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segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Nl04 20 Reencontro -

CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
Sala Virtual de Estudos Nosso Lar
Estudo das obras de André Luiz

Livro em estudo: Libertação
Tema: Reencontro
Referência: Capítulo XX

TRECHOS DO CAPÍTULO
(...)
_ todos os companheiros incorporados à nossa missão destes dias – avisava Gubio, paternal – desde que se mantenham perseverantes no propósito de auto-restauração. Seguem ao nosso lado, com acesso aos círculos de trabalho condigno, onde estudantes do bem e da luz lhes acolherão, com simpatia, as aspirações de vida superior. Espero, contudo, que não aguardem milagres na esfera próxima. O trabalho de reajustamento próprio é artigo de lei irrevogável, em todos os ângulos do Universo. Ninguém suplique protecionismo a que não fez jus , nem flores de mel às sementes amargar que semeou em outro tempo. Somos livros vivos de quanto pensamos e praticamos e os olhos cristalinos da Justiça Divina nos lêem, em toda parte. Se há um ministério humano, na Crosta da Terra, determinando sobre as vidas inferiores da gleba planetária, temos, em nossas linhas de ação, o ministério dos anjos, dominando em nossos caminhos evolutivos. Ninguém trai os princípios estabelecidos. Possuímos agora o que ajuntamos no dia de ontem e possuiremos amanhã o que estejamos buscando no dia de hoje. E como emendar é sempre mais difícil que fazer, não podemos contar com o favoritismo, na obra laboriosa do aprimoramento individual, nem provocar solução pacífica e imediata para problemas que gastamos longos anos a entretecer.  A prece ajuda, a esperança balsamiza, a fé sustenta, o entusiasmo revigora, o ideal ilumina, mas o esforço próprio na direção do bem é a alma da realização esperada. Em razão disso, ainda aqui, a bênção do minuto, a dádiva da hora e o tesouro das oportunidades de cada dia hão de ser convenientemente aproveitados se pretendemos santificadora ascensão. Felicidade, paz, alegria, não se improvisam. Representam conquistas da alma no serviço incessante de renovar-se para a execução dos Desígnios Divinos. Felizmente, desde agora estamos abrigados no santuário da boa vontade e, ainda neste instante, cabe-nos não esquecer a promessa evangélica: “quem perseverar até ao fim, será salvo”.  A Graça Celestial, sem dúvida, é um sol permanente e sublime. Urge, porém, a criação de possibilidades superiores em nós, para fixar-lhe os raios e recebê-los.
(...)
Evidenciando manifesta preocupação no olhar muito lúcido, o nosso orientador prosseguiu esclarecendo que Gregório, ciente das novidades havidas no drama de Margarida e informado acerca da renovação de muitos companheiros e colaboradores dele, agora francamente inclinados ao bem, entendiados da ignorância e do ódio, da perversidade e da insensatez, se revoltara contra ele Gúbio, dispondo-se a buscá-lo para um ajuste de que se julgava credor.  Explicou, emocionado, que num duelo espiritual, como aquele a esboçar-se, esperava de todos nós o auxílio eficiente da prece e das emissões mentais de amor puro. Não deveríamos receber os doestos e insultos de Gregório por ofensas pessoais, nem levar suas atitudes à conta de maldade ou grosseria. Competia-nos observar-lhe nos gesto de incompreensão a dor que se lhe cristalizara no Espírito oprimido e inconformado, vendo-lhe nas palavras, não a maldade deliberada, mas, sim, a eclosão de uma revolta doentia e infeliz que não poderia prejudicar e ferir senão a ele próprio. O pensamento é uma força vigorosa, comandando os mínimos impulsos da alma e, se nos entregássemos à reação espiritual, armada de ódio ou desarmonia, pactuaríamos com a violência, impedindo, não só a manifestação providencial de Matilde, a benfeitora, mas também a renovação de Gregório, que guardava a inteligência centralizada no mal. Emissões de mágoa ou revide colocar-nos-iam em trabalho contraproducente. As vibrações de amor fraternal, quais as que o Cristo nos legou, são as verdadeiras energias dissolventes da vingança, da perseguição, da indisciplina, da vaidade e do egoísmo que atormentam a experiência humana. Além disso, tornou o Instrutor bondoso, cumpria-nos considerar que aquela mente transviada do trilho divino se caracterizava muito mais pela moléstia do orgulho ferido e impenitente, que pela perversidade. Gregório era tão somente um infeliz, quanto nós mesmos em passado próximo ou remoto, acicatado por rebeliões e remorsos interiores a lhe desajustarem os sentimentos. Merecia, por isso mesmo, nossa dedicação carinhosa e confortadora, ainda mesmo que nos visitasse com aparências de celerado ou de louco. Nossa conduta, aliás, nada apresentava de surpreendente, em semelhante capítulo, porque não fora para ensinar-nos outras lições que o Cristo trabalhara em benefício de todos e padecera na cruz, sem ninguém.
(...)
_ Saldanha, em companhia do Mestre que abraçamos, só há lugar para o trabalho sadio, com entendimento das lições de sacrifício e iluminação que nos deixou. Não acredites que um golpe possa desaparecer com outro golpe. Não se cura a ferida, aprofundando o sulco da carne em sangue. A cicatriz abençoada surge sempre à custa de enfermagem, remédio ou retificação, com ascendentes de amor. Quem pretende o Reinado do Cristo entrega-se a Ele. Somos servos. A defesa, qualquer que seja, pertence ao Senhor.
(...)
Cabia-nos, pois, agora, a atitude de oração e expectativa amorosa de quem sabia compreender, ajudar e perdoar.
(...)
