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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Na construção de Grupos Sérios


Espíritas! Amai-vos, este o primeiro ensinamento; ” – O Espírito de Verdade –( Paris, 1860.) - Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap VI – Item 5

Junto às agremiações que assumem a tutela do Espiritismo-Cristão, devemos destacar como prioridade a construção de relacionamentos saudáveis, duradouros, e que promovam a lídima liberdade, exercendo o serviço e o aprendizado da construção de equipes que aprendam a se amar nas diferenças, obedecendo aos imperativos da diversidade.

Relacionamentos sinalizam para a tarefa lenta e progressiva do entendimento, da alteridade, do desculpar-se – atitudes de perseverante caridade de uns para com os outros na formação da convivência.

Convivência fraterna e cristã é o resultado sublime da “entrega afetiva” e do compartilhamento incondicional dos nobres ideais que preencherão de amor os corações em reeducação. Entretanto, semelhante obra das relações humanas reclama tecer, com o fio condutor da confiança, o manto acolhedor da amizade sincera – virtude das almas que creditam ao outro a hipoteca dos consórcios emocionais de profundidade, na fieira das realizações do tempo...

Esse manto protetor é o agasalho ante as intempéries da incerteza que costuma surgir nos descuidos da maledicência, do escrúpulo improdutivo e das obsessões intermitentes – resultado dos intercâmbios humanos superficiais de pessoas e grupos que não se permitem a proximidade e fixam-se nos “esconderijos emocionais”, com lamentável medo de amar.

Confiança é a concessão que espontaneamente creditamos uns aos outros em regime de fé. 

Brota na convivência e se fortalece na proporção em que, por essa partilha diária, tornamo-nos progressivamente mais credores desse elo afetivo, sob a tutela da autoridade moral.

Por outro lado, a dúvida é erva daninha, extenso e fértil campo para a sementeira da discórdia, da deserção, da inveja, do personalismo e da obsessão.

Laboremos por novos e mais auspiciosos dias em nossos encontros, teçamos a rede da confiança em nossos grupamentos de labor espiritual cultivando sinceridade com ternura, autoridade com exemplos contagiantes; que esse empreendimento seja de molde a incentivar e sustentar a psicosfera dos ambientes onde transitamos, exalando o clima que todos anseiam de dúlcida paz e alegria, de festa nos corações que aprenderam a amar Jesus.

Sem confiança não há união sustentável, e sem os pilares de união nenhuma edificação de valor consegue erguer-se por tempo necessário na obtenção dos melhores resultados.

Não basta, porém, a convivência amiga e agradável que pode derrapar no apego, na intimidade particularista, na ausência de limites educativos. Tornar-se imperiosa a formação de equipes que atendam a propósitos sérios, nutridos no desejo de instrução e melhoria. Sérios seriam os nobilitantes programas ajustados ao tratado de paz e aperfeiçoamento, glorificados pelo guia e modelo, contido nas diretrizes seguras da Boa Nova. 16

Jesus, líder incomparável, arregimentou os discípulos na construção do grupo amigo e fraterno e “deu-lhes poder” (1), ou seja, ajustou o centro indutor de seus sentimentos a vibrar em sintonia com a força Divina do Amor, ante os trâmites que a existência lhes apresentava.

Grupos amigos sim, mas, além disso, propósitos sérios que instruam, libertem e contribuam para o crescimento pessoal e grupal em direção à vida imortal.

Analisando os prismas da urgência em melhorarmos nossa vida interpessoal, compreendemos com mais precisão os motivos que têm levado muitos grupamentos de amor a permanecerem na esfera dos desejos valorosos, ou nos sonhos de ventura, tombando, quase sempre, na decepção e na descrença em razão do descompromisso de amar, primeiramente, o próximo mais próximo nos ambientes espiritistas.

Não foi sem razão a recomendação cristalina de Allan Kardec, quando orientou sobre as condições morais dos participantes dos grupos de nossa causa:

Cordialidade recíproca entre os membros;”

Um único desejo: o de se instruírem e melhorarem,(...)” (2)

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Amigo servidor de nossa lida doutrinária!

Afeiçoa-te ao clima de fraternidade, e não desista jamais de construir a harmonia e o vigor moral em tuas relações.

Se desistires, nunca encontrarás o trabalho pronto.

Se te preocupas que haja laços mais amáveis e cordialidade, é porque devem começar por ti.

Adianta e assume o denodo no qual a grande maioria tem abandonado.

Convivência no amor é fruto de superação pessoal na obra de renovação interior.

Postergar tal compromisso é o mesmo que adiar tua própria melhoria.

Feliz a advertência do senhor em concitar o amor ao próximo na justa medida do amor a si mesmo. É que teu convívio com o outro será o reflexo fiel de como vivemos contigo nas experiências da vida

Constrói teu grupo de amor e adiciona-lhes os propósitos elevados como garantia imorredoura de vitória e felicidade, na Terra e na “Vida dos Imortais”

(1) – Mateus, 10:1

(2) – Livro dos Médiuns – Cap. XXIX – Item 341


Conselho Espírita de São Bernardo do Campo
Encontros de Atitudes de Amor”
Grupo Fraternidade Espírita João Ramalho
Reunião do dia 6 de julho de 2008
Tema Central:
Alteridade 

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