrantes eram
os sons que as camas tremiam e se moviam. Diante desses fatos, foram feitas uma
série de investigações possíveis à época. O marido aguardava de um lado da
porta e a mulher do outro, mas os arranhões ainda continuavam.
Logo
foi espalhada a idéia de que a luz do dia era inimiga dos fenômenos, e
consequentemente, isso reforçou a idéia de que se tratava de fraude.
Por
outro lado, na noite de 31 de março de 1848,
houve uma irrupção de inexplicáveis sons muito altos e continuados. Esta
noite foi considerada como a de que houve grandes pontos da evolução psíquica
alcançada, isso porque KATE FOX desafiou a força invisível a repetir as batidas
que ela dava com os dedos. E naquele quarto rústico, em um ambiente repleto de
gente ansiosa que iniciaram os primeiros ensaios científicos sobre o Espiritismo.
Apesar
de ter sido formulado em palavras brandas, imediatamente foi aceito o desafio
de KATE. Cada pedido era respondido com um golpe. Tratava-se ”de forma
exemplificada” de uma telegrafia espiritual.
A
ciência ressurgia diante do renascimento, e muitas “coisas” já eram explicadas,
porém outras forças ainda eram inexplicadas. Só que, diante da Família FOX e do
povo de HYDESVILLE estava uma força que pretendia ter às suas costas uma
inteligência independente. Isso era a suprema significação de um novo ponto de
partida.
A
Sra. FOX ficou admirada daquele resultado e da posterior descoberta de que
aquela força, ao que parecia, era capaz de ver e ouvir, pois quando KATE
dobrava o dedo sem barulho, o aranhão respondia. No desenvolvimento da
pesquisa, a mãe de KATE realizou uma série de perguntas, que mostrava um
profundo conhecimento, pela misteriosa força, de seus negócios do que ela mesmo
possuía, devendo-se destacar uma questão formulada em que a força respondia
insistentemente que a Sra FOX tivera sete filhos, conquanto esta
protestava ter tido somente seis, porém em determinado momento, eis que à sua
mente veio que um havia morrido em tenra idade. Ainda, além da Sra FOX, a Sra
Redfield foi chamada e se maravilhou, até mesmo ao ponto do pavor, ao obter
respostas corretas a questões íntimas.
A
notícia percorreu rapidamente. E apesar da ausência, em alguns momentos das
Irmãs FOX, o fenômeno persistia exatamente como antes.
Foi
criada uma espécie de comissão de investigação que, num jogo de perguntas e respostas,
na noite de 31 de março, foram capazes de obter uma série de informações
preciosas sobre o mundo espiritual. Descobriram que a força misteriosa
tratava-se de um espírito que tinha sido assassinado e enterrado, aos 31 anos
naquela casa, por um antigo inquilino, há cerca de 5 anos, por causa de
dinheiro, e que sua sepultura seria a 10 pés de profundidade numa adega. Na
noite do dia seguinte os acontecimentos continuaram e se confirmaram, quando
não menos de 200 pessoas se haviam reunido em volta da casa. E em 02 de abril
foi constatado que os arranhões tanto se produziam de dia quanto de noite.
Foi,
porém um vizinho, de nome DUESLER, quem, pela primeira vez, usou o alfabeto
para obter respostas por meio de arranhões nas letras. E dessa forma foi obtido
o nome do morto ¾
Charles B. Rosma.
A
idéia de coordenar as mensagens surgiu quatro meses mais tarde, quando ISAAC
POST, um quaker de Rochester tomou a direção.
No
verão de 1848, O Sr. DAVID FOX, auxiliado pelo Sr. HENRY BUSH, Sr. LYMAN
GRANGER, de Rochester, e outros, retomou as escavações na adega. Foram
encontrados cabelos e ossos humanos, que foram declarados por um médico que
testemunhava como sendo pertencente a um esqueleto humano, porém somente 56
anos mais tarde foi feita uma descoberta que provou, afastando qualquer dúvida
sobre a existência de um ser humano enterrado na Adega da casa da família FOX.
Tal fato constatado foi publicado no Boston Journal, de 23 de novembro de 1904.
Depoimentos
confirmam o crime realizado, a identidade e outras peculiaridades que confirmam
a veracidade da história exposta, até mesmo o fato de o corpo ter sido removido
do chão da adega e novamente enterrado na parede desta.
Abalada
a família, as irmãs acabaram por ser separadas, indo cada uma viver com um de
seus irmãos. KATE foi residir junto a uma irmã sua de nome LEAH FISH, e na
residência desta os acontecimentos voltaram a acontecer, tanto o é que, sendo
LEAH professora de música, esta teve de deixar de lecionar, face a centenas de
pessoas que enchiam a sua casa para ver as
maravilhas.
