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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

C B - Aula 14 - Recordação Das Existências Anteriores(1) 11

 14 recordação das existências anteriores

CASO CLÍNICO

DESAVENÇA FAMILIAR

Mulher de 42 anos, casada, três filhos.
 Veio ao meu consultório, uma mulher desesperada, queixando-se que não agüentava mais sua vida, e que havia procurado todo o tipo de ajuda.
Assim me relatou na entrevista de avaliação: Conheci o meu marido na Faculdade de Medicina, ele era professor e eu residente, foi paixão à primeira vista; em 3 meses, estávamos morando juntos, e aos 6 meses, casamos. Não queríamos filhos naquele momento, pois pensávamos apenas em nossas profissões.
 Um ano depois, veio o primeiro filho, mas foi muito bem-vindo. Compramos uma casa nova, a gravidez foi maravilhosa. Nasceu um menino, lindo, saudável. E dois anos após, veio uma menina; estava indo tudo bem, tinha até medo de ser um sonho. Daí veio a terceira filha. Estava tudo completo: um casamento maravilhoso, ainda estávamos apaixonados, 3 filhos lindos, perfeitos, inteligentes. Tínhamos uma clínica, dávamos aulas em uma Universidade, e fazíamos de tudo para os nossos filhos terem do bom e do melhor.
Mas não percebia que havia algo de errado: minha empregada me alertou dizendo que o meu filho era muito quieto, demonstrava muita raiva com o pai, principalmente quando eu não estava. Meu marido nunca tinha percebido nada, achava que era coisa da idade.
 Meu filho trouxe sua primeira namorada em casa para jantar. Ficamos muito felizes, era uma moça muito bonita, de uma boa família, mas, nesse dia, meu filho disse uma coisa que nos chocou muito. Ele disse ao meu marido: - Não olhe para a minha mulher, seu velho!
Eu e meu marido ficamos horrorizados, não era o nosso filho. Ele fazia questão de trazê-la em casa e ficavam na piscina. Meu marido não podia nem passar no jardim que o meu filho partia pra cima dele. Daí começaram as agressões físicas, foram vários boletins de ocorrência na delegacia; ele estava irreconhecível. Nossa vida virou um inferno, saí da Universidade para ficar mais em casa, pois ele estava agressivo com todos, era cínico, inventava mentiras, fazia muita confusão. Bebia muito, trazia mulheres para dentro de casa, até que o meu marido não agüentou mais, e acabou espancando o meu filho até ele desfalecer. Em seguida, chamou o caseiro e o expulsou para fora de casa. Já nesse ponto, não tínhamos mais vida, minhas filhas estavam estressadas, brigávamos, gritávamos por nada, enfim, tudo era motivo para as acusações.
A minha filha mais nova, também começou a beber e a fumar maconha com o namorado; a do meio está grávida, não sabemos quem é o pai. Para piorar a nossa situação, eu e o meu marido não nos olhamos mais nos olhos, pois não o vejo mais como o meu esposo. Por favor, Dr. Osvaldo, me ajude! (paciente pede chorando copiosamente).
Esperei que ela se acalmasse, e lhe disse que toda sua família teria que passar pelo tratamento, mas só o marido e a esposa vieram.
As sessões de regressão da esposa foram tranqüilas, sem muito o que desvendar, porém, as sessões do marido tiveram muitas revelações.
Logo na primeira sessão, ele viu, numa vida passada, uma vila com vária cabanas, casas feitas de palha, e assim me relatou:
Dr. Osvaldo, vejo essa vila, parece que sou o chefe desse lugar, minha casa fica no centro da vila, é grande, há várias mulheres em volta. Vejo um rapaz que me olha com raiva.
 - Veja o porquê dessa raiva - Peço ao paciente.
Eu violentei a mãe dele e, desse estupro, ele nasceu. Ele tem raiva de mim porque a mulher que violentei não fazia parte das minhas mulheres e, com isso, ela ficou desamparada, não conseguia casar. Ela não podia dizer às pessoas que tinha sido eu, mas acabou contando ao filho que eu tinha feito essa monstruosidade, que eu a estuprei.
Vejo nos olhos dele muito ódio, ele quer me matar. Ele se mostra ser muito forte, um excelente caçador, e eu mesmo ordeno para que ele vá atrás das caças, sempre pensando que ele não voltaria mais; no entanto, passaram-se 20 dias, ele voltou com a caça, e o pior aconteceu: novamente violentei uma moça, que era sua pretendente, e estavam prestes a se casarem. Fiz de propósito para ele ver quem mandava naquela vila. Fui muito covarde e acabei também tirando a vida dele, o matei pelas costas, atirando nele.
Depois dessa existência passada, nos encontramos no Astral e pactuamos vir como família. Ele dizia que tinha muita mágoa de mim, mas aceitou vir novamente como meu filho na encarnação atual.