O Instrutor, não obstante palidíssimo, dando-nos a idéia de que já se achava em comunicação com entidades superiores e imperceptíveis ao nosso olhar, mais uma vez nos exortou ao silêncio, à paciência, à serenidade e à prece, recomendando-nos seguir todos os fatos, sem revolta, sem mágoa e sem desânimo.
(...)
Alguns minutos se desdobraram apressados e Gregório, com algumas dezenas de assalariados, surgiu em campo (...)
(...)
Fixou, com mais atenção, os olhos felinos na assembléia, mas, exceto eu, que deveria permanecer atento à tarefa direcional que me fora cometida, ninguém ousou modificar a atitude de profunda concentração nos propósitos de humildade e amor a que fôramos conclamados.
(...)
Antes, porém, que conseguisse ligar o intento à ação (...) a voz cristalina e terna de Matilde ressoou acima de nossas cabeças, exortando-o, com amorosa firmeza:
_ Gregório, não enregeles o coração quando o Senhor te chama, por mil modos, ao trabalho renovador! O teu longo período na dureza e secura está terminado. Não intentes contra os abençoados aguilhões de nosso Eterno Pai! O espinho fere, enquanto o fogo o não consome; e a pedra mostra resistência, enquanto o fio d’água a não desgasta! Para a tua alma, filho meu, findou a noite em que a tua razão se eclipsou no mal. A ignorância pode muito; no entanto, é simples nada quando a sabedoria espalha os seus avisos. Não admitas que os monstros da negra magia te alimentem o coração com a felicidade desejável!
(...)
_ Acreditas, porventura – prosseguiu a voz materna adulçorada –, que o amor pode alterar-se no curso do tempo? Supuseste, um dia, que eu te pudesse esquecer? Olvidaste a imantação de nossos destinos? Peregrine minhalma através de mil mundos, suspirarei sempre pela integração de nossos espíritos. A luz sublime do amor que nos arde nos sentimentos mais profundos pode resplandecer nos precipícios infernais, atraindo para o Senhor aqueles que amamos. Gregório ressurge!
(...)
_ Lembra-te (...) Tremendos desenganos surpreenderam-te o despertar, e, embora humilhado e padecente, coagulaste os pensamentos no ácido venenoso da revolta e elegeste a escravização das inteligências inferiores por única posição digna  de conquistar. Durante séculos, tens sido apenas rude disciplinador de almas criminosas e perturbadas que o túmulo encontrou na imprudência e no vício. Não te doerá, porém, filho meu, a triste condição de gênio desprezível? Semelhante pergunta não morre sem resposta.  Falam por ti o imenso tédio do mal e a profunda solidão interior que presentemente te invadem as horas. Aprendeste com infinito desapontamento que os tesouros divinos não repousam em frias arcas de valores amoedados, e sabes, agora, que Jesus dispõe de escasso tempo para frequentar basílicas suntuosas, não obstante respeitáveis, porque de escura senda humana emergem soluços de peregrinos sem luz e sem lar, sem arrimo e sem pão...
(...)
_ Vim para combater, não para argumentar. Não temo sortilégios. Sou um chefe e não posso perder os minutos com palavras tergiversantes. Não admito a presença de minha mãe espiritual de outras eras. Conheço as artimanhas dos fascinadores e não tenho outra alternativa senão duelar.
(...)
_ Por quem és! Anjo ou demônio, aparece e combate! Aceitas meu desafio?
_ Sim... – respondeu Matilde, com ternura e humildade.
_ Tua espada?! – trovejou Gregório, arquejante.
_ Vê-la-ás dentro em breve...
(...)
Compreendi que a valorosa emissária se materializaria ali mesmo, utilizando os fluidos vitais que o nosso orientador lhe forneceria.
(...)
Adiantava-se, digna e calma, na direção do sombrio perseguidor; todavia, Gregório, perturbado e impaciente, atacou-a de longe e empunhou a lâmina em riste, exclamando, resoluto:
_ Às armas! Às armas! ...
Matilde estacou serena e humilde, embora imponente e bela, com a majestade de uma rainha coroada de Sol.
Decorridos alguns instantes ligeiros, movimentou-se novamente e, alçando a destra radiosa até ao coração, caminhou para ele, afirmando, em voz doce e terna:
_ Eu não tenho outra espada, senão a do amor com que sempre te amei!
E de súbito desvelou o semblante vestalino revelando-lhe a individualidade num dilúvio de intensa luz. Contemplando-lhe, então, a beleza suave e sublime, banhada de lágrimas, e sentindo-lhe as irradiações enternecedoras dos braços que, agora, se lhe abriam, envolventes e acolhedores, Gregório deixou cair a lâmina acerada e de joelhos se prosternou, bradando:
_ Mãe! Minha mãe! Minha mãe! ...
(...)
Verificara-se, ali, naquele abraço, espantoso choque entre a luz e a treva, e a treva não resistiu...
(...)
Após abraçam-nos, generosa, desmaterializou-se (...)
(...)
Edificado, feliz, Gúbio sustentou Gregório, inerte, nos braços à maneira do cristão fiel que se orgulha de suportar o companheiro menos feliz. Orou, cercado de claridade santificante, arrancando-nos lágrimas irreprimíveis de alegria e reconhecimento e, depois, ante a paz que se establecera, triunfante e ditosa, deu por fina a nossa tarefa (...)
(...)
Surgira, para mim, a despedida.
(...)
O Instrutor abraçou-me e, retendo-me junto do coração, falou, bondoso:
_ Jesus te recompense, filho meu, pelo papel que desempenhaste nesta jornada de libertação. Nunca te esqueças de que o amor vence todo ódio e de que o bem aniquila todo mal.
(...)
E voltando, sozinho, ao meu domicílio espiritual, roguei, chorando:
_ Mestre de Bondade Infinita, não me abandonaste! Ampara-me a insuficiência de servo imperfeito e infiel!
Em torno, reinava insondável e sublime silêncio. (...) qual celeste resposta de luz.

