Por Paulo Roberto Gaefke
Quando a tristeza me visita e eu me deixo abater, sou
essa fortaleza abandonada, comida pela areia do tempo.
Onde nenhum som faz eco, nada faz efeito, a não
ser, o meu medo.
Quando o amor me encontra, eu me ergo das cinzas, sou
essa fênix que brilha, que voa alto.
Tudo é perfeito, tudo se encaixa, tudo são flores.
Mas, como até as flores mais belas murcham, o amor
quando passa da fase da "chama", pede mais de nós mesmos, e até
reclama...
Reclama da atenção constante, que nem sempre
podemos dar.
Reclama dos antigos gestos de carinho, que se
perderam pelo caminho.
Reclama da falta de palavras doces, que se
amargaram com a rotina.
E o amor desanda, como receita de bolo sem
fermento...
Então, eu tento de novo, amar e ser amado.
Numa procura do impossível, que é o
"amor-chama-paixão-eterna", que tanta gente procura e não acha, e nem
vai achar.
Por isso muita gente se refugia no passado, acreditando
que aquele amor que não deu certo ou que foi mal vivido, é que era o verdadeiro
amor.
Tola ilusão!
O verdadeiro amor é o companheiro, é o amigo, é
aquele que passa pela paixão, permanece na admiração, e finalmente, depois de
algum tempo, faz morada eterna no coração.
Por ser amor, se descobre "novo" a cada
dia, e o tempo não se conta mais por dias, mas pela doce presença amiga de cada
instante.
Isso é amor para sempre.


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