Dr. Osvaldo, como pude fazer isso?! Nesse momento, sua esposa que estava acompanhando a sessão de regressão, chora copiosamente, me revela que tem um pesadelo recorrente de ser estuprada, e que a persegue desde criança.
Começamos, então, a montar o quebra-cabeça, entendendo o porquê de tudo aquilo. A vida é realmente um grande jogo de quebra-cabeça, pois temos muitas indagações e poucas respostas, por conta do véu de esquecimento do passado. Ele, o marido, tinha feito uma coisa horrível, prejudicando várias pessoas nessa vida passada; ela, a esposa, foi a primeira moça que foi violentada por ele; o rapaz, o filho bastardo, foi fruto daquela violência, e que também sentiu na pele o fato de sua noiva ter sido estuprada pelo próprio pai; depois, acabou sendo morto por ele pelas costas. (pausa).
Dr. Osvaldo, estou vendo algumas luzes aqui no consultório, afirmou o paciente.
 - Pede para que se identifiquem - Peço ao paciente.
Estão dizendo que são os nossos mentores espirituais: o meu, da minha esposa e dos meus filhos. Estão todos aqui para nos ajudar. Pedem para que eu peça perdão ao meu filho, à minha esposa e filhas, mas que faça isso de coração, com todo o arrependimento.
Quatro meses após o tratamento, seu filho veio ao meu consultório para também fazer a terapia, pois disse que precisava perdoar o seu pai.
CORAÇÃO SIMPLES E PURO
"Bem - Aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus"! (Mateus V: 8)
Então lhe apresentaram uns meninos, para que os tocasse ; mas os discípulos ameaçavam os que lhes apresentavam. - O que, vendo Jesus levou-os muito a mal, e disse-lhes: Deixai vir a min os pequeninos e não os embaraceis, porque dos tais é o Reino d e Deus.- Em verdade vos digo: Que todo aquele que não receber o Reino de Deus como pequenino, não entrará nele. - E abraçando-os e pondo neles as mãos, abençoou-os. (MARCOS 13 e 16)
Comentários de Allan Kardec:
A pureza de coração é inseparável simplicidade e da humildade e exclui todo pensamento de egoísmo e de orgulho.
Por isso Jesus toma a infância, como emblema de pureza, como também a tomou de humildade.
Esta comparação é exata do ponto de vista da vida presente, porque não tendo ainda podido o espírito manifestar nenhuma tendência perversa, oferece-nos a criança a imagem da inocência e da candura. Assim Jesus não diz de modo absoluto que o Reino de Deus, seja para elas, mas para aqueles que se lhe assemelham.
Tudo é sábio na obra de Deus.
A criança necessita de cuidados, que só a ternura materna lhe pode prodigalizar.
Por outro lado, é necessário que a atividade do princípio inteligente, seja proporcional à debilidade do corpo, incapaz de resistir a uma atividade demasiada intensa do espírito, como se observa nas crianças precoces.
Por isso desde que se aproxima a encarnação, o espírito entra em perturbação e perde pouco a pouco a consciência de si mesmo e, durante algum tempo, fica numa espécie de sono, durante o qual, todas as suas faculdades se acham em estado latente. Este estado transitório É necessário, para dar ao espírito novo ponto de partida, e faze-lo olvidar em sua nova existência terrena aquilo que poderá servir-lhe de estorvo.
Desde o nascimento e à medida que os órgãos se desenvolvem, suas idéias voltam a tomar vôo, vagarosamente, podendo dizer-se que durante os primeiros o Espírito é verdadeiramente criança, porque as idéias que formam o fundo de seu caráter, ainda estão embotadas.
Enquanto os instintos dormitam, ele é mais flexível, mais acessível às impressões que podem modificar a sua natureza, e faze-lo progredir. Reveste pois, durante certo tempo, a roupagem da inocência.
PECADO POR PENSAMENTO- ADULTÉRIO

 "Ouviste o que foi dito aos antigos; Não adulteraras".
_ Eu porém digo- vos: Que todo o que olhar para uma mulher cobiçando-a, já no seu coração adulterou com ela" (MateusV27 e 28)
COMENTÁRIOS DE ALLAN KARDEC:
O vocábulo" ADULTÉRIO" é aqui tomado num sentido geral. A verdadeira pureza não esta apenas nos atos, mas também no pensamento, Embora aquele que tem o coração puro jamais pensa no mal.
Então na pessoa que nem sequer concebe um pensamento mau, o progresso está realizado.
Na que tem um mau pensamento, mas o repele o progresso está em vias de realização.
Infelizmente naquela que tem um mau pensamento e nele se compraz, o mal está a todo vapor.
Numa o trabalho, está feito.
Na outra o progresso está em vias de se realizar.
E na terceira, tudo está ainda por fazer.

E Deus que é justo e paciente, leva em conta todos esses matizes na responsabilidade dos atos e pensamentos dos homens.

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