Tal
acontecimento foi tão importante também porque, após a este, nas proximidades
de HYDESVILLE, outros fenômenos semelhantes começaram a ocorrer com o Reverendo
A. H. Jervis, com o Diácono Hale, de Grecce, com a Sra. SARAH A. TAMLIN e Sr.
BENEDICT, de Auburn.
Em
vão orou a família FOX junto aos seus irmãos metodistas, assim como foram
feitos em vão diversos exorcismos pelos padres de vários credos. Os fenômenos
persistiam.
Foram
iniciadas pesquisas, e as meninas sofreram toda sorte de vexames. Foram
isoladas, puseram-se diante de espelhos, pesquisadoras femininas as despiram,
inspecionaram e as amarraram, selaram... Várias pessoas foram colocados na casa
para vigiá-las. Todavia, mesmo com estas precauções os fenômenos persistiam. Apesar
de procurarem optar pelo embuste, ao final, tiveram que se render à evidência
do fenômeno e confessaram a inexistência de qualquer processo fraudulento.
Chegou-se
a tal ponto, que em determinada ocasião, as moças quase foram linchadas, o que
não ocorreu face a interferência de alguns heróis.
Em
1850, as meninas, isoladas, ao serem estudadas por uma comissão, receberam
idêntica mensagem de altíssimo valor literário, assinadas por Benjamim
Franklim.
Por
fim, submeteram-se as irmãs FOX ao estudo de WILLSM CROOKS, renomado físico
membro da Sociedade Real da Inglaterra. Em 1951 foi constituído um novo grupo
de pessoas inteligentíssimas, com o intuito de estudar mais afundo o caso das
irmãs FOX. JOHN WORTH EDMONDS compunha essa comissão. Jurista, membro do Congresso
de New York, presidente do Senado e Juiz do Supremo Tribunal de Apelação, ao
final concluiu que deveria tornar público o resultado de suas pesquisas, apesar
mesmo da conclusão ser diversa do pré-conceito inicial.
Diante
da repercussão internacional deste fenômeno, verdadeiro marco do Espiritismo no
mundo, HIPPOLYTE LÉON DENIZARD RIVAIL, entra em cena, quando então estudava o
magnetismo, para ser o Codificador da Doutrina Espírita. O que ocorreu em 18 de
abril de 1857.
Evidentemente
que ao lado do fenômeno de HYDESVILLE, ocorriam outros, entre eles os fenômenos
das mesas girantes, junto aos jovens da alta sociedade francesa, isso tudo com
o fito de convencer os homens sobre os conceitos encetados na Doutrina
Espírita.
CENTRO
ESPÍRITA ISMAEL
DEPARTAMENTO
DE ENSINO DOUTRINÁRIO
AV.
HENRI JANOR, 141, JAÇANÃ - S. P.
A SOLIDÃO DE UM RECÉM-DESENCARNADO
Capítulo III
A SOLIDÃO DE UM RECÉM-DESENCARNADO
Antes de chegarmos à
"estação da morte", já ouvíamos os gritos da mãe, dos avós, dos tios,
dos amigos. Todos estavam desesperados. Rogério, naquela madrugada, havia-se
excedido com um coquetel de tóxicos.
Fizera a mais estranha mistura e
rindo, muito alegre, julgara que o jovem corpo tivesse condição de tudo
agüentar, não sabendo que a indumentária física é santuário do espírito.
Desde que esta não é respeitada,
inicia-se a sua decadência. Fomos chegando, devagar. Olhei aquele adolescente
que na mesa da capela era um personagem solitário, por estar só com a sua
consciência, pois esta, atribulada, não lhe dava sossego.
Enrico saiu para buscar um dos
encarregados da prece, tentando fazer alguém orar. O irmão nos relatou que já
se encontrava cansado de tentar intuir alguém à prece, mas ninguém captava os
seus pensamentos. Enquanto isso, o espírito do nosso amigo se debatia, num
estado desesperador.
O suicídio por overdose é
terrível e, ali, diante de muitas pessoas, um espírito sofria por demais,
solitariamente.
A mãe, sob altas doses de
medicamentos, encontrava-se adormecida; o pai não acreditava que seu único
filho tinha deixado de existir. Os familiares gritavam, não suportando a dor.
Enquanto isso, várias pessoas,
que compareceram apenas para cumprir uma obrigação social, sorriam e com voz
baixa, para a família não ouvir, contavam a vida de Rogério:
"eu sabia que esse menino
iria ter esse fim. Drogava-se, bebia desde os doze anos, e os pais só lhe
faziam o gosto. Ele mandava e desmandava em todos, era o filhinho do papai, dos
avós, dos tios".
Assim, ouvindo os comentários
maledicentes sobre aquela família que agora sofria, pudemos constatar que
poucos vão a um cemitério por amor e respeito ao desencarnante.
