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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O LIVRO DOS ESPIRITOS - Estudo 41


INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA
Livro Primeiro
As Causas Primárias
Capítulo I

Deus


I. Deus e o Infinito
II. Provas da Existência de Deus
III. Atributos da Divindade
IV. Panteísmo


II - Provas da Existência de Deus - 4 a 9


Retomando a pagina do mês anterior, percebemos que ao nos ater as leis da Natureza ela própria prova a 
ação de uma inteligência ordenadora.

"(...) não somente constantes, mas concordantes e inteligíveis”. 2

"(...) A correlação das forças físicas nos mostra a unidade de Deus, sob todas as formas transitórias de movimentos".2

Deus é uma força inteligente, universal e invisível...

É sentindo-lhe a presença eterna que compreendemos as palavras de Leibnitz: "(...) há metafísica, geometria e moral por toda parte", bem como o velho aforismo de Platão, que podemos traduzir: "(...) Deus é o geômetra que opera eternamente".

Nessas reflexões encontramos abertura, aprofundamento às questões e respostas que seguem:

"(...) 7 - Poderíamos encontrar a causa primária da formação das coisas nas propriedades íntimas da matéria?

__ Mas, então, qual seria a causa dessas propriedades? É sempre necessária uma causa primária".

Comenta Allan Kardec:

"(...) Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntimas da matéria seria tomar o efeito pela causa, pois essas propriedades são em si mesmas um efeito, que deve ter uma causa".

"(...) 8 - Que pensar da opinião que atribui a formação primária a uma combinação fortuita da matéria, ou seja, ao acaso?

__ Outro absurdo? Que homem de bom senso pode considerar o acaso como um ser inteligente?
E, além disso, o que é o acaso?

Nada".

Acresce o Codificador:

"(...) A harmonia que regula as forças do Universo revela combinações e fins determinados, e por isso mesmo um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso, seria uma falta de senso, porque o acaso é cego e não pode produzir efeitos inteligentes. Um acaso inteligente já não seria um acaso".

Acaso... Acontecimento fortuito, fato imprevisto, casualidade sem direção, sem rumo, à toa, a esmo, sem reflexão, impensadamente, inconsideradamente, talvez, por ventura, por acaso, improvisos que não têm lugar na Criação.

"(...) Deus aparece-nos sob a idéia de um Espírito permanente e residente no âmago das coisas. Deixa de ser o soberano a governar das alturas celestes, para ser a lei invisível dos fenômenos. Não habita um Paraíso povoado de anjos e de eleitos e sim a amplidão infinita, repleta da sua presença, ubiqüidade imóvel, totalizada em cada ponto do Espaço, em cada instante do tempo ou, por melhor dizer - eternamente infinita e sobranceira a tempo, espaço e ordem de sucessão qualquer".



"(...) A ordem universal reinante na Natureza, a inteligência revelada na construção dos seres, a sabedoria espalhada em todo o conjunto, qual uma aurora luminosa e, sobretudo, a universidade do plano geral regida pela harmoniosa lei da perfectibilidade constante, apresenta-nos, já, agora, a "onipotência divina" como "sustentáculo invisível" da Natureza, "lei organizadora", "força essencial", da qual derivam todas as forças físicas, como outras tantas manifestações particulares, suas.
Podemos, assim, encarar Deus como um pensamento imanente, residente inatacável na essência mesma das coisas, sustentando e organizando ele mesmo, as mais humildes criaturas, tanto quanto os mais vastos sistemas solares, de vez que as leis da Natureza não mais seriam concebíveis fora desse pensamento, antes são dele eterna expressão". (grifos mantidos)



"(...) para nós, deus não está fora do mundo, nem a sua personalidade se confunde na ordem física das coisas. Ele é o pensamento incognoscível, do qual as leis diretivas do mundo representam uma forma de atividade".2

Sob tais reflexões, onde o acaso?

Bibliografia:

1. KARDEC, Allan.O Livro dos Espíritos - 4 a 9
2. FLAMMARION, Camille. Deus na Natureza - cap. V

Leda Marques Bighetti
Novembro / 2004


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