Vinde a mim, vós que sois
bons servidores, vós que soubestes impor silêncio aos vossos ciúmes e às vossas
discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra! 1
Hoje, situamo-nos
encarnados nao planeta Terra, hospital-escola de milhões de espíritos em
evolução, que se encontram nos mais diversos estágios de progresso, com
diferentes níveis de moral e de intelectualidade. No entanto, em toda esta
diversidade que se estende de norte a sul e leste a oeste do globo, entre
encarnados e desencarnados, existe um ponto comum que nos iguala a todos: somos
espíritos eternos, criados simples e ignorantes, dotados do atributo da
inteligência; e a nos guiar existe uma constante da Lei Divina: todos estamos
destinados à perfeição.
Assim sendo, somos
espíritos que fazem parte da obra sublime da Criação, mas cada qual trilha seu
caminho de acordo com as opções que realiza, através do uso do inalienável
direito do livre-arbítrio que torna o espírito livre para escolher e
responsável pela conseqüência de tais escolhas.
Neste ponto o prezado
leitor já deve estar indagando o porquê da citação do Evangelho realizada na
introdução deste texto.
Reflitamos!
Como espíritos encarnados,
fazemos parte de inúmeras obras, a começar da obra do Lar – o cadinho sublime
onde se aparam arestas e reconstroem-se laços de estima e confiança que até
então se encontravam destruídos. Mais adiante, nos enfileiramos também na obra
do Grupo Espírita – onde além de aprendermos o Evangelho do Mestre ainda
encontramos uma oficina de trabalhos na qual somos convidados a colocar em
prática as lições aprendidas.
E como citado no início do
texto, fazemos parte do Planeta Terra que tem, como destino, a sua progressão
contínua na escala dos mundos, e, mais precisamente nos tempos atuais,
destina-se a sair do status de planeta de provas e expiações, para um planeta
de regeneração. Deste modo, somos igualmente parte integrante desta obra, desta
seara de guindarmos o nosso planeta a uma nova escala de progresso.
Seja qual for a obra,
temos um papel a desempenhar dentro dela...
Mas não nos iludamos, não
é necessário se tornar herói, não é preciso ser mártir, ou mesmo ir a público
falar do Evangelho de Jesus. A missão de cada um de nós é bem mais simples:
solicita-se que sejamos bons servidores, que não tragamos dano ao trabalho!...
Solicita-se que
independente do estágio de evolução em que nos encontremos, não percamos mais tempo
em devaneios tolos ou elucubrações fúteis, a hora aprazada para a renovação de
nossos sentimentos, para deixarmos de valorizar as conquistas da matéria e
buscarmos o progresso do espírito, já se fez soar. É necessário tenhamos passos
céleres para ombrearmo-nos nesta jornada com aqueles que caminham à nossa
frente, que já entendem que a obra não pode parar, e, cientes disto, trabalham
sem cessar para que a seara não seja prejudicada. Assim sendo, para acompanhar
tais irmãos, é imprescindível sejamos humildes, reconheçamo-nos aprendizes do
Evangelho, e, acima de tudo, tenhamos íntimos abertos e boa vontade para a
prática inadiável da caridade.
O convite do trabalho está
feito, mas para sermos bons servidores, devemos apresentarmo-nos conscientes
ainda, de que o trabalho exigirá de nós muita renúncia e perseverança, que
estejamos dispostos a não cultivar sentimentos de ciúme, inveja, orgulho,
egoísmo; que tenhamos comprometimento e responsabilidade para evitarmos
discórdias e desavenças, sentimentos estes que minam as raízes de fraternidade
e harmonia de qualquer obra.
Assim compreendendo que no
cumprimento do ideal cristão, seja no lar, no Centro Espírita, ou em qualquer
parte da sociedade terrena, acima de qualquer interesse pessoal, nos esforcemos
por fazer parte dele, pois além de proporcionar o bem comum, promove e estimula
o progresso de cada um.
1 - O Evangelho Segundo o
Espiritismo, Allan Kardec –cap. XX, item
Correio da Fraternidade
ANO 20 – nº 238- Abril de 2009
Distribuição Gratuita
Grupo Espírita “Irmão Vicente”
O Grupo Espírita “Irmão Vicente”,
abreviadamente GEIV, foi fundado em 1º de janeiro de 1962, como Associação
religiosa e filantrópica, de duração ilimitada e com fins não econômicos, com
sede e foro na cidade de Campinas, estado de São Paulo.
http://www.annesullivan.com.br/mantenedora.html
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