QUESTÕES INICIAIS PARA ESTUDO

01) Gúbio, ao início do capítulo, refere-se à necessidade da perseverança na auto-restauração. Assim, vamos falar um pouquinho sobre as restaurações necessárias em nós mesmos?

a) O que é reforma íntima?

b) Qual a necessidade e por quê fazê-la ?

02) Gúbio ainda faz uma preleção sobre a necessidade do trabalho para o reajustamento próprio, como podemos entender a importância do trabalho? Por que?

03)  Como podemos explicar e entender a seguinte assertiva: ”Ninguém trai os princípios estabelecidos. Possuímos agora o que ajuntamos no dia de ontem e possuiremos amanhã o que estejamos buscando no dia de hoje.”?

04)  Gúbio, em outro parágrafo, explica que Gregório informado da renovação de muitos de “seus subalternos” iria atrás de Gúbio , a fim de buscar um duelo espiritual e que para tanto seria necessário que todos o auxiliassem eficientemente através da prece e das emissões mentais de amor puro. Como podemos explicar o pedido feito?

05)  Como podemos entender e aplicar a nós mesmos a seguinte assertiva: “O pensamento é uma força vigorosa, comandando os mínimos impulsos da alma e, se nos entregássemos à reação espiritual, armada de ódio ou desarmonia, pactuaríamos com a violência, impedindo, não só a manifestação providencial de Matilde, a benfeitora, mas também a renovação de Gregório, que guardava a inteligência centralizada no mal. Emissões de mágoa ou revide colocar-nos-iam em trabalho contraproducente. As vibrações de amor fraternal, quais as que o Cristo nos legou, são as verdadeiras energias dissolventes da vingança, da perseguição, da indisciplina, da vaidade e do egoísmo que atormentam a experiência humana”?

