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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Céu inferno_079_2ª parte cap. VII - Espíritos Endurecidos - Xumène

TEXTO PARA ESTUDO

Sob este nome, um Espírito se apresentou espontaneamente ao médium habituado a esse gênero de comunicações, porque a sua missão parecia ser a de assistir os Espíritos inferiores que lhe conduz o seu guia espiritual, no duplo objetivo de sua própria instrução e de seu adiantamento.

P. Quem sois? Este nome é de um homem ou de uma mulher?

– R. Homem, e tão infeliz quanto possível. Sofro todos os tormentos do inferno.

P. Se o inferno não existe, como pode sentir-lhe os tormentos?

– R. Pergunta inútil.

– Se disso me dou conta, outros podem ter necessidade de explicação.

– R. Com isto não me inquieto.

P. O egoísmo não está no número de causas de vossos sofrimentos?

– R. Talvez.

P. Se quereis ser aliviado, começai por repudiar os vossos maus pendores.

R. Não te inquietes com isso, não é teu assunto; comece por orar por mim como pelos outros, ver-se-á depois.

– Se não me ajudais com o vosso arrependimento, a prece será pouco eficaz.

– R. Se falas em lugar de orar, tu me avançarás pouco.

P. Desejais, pois, avançar?

– R. Talvez; não se sabe. Vejamos se a prece alivia os sofrimentos; é o essencial.

– Então, juntai-vos a mim com a vontade firme de obter alívio.

– R. Vá sempre.

P. (Depois de uma prece do médium) Estais satisfeito?

– R. Não como gostaria.

– Um remédio aplicado pela primeira vez não pode curar imediatamente uma doença antiga.

– R. É possível.

– Quereis retornar?

– R. Sim, se me chamardes.

O guia do médium. Minha filha, terás dificuldades com este Espírito endurecido, mas não haveria pouco mérito em salvar aqueles que não estão perdidos. Coragem! Persevera, e conseguirás. Não há tão culpados que não se possa conduzi-los pela persuasão e o exemplo, porque os Espíritos mais perversos acabam por se emendar com o tempo; se não se triunfa logo em seguida em conduzi-los aos bons sentimentos, é que, com freqüência, é impossível, mas o trabalho que se toma não está perdido. As idéias que se lançam neles, agitam-nos e fá-los refletir apesar deles; são sementes que cedo ou tarde produzirão seus frutos. Não se derruba uma rocha com o primeiro golpe de picareta.

O que te digo aí, minha filha, aplica-se também aos encarnados, e deves compreender porque o Espiritismo, mesmo nos crentes firmes, não faz imediatamente homens perfeitos. A crença é um primeiro passo; a fé vem em seguida, e a transformação terá o seu turno; mas, para muitos, ser-lhes-á necessário virem se retemperar no mundo dos Espíritos.

Entre os endurecidos, não há senão Espíritos perversos e maus. O número é grande daqueles que, sem procurarem fazer o mal, permanecem atrasados pelo orgulho, indiferença ou apatia. Eles não são por isso menos infelizes, porque sofrem tanto mais de sua inércia quando não têm por compensação as distrações do mundo; a perspectiva do infinito torna a sua posição intolerável, e, entretanto, não têm nem a força, nem a vontade de sair dela. São aqueles que na encarnação, conduzem existências desocupadas, inúteis para si mesmos e para os outros, e que, frequentemente, acabam por se suicidarem, sem motivos sérios, por desgosto da vida.

Esses Espíritos são, em geral, mais difíceis para se conduzirem ao bem do que aqueles que são francamente maus, porque, nestes últimos há energias; uma vez esclarecidos, são tão ardentes para o bem quanto o foram para o mal. Serão necessárias, sem dúvida, aos outros, muitas existências para progredirem sensivelmente; mas, pouco a pouco, vencidos pelo tédio, como outros pelo sofrimento, procurarão uma distração numa ocupação qualquer que, mais tarde, tornar-se-á, para eles, uma necessidade.

QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO

1. Quais as características dos espíritos endurecidos?
2. Qual a diferença entre se conduzir ao bem um espírito mal e um espírito endurecido?

Conclusão:

1. Entre os endurecidos, não há senão Espíritos perversos e maus. O número é grande daqueles que, sem procurarem fazer o mal, permanecem atrasados pelo orgulho, indiferença ou apatia. Eles não são por isso menos infelizes, porque sofrem tanto mais de sua inércia quando não têm por compensação as distrações do mundo; a perspectiva do infinito torna a sua posição intolerável, e, entretanto, não têm nem a força, nem a vontade de sair dela. São aqueles que na encarnação, conduzem existências desocupadas, inúteis para si mesmos e para os outros, e que, frequentemente, acabam por se suicidarem, sem motivos sérios, por desgosto da vida.


2. Esses Espíritos são, em geral, mais difíceis para se conduzirem ao bem do que aqueles que são francamente maus, porque, nestes últimos há energias; uma vez esclarecidos, são tão ardentes para o bem quanto o foram para o mal. Serão necessárias, sem dúvida, aos outros, muitas existências para progredirem sensivelmente; mas, pouco a pouco, vencidos pelo tédio, como outros pelo sofrimento, procurarão uma distração numa ocupação qualquer que, mais tarde, tornar-se-á, para eles, uma necessidade.

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