Visão Espírita
por: Dr. Aguinaldo de Paula Vasconcelos
Jesus, como educador
da humanidade, sabendo que as estórias contadas traziam maior
rendimento no aprendizado das pessoas, fazia a divulgação de Sua
doutrina muitas vezes através de parábolas.
A parábola dos
talentos retrata muito bem a responsabilidade que temos diante de
tudo com que Deus nos agraciou para executarmos nosso plano de
progresso espiritual nesta existência.
Disse
Jesus que um homem ao sair para cuidar de seus negócios, numa região
distante, chamou três funcionários seus e lhes concedeu alguns
talentos, que era a moeda da época, para que eles negociassem
durante sua ausência.
Ao
primeiro ele concedeu cinco talentos; ao segundo, dois talentos e ao
terceiro, um talento, dizendo a eles, que ao voltar, deveriam
prestar-lhe contas dos respectivos talentos.
Para
que possamos entender melhor o valor dos talentos doados pelo senhor
aos seus súditos, um talento, à época de Jesus, valia seis mil
denários. Um denário era equivalente a um dia de trabalho.
Portanto, expressando na moeda brasileira vigente, um talento valia
cento e vinte mil Reais; dois talentos, duzentos e quarenta mil Reais
e cinco talentos, seissentos mil Reais. Como observamos, a doação
era muito expressiva.
Ao
voltar, reuniu seus súditos e lhes cobrou a acerto de contas.
O
que tinha recebido cinco talentos, devolveu-lhe mais cinco talentos e
o senhor alegrou-se com a dedicação do funcionário e lhe
respondeu; - fiel e bom servidor, muito me alegro com sua dedicação.
Fique, portanto, com os dez talentos e continue trabalhando com eles.
Chamou
em seguida o outro a quem lhe havia cedido dois talentos, que por sua
vez, também lhe devolveu o dobro do recebido, ou seja, quatro
talentos. O senhor se alegrou e lhe disse o mesmo que havia dito ao
primeiro prestador de contas.
Quando
o terceiro veio para prestar contas, disse ao senhor:- eu sei que o
senhor é muito criterioso e que ceifa onde não semeou, portanto, eu
enterrei o seu talento e estou lho devolvendo.
Aquele
senhor ficou aborrecido com a infidelidade daquele súdito,
respondendo-lhe imediatamente:- infiel e mau servidor, você deveria
pelo menos colocar o talento na mão de um banqueiro e me devolver
com os juros. Disse aos seus auxiliares que tirassem o talento dele
e dessem-no ao que tinha dez talentos, atirando o servidor às trevas
exteriores.
Esta parábola
retrata exatamente o que acontece conosco ao reencarnarmos.
Quando assim o
fazemos, Deus nos concede uma imensidão de talentos, tais como:
familia, mente , órgãos do sentido, saúde, braços, pernas, o
trabalho, o dinheiro, o tempo e tantos outros.
É evidente que
precisamos prestar contas a Ele quando voltarmos à Pátria
espiritual. Se usarmos bem os talentos, tantos outros nos serão
acrescentados, mas se usarmo-los de uma maneira indevida, eles serão
retirados.
Quantas pessoas que
abandonam a família, para depois reencarnarem órfãs ou perderem
seus entes queridos muito precocemente.
Quando não usam a
mente de maneira eficaz, renascem com dificuldades homéricas com
relação ao intelecto.
Ao usarem mal os
ouvidos, a fala e os olhos, desestruturam o perispírito, moldando um
corpo com defeito nestas áreas para outra experiência no corpo
físico.
Aqueles que não
cuidam da saúde e chegam até mesmo a conspurcá-la com os vícios,
voltam à terra doentes, tendo imensa dificuldade devido à
insanidade física e mental.
Sendo o trabalho um
dos melhores elementos de elevação espiritual, as pessoas
preguiçosas ou equivocadas, que se aposentam muito cedo , para não
fazerem mais nada, certamente terão dificuldade para arrumarem
emprego em outra reencarnação.
O dinheiro é um
ótimo talento para ajudarmos os outros menos aquinhoados, sendo que
se o utilizarmos indevidamente correremos o risco quase certo de
nascermos pobres com profundas limitações na área social e
econômica na próxima existência.
Segundo Emmanuel,
mentor espiritual de Chico Xavier, quem perde tempo, lesa a vida.
Então precisamos ter muito cuidado com o mau uso do tempo,
desperdiçando-o. Como o amanhã está intrinsecamente ligado ao
hoje, é de bom alvitre que aproveitemos muito bem o tempo, como
todos os outros talentos na construção de nosso progresso
espiritual.
O fato daquele
senhor ter dado mais talentos a um funcionário que aos demais, é
porque ele era melhor do que os outros . Isto significa que ao
fazermos nosso programa reencarnatório, quanto mais tivermos nos
dedicado ao trabalho, ao progresso, justificando-nos perante a
vontade Divina, mais seremos premiados pelos talentos doados por
Deus.
As trevas
exteriores, onde foi lançado o mau servo, são representadas pela
nova necessidade reencarnatória, com a finalidade de expiarmos
nossos débitos, pelo mau uso de nossas oportunidades.
Como a gratidão é
um dos mais importantes sentimentos, devemos agradecer a Deus , a
Jesus e aos Espíritos amigos por tudo que temos recebido, em forma
de talentos, para a execução de nosso plano evolutivo, ao invés de
reclamarmos pelos desafios necessários ao nosso aprendizado.
JORNAL
VERDADE E VIDA
ADDE
- ASSOCIAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA E SPIRITA
ANO
01 NÚMERO 03 FEVEREIRO/ MARÇO 2012
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