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terça-feira, 29 de março de 2016

ESTUDO #53 O LIVRO DOS MÉDIUNS - ITENS 160 E 161

O LIVRO DOS MÉDIUNS

(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
por

ALLAN KARDEC

Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.

SEGUNDA PARTE

DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS
CAPITULO XIV

OS MÉDIUNS

Médiuns de efeitos físicos

Estudo 53 - Itens 160 e 161

Os médiuns de efeitos físicos são particularmente aptos a produzir fenômenos materiais, como os movimentos dos corpos inertes, ou ruídos, etc. Podem ser divididos em:
* médiuns facultativos ou voluntários: que têm consciência dos fenômenos que produzem. 
* médiuns involuntários: ou naturais, que não possuem consciência de suas faculdades e são usados pelos Espíritos para promoverem manifestações sem que o saibam.
Quando o Espírito está encarnado, a substância do perispírito se acha mais ou menos ligada, mais ou menos aderente, se assim se pode exprimir. Em algumas pessoas se verifica, por efeito de suas organizações, uma espécie de emanação desse fluido e é isso, propriamente falando, o que constitui o médium de efeitos físicos. A emissão do fluido animalizado pode ser mais ou menos abundante, como mais ou menos fácil a sua combinação, donde os médiuns mais ou menos poderosos. Essa emissão, porém, não é permanente, o que explica a intermitência do poder mediúnico.
Os médiuns de efeitos físicos são dotados de faculdade capaz de produzir efeitos materiais ostensivos. Seus trabalhos têm a finalidade de chamar a atenção da incredulidade humana para a existência dos Espíritos e do mundo invisível. Produzem fenômenos materiais, tais como:
* movimento de corpos inertes,
* ruídos, " voz direta,
* curas fenomênicas,
* transportes etc.
Convidamos os leitores a acessarem os estudos referentes ao Capítulo V de O Livro dos Médiuns, nos meses de dezembro/03 à abril/04, quando estudamos as manifestações de efeitos físicos e, também é claro, a buscarem na citada obra de Allan Kardec.
Os médiuns facultativos ou voluntários são os que têm consciência do seu poder e que produzem fenômenos espíritas por ato da própria vontade. Conquanto inerente à espécie humana, conforme já se disse, semelhante faculdade longe está de existir em todos no mesmo grau. Porém, se poucas pessoas há em quem ela seja absolutamente nula, mais raras ainda são as capazes de produzir os grandes efeitos, tais como, a suspensão de corpos pesados, a translação aérea e, sobretudo, as aparições. Os efeitos mais simples são a rotação de um objeto, pancadas produzidas mediante o levantamento desse objeto, ou na sua própria substância. Sem se dar importância capital a esses fenômenos, recomenda-se, contudo, que não sejam desprezados. Podem proporcionar interessantes observações e contribuir para a convicção dos que os observem. Cumpre, entretanto, ponderar que a faculdade de produzir efeitos materiais raramente existe nos que dispõem de mais perfeitos meios de comunicação, quais a escrita e a palavra. Em geral, a faculdade diminui num sentido à proporção que se desenvolve em outro.
Importante ressaltar que, apesar do médium facultativo possuir a consciência e vontade para produzir o fenômeno, ele nada pode se os Espíritos se recusam a fazê-lo.
Os médiuns involuntários ou naturais são aqueles cuja influência se exerce a seu mau grado. Nenhuma consciência têm do poder que possuem e, muitas vezes, o que de anormal se passa em torno deles não se lhes afigura de modo algum extraordinário. Isso faz parte deles, exatamente como se dá com as pessoas que, sem o suspeitarem, são dotadas de dupla vista. São muito dignos de observação esses indivíduos e ninguém deve descuidar-se de recolher e estudar os fatos deste gênero que lhe cheguem ao conhecimento. Manifestam-se em todas as idades e, freqüentemente, em crianças ainda muito novas. 
Tal faculdade não constitui, em si mesma, indício de um estado patológico, porquanto não é incompatível com uma saúde perfeita. Se sofre aquele que a possui, esse sofrimento é devido a uma causa estranha, donde se segue que os meios terapêuticos são impotentes para fazê-la desaparecer. Nalguns casos, pode ser conseqüente de uma certa fraqueza orgânica, porém, nunca é causa eficiente. Não seria, pois, razoável inquietar-se com ela do ponto de vista da saúde. Só poderia acarretar inconveniente, se aquele que a possui abusasse dela, depois de se tornar médium facultativo, pois então, poderia haver emissão abundante de fluido vital e, por conseguinte, enfraquecimento dos órgãos.
E concluindo nossos estudos dos itens indicados, transcrevemos nota do Prof. Herculano Pires, tradutor da edição que utilizamos: "Os Espíritos não dão aos fenômenos físicos a mesma importância que lhe atribuímos. Interessam-se mais pelas manifestações inteligentes, destinadas aa transmissão de mensagens ou à conversação esclarecedora. Veja-se o caso de Francisco Cândido Xavier, dotado de excelentes faculdades de efeitos físicos mas aplicando-se, por instrução de seus guias, especialmente à psicografia. Os fenômenos impressionam e servem, muitas vezes, para despertar o interesse pela Doutrina, mas o que realmente interessa é esta, com suas consequências morais e espirituais(...).
 BIBLIOGRAFIA
 KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns: 2.ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap XIV - 2ª Parte

Tereza Cristina D'Alessandro
Janeiro / 2006

Centro Espírita Batuira
cebatuira@cebatuira.org.br

Ribeirão Preto - SP 

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