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segunda-feira, 19 de julho de 2010

O Livro dos Espíritos Estudo 26

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA


XII - DA IDENTIFICAÇÃO DOS ESPÍRITOS
As reflexões iniciadas nos estudos anteriores, (X e XI) prosseguem neste item. Enfatizam, reforçam os cuidados e precauções necessárias, para que com mais segurança, se conheça a espécie ou categoria dos Espíritos com que se está tratando. Vimos que assim como os bons Espíritos podem se apresentar sob o nome de personalidades conhecidas, querendo com isso fixar uma idéia comum ao todo coletivo, deixando belas exortações, os inferiores também se apresentam sob nomes respeitáveis. Daí a ênfase dada a que se analise, como meio identificador, a linguagem e o conteúdo, isto é, a qualidade da proposta.
 Ainda assim, adeptos leais da Doutrina, sentem-se confusos e insistem em meios mais precisos visando identificá-los. Afirmam que, muitas vezes, a inferioridade se insere tão veladamente que o controle fica muito difícil.
           Realmente, a sutileza, a forma em belas palavras, dificulta descobrir dubiedade no engodo da proposta. Pode-se entretanto, acrescentar outros cuidados que certamente facilitarão:
1.   Quando se manifesta o Espírito de alguém conhecido, parente ou amigo, sobretudo se desencarnado há pouco tempo - geralmente sua linguagem é característica, idêntica à que lhe era comum quando encarnado, e isso é indício identificador. A dúvida diminui à medida que esse Espírito, fala de situações particulares, casos, detalhes familiares que somente o interlocutor conhece.
2.   Mais ou menos o mesmo se passa em relação a Espíritos contemporâneos, cujas características e hábitos são conhecidos e que, por não terem ainda se despojado deles, mais facilmente se fazem reconhecidos.
3.   Semelhança da caligrafia ou da assinatura. Esse indício pode ser dificultado, uma vez que nem todos os médiuns obtém esse resultado com perfeição em reproduções exatas. Há casos porém, em que são perfeitamente idênticas. Como há o perigo dessa variável ela consta mais como registro ao conhecimento e não como regra segura de identificação, permanecendo a linguagem, o conteúdo e as circunstâncias pessoais identificadoras.

                   Há casos portanto, em que a identidade do Espírito evocado pode até certo ponto, ser estabelecida e em outros, não; os elementos fornecidos não conferem. Será sempre critério saber em certeza que o Espírito de um homem bom, jamais falará ou se expressará como o faria um perverso, irresponsável ou imoral.
1:1 - Causa ainda, entre as dúvidas, alguma estranheza, que Espíritos bons usem ou assinem o nome de outro. Como entender?
 Possuem esses bons Espíritos, mais ou menos, o mesmo caráter, o mesmo grau; são animados dos mesmos sentimentos, reunidos em grupos e em famílias. O número deles é incalculável; a maioria deles não tem nome para nós... ... "um Espírito da categoria de um Fénelon, pode, portanto, vir em seu lugar, às vezes mesmo com o seu nome, porque é idêntico a ele e pode substituí-lo e porque necessitamos de um nome para fixar as nossas idéias. Mas que importa, na verdade, que um Espíritos seja realmente o de Fénelon? Desde que só diga coisas boas e não fale senão como o faria o próprio Fénelon, é um bom Espírito; o nome sob o qual se apresenta é indiferente e nada mais é, freqüentemente, do que um meio para fixação de nossas idéias ...".
Conclui-se que:
§  A identidade dos Espíritos, se em alguns casos é facilmente estabelecida, haverá aqueles em que essa facilidade inexiste, principalmente dificultada naqueles em cuja morte remota não oferece meios seguros de controle. Ater-se à linguagem, à forma, ao caráter.
§  A identidade absoluta, a certeza plena não tem importância. O grande destaque é a distinção a ser feita entre os bons e os maus Espíritos - a individualidade pode ser diferente - a qualidade nunca.
Ao relacionar-se com desencarnados, portanto, qualquer que seja a confiança que nos inspirem, parar, pesar, meditar, usar razão severa, pedir explicações necessárias e só aceitar depois de formar opinião segura, sem que nenhum ponto pareça suspeito, duvidoso ou obscuro.

Bibliografia
Kardec, Allan - "O Livro dos Espíritos" - Introdução XII
Kardec, Allan - "O Livro dos Médiuns" - Cap XXIV

Leda Marques Bighetti
Agosto / 2003

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