A obrigação social é que leva a
fatos como este. O certo era que todos fossem contagiados pela dor da família.
Pena que isso não aconteça,
porque ouvimos até o comentário mais banal: olhe só o vestido da fulana, será
que ela pensou que isto fosse um baile?
A outra: baile à fantasia?
Outro dizia: não acha que o pai
está chorando pouco?
Sabe quem é aquele senhor?
Sei, o político tal.
Enrico passeava entre as pessoas,
buscando despertar um coração piedoso, mas, pelo que vimos, aquela família rica
e poderosa tinha poucos amigos verdadeiros, porque muitos dos que ali se
encontravam não podiam ser chamados de amigos.
Aproximamo-nos da família
enlutada, mas todos eles estavam quase dopados. Haviam tomado comprimidos e não
estavam em condição de doar fluidos de amor para o desencarnado.
Um grupo espiritual de oração,
que trabalha nos cemitérios, tentava ajudar Rogério, mas até pessoas fazendo
negócios havia.
Era uma boa ocasião, porque
antigos amigos ali se reencontravam. Observei as imensas coroas de flores, as
velas que queimavam, o caixão luxuoso, e pensei: de que vale tudo isso, se o
Senhor não está presente no coração das criaturas!
Mas, mesmo assim, esforçávamo-nos
para auxiliar Rogério. Voltei a fitá-lo: o jovem de ontem, rico, com roupas
caras, carro importado, enfim, dono do conforto, ali jazia, lutando para
compreender a "morte".
E isso é fato real na vida de
todos os encarnados.
Rogério sofria, era um suicida
inconsciente, mas, por mercê de Deus, aqueles que os "vivos" julgam
mortos lá estavam para ajudá-lo.
Mas ele queria muito ser
socorrido, ansiava pela luz do esclarecimento para que pudesse voar, e voar
para bem longe dali. Nisso, entrou o sacerdote da religião daquela família.
Oramos juntos. Uma brisa beijou
os cabelos de Rogério e ele pareceu ter encontrado um pouco de paz.
Abracei Enrico e chorei muito,
penalizado pela situação de Rogério.
Mesmo aqueles que conduziam o
corpo de Rogério longe se encontravam da hora do adeus. Um falava mal do jovem;
outro, da riqueza da família; outro ainda, da beleza e da elegância da mãe.
Mas ele, o espírito, parecia-me
estar tentando salvar-se entre as bravias ondas da "morte". No
cemitério, na alameda dos chamados "mortos", a brisa soprava
baixinho, as campas estavam floridas, os pássaros cantavam, enfim, era um lugar
bonito, mas imantado de dor e de saudade.
Muitos túmulos floridos escondiam
corpos, cujos espíritos ainda se debatiam junto a eles.
- Por que, Enrico, existe tanta
vaidade e tanto orgulho no coração dos homens, mesmo sabendo que um dia terão
de devolver à terra o que a ela pertence? Não seria mais fácil viverem com o
Cristo?
- Luiz, a Terra atingiu hoje um nível tal de
tecnologia que o conforto inebriou os encarnados e estes, escravos dele,
esquecem de buscar as coisas do espírito.
- Enrico, os templos religiosos
estão aí, esperando por todos, e por que eles relutam em curar suas almas?
- O erro inicia-se no lar, onde os pais
procuram dar conforto para os filhos, mas poucos lhes apresentam o Cristo. As
maiores vítimas são os jovens: no trânsito, nos vícios, na luxúria, são eles
que se matam dizendo estar aproveitando a vida.
E Rogério, o que será dele?
- Será atendido, mas só ficará no
hospital se assim o desejar. Sabemos que muitos, mesmo depois de assistidos,
fogem em busca dos antigos companheiros encarnados e desencarnados.
Do tóxico, não é fácil livrar-se.
O homem deve lutar para que ele não lhe mate a dignidade.
- Enrico, o que me diz da liberação das drogas
leves?
- É o mesmo que liberar a eutanásia e o
assassinato, só muda a anua. O dano causado ao espírito é o mesmo, seja da DP
ou da dita droga leve. Há pessoas que consomem heroína, cocaína e vivem por
longos anos e outras na primeira dose já desencarnam. Cada organismo reage de
uma forma, mas quem tem autoridade para dizer que as drogas ditas livres, tais
como o álcool, o cigarro, não causam danos? Acho que isso é conversa de
traficante ou de dependente. É de se lastimar que em um país de famintos uma
autoridade se preocupe tanto em liberar a maconha, com tanta coisa importante
para fazer em benefício da sociedade. Ali ficamos no jardim do adeus. (2)
NE - Droga Pesada
Luiz Sergio - Irene P Machado -
Na Hora Do Adeus
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