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terça-feira, 25 de maio de 2010

76 – O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

CAPÍTULO VIII: BEM-AVENTURADOS OS PUROS DE CORAÇÃO
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS: DEIXAI VIR A MIM OS PEQUENINOS


ITEM 19: MENSAGEM DE UM ESPÍRITO PROTETOR


Percebemos, nessa nova mensagem, a mesma idéia de João, o Evangelista, ou seja, a quem Jesus se referia ao conclamar: Deixai vir a mim os pequeninos.

Esses pequeninos são os fracos de vontade, pois, Jesus tem o alimento que os fortifica. São os tímidos e os débeis, que necessitam de amparo e de consolo. São os ignorantes, aos quais Jesus pode iluminar. São os sofredores, os aflitos e os que se sentem infelizes, porque ele lhes pode dar o remédio para os males da vida, o remédio que cicatriza todas as feridas.

Esse bálsamo poderoso, que cura todas as feridas do coração, que fortalece, ampara, consola, ilumina a inteligência, acabando com a ignorância, renovando o ânimo, trazendo a alegria é o sentimento do AMOR, que todos trazem dentro de sua essência espiritual, esperando apenas que seus possuidores o adubem com boas intenções, bons sentimentos, bons pensamentos, boas ações, para que ele cresça, se desenvolva, irradiando a verdadeira felicidade, que vem da consciência tranqüila, de quem se esforça em cumprir bem seus deveres, do sentimento bom em relação aos outros.

Quem se esforça para desenvolver esse remédio, que – repetimos - está dentro de cada um, nada tem a temer, pois se sente preparado para enfrentar as vicissitudes da vida, sentindo-se forte na sua fraqueza, iluminado na sua ignorância, amparado e protegido nos seus propósitos, podendo, então, pensar e dizer: “Meu Pai, que se faça a tua vontade e não a minha! Se te apraz experimentar-me pela dor e pelas atribulações, bendito sejas! Porque é para o meu bem, eu o sei que a tua mão pesa sobre mim. Se te agrada, Senhor, apiedar-te de tua frágil criatura, dar-lhe ao coração as alegrias puras, bendito seja também! Mas faze que o amor não se esmoreça na sua alma, e que incessantemente, suba aos teus pés a sua prece de gratidão.”

A terceira frase, “Porque é para o meu bem, eu o sei, que a tua mão pesa sobre mim”, evidentemente, traduz uma grande confiança na justiça e no amor de Deus, que se faz presente através das Suas sábias lei, de causa e efeito, que dá a cada um, segundo suas obras, fazendo com que, se colha exatamente o que se plantou. É assim que se deve entender “a Tua mão pesa sobre mim”.

O autor compara o amor a uma pérola sublime, que quem a possui nada pode temer, e que ninguém, “nem as mais diversas circunstâncias, nem os malefícios dos que vos odeiam e perseguem, poderão jamais arrebatar.”

Isso é uma verdade, visto que o AMOR, sendo o sentimento maior, tudo analisando na compreensão, no entendimento real das condições espirituais dos outros, das situações, faz com que, quem o possua jamais se sinta ofendido, ferido, injuriado, porque não é atingido pelas vibrações negativas que vêem de fora. Mantém-se sempre sereno, confiante em Deus, em si e nos outros.


“Se tiverdes amor, tereis colocado o vosso tesouro onde nem a traça, nem a ferrugem o devoram, e vereis desaparecer, insensivelmente, da vossa alma tudo o que lhe possa manchar a pureza. Dia a dia sentireis que o fardo da matéria se torna mais leve. E, como um pássaro que voa nos ares e não se lembra da terra, subireis, incessantemente, subireis sempre, até que a vossa alma, inebriada, se impregne da verdadeira vida, no seio do Senhor!”.

Assim, se continuarmos, firmes na vontade de desenvolver o amor em nós, caindo muitas vezes, mas levantando cada vez mais rápido e recomeçando sempre, custe o que custar, um dia - não importa quando - perceber-nos-emos libertos de todo e qualquer sentimento negativo, refletindo somente AMOR.

Diante de tal conquista, como nada são as dores e os sofrimentos da Terra!

Se mantivéssemos sempre, em nossas mentes e em nossos corações, essa meta de chegada, esse porto onde todos ancoraremos, muito mais fortes, mais serenos, mais seguros, mais confiantes, seríamos nas vicissitudes do nosso viver, e os atalhos ilusórios não nos tentariam.

Vale muito perseverar na manutenção dessa meta!

Bibliografia:

KARDEC, Allan - “O Evangelho Segundo o Espiritismo”

Leda de Almeida Rezende Ebner

Outubro / 200

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