06)  Mais adiante, respondendo à indagação de Saldanha do motivo pelo qual não faziam eles um movimento coordenado de repulsão energética, Gúbio diz que em companhia do Mestre que abraçamos  somente havia lugar para o trabalho sadio, posto que um golpe não desaparece com outro golpe e que a ferida se cura com remédio. Como podemos entender e aplicar em nossa jornada a lição que nos deixa Gúbio?

07)  Posteriormente, na conversa mantida entre Matilde e Gregório, este queria uma luta armada. Matilde a aceitou dizendo que :  “_ Eu não tenho outra espada, senão a do amor com que sempre te amei! “ . E , com a arma do amor, vence a escuridão em que vivia  Por que o amor é a arma mais poderosa na conquista do Espírito? Por que o amor vence todo ódio?

Bibliografia sugerida:

O Livro dos Espíritos

O Evangelho Segundo o Espiritismo

Conclusão:

Encerrando a história narrada por André Luiz, que estudamos nessas últimas semanas, chegamos ao ato final que viria coroar de êxito o trabalho da equipe de benfeitores espirituais dirigida por Gúbio: a transformação de Gregório, o sumo sacerdote que comandava a falange de entidades ainda estacionadas na prática do mal e que exerciam severo domínio obsessivo sobre suas vítimas. Mas qual a arma utilizada pelos trabalhadores no bem para operar essa transformação? O amor. O amor divino de que todos estamos impregnados, embora nem sempre tenhamos consciência ou nos lembremos disto. E a portadora desse amor foi Matilde, mãe de Gregório em existência pretérita, que, com a força de seu amor, o fez se convencer da necessidade da mudança.

QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO

01) Gúbio, ao início do capítulo, refere-se à necessidade da perseverança na auto-restauração. Assim, vamos falar um pouquinho sobre as restaurações necessárias em nós mesmos?

a) O que é reforma íntima?
Segundo o conceito do escritor Ney Prieto Peres, "a reforma íntima é um processo contínuo de autoconhecimento da nossa intimidade espiritual, modelando-nos progressivamente na vivência evangélica, em todos os sentidos da nossa existência. É a transformação do homem velho, carregado de tendências e erros seculares, no homem novo, atuante na implantação dos ensinamentos o Divino Mestre, dentro e fora de si." É, portanto, uma necessidade e a razão principal de nos encontrarmos vivenciando um corpo de carne.

b) Qual a necessidade e por que fazê-la?
A reforma íntima é necessária para nos despojarmos das imperfeições, através do burilamento de nós mesmos, que nos levará ao nosso aprimoramento espiritual. Transformando-nos, estaremos dando a nossa contribuição para  que se opere a transformação de toda a humanidade. E a bússola a ser seguida é o Evangelho de Jesus, vivenciado em espírito e verdade e não apenas reverenciado externamente.

02) Gúbio ainda faz uma preleção sobre a necessidade do trabalho para  o  reajustamento  próprio,  como  podemos entender a importância do trabalho? Por quê?
A lei do trabalho é uma das dez partes em Kardec dividiu as leis morais para fins de estudo, no Livro dos Espíritos, seguindo, aliás, a divisão adotada por Moisés. Constitui, portanto, o trabalho,  uma  das  leis  da  Natureza  à  qual ninguém se deve furtar, pois é por meio dele que vamos desenvolver nossa inteligência e nos aperfeiçoar moralmente, ampliando nossas faculdades.  

03)  Como podemos explicar e entender a seguinte assertiva: ”Ninguém trai os princípios estabelecidos. Possuímos agora o que ajuntamos no dia de ontem e possuiremos amanhã o que estejamos buscando no dia de hoje.”?
É o princípio citado por Jesus e relatado no Evangelho de Mateus ensinando que a cada um será dado segundo as suas obras. É a lei de ação e reação que rege o Universo, não só no que se refere às coisas materiais como também à vida espiritual e que o Espiritismo veio relembrar à humanidade. Colhemos hoje o que plantamos ontem e colheremos amanhã o que plantarmos hoje. Somos os construtores do nosso destino, foi o que procurou transmitir aos presentes o Instrutor Gúbio.

