O
dia 18 de abril marca mais um aniversário da publicação da primeira edição de
“O Livro dos Espíritos”, ocorrida em 1857.
Segundo
o escritor e editor Maurice Lachâtre1: ...A verdadeira fundação do Espiritismo.
Que, até então, só contava com elementos esparsos, sem coordenação e cujo
alcance nem toda gente pudera aprender.
A
partir daquele momento a Doutrina prendeu a atenção de homens sérios e tomou
rápido desenvolvimento...
Foi
divulgada inicialmente com quinhentas e uma perguntas e respectivas respostas
que estavam contidas nas três partes que se dividia a Obra: “Doutrina
Espírita”, “Leis Morais”, “Esperanças e Consolações”.
Posteriormente,
em março de 1860, esta Obra fundamental da Doutrina Espírita, era republicada com
1019 perguntas.
Todavia
o sucesso inicial desta publicação Doutrinária estava fadado a passar momentos
difíceis na sua trajetória de divulgar os “ensinos ditados pelos Espíritos Superiores
e publicados por ordem deles”2.
Incluindo-se
nessa peregrinação a sua transferência para o Brasil, ocorrida a partir da
segunda metade do século XIX (dezenove), idos de 1800, quando impulsionada por
homens brilhantes da vida cultural brasileira como Bittencourt Sampaio, o
médium Frederico Junior, Leopoldo Cirne, Dr. Bezerra de Menezes, Dr. Guillon
Ribeiro, Eurípedes Barsanulfo e outros tantos mais de destaque, que se deixa de
mencionar aqui para não se tornar por demais extensas as linhas deste
editorial, teve os alicerces de sua estrutura Doutrinária fincados neste
país.
A
despeito da implacável perseguição religiosa do clero, que exigiu, dos
espíritas pioneiros, muita determinação e doses maciças de sacrifícios, tais alicerces,
assim preparados, permitiram que a partir de 1930, pela mediunidade
psicográfica de Chico Xavier, desencarnado em 2002, mais de 400 Obras, assinadas
por Mentores como Emmanuel, Dr. Bezerra de Menezes, Humberto de Campos, Eurípedes
Barsanulfo, André Luiz e outros tantos mais, viessem completar os ensinamentos indispensáveis
para o bom entendimento da Doutrina, no seu tríplice aspecto de Ciência, Filosofia
e Religião.
No
entanto, de posse de o Consolador Prometido por Jesus, no Evangelho de João, a
Doutrina sofre, nos tempos atuais, um daqueles momentos de baixa, na sua marcha
de resgate e divulgação dos ensinamentos Cristãos.
Os
Espíritas patrícios, contemporâneos, fogem da leitura e estudos indispensáveis,
conforme recomendara Kardec, das Obras Básicas, O Livro dos Espíritos,
principalmente, a fim de evitar que as práticas Doutrinárias não venham a
sofrer interpretações incorretas que acabam por levar as comunidades Espíritas
a resultados nem sempre esperados por aqueles que buscam na Doutrina o alívio
de suas dores e sofrimentos.
Por
esta razão, torna-se oportuna nesta data tão expressiva para o movimento
Espírita Cristão, que se considere a advertência fraterna de Ananias para Paulo,
que se confessava perplexo diante da experiência por ele vivida às portas de
Damasco, quando o Senhor Jesus o convocara ao trabalho na Seara Cristã:
-
E agora, por que te deténs?
1
Maurice Lachâtre - Autor do Noveau Dictionnaire Universel – (Novo Dicionário
Universal)
2
Allan Kardec – Bibliografia de Zêus Wantuil e Francisco Thiesen – p. 84, ed. 1ª
FEB
Correio da Fraternidade
ANO 20 – nº 238 Distribuição Gratuita
Abril de 2009
Grupo Espírita “Irmão Vicente”
O Grupo Espírita “Irmão Vicente”,
abreviadamente GEIV, foi fundado em 1º de janeiro de 1962, como Associação
religiosa e filantrópica, de duração ilimitada e com fins não econômicos, com
sede e foro na cidade de Campinas, estado de São Paulo.
http://www.annesullivan.com.br/mantenedora.html
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