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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

UM PRESIDENTE ESPÍRITA?


EFEMÉRIDES ESPÍRITAS
Neste mês, em que se comemora o centenário da vinda de Chico Xavier à Terra, relembramos um fato muito curioso de sua encarnação que culminou com uma grande descoberta.
Intuitivamente sugeriu a Wallace Leal Rodrigues que efetuasse uma pesquisa acerca da vida de um dos maiores nomes da história do século XIX: o presidente americano Abraham Lincoln, desencarnado em abril de 1865. 
Mas, qual seria a relação deste eminente político com o Espiritismo?
Através de sua pesquisa Wallace não somente encontrou a tão conhecida biografia do menino de origem humilde em pequeno condado de Kentuky, que se tornou um excelente advogado e memorável presidente abolicionista, como verificou que se tratava de um homem espiritualizado, intuitivo, e com profundas e expressivas ligações com espíritos desencarnados, aos quais seguiu, com muito rigor, as orientações no grave período da guerra civil americana.  
Quando Lincoln assumiu a presidência em 1861, os Estados Unidos eram, no seu dizer, “uma casa dividida”. Os Estados do Norte, já industrializados, não tinham vantagem em manter a escravidão, ao contrário do Sul que baseava-se na produção agrícola e tinha por principal mão de obra, os escravos. Onze dos quinze Estados escravagistas haviam declarado secessão da União, e criado um novo país, os Estados Confederados da América. A partir desse acontecimento iniciaram-se conflitos que provocaram um assustador número de mortes, que muito preocupava o presidente, sempre muito soturno.
Foi nesse contexto que se deu seu encontro com a médium de incorporação, psicografia e efeitos físicos Nettie Colburn, uma jovem de 15 anos, iletrada e de origem humilde, que serviu de instrumento a espíritos que orientaram o presidente desde a arregimentação das tropas até a medida de abolir a escravidão em todo país, que culminou com o fim da guerra.
A participação de Lincoln em sessões espíritas iniciou-se com o estímulo da primeira dama que, frequentadora de sessões fenomenológicas, conheceu Nettie e ficou impressionada com o conteúdo das comunicações de que era instrumento. 
Convidada a realizar sessão na própria Casa Branca, a jovem médium, de modo inconsciente, deu lugar a uma figura bastante conhecida por Lincoln, Daniel Webster, importante político abolicionista, reconhecido pelo próprio presidente em seu discurso. Mais tarde, passaram a dirigir-se ao líder político outros espíritos. A primeira orientação se deu em tom desafiador, pois que a entidade manifestante lhe afiançou que, a fim de restabelecer a ordem e a união de seu exército, visitasse o front1 juntamente de sua família, destituído de protocolos oficiais. Deveria procurar as tendas dos soldados rasos, conversar com eles e ouvir-lhes as queixas. No dia da visita, Lincoln visitou não só as tendas de seus soldados, mas também a do exército dos Confederados, tratando-os com igual interesse e gentileza. O resultado do empreendimento veio dias mais tarde, antecipado pela comunicação dos espíritos: depois de seguidas derrotas, o exército da União finalmente triunfara. A partir de tal sugestão Lincoln passou a tomar com seriedade as orientações dadas pelos espíritos, as quais lhe serviam de grande bálsamo para as suas silenciosas dúvidas e amargas cogitações. 
Não há relatos de que Lincoln tenha tido contato com as obras de Kardec, no entanto, estava certo da existência do mundo espiritual, tendo, inclusive protagonizado diversos fenômenos. Previu o próprio desencarne antes mesmo de ser eleito presidente, narrando tal quadro com grande precisão, embora não soubesse afirmar quando se daria tal desfecho. Além disso, afirmava sentir, em diversos momentos, a presença do filho desencarnado, com quem travava inúmeras conversações. Já a primeira dama, mulher enérgica e de certa impulsividade que se auto afirmava espírita e possuía a mediunidade de audiência, ficou em perturbação após o desencarne do marido, findando seus dias na Terra internada em um manicômio.
Mas, seria Lincoln, então, espírita? Pouco importa. Certa feita, Chico Xavier, que se encontrava de olhos úmidos ante a estátua do presidente no memorial Lincoln Center recebeu de Emmanuel a seguinte referência em relação ao eminente político: Observe a inspiração que norteou o artista ao conceber esta bela obra de estatuária. Lincoln tem a mão direita, que assinou a Proclamação Libertadora, aberta, a esquerda, fechada. E de seu olhar melancólico parece se desprender um pensamento: “Vede, para cumprir com o dever, foi preciso que eu fechasse meu coração”.
E foi com o coração transpassado pela gravidade da situação, mas na seriedade de seus propósitos e anonimato de sua certeza nas orientações espirituais que restabeleceu a união de seu país e aboliu a escravidão.
Mas, quem foi a menina pobre que serviu de intermediária para que os espíritos se fizessem ouvir pelo presidente? Bom, esta é história para uma outra efemérides...

1 Frente de batalha

Leia mais em:
Sessões espíritas na Casa Branca – Nettie Colburn Maynard e Wallace Leal Rodrigues



Susan/Débora

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Grupo Espírita “Irmão Vicente”
O Grupo Espírita “Irmão Vicente”, abreviadamente GEIV, foi fundado em 1º de janeiro de 1962, como Associação religiosa e filantrópica, de duração ilimitada e com fins não econômicos, com sede e foro na cidade de Campinas, estado de São Paulo.
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