04)  Gúbio, em outro parágrafo, explica que Gregório, informado da renovação  de  muitos de “seus subalternos”, iria atrás dele, a fim de buscar um duelo  espiritual  e  que  para  tanto  seria  necessário  que  todos  o  auxiliassem eficientemente através da prece e das emissões mentais de amor puro. Como podemos explicar o pedido feito?
Através do pensamento e da nossa vontade emitimos forças fluídicas que se  irradiam  além  do  nosso  corpo  físico.
A qualidade dessa energia irradiada depende da qualidade do nosso pensamento e da nossa vontade.  Gúbio pediu aos presentes que orassem em seu auxílio e emitissem ondas mentais de amor pura para que, com isso, atraíssem a assistência dos Espíritos Superiores que lhe intuiriam sobre como agir, através da sintonia do pensamento  e  lhe dariam forças para enfrentar a situação que se delineava.

05)  Como podemos entender e aplicar a nós mesmos a seguinte assertiva: “O pensamento  é uma força vigorosa, comandando os mínimos impulsos da alma e, se nos entregássemos à reação espiritual,  armada  de  ódio  ou desarmonia pactuaríamos com a violência, impedindo, não só a manifestação providencial de Matilde, a benfeitora, mas também a renovação de Gregório, que guardava a inteligência centralizada no mal.  Emissões  de  mágoa  ou revide colocar-nos-iam em trabalho contraproducente. As vibrações de amor fraternal, quais as que o Cristo nos legou, são as verdadeiras energias dissolventes da vingança,  da  perseguição,  da  indisciplina,  da  vaidade  e  do egoísmo que atormentam a experiência humana”?
Como vimos em capítulo anterior, segundo o instrutor Gúbio o pensamento é "força criadora de nossa própria alma e, por isto mesmo, é a continuação de nós mesmos. Através dele, atuamos no meio em que vivemos e agimos, estabelecendo o padrão de nossa influência, no bem ou no mal." Portanto, a natureza do pensamento é  que  vai definir a nossa sintonia vibratória que irá influenciar e receber influências, para o bem ou  para  o  mal,  conforme  a qualidade do pensamento que emitimos. O amor é uma criação de Deus e, como tal, o sentimento mais poderoso que existe, triunfando sempre sobre os sentimentos negativos, como o ódio, o egoísmo e o desejo de vingança.

06)  Mais adiante, respondendo à indagação de Saldanha  do  motivo  pelo  qual  não  faziam  eles  um  movimento coordenado de repulsão energética, Gúbio diz que em companhia do Mestre que abraçamos  somente  havia  lugar para o trabalho sadio, posto que um golpe não desaparece com outro golpe e que a  ferida  se  cura  com  remédio.
Como podemos entender e aplicar em nossa jornada a lição que nos deixa Gúbio?
Todo o ensinamento de Jesus foi no sentido de que somente através do amor se pode transformar as pessoas. Uma reação da mesma natureza à que pretendia Gregório adotar não iria operar a sua desejada transformação. "A ferida se cura com remédio", como disse Gúbio e não com mais violência. E o remédio maior é o amor, pois só ele cobre uma multidão de pecados, como afirmou Pedro em sua primeira carta, demonstrando haver assimilado o ensinamento do Mestre.

07)  Posteriormente, na conversa mantida entre Matilde e Gregório, este queria uma luta armada.  Matilde a aceitou dizendo que: “Eu não tenho outra espada, senão a do amor com que sempre te amei!”. E, com a arma do amor, vence a escuridão em que vivia Por que o amor é a arma mais poderosa na conquista do Espírito? Por que o amor vence todo ódio?
 Porque o espírito é uma centelha de Deus. Traz dentro de si a divindade irradiada em seu ser, como a luz do Sol sobre a Terra. Sendo Deus todo amor em grau infinito, significa que temos todo esse amor dentro de nós, latente, à espera de que eliminemos a escuridão que o impede de brilhar. O mais insensível dos espíritos, o mais endurecido e perseverante no mal traz, também, dentro de si esse amor divino, bastando que se saiba fazê-lo desabrochar. Matilde, espírito de grande elevação, sabia muito bem como fazer. Bastou derramar sobre Gregório sua luz e seu amor materno que ele não resistiu, entregando-se por inteiro às forças do bem. Era o início de seu processo de transformação.


Muita paz a todos.

Sala Nosso Lar

C V D E E

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