Módulo
XIII
Novo
Testamento
1
– Por que e para que estudá-lo à luz da Doutrina Espírita 106
“O
Evangelho não se reduz a breviário para genuflexório. É roteiro
imprescindível para a legislação e administração, para o serviço
e para a obediência.”
(Emmanuel,
“Caminho, Verdade e Vida”, Introdução)
“O
Evangelho é o Sol da Imortalidade que o Espiritismo reflete, com
sabedoria, para a atualidade do mundo”
(Emmanuel,
“Vinha de Luz”, Introdução)
Informa
a questão 132 de “O Livro dos Espíritos”, que o objetivo da
encarnação do Espírito é fazê-lo atingir a perfeição.
Pelo
que já estudamos anteriormente, vimos que evolução, no que diz
respeito às questões espirituais, é a desmaterialização da
criatura, e como conseqüência a aproximação desta do Criador. É
o deixar de ser filho de Deus, para fazer-se Filho de Deus.
Em
momento algum deve ser cobrado do espírita nos níveis atuais de
nossa evolução a perfeição moral, mas todos nós devemos primar
pela coerência. E são os próprios Espíritos que afirmam, na
questão 625, de “O Livro dos Espíritos”, que Jesus é o tipo
mais perfeito que Deus nos ofereceu para nos servir de guia e modelo.
E
o que Jesus veio nos trazer foi simplesmente o caminho para atingir o
nosso objetivo, em nível de encarnação. Ele mesmo afirmou: Eu
sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por
mim. (João, 14: 6)
Em
consonância com o que a doutrina afirma sobre o evoluir, Ele, o
nosso Mestre Maior, já dizia, quando em visita às irmãs de Lázaro:
Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas
uma só é necessária; Maria escolheu a boa parte, a que não lhe
será tirada (Lucas, 10: 41 e 42), mostrando que a parte mais
importante é aquela que nos conduz ao nosso aperfeiçoamento
espiritual.
Ora,
se Jesus é o nosso guia e modelo, e ninguém vai ao Pai senão
através Dele, consideramos obrigatório para todo espírita, o
estudo do Evangelho, que é onde encontra-se toda a sua Moral.
Ademais,
Ele mesmo, quando se referiu ao Consolador, alertara:
“Mas
aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome,
esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo
quanto vos tenho dito.” (João, 14: 26).
106
Este estudo teve como base o livreto nº 5 da série Espiritismo
e Evangelho, editado pela União Espírita Mineira.
Portanto,
vemos que um dos objetivos do Espiritismo é fazer lembrar aos homens
os ensinamentos cristãos, e como fazer isso sem conhecer o conteúdo
do Novo Testamento?
Allan
Kardec, ao brindar a Humanidade com O Evangelho Segundo o
Espiritismo, não quis, em hipótese alguma, tornar desnecessário
o estudo do Novo Testamento; sua intenção foi fazer, através
desta, que é sem dúvida uma das obras mais importantes de todos os
tempos, uma ligação definitiva entre a Doutrina Espírita e a moral
cristã.
Quis
nos dar a chave para interpretar as sábias lições do Novo
Testamento.
É
ele mesmo o grande Codificador do Espiritismo quem diz:
Se
o Cristo não pôde desenvolver o seu ensino de maneira completa, é
que faltavam aos homens conhecimentos que eles mesmos só podiam
adquirir com o tempo e sem os quais não o compreenderiam; há muitas
coisas que teriam parecido absurdas no estado dos conhecimentos de
então. Completar o seu ensino, deve-se entender no sentido de
explicar e desenvolver, não no de ajuntar-lhe verdades novas porque
tudo nele se encontra em estado de gérmen, faltando-lhe só a chave
para se apreender o sentido das palavras.107 (Grifo nosso)
107
“A Gênese”, cap. I, item 28.
Podemos
afirmar que o Evangelho é o manual de vida do homem.
Quando
compramos um carro, ou um eletrodoméstico, recebemos do fabricante
um manual que nos proporciona, se lido e colocado em prática, um
melhor desempenho do aparelho. Se contrariarmos as determinações do
fabricante, podemos estragar o bem e comprometermos a sua real
finalidade.
Desta
forma é o Evangelho. Deus permitiu que o Cristo encarnasse entre
nós, para nos dar o manual da Vida Eterna.
“Eu
vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” (João, 10:
10).
Toda
vez que contrariamos seus ensinamentos, colocamo-nos em xeque,
comprometendo-nos diante das leis universais. Por isso, estudar o
Evangelho e vivenciá-lo, é encurtar o caminho da nossa evolução.
Portanto,
afeiçoemo-nos ao Evangelho, pois o Espiritismo não é simplesmente
um campo de experimentação fenomênica. Conforme o dizer de
Emmanuel, o Espiritismo, sem Evangelho, pode alcançar as melhores
expressões de nobreza, mas não passará de atividade destinada a
modificar-se ou desaparecer, como todos os elementos transitórios do
mundo.
É
imprescindível conhecer o bem para que os ensinamentos do bem nos
aperfeiçoem a vida íntima.
Nós
os Espíritas vinculados com Allan Kardec ao Cristianismo puro, não
podemos prescindir do contato com o Divino Mestre, através das
lições com que nos dirige a renovação para as Esferas Superiores.
Estudemos
pois o Evangelho (…) 108
108
“Estudando o Evangelho”, Prefácio.
Apostila
do Curso de Espiritismo e Evangelho
Centro
Espírita Amor e Caridade
Goiânia
– GO
Trabalho
realizado em 1997 pelo Grupo de Estudos desta Casa Espírita com a
coordenação de Cláudio Fajardo
Divulgação
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