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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

101 – O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

CAPÍTULO XI: AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS: O EGOÍSMO - ITEM 12

               Blaise Pascal, cientista francês e filósofo religioso, nasceu em 19 de junho de 1623, em Clermont. Estudou com seu pai, Pascal d’Etienne, um nobre e funcionário do governo, demonstrando uma genialidade precoce em matemática e ciência, principalmente física.

             Aos 16 anos escreveu um Tratado sobre as secções dos cones, que ganhou o respeito dos matemáticos de Paris. Aos 19, construiu uma máquina calculadora, para ajudar seu pai nos cálculos complicados que precisava fazer no seu trabalho na prefeitura.

             Desenvolveu estudos em geometria, hidrodinâmica, hidrostática e pressão atmosférica, descobriu a lei, que foi denominada Lei de Pressão Pascal.

A ele é creditado a descoberta da teoria matemática da probabilidade.

             Em 1646, seu pai sofreu um acidente e foi cuidado, com muita dedicação por dois enfermeiros jansenistas, até curar-se, deixando a família impressionada com o ideal religioso.
             Na noite de 23 de novembro de 1654, Pascal teve uma experiência espiritual, entrando em estase, por duas horas, teve uma visão, que o levou a decidir-se pela religião católica.

             Participou do movimento religioso na França, conhecido como Jansenismo, segundo as idéias de Cornelius Otto Jansen (1585-1636), teólogo e bispo católico, holandês. Seus escritos foram publicados dois anos após sua morte, num livro chamado Augustinus, que confrontava a teologia de Santo Agostinho com as tendências do catolicismo de então, principalmente, os jesuítas.

             Em defesa do teólogo Antoine Arnauld, jansenista ativo, excluído da Faculdade de Teologia de Paris, onde era professor, Pascal, escreveu 18 cartas, a um provincial e aos jesuítas, mais tarde publicadas em livro “Letres Provinciales”, sendo também condenado pelos professores de Teologia da Sorbonne.

             A partir de 1655, viveu de modo ascético e desenvolveu marcantes trabalhos na área da filosofia, sendo, nessa área, sua obra mais importante “Pensamentos”, escritos nos seus últimos anos de vida na Terra, onde apresenta suas idéias sobre a fé em Deus e sobre o sofrimento humano, publicado anos após seu desencarne, em 19 de agosto de 1662, de um tumor cancerígeno no estômago, que chegou ao cérebro. *

             “Se os homens se amassem, reciprocamente, a caridade seria mais bem praticada. Mas para isso, seria necessário que vos esforçásseis no sentido de livrar o vosso coração dessa couraça que o envolve a fim de torná-lo mais sensível ao sofrimento do próximo.”
             Assim, inicia Pascal sua mensagem.

             A couraça a ser eliminada é a do egoísmo, que impede o homem de sensibilizar-se com as necessidades dos outros, com suas dores e seus sofrimentos, levando-o a ver-se, somente a si, como o centro de tudo e de todos
             A rigidez, em relação aos demais, mata os bons sentimentos, impedindo-os de se desenvolver.

             Assim, o egoísmo impede o desenvolvimento do amor ao próximo, que deve se desenvolver, segundo determinação divina, nos corações de toda a humanidade.
             Pascal também cita Jesus, como O Modelo a ser seguido.

             Ensinava, exemplificava, atendia a todos que o procuravam, ouvindo-os, dando-lhes atenção, não se importando com as reações de ninguém, sem receio do que pudessem pensar ou falar, como demonstram diversas passagens dos Evangelhos, tais como: a conversa com a samaritana, que muito surpreendeu seus discípulos (João, IV: 1 a 30), a visita à casa de Zaqueu, mal visto por seus conterrâneos, por ser cobrador de impostos (Lucas: XIX: 1 a 10), curando aos sábados, dia proibido às atividades não religiosas, sendo essas as prescritas pela religião. (Mateus, 12: 1 a 8), comendo com publicanos e pecadores (Mateus, IX: 10 a 12) e muitas mais.

             Com serenidade, continuava a dizer coisas novas, contrariando, muitas e muitas vezes, as concepções da época.

             Sabia que provocava revolta em uns, medo em outros, mas continuava ensinando, despertando consciências, aliviando dores, curando doenças, esclarecendo dúvidas, estimulando inteligências a pensar, sereno, tranqüilo, consciente da sua tarefa de lançar sementes aos que o ouviam, porque confiava em Deus, nas Suas leis e na perfectibilidade dos homens.

             Jesus é o Maior Exemplo de vivência de amor ao próximo, sem qualquer sinal de egoísmo.

             Quando grande parte dos homens, ou a sua maioria tiver a preocupação de viver a caridade, uns para com os outros, quando procurarem fazer bem aos seus próximos, sem eximir-se da responsabilidade, que é de todos, do auxilio mútuo, sempre, nas suas necessidades, o mal, envergonhado, se anulará, porque se sentirá deslocado.
             Então, os egoístas restantes quererão aprender a amar o próximo como a si mesmo.

             Pascal conclama os espíritas a darem esse exemplo, sendo caridosos para com todos, indistintamente.

             Lembremo-nos, nós, os espíritas, que a caridade começa em casa, devendo continuar nos Centros Espíritas, nos locais de trabalho, de lazer, expandindo-se por toda parte, onde estivermos.

             “O egoísmo é a negação da caridade. Ora, sem a caridade, não há tranqüilidade na vida social, e digo mais, não há segurança. Com o egoísmo e o orgulho, que andam de mãos dadas, essa vida será sempre uma corrida favorável ao mais esperto, uma luta de interesses, em que as mais santas afeições são calcadas aos pés, em que, nem mesmo os sagrados laços de família são respeitados”.

             Essas duas últimas frases de Pascal parecem-me muito apropriadas ainda para os dias de hoje, diante da situação de violência e de insegurança, existentes em quase todas as nações, e da valorização da inteligência, do dinheiro e do poder, usados com esperteza, com malícia, com mentiras em favor de interesses particulares ou públicos, no desprezo aos sofrimentos, necessidades materiais e espirituais de muitos.

             Sem o combate individual e coletivo na eliminação do egoísmo e do orgulho, os homens continuarão fazendo sua evolução espiritual de forma muito mais lenta e mais sofrida do que com a caridade, que estimula a solidariedade, a fraternidade entre todos, homens e nações, levando-os ao amor ao próximo como a si mesmo.

             * Dados extraídos da Internet: Jornal Mundo Espírita- setembro de 2001

Bibliografia:
KARDEC, Allan - “O Evangelho Segundo o Espiritismo”

Leda de Almeida Rezende Ebner
Novembro / 2009

JOÃO 4
1 Quando, pois, o Senhor soube que os fariseus tinham ouvido dizer que ele, Jesus, fazia e batizava mais discípulos do que João
2 (ainda que Jesus mesmo não batizava, mas os seus discípulos)
3 deixou a Judéia, e foi outra vez para a Galiléia.
4 E era-lhe necessário passar por Samária.
5 Chegou, pois, a uma cidade de Samária, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó dera a seu filho José;
6 achava-se ali o poço de Jacó. Jesus, pois, cansado da viagem, sentou-se assim junto do poço; era cerca da hora sexta.
7 Veio uma mulher de Samária tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
8 Pois seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida.
9 Disse-lhe então a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (Porque os judeus não se comunicavam com os samaritanos.)
10 Respondeu-lhe Jesus: Se tivesses conhecido o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe terias pedido e ele te haveria dado água viva.
11 Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que tirá-la, e o poço é fundo; donde, pois, tens essa água viva?
12 És tu, porventura, maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, do qual também ele mesmo bebeu, e os filhos, e o seu gado?.
13 Replicou-lhe Jesus: Todo o que beber desta água tornará a ter sede;
14 mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.
15 Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, nem venha aqui tirá-la.
16 Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido e vem cá.
17 Respondeu a mulher: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido;
18 porque cinco maridos tiveste, e o que agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade.
19 Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.
20 Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar.
21 Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me, a hora vem, em que nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai.
22 Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos; porque a salvação vem dos judeus.
23 Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
24 Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.
25 Replicou-lhe a mulher: Eu sei que vem o Messias (que se chama o Cristo); quando ele vier há de nos anunciar todas as coisas.
26 Disse-lhe Jesus: Eu o sou, eu que falo contigo.
27 E nisto vieram os seus discípulos, e se admiravam de que estivesse falando com uma mulher; todavia nenhum lhe perguntou: Que é que procuras? ou: Por que falas com ela?
28 Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, foi à cidade e disse àqueles homens:
29 Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto eu tenho feito; será este, porventura, o Cristo?
30 Saíram, pois, da cidade e vinham ter com ele.

LUCAS 19
1 Tendo Jesus entrado em Jericó, ia atravessando a cidade.
2 Havia ali um homem chamado Zaqueu, o qual era chefe de publicanos e era rico.
3 Este procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, porque era de pequena estatura.
4 E correndo adiante, subiu a um sicômoro a fim de vê-lo, porque havia de passar por ali.
5 Quando Jesus chegou àquele lugar, olhou para cima e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa; porque importa que eu fique hoje em tua casa.
6 Desceu, pois, a toda a pressa, e o recebeu com alegria.
7 Ao verem isso, todos murmuravam, dizendo: Entrou para ser hóspede de um homem pecador.
8 Zaqueu, porém, levantando-se, disse ao Senhor: Eis aqui, Senhor, dou aos pobres metade dos meus bens; e se em alguma coisa tenho defraudado alguém, eu lho restituo quadruplicado.
9 Disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, porquanto também este é filho de Abraão.
10 Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.

MATEUS 12
1 Naquele tempo passou Jesus pelas searas num dia de sábado; e os seus discípulos, sentindo fome, começaram a colher espigas, e a comer.
2 Os fariseus, vendo isso, disseram-lhe: Eis que os teus discípulos estão fazendo o que não é lícito fazer no sábado.
3 Ele, porém, lhes disse: Acaso não lestes o que fez Davi, quando teve fome, ele e seus companheiros?
4 Como entrou na casa de Deus, e como eles comeram os pães da proposição, que não lhe era lícito comer, nem a seus companheiros, mas somente aos sacerdotes?
5 Ou não lestes na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado, e ficam sem culpa?
6 Digo-vos, porém, que aqui está o que é maior do que o templo.
7 Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifícios, não condenaríeis os inocentes.
8 Porque o Filho do homem até do sábado é o Senhor.

MATEUS 9
10 Ora, estando ele à mesa em casa, eis que chegaram muitos publicanos e pecadores, e se reclinaram à mesa juntamente com Jesus e seus discípulos.
11 E os fariseus, vendo isso, perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com publicanos e pecadores?
12 Jesus, porém, ouvindo isso, respondeu: Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos.


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